Neste domingo, 31, Zenon, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, completa 70 anos. Integrante da Democracia Corinthiana, o meia atuou em mais de 300 partidas pelo Timão, onde ficou marcado pela sua técnica refinada. O camisa 10 era um dos jogadores mais inteligentes de sua época.
Zenon iniciou sua carreira no futebol jogando no Hercílio Luz, de Santa Catarina, após ser rejeitado na base do Grêmio. No entanto, apareceu no cenário nacional com a camisa do Avaí, antes de se destacar pelo Guarani-SP, ao lado do centroavante Careca e chegar até a Seleção Brasileira.
Sonho antigo do presidente Vicente Matheus, que em 1981 foi pessoalmente buscá-lo na Arábia Saudita, onde jogava pelo Al-Ahli, Zenon veio suprir uma carência no meio-campo Alvinegro existente desde a saída de Roberto Rivellino, outro grande ídolo da história corinthiana.
No Parque São Jorge, o maestro formou um dos melhores meios de campo da história do clube ao lado de Dr. Sócrates e Biro-Biro. Um dos momentos inesquecíveis para a Fiel Torcida foi o passe de calcanhar que ele deu para Sócrates, na conquista do segundo título Paulista em 1983. Com a camisa do Corinthians, o ex-futebolista atuou até 1986, disputou 306 partidas, marcou 60 gols e conquistou dois títulos paulistas (1982 e 1983).
Confira a homenagem da Central do Timão para o lendário meia:
Feliz aniversário, Zenon! 🎂🏴🏳️
Lenda do Sport Club Corinthians Paulista, Zenon completa 70 neste domingo de Páscoa. Deixe seu parabéns ao ídolo do Timão, Fiel! 👇 pic.twitter.com/cVeCiZ0Jw1
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FUTEBOL - ZENON - ESPORTES - ACERVO - Os jogadores Zenon(D), do Corinthians; Toninho Oliveira(C) e Pita, do Santos, durante partida válida pelo Campeonato Paulista de 1983 - Estádio Cícero Pompeu de Toledo(Morumbi) - São Paulo - SP - Brasil - 23-10-1983 - Foto: Acervo/Gazeta Press
Nesta sexta-feira (31), Zenon, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, completa 69 anos. Integrante da Democracia Corinthiana, o meia atuou em mais de 300 partidas pelo Timão, onde ficou marcado pela sua técnica refinada. O camisa 10 era um dos jogadores mais inteligentes de sua época.
Em suas redes sociais, o Corinthians celebrou o aniversário do ídolo do clube e postou um compilado com os seus lances. “Ídolo e camisa 10 do Timão na década de 80, Zenon completa 69 anos de vida! Parabéns, craque! O aniversariante do dia jogava MUITA bola”. Confira o post oficial abaixo.
Zenon disputando um clássico contra o Santos, em 1983. Foto: Arquivo Corinthians.
Zenon iniciou sua carreira no futebol jogando no Hercílio Luz, de Santa Catarina, após ser rejeitado na base do Grêmio. No entanto, apareceu no cenário nacional com a camisa do Avaí, antes de se destacar pelo Guarani-SP, ao lado do centroavante Careca e chegar até a Seleção Brasileira.
Sonho antigo do presidente Vicente Matheus, que em 1981 foi pessoalmente buscá-lo na Arábia Saudita, onde jogava pelo Al-Ahli, Zenon veio suprir uma carência no meio-campo Alvinegro existente desde a saída de Roberto Rivellino, outro grande ídolo da história corinthiana.
No Parque São Jorge, o maestro formou um dos melhores meios de campo da história do clube ao lado de Dr. Sócrates e Biro-Biro. Um dos momentos inesquecíveis para a Fiel Torcida foi o passe de calcanhar que ele deu para Sócrates, na conquista do segundo título Paulista em 1983. Com a camisa do Corinthians, o ex-futebolista atuou até 1986, disputou 306 partidas, marcou 60 gols e conquistou dois títulos paulistas (1982 e 1983).
