- Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão
Na tarde desta terça-feira (7), o São Bento, equipe de Sorocaba que acabou rebaixada para a divisão de acesso do Paulistão, protocolou um ofício junto à FPF alegando o não-cumprimento do regulamento por parte da Portuguesa, em partida realizada contra o Corinthians, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília-DF, que terminou empatada por 0 x 0.
No documento enviado à Federação Paulista, o clube sorocabano pede um W.O da Lusa no jogo em questão, baseando-se no Artigo 4º do Anexo VI do Regulamento Geral de Competições, que diz: “No ano do acesso, o Clube deverá, obrigatoriamente, disputar suas partidas como mandante no município de sua sede, sob pena de perda das partidas por W.O.“. A Portuguesa estava no Paulistão A2 em 2022 e, portanto, deveria atuar em seu estádio nas seis rodadas como mandante na primeira fase da A1.
A Portuguesa se defende com base em um anexo do Regulamento Específico do Paulistão, que diz: “A FPF, na qualidade de coordenadora da Competição, detém todos os direitos relacionados à mesma e o seu DCO é o responsável pela aplicação deste REC e do RGC à Competição, bem como por elaborar, alterar e dar cumprimento à tabela de jogos composta de locais, datas e horários previamente definidos“. Assim, em razão da mudança não ter sido vetada pela Federação, não haveria como ocorrer uma punição.
Caso a FPF acate a requisição do São Bento, a Portuguesa perderia o ponto conquistado contra o Corinthians, descendo para nove pontos e, assim, seria rebaixada para a divisão de acesso no lugar do Bentão. Por outro lado, o Corinthians ganharia dois pontos e subiria para o terceiro lugar na classificação geral do campeonato.
Com a terceira melhor campanha da primeira fase do Paulistão, caso o Corinthians elimine o Ituano no tempo regulamentar, jogaria, com certeza, a semifinal na Neo Química Arena, seja quem for o adversário, São Paulo ou Água Santa.
O Clássico dos Invictos, como é conhecido o confronto entre Corinthians e Portuguesa, aconteceu em Brasília-DF por conta de uma “proposta irrecusável”, segundo o presidente da Lusa. O Metrópoles Sports, que adquiriu o mando do jogo, prometeu arcar com todos os custos da partida, desde viagens, hotéis, até o aluguel do estádio Mané Garrincha.
Mesmo com a mudança do local fugindo ao regulamento, a alteração foi permitida pela FPF, entidade máxima do futebol paulista e do Paulistão. Segundo a mesma nota publicada pelo São Bento, a Federação ainda não respondeu ao ofício protocolado, o que deve acontecer em breve.
Veja o artigo em que o São Bento se baseia para requerer os pontos:
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