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Tuma revela bastidores de investigação sobre ingressos, demissão de ex-TI e reforma do estatuto

  • Por Redação da Central do Timão

Na tarde desta terça-feira, 1º, o presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians Romeu Tuma Júnior falou à imprensa sobre as recentes polêmicas envolvendo o clube. Entre os temas abordados, estavam as denúncias de revenda ilegal de ingressos, os supostos desvios no programa Fiel Torcedor, as investigações internas e o inquérito policial sobre o caso, a reforma do estatuto e as acusações do ex-diretor de TI contra a empresa cotada para implantar o reconhecimento facial na Neo Química Arena.

A Central do Timão acompanhou a entrevista com o presidente do CD no Parque São Jorge e questionou Tuma Jr. sobre as denúncias de revenda ilegal de ingressos e os supostos desvios no Fiel Torcedor. Ele respondeu que o tema segue sendo investigado tanto pelo Conselho Deliberativo, por meio das Comissões de Justiça e Marketing, quanto pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar as denúncias.

O Conselho, através das Comissões de Justiça e de Marketing, desde o ano passado, tem feito um trabalho sobre isso. Salvo engano, em outubro, numa reunião do Conselho Deliberativo, as comissões apresentaram um relatório preliminar sobre o programa Fiel Torcedor. Eles ouviram muitas pessoas, ouviram inclusive a empresa que cuida desse sistema. E, numa reunião, inclusive com a presença do presidente, foram apresentados números que nos deixaram bastante preocupados“, iniciou Tuma.

O pouco acesso que o Fiel Torcedor tinha ao programa, inclusive com a API desligada e pessoas que não eram comprovadamente sócias do clube podendo comprar ingresso. Esse relatório nos preocupou bastante. Nós procuramos a gestão, tentamos fazer um grupo de trabalho para eliminar esses problemas, que eram recorrentes, e infelizmente não tivemos colaboração da gestão.

Com isso, nós começamos a receber muitas denúncias de associados do Fiel Torcedor que não conseguiam comprar ingresso, apesar de terem uma pontuação alta, sócios do clube e os próprios conselheiros. Essas denúncias foram aumentando. Nós chegamos a saber que tinham mais de 50 boletins de ocorrência registrados em delegacias, de pessoas que se sentiram lesadas. E eu, como presidente do Conselho, comecei a receber muitas denúncias, inclusive vindas pela ouvidoria do clube.

Como nós fizemos vários ofícios para a diretoria para dar uma resposta imediata para o associado do programa Fiel Torcedor, para o associado do clube e os conselheiros, e nunca tivemos respostas, baseado na Lei Geral do Esporte, e também na proteção institucional do Corinthians, que para mim é vítima disso, assim como o associado do Fiel Torcedor, que acredita no programa, que paga sua mensalidade um dia, nós procuramos a polícia para tomar alguma providência, investigar doa quem doer, e saber quais são as irregularidades e ilegalidades que existem no sistema.

Se não tinha resposta da diretoria, se não havia nenhuma resposta aos ofícios do Conselho, descumprindo o Estatuto, eu não podia acumular denúncias e prevaricar. Eu procurei a polícia, notifiquei os fatos, e a polícia instaurou um inquérito, que está tramitando, está sob segredo de justiça, e eu não posso entrar em detalhe, mas tudo que está sendo investigado foi por conta de providências tomadas pelo Conselho Deliberativo do Corinthians para proteger a instituição“, completou.

Romeu Tuma Júnior também abordou as denúncias do ex-diretor de TI Marcelo Munhoes sobre uma alegada preferência da diretoria do Corinthians em contratar a empresa Ticket Hub para implantar o sistema de reconhecimento facial na Neo Química Arena, apesar das “red flags” identificadas pelo compliance do clube. Ele afirmou que Munhoes já foi ouvido pelas comissões do CD.

Ele foi ouvido ontem pelas Comissões de Justiça e Marketing do Conselho Deliberativo. Ele já foi ouvido na polícia. Eu quero lembrar vocês de um fato que talvez vocês não tenham noticiado. Quando eu me referi a 50 boletins de ocorrência que foram lavrados no ano passado – e isso fez com que também o Conselho tomasse essa decisão – o Marcelo Munhoes foi indicado pelo Corinthians para ser ouvido referente a esses boletins de ocorrência. E o clube, a administração do clube não pediu nenhum inquérito“, destacou.

