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Ministro do Governo Federal revela bastidores do projeto de quitação da Neo Química Arena

  • Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

No dia 18 de outubro, representantes do Corinthians, da Caixa Econômica Federal e dos Gaviões da Fiel assinaram protocolo de intenções dando o pontapé inicial no projeto de arrecadação de fundos via PIX para pagar a dívida relativa à construção da Neo Química Arena.

Um dos participantes da negociação foi Alexandre Padilha, Ministro de Relações Institucionais do Governo Federal. Torcedor declarado do Alvinegro Paulista, ele detalhou em entrevista ao Meu Timão os bastidores das conversas entre as partes para a realização da ação e tratou a iniciativa como algo histórico.

“As duas iniciativas vão ser históricas. Primeiro a da torcida e o conjunto de iniciativas do clube para pensar numa forma de financiamento do Corinthians. A Caixa como um banco público já está tendo uma atitude enquanto banco e percebendo como uma oportunidade. Entro nisso desde o começo porque o Ministério de Relações Institucionais tudo vem aqui”, iniciou Padilha.

“Logo no começo quando teve a eleição da nova diretoria procuraram junto ao presidente da República essa demanda. Na Arena reforçaram essa demanda e chamamos o presidente da Caixa para pensar em soluções. São duas frentes”, continuou.

“Tem a do clube, que é a Caixa pensar e aproveitar o potencial do Corinthians para pensar em soluções de financiamento para o Corinthians – e se outros clubes demandarem isso a Caixa também vai pensar em soluções. A Caixa pensa isso como um banco, oportunidade de negócio. Como é um banco público e foi mantido um banco público pelo presidente Lula, ela pensa em oportunidade de negócio que atinge a maior parte da população”, complementou o ministro.

Alexandre Padilha também falou sobre a importância de olhar para a Neo Química Arena não só como um estádio de futebol. O ministro comentou a transformação que a casa do Timão teve na área em que foi construída e a valorização que levou para a Zona Leste da capital de São Paulo.

“O Corinthians e a Arena Corinthians são isso. Mais de 30 milhões de torcedores em todo o Brasil, uma base popular enorme. Torcedores espalhados pelo mundo inteiro e a Arena Corinthians é um equipamento. Às vezes a gente pensa só como estádio de futebol e ela não é só isso. Ela é o maior equipamento público, de uso público, na Zona Leste de São Paulo, que tem mais de 4 milhões de pessoas”, afirmou Padilha.

“É maior que a população do Uruguai. Quem conhece aquela região, a transformação que a Arena já fez naquela região é fantástica. O comércio foi para lá, o investimento mobiliário valorizou terrenos, parte de construção, teve todo o investimento de mobilidade urbana, de novas vias, de metrô, shopping.”

“A Caixa quando olha a Arena vê um megaequipamento de uma região muito importante que pode crescer ainda mais e se eu pensar em uma forma de financiamento, de manutenção disso, desse lugar que está recebendo grandes espetáculos, vou crescer cada vez mais aquela região”, prosseguiu.

“A Caixa pensa desse jeito. E ela pensa como banco, não está fazendo nada irregular. Do Corinthians pode ter fundos de financiamento, formas de capitalização, tem várias alternativas que podem surgir do clube, a Caixa está analisando isso, que ajudaria não só a quitar a arena, mas financiar o clube”, complementou o ministro.

O projeto para a quitação da Arena tem previsão de lançamento até 15 de novembro, mas ainda não tem prazo definido, embora a Gaviões da Fiel tenha estipulado arrecadar de R$ 500 a 700 milhões em um período de seis meses. Alexandre Padilha reforçou a força do projeto e disse que a quitação integral do estádio como algo possível.

“Não é o clube que tem uma torcida, mas é a torcida que tem um time. A Gaviões teve uma iniciativa muito importante da vaquinha, do PIX que está sendo detalhado, com previsão até o dia 15 de novembro para poder ter o lançamento dessa campanha. Espere a torcida, espere a Caixa, espere o clube divulgar a campanha, vai ter um site próprio, formas de contribuição”, disse o ministro.

“A expectativa que a torcida fala de ir atrás de R$ 500 milhões, o que não é impossível. Se pegar cinco milhões de corinthianos, dá para chegar a R$ 500 milhões. Não há um prazo específico, mas podem fazer seis meses de campanha para chegar nisso e pode até quitar.”

“Porque chega em uma situação que acontece em qualquer dívida, que é a seguinte: uma dívida de R$ 700 milhões que vai demorar tanto tempo para pagar, se eu chegar com R$ 500 milhões eu consigo um desconto. Pode chegar inclusive a quitar tudo, não acho que seja impossível não”, completou Padilha.

O projeto de quitação também contará com torcedores corinthianos espalhados pelo mundo, não se limitando apenas ao território nacional. O ministro ressaltou esse fator e apontou que esse gesto evidencia o poder da Fiel.

“A plataforma que vai soltar terá a possibilidade de quem está fora do Brasil poder contribuir até porque o pessoal da diretoria está apostando nisso. O pessoal fala: ‘Padilha, você não tem noção de quantos corinthianos da Gaviões tem no Japão, na Europa inteira’. A plataforma vai pensar nisso sim de contribuições para quem está fora de o país poder ajudar nisso”, concluiu Alexandre Padilha.

