Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão
O Corinthians vive uma situação complicada no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a penúltima colocação e soma apenas uma vitória em 13 jogos disputados. Um dos principais problemas é a falta de opções no elenco, e uma das posições mais afetadas é a de volante.
Na última partida do Brasileirão, diante do arquirrival Palmeiras, o Timão viu Breno Bidon ser amarelado e ficar suspenso para a próxima partida, diante do Vitória. Além disso, Raniele, titular ao lado do camisa 27, deixou o campo sentindo dores e se tornou dúvida para o confronto diante da equipe baiana.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Além disso, na virada do dia 30 de junho para 1° de julho, o Corinthians deixou de ter Gabriel Moscardo como opção, já que o volante viajou para se apresentar ao elenco do Paris Saint-Germain, da França, que acertou sua contratação ainda em 2023. Outro nome que deixou o clube recentemente foi o experiente Paulinho, que não teve seu vínculo renovado.
Outro nome que o Timão não pode contar é o de Maycon. O volante de 26 anos teve uma grave lesão no joelho diagnosticada em abril deste ano e não volta mais a campo em 2024. Ele está emprestado pelo Shakhtar Donetsk até dezembro e ainda não há uma definição sobre seu futuro.
Os outros volantes ainda disponíveis no elenco alvinegro atualmente são Ryan e Fausto Vera. No entanto, o argentino tem negociações para se transferir para o Atlético-MG e não tem atuado pelo Corinthians. Sendo assim, o jovem meio-campista de 20 anos é a única opção garantida para a partida diante do Vitória.
Além dos nomes já citados, o Corinthians ainda negociou outros dois volantes no início deste ano. Roni foi emprestado ao Atlético-GO, enquanto Mandaca deixou o clube em definitivo e assinou contrato com o Juventude, onde já vinha atuando por empréstimo. O jogador tinha vínculo com o Timão até agosto deste ano, mas a diretoria optou por não renovar e liberá-lo antecipadamente.
O duelo diante do Vitória tem muita importância para o Corinthians, já que é um confronto direto na parte de baixo da tabela. O Alvinegro Paulista é o 19° colocado, com nove pontos, enquanto o clube baiano é o 15°, com 12 pontos. Um resultado positivo pode tirar a equipe da zona de rebaixamento.
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A volância foi uma das posições em que o Corinthians mais se reforçou em 2022. Com um problema na última temporada, ao não ter um jogador regular que fosse titular absoluto, o Timão foi ao mercado e trouxe nomes conhecidos da torcida, além de um novo nome que entrou em campo e mostrou qualidade.
Os nomes que chegaram nesta temporada foram Paulinho, Maycon e Fausto Vera, respectivamente. Entretanto, os dois primeiros tiveram problemas físicos e perderam grande parte da temporada alvinegra, enquanto o último chegou no segundo semestre e quase não foi poupado. Além disso, quem também se destacou foi Du Queiroz, titular absoluto com Vítor Pereira.
Cantillo
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Com algumas chances de titular, Cantillo não conseguiu ter regularidade nas atuações, sendo diversas vezes preterido para entrar em campo. Vítor Pereira chegou a dizer que faltava intensidade nos treinos para que ele voltasse a ter chances de vestir a camisa do Corinthians.
Com 31 jogos, ele atuou por todas as competições no ano, tendo 88% de aproveitamento nos passes, com 65% nas bolas longas e 0.4 passes decisivos. Defendendo, onde há muitas críticas sobre ele, foram 0.6 interceptações por jogo, 1.1 desarmes, 0.3 bolas recuperadas e 0.8 cortes feitos.
Du Queiroz
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Jogador que mais entrou em campo na temporada, junto de Róger Guedes, Du Queiroz conquistou seu espaço de titular na segunda temporada como profissional do Corinthians. Muito elogiado pelo Vítor Pereira, ele foi pouco poupado devido ao ser vigor físico, estando em todas as decisões do clube.
Com 66 jogos, ele disputou 36 das 38 rodadas do Brasileirão, sendo decisivo nas últimas partidas com gols que deram pontuação para o Corinthians. Ao todo, foram 87% de aproveitamento no passe, com uma grande chance criada, três assistências e três gols. Defendendo, foram 0.1 interceptações por partida, 1.4 desarme, 0.2 bolas recuperadas e 0.1 cortes de média. Ele também conquistou o Prêmio Bola de Prata como revelação do Brasileirão.