O clube poderia ter pedido um inquérito lá atrás. Tinha 50 boletins de ocorrências registrados por fiéis torcedores e o clube foi chamado a dar alguma explicação, indicou o Munhoes, ele foi dar a explicação, e depois acabou sendo demitido, segundo ele falou ontem para as comissões. Eu não vou entrar muito no mérito disso porque a comissão está apurando, então não vou fazer juízo de valor. Ele (Munhoes) fala que foi demitido porque prestou esclarecimento na polícia quando foi intimado“, revelou Tuma Jr.

Ainda sobre a investigação das comissões do Conselho Deliberativo a respeito de ingressos, Romeu Tuma Júnior afirmou que tem tentado agendar uma reunião com conselheiros da torcida organizada Gaviões da Fiel para apresentar os resultados. No entanto, o encontro ainda não aconteceu.

Há cerca de um mês, eu conversei com o presidente do Conselho Deliberativo dos Gaviões da Fiel e ele me pediu para trocar algumas ideias, entender algumas coisas e falei que estava à disposição. Essa reunião acabou não acontecendo na época, porque veio logo em seguida o Carnaval e a gente achou que o momento não era oportuno, até para não atrapalhar a torcida. Depois disso, a gente acabou não conseguindo ajustar a data, mas estou à disposição, essa reunião deve acontecer, estou mais dependente do Conselho Deliberativo da torcida do que do nosso“, explicou.

Mas eu estou sempre à disposição para esclarecer os fatos que foram questionados. Acho que a torcida do Corinthians como um todo, não só Gaviões, mas todas as torcidas organizadas, o torcedor em geral, é uma torcida apaixonada, eu sei porque sou um deles. Quando a gente tem jogo, a torcida nossa faz a diferença, então, a gente respeita muito qualquer torcedor do clube, as torcidas organizadas, e a gente está à disposição para conversar e esclarecer as coisas inclusive em ambiente fechado. Eu estou aguardando.”

Conforme divulgado anteriormente pela Central do Timão – clique AQUI para ler -, as comissões do CD pretendem apresentar o resultado da investigação interna sobre o Fiel Torcedor às torcidas organizadas, além de ouvir torcedores e funcionários do clube a respeito de algumas denúncias de cambismo e desvios de ingressos.

Por fim, Tuma comentou sobre a possibilidade de os corinthianos membros do Fiel Torcedor votarem para presidente do Corinthians, uma demanda antiga da torcida que atualmente está na pauta da Comissão de Reforma do Estatuto.

Eu fui o único presidente do Conselho Deliberativo que assumiu a responsabilidade e cumpriu de trazer esse debate para dentro do Corinthians, no foro adequado. Nós criamos a Comissão de Reforma Estatutária, abrimos o debate para os associados do clube participarem, não só através dos conselheiros, que são seus representantes, mas em audiência pública. Nós fizemos audiência pública com os associados e com as torcidas, recebemos propostas de todos eles, a comissão está funcionando, esses problemas de ambiente tem atrapalhado um pouco essa reforma, mas ela vai sair e isso vai ser votado“, afirmou.

“O Conselho vai deliberar sobre isso e a Assembleia Geral também. Quem vai decidir isso são os órgãos responsáveis: o Conselho Deliberativo e a Assembleia Geral. Eu trouxe esse debate, ele vai ser debatido e vai acontecer. Se vai votar ou não, quem tem que decidir é a Assembleia Geral dos sócios e os conselheiros, mas nós não vamos recuar, porque esse debate acontecia na mídia, ‘olha um clube com 30 milhões de pessoas e quem decide é 300, é 400, é 4000’. É o que está no estatuto. Quem vai regrar sempre a vida do Corinthians, como qualquer clube, qualquer associação civil, é o seu estatuto”, completou.

Por isso que assim, você expulsar um presidente eleito democraticamente de um Conselho Deliberativo não é assim como querem fazer comigo. Eu estou respeitando, mas isso é um precedente muito grave, porque o clube não pode ficar na vontade de meia dúzia, dez pessoas. Então o que vai ser votado, vai ser decidido aqui dentro esse debate. Nós tiramos da mídia e trouxemos para o foro adequado.