Confira os posts do Corinthians celebrando o aniversário de Zenon:
Ídolo e camisa 🔟 do Timão na década de 8⃣0⃣, Zenon completa 69 anos de vida! 🎉🎈
SAO PAULO, BRAZIL - AUGUST 02: Rodinei (C) of Flamengo competes for the ball with Yuri Alberto (L) and Du Queiroz (R) of Corinthians during a Copa Libertadores quarter final first leg match between Corinthians and Flamengo at Neo Quimica Arena on August 02, 2022 in Sao Paulo, Brazil. (Photo by Alexandre Schneider/Getty Images)
O Corinthians terá uma árdua tarefa na partida de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores, na próxima terça-feira (9), às 21h30, contra o Flamengo. A equipe do Parque São Jorge foi derrotada pelo placar de 2 x 0 no jogo de ida, na Neo Química Arena, e agora terá de reverter o resultado desfavorável no Maracanã, mas precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis. Uma missão e tanto para os comandados de Vítor Pereira, porém a história mostra que para o Corinthians nada é impossível, e o jogo só acaba quando termina.
Em 1984, nas quartas de final do Campeonato Brasileiro, o Timão também perdeu o primeiro duelo para os rubro-negros pelo placar de 2 x 0, mas conseguiu reverter o resultado no jogo da volta, com uma goleada por 4 x 1, no Morumbi, na partida que detém o recorde de terceiro maior público da história alvinegra.
Zenon em campo pelo Corinthians no Campeonato Brasileiro de 1984. Foto: Reprodução.
Biro-Biro foi o responsável por começar a virada heroica do Timão. O ex-volante abriu o placar aos 32 minutos do primeiro tempo. Seis minutos mais tarde, Wladimir ampliou para o Corinthians. Na segunda etapa, Édson e Ataliba marcaram o terceiro e o quarto gol da goleada alvinegra. Paulinho, contra, ainda deu esperanças ao time carioca, mas o jogo terminou 4 x 1 e a vaga na semifinal, para enfrentar o Fluminense, ficou com a equipe paulista.
A Central do Timão conversou com o ídolo corinthiano Zenon, que esteve em campo naquela decisão, para saber o que ele pensa a respeito da possibilidade de uma nova reviravolta do Corinthians no placar. O maestro do elenco alvinegro de 1984 revelou que a equipe estava confiante na classificação diante do Flamengo, apesar da derrota no primeiro jogo das quartas de final.
“Nós sabíamos que iríamos reverter aqui em São Paulo, porque isso já tinha acontecido em 1983. Perdemos o primeiro lá e vencemos também por 4 x 1 o jogo da volta, em 1983 e em 1984, pelo mesmo placar, então a gente acreditava que poderíamos reverter aquela situação, porque o nosso time era tão bom quanto o do Flamengo. O grupo sempre acreditou, nós sabíamos do nosso potencial e dominamos os 90 minutos, tanto que o resultado ficou barato para o Flamengo, porque era para ter sido muito mais”, recordou o ídolo.
Zenon também falou sobre a decisão da próxima terça-feira (9), diante do mesmo adversário, pelas quartas de final da Libertadores.
“É difícil arriscar um prognóstico, porque o futebol é imprevisível. É bem verdade que no momento o Flamengo se encontra muito bem. No papel, tem um time com mais conjunto e tecnicamente muito bom, mas isso não quer dizer nada, porque de repente o conjunto do Corinthians, que sempre foi uma força muito grande, pode superar essa adversidade, mas é inegável que será uma tarefa complicada”, concluiu Zenon.
A missão corinthiana no jogo da próxima terça-feira é ainda mais difícil que a do Timão de Zenon, uma vez que nesta decisão os comandados de Vítor Pereira precisarão reverter o placar adverso fora de casa. Por outro lado, o Corinthians contará com o retorno de suas principais estrelas, os veteranos Renato Augusto e Willian, que deverão estar à disposição do treinador português para enfrentar Flamengo.
Ficha Técnica de Corinthians 4 x 1 Flamengo pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1984
CORINTHIANS: Carlos; Édson, Mauro, Juninho e Wladimir; Paulinho, Sócrates (Wágner) e Zenon; Biro-Biro, Casagrande e Eduardo (Ataliba). Téc.: Jorge Vieira
FLAMENGO: Fillol; Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Bigu, Élder (João Paulo) e Lico (Nunes); Adílio, Edmar e Bebeto. Téc.: Cláudio Garcia
Nesta quinta-feira (31), os ídolos do Corinthians, Biro-Biro e Zenon, participaram do programa Meiuca do Timão, da TV Central do Timão, e falaram sobre diversos assuntos relacionados ao clube. Entre os temas, os ex-jogadores comentaram sobre as possíveis dificuldades que a equipe pode enfrentar na partida de estreia na Copa Libertadores, na próxima terça-feira (05), às 21h30, contra o Always Ready-BOL, em La Paz.
