Júlio César atua pelo Vitebsk, da Bielorrússia, único país da Europa que não parou
No momento em que a maioria dos atletas do mundo parou suas atividades devido à pandemia do Coronavírus, pouquíssimos estão atuando, e um deles é o lateral-esquerdo Júlio César Basílio da Silva. Formado nas categorias de base do Timão, Júlio César ainda passou por América-RN e Vilafranca-ESP, antes de chegar no futebol bielorrusso.
Em entrevista por telefone a Agência EFE, após a partida contra o Smolevich (0x1), onde atuou como visitante, respondeu sobre a opção da liga em continuar com o campeonato.
“Eu não tenho escolha. Se você tem que jogar, você joga.”
E complementou: “Não tenho medo, mas você deve ser cauteloso”.
O país ainda não tem um número alto de incidências do Covid-19, fontes independentes falam de 1000 casos enquanto o governo só confirma 400. No país foram relatadas mais de 20 casos de mortes, no entanto só oito foram confirmados pelas autoridades. A cidade na qual o ex-Corinthiano atua, Vitebsk, é o epicentro da epidemia na Bielorrússia.
“Há muitas pessoas com máscaras e cada vez menos pessoas nas ruas” afirma o atleta.
Júlio preferiu não comentar se é correto continuar atividades enquanto milhares de pessoas morrem em países vizinhos, mas concorda com a afirmação que a saúde é mais importante que o futebol.
“Minha família está preocupada. Mas a verdade é que o Brasil é muito mais perigoso que a Bielorrússia. Existem muitos outros casos lá”.
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Por ordem do clube, quase não sai de casa, e diz que felizmente, mora perto do centro de treinamento.
“Eles nos pedem para ficar em casa e nos deram máscaras. Nos jogos não apertamos as mãos, mas jogamos sem máscaras”, explica.
Além de Júlio, existem outros brasileiros no clube, como Wanderson, Diego Santos e Gabriel Ramos.
“Alguns jogadores de futebol não querem jogar”, alega, sem citar nomes.
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Como a média de torcedores é baixa por partida, em torno de mil, a Federação Bielorrussa tenta manter os frequentadores a uma distância segura.
A Federação Internacional de Futebolistas Profissionais se queixou nesta semana junto com um grupo de torcedores de vários clubes do país que decidiram boicotar jogos de suas equipes, mas o Presidente da FFB alegou ter confiança para seguir com a competição.
“Temos total confiança em nosso sistema de saúde. Entendemos que em alguns países a situação é muito grave … mas, na realidade, a situação na Bielorrússia não é tão crítica a ponto de suspender o torneio”, disse Sergei Zhardetski.
Recentemente o presidente do País, Alexander Lukashenko, chegou a recomendar vodka e sauna para matar o vírus, contrariando todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por Redação da Central do Timão
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