Na tarde deste domingo (07), o Palmeiras acabou derrotado por 1×0 pelo Tigres, do México, no Mundial de Clubes de 2020. Sendo assim, Alviverde não avançou a final do torneio e Corinthians mantém marca de ser o primeiro e último time brasileiro a ser campeão do torneio.
Em 2000, o formato era diferente e o Corinthians ficou no grupo A, que era composto também por Al-Nassr, da Arábia Saudita, Real Madrid, da Espanha, e Raja Casablanca, do Marrocos. Como primeiro colocado, o Timão se classificou direto para a final e derrotou o Vasco nos pênaltis.
Já em 2012, após conquistar a Libertadores de forma invicta, o Corinthians derrotou o Al-Ahly, por 1×0, com gol de Guerrero. Já na final, a equipe comandada por Tite venceu o Chelsea, por 1×0, novamente com gol do peruano. Desde então, nenhum time brasileiro e nem mesmo sul-americano sagrou-se campeão do Mundial.
Nesta quinta-feira (14), completam 21 anos de que o Corinthians sagrou-se campeão do Mundial de Clubes da FIFA, diante do Vasco. Na oportunidade, final foi decidida nas penalidades, e Timão venceu por 4 a 3. Relembre os titulares da decisão e por onde anda cada um deles atualmente.
Atacante da base corinthiana falou sobre o impacto do grito “Todo Poderoso Timão”, e como foi mesmo tão jovem ter batido e convertido um dos pênaltis na final em 2000
Maracanã dividido. Em campo dois times com craques que jogaram Copa do Mundo. Foi assim a primeira final de um Mundial de Clubes da Fifa. O jogo entre Vasco da Gama e Corinthians terminou empatado em 0 x 0, e o título do Timão veio apenas depois da cobranças de pênaltis.
E foi justamente nesse ponto do duelo que jovens jogadores da base corinthiana mostraram personalidade e muita coragem: Edu, com 22 anos, e Fernando Baiano, com 21, bateram e converteram suas cobranças, e o Corinthians venceu por 4 x 3, conquistando o Mundial de Clubes da Fifa pela primeira vez.
O atacante Fernando Baiano, que entrou no lugar de Edílson faltando dois minutos para o término da prorrogação, falou com a Central do Timão sobre o histórico jogo. Confira a entrevista:
Central do Timão: Como estava o grupo pra aquela final? Confiante mesmo contra o Vasco no Maracanã?
Fernando Baiano:O grupo estava confiante depois de ter feito bons jogos, principalmente contra o Real Madrid (empate em 2 x 2), que era o favorito para ficar com o título, então fomos para enfrentar o Vasco confiantes em fazer um bom jogo e sair campeão do Mundial.
CdT: Os jogadores tinham ideia da invasão que a Fiel faria no Maracanã? Como foi entrar em campo e escutar o grito “Todo Poderoso Timão”?
Fernando Baiano:A gente não saiba que iria tanta gente para nos apoiar, realmente foi uma linda invasão, e o torcedor começou a cantar o “Todo Poderoso Timão”, e a gente ali, tanto quem estava em campo assim como os do banco de reservas, vimos que tinha muitos corinthianos, e isso nos deu muita força. Sabíamos que ia ser difícil, o jogo foi no Rio de Janeiro, mas a música, o grito “Todo Poderoso Timão”, foi algo que até nós jogadores comentamos no campo, e isso nos deu muita força.
CdT: O empate no tempo normal e na prorrogação foi um resultado justo pelo o que foi o jogo?
Fernando Baiano:Foi um jogo muito igual. Corinthians e Vasco tinham duas grandes equipes, com jogadores espetaculares dos dois lados, que buscavam o gol a todo momento, mas o duelo foi muito equilibrado e o jogo foi decidido só nos pênaltis.
CdT: Jovens bateram os pênaltis, você, o Edu… como foi isso?
Fernando Baiano:Naquela época a gente era muito jovem, alguns jogadores mais experientes ficaram de fora da lista de cobradores, e o Edu e eu tivemos personalidade para bater, pois sabíamos que nossos nomes estariam na história do Corinthians, e graças a Deus foi tudo certo, a gente conseguiu converter as cobranças e nos sagrarmos campeões.
CdT: Você estava confiante para cobrar o pênalti? Bateu como treinava ou mudou na hora?
Fernando Baiano:Eu estava bastante confiante, eu falei para o Oswaldo (de Oliveira, técnico do Corinthians em 2000), que queria bater, e só pensei em acertar. Eu batei exatamente da maneira que eu treinava, olhando para o goleiro, esperando ele definir o canto, e foi o que aconteceu, e eu consegui fazer o gol. Até hoje as pessoas falam das cobranças das penalidades, e isso ficou marcado na história dos jogadores que lá estiveram, e também na do clube.
Por Marcelo Becker
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados