Em torneios continentais, Corinthians sempre venceu em casa contra clubes do Equador
O Independiente Del Valle será o primeiro clube equatoriano contra quem o Corinthians jogará em sua história na Copa Sulamericana, mas os equatorianos não são totalmente desconhecidos do Timão em torneios do continente. Pela Libertadores, o Coringão conta com 7 vitórias e 2 derrotas e 1 empate em 10 jogos.
O primeiro jogo do clube foi uma derrota contra o El Nacional por 2 a 1 pela fase de grupos da Libertadores de 1977. O gol corinthiano foi de Ruço. No mesmo ano, o Timão perdeu para o Deportivo Cuenca pelo mesmo placar, tendo seu gol anotado por Palhinha. De lá para cá, a história mudou.
Quando El Nacional e D.Cuenca vieram visitar o Timão em São Paulo no mesmo ano, tomaram sonoros 3 a 0 (Cláudio Mineiro, Palhinha e Pérez, contra) e 4 a 0 (Vaguinho, Palhinha, Romeu e Givanildo), respectivamente. O reencontro com equatorianos só ocorreu em 1996, pelas oitavas de final do torneio continental. O adversário da vez foi o Espoli, facilmente batido com um 3 a 1 fora (Cris e dois gols contra dos equatorianos) e 2 a 0 em casa (Marcelinho e Tupãzinho).
Só nos anos 2000 o Timão mostrou a imensa superioridade do seu futebol. Contra a LDU, aplicou sua maior goleada neste retrospecto: 6 a 0, com direito a hattrick de Luizão, artilheiro daquela Libertadores com 15 gols, que ainda voltou a marcar mais um contra a mesma LDU na vitória de 2 a 0 em Quito.
O episódio mais recente dos confrontos entre Corinthians e clubes do Equador ainda está fresco na memória de muitos: as oitavas de final da vitoriosa e invicta campanha de 2012, contra o Emelec, marcaram a estreia internacional de Cássio em um 0 a 0 dificílimo em Guayaquil. Arbitragem péssima, pressão da torcida e expulsão de Jorge Henrique foram só alguns dos ingredientes desse tenso episódio.
Na volta, com um Pacaembu lotado, o Coringão acabou com a maldição das oitavas fazendo 3 a 0, com gols de Fábio Santos, Paulinho e Alex, carimbando a passagem para enfrentar o Vasco, pelas quartas de final, sem saber o caráter épico que o duelo teria.
Curiosamente, pelas extintas Copa Conmebol e Copa Mercosul o Timão não chegou a cruzar com qualquer clube do Equador. O jogo da semifinal desta quarta-feira é a chance do clube manter seu excelente aproveitamento histórico em casa e ainda estrear uma nova história de vitórias acachapantes contra times equatorianos. Isso sem contar, é claro, a possibilidade de chegar à inédita final da Copa Sulamericana.
Por Anthonio Delbon