Zenon relembrou uma partida em que atuou pela Seleção Brasileira jogando na Bolívia. Sobre as dificuldades que enfrentou, o ex-jogador afirmou que logo na chegada da delegação brasileira ao país, diversos jogadores, e inclusive jornalistas que acompanhavam a Seleção, sentiram a altitude de cerca de 3.600 mil metros acima do mar.
“Na chegada no aeroporto derrubou uns seis (jogadores) da Seleção Brasileira, entre eles Zico, Nelinho, enfim, outros atletas. De cara, logo que chegou no aeroporto de La Paz. Jornalistas foram direto para o hospital“, relembrou Zenon.
“Tivemos problemas, durante o jogo, o Zé Sérgio, que era ponta esquerda, deu um pique quando fiz um lançamento, ele chegou na linha de fundo e capotou, tiveram que sair correndo com cilindro (de oxigênio) e dar na boca do cara. Aí chamaram o Papinha para entrar, ele deu dois piques, olhou para o Claudio Coutinho e falou ‘vai dar não, chefe, não vou conseguir jogar, não’, pra você ver como é a coisa”, disse o ex-camisa 10.
Foto: Reprodução TV Central do Timão
Já Biro-Biro, por sua vez, afirmou que também jogou uma vez na Bolívia, em um amistoso. No entanto, diferente de Zenon, o ex-jogador disse não sentir os efeitos da altitude, e afirmou que independentemente da situação, a estreia do Timão no torneio continental promete ser difícil.
“Joguei um amistoso só, mas não deu pra sentir tudo isso que o pessoal comenta. Não senti porque acho que é o organismo de cada um, mas teve jogador que sentiu um pouco mais, de correr, respirar e faltar um pouco de ar. Mas deu pra continuar, não teve tudo isso. A gente sabe que o jogo vai ser difícil do mesmo jeito, com ar ou sem, vai ser difícil, jogar lá é complicado”, disse Biro Biro.
O programa Meiuca do Timão vai ao ar todas as quinta-feiras, a partir das 19h10, com a participação de Biro-Biro e Zenon, na TV Central do Timão, no Youtube. CLIQUE AQUI para se inscrever no canal.
Na noite desta quinta-feira (20), em participação no programa “Meiuca do Timão”, da TV Central do Timão, no Youtube, os ex-jogadores e ídolos do Corinthians, Biro-Biro e Zenon, comentaram sobre a queda precoce do Timão na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
O Corinthians, vale lembrar, foi eliminado pelo o Resende, por 2×1, na última sexta-feira (14), em jogo válido pela terceira fase da competição. Ao comentar sobre a partida, Biro-Biro afirmou que faltou pulso ao treinador Diogo Siston e que o time entrou pensando que já iriam vencer o time carioca.
“Entraram muito confiantes, acharam que já iam ganhar de qualquer jeito, estavam indo bem, mas acho que faltou um pouco mais de determinação e mais pulso do treinador, porque a molecada não podia entrar pisando em ovos. ‘Ah, nós vamos ganhar…Resende’ e acabaram realmente facilitando, facilitaram, achavam que a qualquer momento iam ganhar. Então faltou isso, um pouquinho mais de determinação, com certeza teriam passado para outra fase. Estava indo bem, mas pisou na bola”, declarou Biro-Biro.
Foto: Reprodução/TV Central do Timão
Zenon, por sua vez, lamentou a eliminação, mas destacou que existem jovens que impressionaram mesmo com a saída precoce no torneio. O ex-camisa 10 do Corinthians também projetou a chegada de Danilo, ex-técnico do Sub-23, para assumir o Sub-20, segundo apurado pela Central do Timão.
“A gente lamenta que os meninos não estejam aí (nas semifinais), mas tivemos alguns destaques durante essa trajetória nessa Copinha. Esses meninos poderiam ser melhores observados se chegassem em uma semifinal, porque aí que o ‘coro’ come”, afirmou Zenon.
“Independentemente disso, acho que tem que ter sim, uma atenção para estes meninos, que estão agora com um novo técnico, um cara que foi vencedor no profissional (Danilo), pelo time do Corinthians. Um cara do bem, que com certeza vai dar muito daquilo que ele sabe e daquilo que aprendeu durante toda esta trajetória dele dentro do futebol”, concluiu o ex-camisa 10 alvinegro.
Ex-jogadores e ídolos do Corinthians, Biro-Biro e Zenon falaram no programa Meiuca do Timão, da TV Central do Timão, sobre como ficam os jogadores da base, que estavam sendo escalados pelo técnico Sylvinho, agora que chegaram reforços de peso na equipe alvinegra.