Fausto Vera
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Revelado pelo Argentinos Juniors, o Corinthians foi até o mesmo clube para contratá-lo em julho deste ano. Desde que chegou, ele tomou conta da posição e foi titular em todas as decisões do Timão na metade final da temporada, como final Copa do Brasil e quartas de Libertadores.
Ele terminou o ano com 26 jogos pelo Time do Povo, sendo reserva poucas vezes. Nesse período, ele não conseguiu fazer gol, nem assistência, mas teve 1.4 finalizações por jogo, além de 88% de acerto no passe e 59% na bola longa. Sem a bola, ele fez uma interceptação por jogo, 2.1 desarmes e 1.1 cortes feitos.
Maycon
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Em contrato de empréstimo com o Corinthians, Maycon chegou para ser uma solução na posição. Porém, por causa de lesões, ele acabou jogando a mesma quantidade de partidas que Fausto Vera, que chegou em julgo, enquanto ele chegou no fim de março. O Timão tentará negociar suas permanência com o Shakhtar, clube a qual ele pertence.
Portanto, com 26 jogos, Maycon terminou a temporada com dois gols feitos, duas vezes contra o Boca Juniors pela Libertadores. Mesmo com a pouca amostragem, ele terminou com a média de 1.1 passe decisivo por partida, acertando 87% dos passes e 59% das bolas longas. No parte defensiva foram 0.7 interceptações, 0.8 desarmes e 0.6 cortes por jogo.
Paulinho
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Lesionado desde as primeiras rodadas do Brasileirão, Paulinho foi o primeiro reforço do Corinthians anunciado em 2022. Também chegando para ser a solução da posição, ele não conseguiu terminar a temporada por uma lesão séria nos ligamentos do joelho. Ele deve estar 100% fisicamente no início de 2023, após pré-temporada.
Foram 20 jogos, com 14 pelo Paulistão, três pela Libertadores e três pelo Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, ele terminou o ano com quatro gols, sendo três no estadual. Sua média em estatísticas foram 86% de acerto no passe e 38% na bola longa, com 0.4 passes decisivos por jogo. Na defesa, foram 0.8 interceptações em média, 1.3 desarmes, 0.2 bolas recuperadas e 0.3 cortes feitos.
Ramiro
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Emprestado até junho, Ramiro retornou ao Corinthians no segundo semestre e foi importante no rodízio imposto pelo ex-técnico português, sendo titular em quase metade das partidas que entrou em campo. Seu contrato acaba no fim deste ano e não deve ser renovado pela diretoria do Corinthians.
Foram 14 jogos presentes, com seis sendo titular. Nestas partidas ele teve 82% de acerto no passe, 45% na bola longa, deu uma assistência e criou duas grandes chances, além de dar 0.6 passes decisivos em média. Por ser intenso, ele fez 0.5 interceptações por jogo, 1.1 desarmes, 0.1 bolas recuperadas e 0.4 cortes.
Roni
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Depois de um 2021 irregular, Roni seguiu sem ter uma sequência com Vítor Pereira, mas atuou em todas as competições do Corinthians na temporada: Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Paulista. No entanto, não foi titular em nenhuma destas.
Ele entrou em campo 32 vezes na temporada, menos que a metade que Du Queiroz, mas foi titular nas partidas contra o Boca Juniors, pelo mata-mata, e converteu o pênalti. Ele deu uma assistência no ano, acertou 85% dos passes, 44% da bola longa e deu 0.3 passes decisivos. Defendendo foram 0.4 interceptações, 1.1 desarmes, 0.3 bolas recuperadas e 0.3 cortes.
Xavier
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Sendo um dos jogadores menos utilizados na temporada, Xavier foi titular em apenas algumas partidas em todas as competições que o Corinthians disputou. Com seu contrato sendo finalizado no início do próximo ano, sua permanência no clube não é garantida em 2023.
Foram apenas 11 feitos em 2022, pelo Paulistão, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Ele teve 85% de aproveitamento no passe, com apenas 25% de acerto na bola longa. Primeiro volante, ele 0.4 interceptações por jogo, 0.6 desarmes, 0.2 bolas recuperadas e 1.8 cortes.
