Arquivos Vinícius Cascone - Central do Timão

Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Considerado um dos maiores ídolos da história do Corinthians, Cássio deixou o Corinthians em maio desta temporada rumo ao Cruzeiro após desgastes internos. Em 12 anos de clube, o goleiro entrou em campo 712 vezes pelo clube do Parque São Jorge, sendo o segundo com mais partidas pela instituição, e nove títulos conquistados.

Em entrevista ao programa Alambrado Alvinegro no YouTube, o diretor jurídico do Corinthians, Vinícius Cascone, fez elogios ao camisa 12 afirmando que ele é um dos grandes ídolos do clube, ressaltando a sua postura como profissional: “O Cássio é um ídolo da nossa história, prestou grandes serviços para o Corinthians. Eu digo que sem o Cássio o Corinthians não teria sido campeão da Libertadores e nem campeão do mundo. Não precisamos nem dizer o que aconteceu nas duas competições e eu como torcedor sou muito grato por tudo que ele fez, reconheço a história dele. Não há como negar que o Cássio foi um dos atletas mais importantes da história do Corinthians” , iniciou.

Na sequência, o dirigente detalhou o processo de saída do arqueiro, que tinha contrato com o Alvinegro somente até dezembro, dizendo que foi Cássio quem pediu para deixar o clube. Cascone também ponderou que a cúpula corinthiana fez um esforço extra para manter o atleta, mas acabou não sendo possível.

“O Cássio pediu pra ir embora. Foi uma decisão unilateral dele, o Corinthians não queria que ele saísse, certo? Então, agora, por outro lado, eu entendo toda a situação do Cássio. Por causa de até uma renovação. Sim, uma grande renovação, acima do que a gente tinha condições naquele momento, mas, por toda a história, tudo que ele representa para o Corinthians, nós fizemos esse esforço.”

“Inclusive, eu (Vinícius Cascone), Fernando Alba, o Fabinho, o Augusto, tivemos a última conversa com o Cássio, insistindo pra que ele ficasse, mas ele tinha tomado essa decisão, foi o que psicologicamente ele precisava, mudar de áreas por tudo que ele sofreu. A torcida do Corinthians, ela é apaixonada e essa paixão, claro, que às vezes torna uma situação insustentável quando as coisas não vão bem. Isso faz parte. Então, nesse ponto específico, a decisão foi dele” , continuou.

Por último, Cascone foi questionado sobre o motivo pelo qual fez o Corinthians liberar o camisa 12 de maneira gratuita para o Cruzeiro. Na resposta, o dirigente afirmou que Cássio pediu para sair de qualquer jeito e que o valor que o clube do Parque São Jorge receberia ao final do contrato dele seria insignificante.

“O Cássio pediu pra sair de qualquer jeito. O Cruzeiro falou assim, ‘não vou pagar nada pra tirar o Cássio’. O Cássio que procurou o Cruzeiro, o agente do Cássio, provavelmente, foi o argumento que eles colocaram. E a gente poderia muito bem travar isso e fazer uma discussão sem fim. E poderia criar prejuízo pro Cássio e procurar criar um clima insustentável que estava vindo naquele momento. O Cássio cumpriu com tudo que se comprometeu com a gente. Ele foi profissional até o último dia aqui.”

“Imagine o Cássio ali naquele ambiente com o elenco, com aquela turbulência que o Corinthians estava tendo de formar um novo elenco, insatisfeito, com todos os demais, e falando assim: ‘O Corinthians está me segurando aqui’. Você imaginou o impacto que isso poderia ter, inclusive, nessa reconstrução do Corinthians e reconstrução do atual elenco? Tudo isso foi ponderado. Então, não foi simplesmente abrir mão de um valor simbólico. Histórico do Cássio, um homem de palavra, porque eu vou dizer uma coisa pra você. Ele poderia ter entrado na Justiça pedindo rescisão indireta de contrato quantas vezes no Corinthians? Poderia. Imagine ele poder ser campeão do mundo, com salário atrasado, poderia ter tomado uma série de atitudes.” , finalizou.

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Notícias do Corinthians

Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Na última quinta-feira, 14, Vinícius Cascone, diretor jurídico do Corinthians, participou do programa “Alambrado Alvinegro”, no YouTube, e respondeu questões sobre vários temas, dentre eles a possibilidade de impeachment do presidente Augusto Melo. Um dos argumentos da oposição para a destituição do mandatário é o contrato de patrocínio com a VaideBet, rescindido em junho de 2024 após suspeitas de lavagem de dinheiro, causando prejuízos à imagem do clube.

“A qualquer momento as pessoas acham que podem tomar o poder ou derrubar um presidente sem ter um fato objetivo. Então, por mais que o impeachment seja um processo político, evidentemente que a origem dele você precisa ter algo objetivo de violação estatutária ou de legislação. Esse é o meu entendimento. Com todo o respeito à peça apresentada pelos peticionários, pelos 85 conselheiros, eu entendo que não tem elementos objetivos para justificar um pedido de impeachment. Meu entendimento jurídico respeita quem pensa diferente”, iniciou.

Na sequência, Cascone foi questionado se o contrato com a antiga patrocinadora havia sido mal feito. Vale lembrar que o acordo com a casa de apostas era de R$ 370 milhões a serem recebidos até o final da gestão Augusto Melo, em dezembro de 2026.

“Não, não acho que foi mal feito o contrato. Com todo o respeito, acho que não. Mas acho que tem garantias para o Corinthians, que possam resguardar os interesses do Corinthians. Então, não vou dizer que foi mal feito o contrato. Não acho isso, primeira coisa. Segunda coisa, que eu falo pra você, eu não estou aqui pra fazer juízo de valor sobre a situação.”

“Eu penso da seguinte forma, e é assim que eu fui questionado muito na história da Esportes da Sorte agora. E por que o Corinthians ficou até o final com a Esportes da Sorte, e continua com a Esportes da Sorte? Porque simplesmente a empresa está honrando com o seu contrato regularmente. Então, no meu entendimento, acho que independentemente se a VaideBet ia sair ou não ia sair, se foi de caso pensado ou não, eu penso que o Corinthians foi remunerado no período que o contrato estava lá, no passo os pagamentos foram feitos.

“E assim, num curto período de tempo, o Corinthians recebeu bastante, que era cerca de 10 milhões de reais brutos, tinha descontos de intermediação, etc. Então, o Corinthians recebeu bastante, muito acima da média no mercado no Brasil”, concluiu Cascone.

O pedido de destituição do mandatário alvinegro será votado pelo Conselho Deliberativo nas próximas semanas. Se Augusto Melo não conquistar a maioria dos votos dos conselheiros, a decisão será transferida para a Assembleia Geral de sócios do Corinthians.

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