Biro-Biro não achou negativo que os jovens jogadores perdessem espaço, pelo contrário, disse que a chegada de bons jogadores, junto com a presença de jogadores da base, é importante para o crescimento destes jovens atletas.
“A gente fica feliz com esses jogadores jovens que hoje está tendo, o grupo está tendo essa mesclagem que a gente está vendo que o Corinthians tem com esses jogadores hoje. Então esses garotos que estão subindo, que estão fazendo parte do grupo, eles vão se dar muito bem. Para eles vai ser muito importante trabalhar junto com essas feras que chegaram. Essa mesclagem é muito importante para os jovens e essas feras que são mais experientes. As coisas tem que render, daqui pra frente o time tem que jogar”, disse Biro-Biro.
Já o ex-camisa 10 do Timão, Zenon, por sua vez, também concordou com a opinião de Biro e relembrou o tempo em que jogavam sobre a importância dos jogadores mais experientes blindarem os jogadores mais novos, para que, quando entrarem em campo, se sintam à vontade e não sentirem a pressão.
Roni, jogador oriundo da base do Timão, comemora gol sobre o Athletico-PR. Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians
“Concordo com você, não tem melhor momento agora para colocar esses meninos para atuarem, porque hoje o time está fortalecido com esses jogadores de grande qualidade e grande currículo. Não tem melhor momento que esse para você colocar os meninos para jogar, porque eles estarão blindados por esses outros atletas que já são conhecidos mundialmente. Então se torna muito mais fácil para esses meninos entrarem.
“Como foi no nosso tempo que de vez em quando entrava o Auilton Jagunço pela esquerda no lugar do Wladimir, o Ismael que entrava pelo lado direito no lugar do Alfinete ou Zé Maria. Ali no meio nós tínhamos o Edmundo e o Careca. Então são atletas que entravam e tinham o nosso suporte, o meu, seu, do Sócrates. Casagrande também estava iniciando, aquele doido de tudo, que entrou no time e dominou a posição, por que? Porque nós blindamos esses meninos”, declarou.
“Então é isso que esses atletas de hoje, no caso do Renato Augusto, Giuliano, Roger Guedes, do próprio Luan, que são jogadores mais rodados, darem sustentação, para que esses meninos quando entrarem no jogo, não sentirem, pelo contrário, entrarem na partida e se sentir a vontade. Acho que esse é o caminho”, completou Zenon.
Zenon de Souza Farias completa 67 anos nesta quarta-feira (31). Foi um meio campista clássico, extremamente técnico, inteligente, preciso nos lançamentos, além de exímio batedor de faltas. Chegou ao Corinthians em 1981 e foi bicampeão Paulista no histórico time da Democracia Corinthiana.
Um dos maiores camisas 10 da história do Timão, começou no Hercílio Luz após ser rejeitado na base do Grêmio, mas apareceu no cenário nacional com a camisa do Avaí antes de se destacar no Guarani-SP, ao lado do centroavante Careca e chegar até a Seleção Brasileira.
Sonho antigo do presidente Vicente Matheus, que em 1981 foi pessoalmente buscá-lo na Arábia Saudita, onde jogava pelo Al-Ahli, Zenon veio suprir uma carência no meio-campo Alvinegro existente desde a saída de Roberto Rivellino.
Hoje quem completa mais um ano de vida é Zenon, um dos camisas 10 mais clássicos que o Timão já teve! Por aqui foram 304 jogos, 60 gols e duas 🏆🏆 do Paulistão, em 82 e 83. Parabéns pelos 6⃣7⃣ anos! 👏🎉🎊#ParabénsZenon#VaiCorinthianspic.twitter.com/7sgs9RSiOm
No Parque São Jorge formou um dos melhores meios de campo da história do Clube ao lado de Dr. Sócrates e Biro-Biro. Um dos momentos inesquecíveis para a Fiel Torcida foi o passe de calcanhar que ele deu para Sócrates, na conquista do segundo título Paulista em 1983.
Com a camisa do Corinthians, o ex-futebolista atuou até 1986, disputando 306 partidas e marcando 60 gols.
O ex-meio-campista Zenon de Sousa Farias se despedia da Fiel Torcida no dia 19 de janeiro de 1986. Zenon vestia a camisa corinthiana pela última vez, na vitória contra o Santos, por 2×0, em partida válida pelo Torneio de Verão Cidade de Santos, com gols de Lima e João Paulo, e se sagrou campeão.
