- Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão
No próximo dia 5 de julho, sábado, às 15h (horário de Brasília), as lendas de Corinthians e Boca Juniors se enfrentarão no Mercado Livre Arena Pacaembu em alusão à final da Conmebol Libertadores 2012, conquistada pelo Alvinegro de maneira invicta após um placar agregado de 3 x 1.
Em entrevista exclusiva ao Meu Timão na tarde da última sexta-feira, 20 de junho, o ex-atacante Danilo, que atuou pelo Corinthians entre 2010 e 2018, falou sobre a sensação de reviver a noite do dia 4 de julho de 2012: “Temos um grupo com todos os atletas (campeões da Libertadores). A gente fala que somos privilegiados, né? Quantos jogadores já passaram por ali e nunca chegaram numa final de Libertadores, nunca conquistou um título desse. Então é um privilégio muito grande ter feito parte disso.”

“O Boca Juniors, a gente sabe que é uma camisa muito pesada, é um time muito difícil de ser batido, mas eu acho que aquela Libertadores ali, a nossa equipe estava preparada desde o primeiro jogo. A gente foi jogo a jogo, com pés no chão, sabendo a qualidade que tinha, mas respeitando todo mundo. Isso aí foi ponto forte, a gente conseguiu separar torcedor, diretoria, comissão técnica, nós jogadores, estava bem organizado. Seria muito difícil a gente perder aquele título ali.”
“Quando eu fiquei sabendo que ia ter esse jogo, que alegria. Que jogo especial, né? Era um sonho ter sido campeão da Libertadores. Então, tem essa oportunidade agora de voltar ali no Pacaembu, onde foram os jogos e tal. Você imagina reviver aquilo ali pro torcedor, um jogo histórico pra todo mundo. Privilegiado de participar num evento tão grande como esse. Convocar todos os torcedores aí que possam encher lá agora, pra que a gente possa fazer uma festa bonita“, iniciou.
O camisa 20, que conquistou oito título pelo clube, relembrou o gol marcado pelo volante Ralf na estreia daquela edição da Libertadores, no empate em 1 x 1, na Venezuela, diante do Deportivo Táchira: “Todo mundo às vezes acha que é difícil ganhar, mas o futebol você vai encorpando na competição. Desde o primeiro jogo ali. O gol do Ralf de cabeça aos 45. Aí a gente vai pegando confiança e vai se encorpando a cada jogo.”
Em seguida, Danilo foi questionado sobre qual teria sido o gol mais importante da sua carreira. O ex-camisa 20 e atualmente treinador elegeu o tento anotado diante do Santos, no empate em 1 x 1, pela partida de volta da semifinal naquela Libertadores. Naquela ocasião, o Alvinegro Paulista saiu perdendo da equipe da Baixada após Neymar abrir o placar no início do jogo.
Na partida de ida, na Vila Belmiro, vale lembrar, os comandados de Tite haviam vencido por 1 x 0, com gol de Emerson Sheik: “Eu acho que o gol mais importante de toda a minha história no futebol foi contra o Santos, que foi um gol que levou o Corinthians à primeira final de Libertadores. O clube nunca tinha chegado, então, além de ser um gol muito importante, foi um lance que, graças a Deus, deu certo, dominei a bola, finalizei bem, para que a gente pudesse empatar aquele jogo.”
“A gente sabia que o Santos estava num momento bom demais, ainda com Neymar, a equipe certinha, encaixada. Mais aí juntou aquela juventude com um pouco da experiência, né? Se a gente pegar o time do Corinthians ali em idades, o time era bem mais velho e mais experiente. Eu acho que num jogo decisivo como esse, a pressão que é, né? Quando é bem organizado, às vezes acaba dando a diferença”, complemtou.
Por fim, o ex-atacante foi questionado sobre as especulações em torno de uma possível saída de Yuri Alberto, que atualmente se recuperando de uma lesão na lombar, e atrai interesse de clubes da Europa, além do desempenho recente de Memphis Depay. O camisa 9 possui vínculo até dezembro de 2027 e multa rescisória de R$ 630 milhões.
“Deu uma volta por cima muito bem, eu acho que o futebol, às vezes a gente passa pelo momento ruim e tem atletas que saem rápido e atletas que demoram muito para sair. Então, um atleta que foi muito cobrado, exercita isso, que não foi fácil, mas deu a volta por cima, hoje está nos braços da torcida. Jogador fundamental no ataque, agora machucou você vê que deu uma atrapalhada um pouco no ataque, dificulta.”
“A gente vê pelo tamanho dele (Memphis) a qualidade que ele tem. A gente, não só eu, mas todos os torcedores esperam mais, esperam aquele algo diferente. Acho que ele é um grande jogador, dispensa comentários. Mas, só que precisa mostrar mais, e o torcedor corinthiano cobra muito, então não é fácil. Ser ídolo no Corinthians não é fácil, você carrega um peso desse de ser um grande atleta. Eu acho que o Corinthians gosta, o torcedor gosta daquele jogador que decide jogos”, finalizou.
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