Por Kennedy Cardoso e Tatiane Vidal / Redação Central do Timão
Nesta quarta-feira (16), em partida que teve início às 20h30 (Brasília), o Corinthians foi derrotado para o Red Bull Bragantino, pelo placar de 2×1, na Neo Química Arena, em jogo válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Como de praxe, após o confronto, o técnico Sylvinho concedeu entrevista coletiva aos jornalistas, sendo abordado sobre diversos assuntos. Entre eles, explicou a opção por três volantes titulares e a entrada de Ramiro no segundo tempo, substituindo Léo Natel, que saiu com uma luxação no ombro.
Gabriel e Roni, dois volantes do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians.
“Os nossos volantes são nossos artilheiros hoje, outro dia o Gabriel fez um gol, Roni, hoje, conseguiu fazer um gol. São atletas que nós temos fomentados que pisem a área, são atletas que dão bastante sustentação aos homem de meio-campo. O (Léo) Natel, infelizmente saiu, é um atacante de força, de velocidade, de explorar espaços. Não queria correr o risco de colocar o Cauê no jogo, a situação de jogo não é simples”, disse o técnico.
“O Ramiro é um atleta que já fez o lado (do campo), eu considero o Ramiro e o Araos, meias. Sim, não são últimos, não são terminais, não é o que é o (Mateus) Vital e o Gustavo (Mosquito), mas são atletas da função, que fazem um lado de campo e o que nós tínhamos ali para tentar uma situação de sustentação, de segunda bola, de construção no pé, poder chegar ao gol adversário, uma vez que a gente acabou perdendo o (Léo) Natel. O Gustavo por dentro dava velocidade, mas, no caso, já vinha de um processo de cansaço do jogo, ainda assim sustentou mais, sofreu algumas faltas, a gente perdeu por que um atleta que já vinha de um processo mais cansado durante o jogo”, finalizou, falando sobre os meio-campistas e atacante da equipe.
Dupla do meio de campo do Corinthians deixa boa impressão após Florida Cup
Um dos objetivos do Corinthians ao trazer Tiago Nunes para ser o comandante do time em 2020 foi ter uma equipe com mais vocação ofensiva. Assim, o primeiro impacto visto na formação do elenco foi em relação aos volantes escolhidos para a temporada.
Camacho e Cantillo fizeram bons jogo na Florida Cup (Imagens: Corinthians.com.br)
Ralf, ídolo da Fiel e extremamente vitorioso como manto Alvinegro, mas com caraterísticas defensivas, e Júnior Urso, atleta que prima pela força física, deixaram o time. Nos seus lugares vieram Camacho, e Víctor Cantillo, volantes que marcam, mas também apresentam boa qualidade nos passes e saem para o jogo com facilidade.
Confiante para a sequência de trabalho, Camacho, que foi jogador de Tiago Nunes no Athletico Paranaense, falou sobre as orientações do treinador.
“Aparecer sempre para o jogo, ser sempre opção para todos os atletas do time. Volante sempre auxiliando. Os dois jogos mostraram que estamos nos entrosando. Time está no caminho certo”, disse o jogador, destacando ainda a liberdade dada por Nunes, e a dupla com Cantillo.
“Eu sou primeiro volante, mas ele me deixa livre para sair jogando também. O Cantillo fica na minha quando eu saio, também. Tem tudo para entrosar mais ainda.”
Já Cantillo nos dois jogos com a camisa 8 do Corinthians mostrou que além de velocidade e bom posicionamento, seja no momento defensivo, ou no ofensivo, é um excelente passador. O colombiano fez questão de destacar a rápida ambientação no clube.
“A confiança que me deu o grupo foi muito importante, acho que me adaptei rápido ao time. Espero seguir assim”, disse Cantillo.
Titular do Corinthians com apenas 16 anos, a pouca idade era inversamente proporcional a raça apresentada em campo. Lançado na equipe principal do Timão por Mário Sérgio Pontes de Paiva, o volante José Elias Moedim Júnior não demorou para se tornar “Zé da Fiel”, tamanha a identificação com o povo da arquibancada. Zé representou o manto, foi campeão da Copa do Brasil, em um jogo duro contra o forte Grêmio no antigo estádio Olímpico, em Porto Alegre, e conquistou também o Paulistão de 1995, na final histórica contra o rival Palmeiras em Ribeirão Preto.
Confira a entrevista com os ex-volante do Timão.
CdT: Zé Elias hoje teria espaço no Corinthians?
“Não sei se teria espaço, até por conta da maneira de jogar ser diferente. Depende de quem estaria o Corinthians, por conta das ideias, a forma como enxerga o futebol. Mas acho que eu estaria no grupo sim.”
