Gerente Geral das Categorias de Base fez análise do ano, falou das expectativas, além de descrever a experiência vivida com ida para a Europa
Com a mudança em definitivo para o novo CT em vias de acontecer, Fernando Yamada concedeu entrevista ao site Globoesporte e falou sobre diversos temas.
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Yamada vê o novo CT do Timão como uma oportunidade de integrar os jovens atletas com o time profissional, algo que poucos clubes conseguem proporcionar.
“Se você pegar as equipes tops do Brasil, pouquíssimas têm CT integrado, você não enche uma mão. O Corinthians vai dar um salto de qualidade quando se mudar de vez, tenho certeza absoluta.”
“Se pegar o profissional, os principais títulos aconteceram depois da inauguração do CT. Não foi à toa. A base, no momento em que se mudar, formará muito mais jogadores e terá um processo de integração melhor.”
O gerente contou que visitou grandes clubes da Europa, como Real Madrid e Barcelona, e que ficou impressionado com a infraestrutura e integração que lá existem.
“O CT do Real Madrid é impressionante, é uma cidade, em termos de infraestrutura e espaço nada de braçada na Espanha, é impressionante. Mas todos são integrados, o que separa base e profissional às vezes é um corredor.”
“O jogador da base em algum momento vê o treino do profissional, mas há separação. Meu cenário é esse: nosso jogador pisa lá, mas está sempre aqui (na base), pois aqui é a realidade dele. Na base destes clubes não tem luxo no CT, é bem funcional mesmo, não falta nada, mas é sem luxo. E quando você vai ao profissional, aí tudo muda.”
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Sobre o ano das Categorias de Base, no que se refere aos resultados e a formação em si de novos valores, Yamada avalia o período como positivo, mas ressalta a necessidade de mais rodagem dos jogadores, sendo que excursões são importantes e devem acontecer em 2020. Na próxima temporada, o clube terá mais capacidade financeira para excursionar, devido ao fim dos gastos com as obras do novo CT.
“Estamos num caminho muito bom, chegando em todas as competições, óbvio que a gente quer ganhar, estamos num clube que tem torcida participativa, a gente se prepara para isso. Acho que o que falta mais é vivenciar jogos decisivos, estou chegando a essa conclusão.”
“O Corinthians não vinha chegando muito nas competições, as gerações que estão hoje aqui têm pouco histórico de jogos decisivos. Isso faz a diferença.”
“A gente precisa ajustar, temos que fazer mais excursões, vivenciar experiências com outras culturas, disputar torneios fora que vão te levar a bater jogos grandes, disputar títulos. Esses torneios pontuais de uma semana são muito bons.”
“O objetivo da base é claro: ofertar o maior número de atletas para a equipe de cima. Para que isso aconteça, temos um processo de desenvolvimento individual primeiro, gastamos energia com atleta. E melhorando 20 atletas, o título vem naturalmente. Chegamos próximos, o sub-17 fez a final do Brasileiro, no jogo da ida abrimos 3 a 1. Mas é jogo, pênalti perdido, bola na trave, coisas que a gente não controla.”
“Temos responsabilidades com o que a gente controla: processos, desenvolvimento, gestão de comissão, processo metodológico. Isso eu controlo.”
Por Redação Central do Timão