Exímio cobrador de falta, e um dos grandes camisas 10 que o Timão já teve, Zenon chegou ao time alvinegro em 1981, após ser contratado pelo presidente Vicente Matheus que foi pessoalmente buscar o meia-esquerda no Al-Helal, da Arábia Saudita.
Foto: Arquivo Corinthians
Formando um dos meios de campos mais famosos do Corinthians, Zenon atuou ao lado de Biro-Biro e Sócrates, no time de 80, e conquistaram além do bicampeonato paulista, o reconhecimento do pais ao construírem a Democracia Corinthiana.
Zenon atuou pelo Corinthians durante seis anos (1981-1986), jogou 304 partidas e marcou 60 gols.
Zenon criticou o estilo de jogo do Timão nos últimos anos e revela que não se empolga com a equipe atual
Ídolo do Corinthians nos anos 80, Zenon criticou o estilo de jogo apresentado pelo Corinthians. O ex-meio-campista disse que não se empolga com o futebol apresentado pela equipe comanda por Tiago Nunes, mas considera que o time joga “feio” desde a época de Tite.
Nas duas últimas temporadas, o Corinthians não teve sucesso dentro de campo e irritou a torcida pela postura defensiva. Diante dessa insatisfação, o clube buscou Tiago Nunes para mudar a filosofia de jogo.
Foto: Divulgação / Corinthians
Para o ex-camisa 10 do time da Democracia Corinthiana porém, o futebol alvinegro é ruim há muito mais tempo, desde que Tite fez história com Libertadores e Mundial.
“Faz tempo que o Corinthians está jogando feio. Desde o tempo de Tite já joga feio, desde o tempo do Tite. O Tite tem uma metodologia de treinamento, de jogo, de esquemas que é o que esses caras estão fazendo hoje”.
Em entrevista ao programa Os Canalhas, Zenon critica não apenas o Corinthians, mas também o futebol brasileiro em geral, comparando com a forma que era jogada na Europa há algumas décadas.
“O futebol brasileiro está jogando igual ao futebol europeu na década de 70 e 80, jogando por uma jogada aérea, por uma jogada aérea. Dificilmente você vê jogadores do setor de meio-campo tentando entrar pelo meio da zaga do adversário, você não vê mais isso. Os caras torcem hoje para que aconteça uma falta na lateral ou frontal.”
Mesmo com a insatisfação do ídolo, o Corinthians acumula títulos. Desde a chegada de Tite são uma Libertadores e um Mundial de clubes, três Campeonatos Brasileiros, e quatro Campeonatos Paulista.
Zenon vestiu a camisa do Corinthians entre 1981 e 1986. Nesse período, fez 304 partidas, marcou 60 gols e conquistou o Paulistão de 1982 e 1983.
Ex-jogador fala sobre momento em que o futebol foi além das quatro linhas e partiu para o universo da política
Em 1982, o Brasil passava por momento complicado: a Ditadura Militar. Para se opor à forma de governo vigente, Casagrande, Sócrates, Wladimir e Zenon criaram o movimento conhecido como Democracia Corinthiana. O objetivo foi o seguinte: democratizar as decisões internas do clube e, de quebra, inspirar o mesmo em outros setores. Era o futebol tendo influência política no país.
Zenon foi um dos idealizadores da Democracia Corinthiana (Foto: Reprodução)
Em entrevista ao programa Expediente Futebol, da FOX Sports, um dos idealizadores, Zenon exaltou a Democracia Corinthiana e revelou que, até hoje, frequenta espaços como universidades graças ao movimento criado pelo Corinthians. Além disso, o ex-jogador diz se sentir privilegiado por ter participado daquilo.
“Foi um momento ímpar dentro do futebol. Um clube de futebol tomou partido de política, deixando as quatro linhas e indo para fora, para brigar por uma redemocratização do país. Foi um negócio fantástico. Até hoje é cantado em prosas e versos. Vira e mexe, eu tenho que ir em uma universidade para esclarecer como era a democracia, qual era o intuito da democracia”, disse Zenon, que seguiu falando sobre privilégio de jogar naquela época.
“Eu me sinto privilegiado de poder ter participado daquele momento no Corinthians”, completou.
A Democracia Corinthiana consistia em um uma democratização dentro do clube, onde a opinião do presidente tinha a mesma validade do que de qualquer outro funcionário do clube. Este movimento fazia apelo para foras das quatro linhas também. Essa corrente teve início em 1982 e final apenas em 1984, um ano antes de se encerrar a ditadura militar no Brasil.