CdT: Quem é Zé Elias hoje no futebol?
“Zé Elias hoje no futebol parece muito com o Patrik do internacional. Jogador que combate o tempo todo, se entrega e põe o coração dentro do jogo. Acho que esse é o Zé Elias de hoje. E um mescla do Ralf e Gabriel. Seria o roubar bola do Ralf com a agilidade de Gabriel.”
CdT: Qual jogador do atual elenco você considera ser o mais parecido contigo?
“O mais parecido comigo seria o Gabriel, que é um jogador que rouba mais a bola e sai mais para o jogo. Para vocês terem uma comparação, o Ralf seria mais parecido com o Bernardo da época em que jogávamos.”
CdT: Pensando na posição de primeiro volante: Ralf ou Gabriel?
“Eu acho que hoje o Gabriel vive um melhor momento, um jogador que acrescenta mais na equipe. Eu acho que o Ralf é fundamental pelas suas características, é um grande jogador, mas o time precisava de um jogador que pudesse ter uma saída de bola melhor e dar um pouco mais de refresco para os meias não terem que voltar tanto para receber a bola dos pés do Ralf. O Gabriel alivia um pouco mais os zagueiros também, pois ele sai com a bola nos pés e tem a capacidade técnica de fazer as inversões e dá um pouco mais de liberdade para os atacantes.”
CdT: Taticamente falando, a posição de volante mudou comparado com quando jogava?
“Mudou um pouquinho sim, mas não muito. Quando eu jogava geralmente tínhamos um volante mais pela direita e outro mais pela esquerda. Mas acho que isso depende muito de quem está comandando a equipe e da visão de jogo.”
CdT: Qual melhor atacante: Love, Gustagol ou Boselli?
“O Boselli tem característica de participar um pouco mais do jogo, mas não tem tanta mobilidade quanto o Vagner. Já o Gusta gol é um jogador de área, ele tem muita presença na área pela sua altura e tempo de bola. Mas eu acho que o melhor e mais completo é o Vagner Love.”
CdT: A chegada no jornalismo esportivo é mais fácil dentro ou fora de campo?
“Acho que são duas situações bem distintas. Dentro de campo você não precisa se preocupar com muitas coisas, você se preocupa com o jogo e algumas perguntas técnicas em relação a treinos e jogos. Fora do campo eu acho que também tem sua peculiaridade em relação a responsabilidade, você tem que saber o que fala, o que pergunta, pois o jornalista é um formador de opiniões. Essas opiniões podem ser positivas ou negativas, tanto em relação ao profissional de imprensa quanto ao jogador.”
CdT: Quem foi para você Mario Sérgio Pontes de Paiva?
“Foi o cara que me deu a oportunidade de poder jogar no profissional. Foi a pessoa que acreditou em mim junto com o Marcio Araujo e o professor Ricardo Rosa. Essas são as três pessoas que me fizeram chagar ao profissional, mas o Mario foi a quem realmente me abriu as portas, foi quem deu a grande oportunidade da minha vida. A amizade, o carinho, o respeito e amor continuam por toda a vida.”
CdT:Ficou alguma mágoa por não ter sido convocado para Seleção de 94?
“Não ficou mágoa nenhuma. Em 94 eu era muito novo e dificilmente iria para a seleção, embora tenham me falado que eu estava na lista dos 50 jogadores. É um aprendizado. Todo ser humano tem o dia da vitória, o da derrota e o do aprendizado, acho que faz parte do crescimento e evolução em sua trajetória. Não fiquei chateado não.”
Espera-se que neste domingo, contra o Atlético-MG,Ralf reassuma a vaga de titular de primeiro volante.
“Não (vai contratar), com o que tem dá para ir. Até outro dia estávamos sendo criticados porque tínhamos muitos volantes. O Fábio (Carille) tem alternativas. Temos Ralf, Renê Júnior, que está voltando agora, Matheus Jesus, Júnior Urso, Ramiro… Temos opções que, com o Gabriel saindo, o Fábio vai saber fazer o time render da mesma forma.”, afirmou o dirigente.
Gabriel deve ser vendido por 5,5 milhões de euros (R$ 27 milhões) para o Al Hilal. Como o Timão tem 50% dos direitos econômicos do jogador, receberá R$ 13,5 milhões.
Por Thatiane Jordão
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