Vale lembrar que, recentemente, a Central do Timão apurou que não existe o risco do valor arrecadado sofrer algum tipo de penhora, como vem acontecido com montantes que entram no caixa do Corinthians devido a problemas com dívidas.

Segundo a resposta obtida pela reportagem, a conta na qual as doações serão depositadas não estará no nome do Corinthians, justamente por conta do risco de bloqueio judicial. Segundo a assessoria da Gaviões da Fiel, a conta “provavelmente” será aberta em nome da própria Caixa Econômica.

Vale lembrar que, desde o início do projeto, cuja origem data de 2018 e acabou interrompido durante a pandemia, os Gaviões deixaram claro que uma das condições para a “vaquinha” sair do papel seria, justamente, o dinheiro não poder ser movimentado por ninguém até a hora de ser usado no pagamento do estádio. Como essa condição foi acatada por todas as partes, o projeto avançou.

A Central do Timão também apurou que as partes seguem trabalhando na formatação do projeto e estimam que a chave PIX para as doações deverá ser disponibilizada oficialmente em meados do mês de novembro.

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A ideia da “vaquinha” para quitar as dívidas foi colocada pelos Gaviões da Fiel na mesa da diretoria e vem sendo o assunto da semana no Corinthians.

Muitos torcedores apoiando a ideia, muitos criticando. Aqui vou fazer um compilado de críticas e sugestões que estou acompanhando de colegas torcedores e jornalistas nas redes sociais e grupos de WhatsApp.

1- A doação deveria ser para a Arena, e não para o clube

A ideia de ajudar diretamente o clube com uma ‘vaquinha’, vem sendo uma das questões mais complicadas e criticadas nas redes sociais. Parte da dívida tem relação com o clube social, onde o torcedor, de forma geral, não tem acesso.

Direcionando a campanha inicialmente para Arena, ajudaria o clube da mesma forma, já que encerra um custo anual de R$30 milhões repassado ao fundo, reduzido para R$15 milhões no último balanço com a entrada da Hypera Pharma. Também deixaria todas as receitas de bilheteria e publicidade, inclusive o contrato do ‘naming rights’ amortizando as dívidas.

2- Torcedores famosos que emprestem credibilidade aos dirigentes

No momento em que se inicia uma ação desse porte, é necessário ter credibilidade. Nem trato especificamente do Duílio, que assumiu a presidência recentemente, mas sua chapa está no poder há bastante tempo, e é responsável por parte dessa dívida.

O Corinthians precisa de torcedores voluntários e ex-jogadores fazendo a primeira doação e colaborando com o rosto na campanha. Um grande nome que seria bom puxando a causa, por exemplo, é Ronaldo Fenômeno.

3- A doação precisa ser bem orientada

Nem todo brasileiro, sabe realizar um PIX, por exemplo. Então voltando à sugestão 2, que também utilizem esses torcedores influentes explicando à Fiel como realizar a doação. São necessárias várias opções para alcançar um número maior de torcedores, como: depósito, transferência bancária e PIX.

4- Precisa ter transparência

O Corinthians precisa divulgar os números em tempo real. Um formato semelhante ao que ocorre no “impostômetro” que existe no Centro de São Paulo, dentro do site do clube, diariamente.

Impostômetro que existe no Centro de São Paulo
Impostômetro que existe no Centro de São Paulo

Precisa de um conselho formado por nomes de credibilidade. Ideal seria formar esse conselho à parte, com representantes de cada setor para auditar frequentemente os números e repassar confiança para torcida: dirigentes, torcida organizada, jornalistas, torcedores influentes e torcedor comum. O conselho auditaria os valores arrecadados e cada conta paga, visualizando cada comprovante.

5- Consenso dentro do clube

A causa é maior que rixas políticas internas no Parque São Jorge. Se isso for acontecer, situação e oposição precisam estar juntas.

6- Exemplo de gestão

Não adianta o torcedor ajudar, e a gestão não ter uma linha de trabalho bem definida enquanto isso ocorre. Os balanços mensais precisam ser publicados, e a diretoria precisa ter pés no chão e ser transparente com o planejamento para que o torcedor possa fiscalizar e cobrar.

Se não for realizar contratações e decidir mesmo apostar na base, por exemplo, que venha a público e fale isso, e depois não apareça com uma contratação nos moldes “Jonathan Cafú”.

7- A doação precisa ser a longo prazo

Em uma conta rápida, se 10% da torcida doar em média R$10 por mês, o clube pode arrecadar R$420 milhões em um ano. A maior parte da torcida é assalariada e ganha pouco. Se liberar para o torcedor seguir doando, sem impor mínimo e máximo, com todos os itens de credibilidade citados acima, a Fiel vai seguir com as doações durante todo o ano. Quem pode dar R$1 vai doar, quem pode dar R$10 mil, vai doar.

É isso Fiel. Todo torcedor quer ver a instituição Corinthians forte. Ajuda quem quiser ajudar. Eu defendo a ideia, mas do lado deles (diretoria), precisa existir transparência, é o que a maior parte dos torcedores que contestam a ideia pedem.

Se você também tiver uma sugestão, deixe nos comentários.

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