A comissão está funcionando, eu quero, se Deus quiser, concluir essa reforma para que os conselheiros possam deliberar, e a Assembleia Geral também, ainda este ano se der certo, talvez neste primeiro semestre, vamos ver se as coisas caminham, mas este ano a gente acaba, se eu continuar aqui… Mas ainda que me intimidem, ainda que tentem me remover, eu vou lutar até o fim, porque eu vou lutar sempre pelo melhor para o Corinthians independentemente de vontades, de interesses, de pessoas, a minha luta é pela instituição Corinthians“, concluiu Romeu Tuma Júnior.

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Romeu Tuma Junior pede informações ao Corinthians sobre operação policial envolvendo patrocinadora máster

  • Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na manhã desta quarta-feira, 4, uma operação policial da Polícia Civil de Pernambuco chamou a atenção da torcida do Corinthians nas redes sociais. Nomeada de Operação Integration, a ação cumpriu 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em seis cidades de cinco estados do país, e teve como alvo uma organização criminosa que movimentou quase R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

Entre os afetados pela operação, estão duas empresas que ainda fazem parte da vida do Corinthians: a Esportes da Sorte, atual patrocinadora máster do clube, e sua antecessora, a Vai de Bet, cujo contrato ainda é alvo de investigação policial por conta de possíveis irregularidades envolvendo o intermediário da negociação. No caso da Esportes da Sorte, ocorreu ainda a prisão de seu CEO, Darwin Henrique da Silva Filho.

Diante do noticiário envolvendo empresas vinculadas ao Alvinegro, o presidente do Conselho Deliberativo corinthiano Romeu Tuma Junior enviou um ofício ao diretor jurídico Leonardo Pantaleão. No documento, o dirigente questiona quais medidas foram adotadas pelo clube para determinar até que ponto os fatos ocorridos têm potencial para afetar o Corinthians.

O questionamento de Tuma se fundamenta no fato de que a Operação Integration bloqueou ativos financeiros de diversas empresas envolvidas – não se sabe se é o caso da patrocinadora máster do clube. Vale lembrar que o contrato entre a casa de apostas e o Timão tem como valor total cerca de R$ 300 milhões, a serem pagos em três anos.

A empresa ainda patrocina outros clubes brasileiros, como Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz, além de se fazer presente em eventos e programas de televisão – recentemente, por exemplo, adquiriu uma cota de patrocínio da Globo durante as Olimpíadas de Paris-2024 e foi uma das marcas que apoiaram o Big Brother Brasil 24.

Confira abaixo o inteiro teor do ofício enviado por Tuma ao diretor jurídico do Corinthians:

Prezado Diretor,

Cumprimentando-o cordialmente, face inúmeras notícias veiculadas na data de hoje, por vários órgãos de imprensa, dando conta de que uma grande operação policial denominada “Integration” realizou buscas, apreensões e prisões em vários Estados da Federação, envolvendo influencers, artistas e ao menos duas empresas de apostas, especialmente a ex-patrocinadora do Sport Club Corinthians Paulista (Vai de bet) e a atual (Esportes da Sorte), onde inclusive se noticia que houve decisão judicial de sequestro de bens e valores, com bloqueio judicial de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões, em atenção as prerrogativas do órgão de fiscalização que presido bem como resguardar os interesses institucionais do nosso Clube, venho pelo presente questionar se a Administração já tomou alguma providência no sentido de buscar informações sobre os fatos e se há algo que possa afetar os interesses do SCCP, bem como a necessidade de notificar a atual patrocinadora para que explique os fatos noticiados face as cláusulas anticorrupção que devem fazer parte do contrato firmado com nossa agremiação.

Na certeza de que Vossa Senhoria saberá conduzir esse assunto buscando resguardar os mais legítimos interesses do Corinthians e protegendo nossa Instituição de novo escândalo, encareço resposta com a maior brevidade possível. Certo do vosso pronto atendimento, reitero votos de elevada estima e grande consideração.

Romeu Tuma Junior, Presidente do Conselho Deliberativo

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Romeu Tuma Jr. fala sobre reforma estatutária no Corinthians: “Não vamos excluir nenhuma proposta”

  • Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na última quarta-feira, 8, o presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians Romeu Tuma Junior concedeu uma entrevista exclusiva à Central do Timão e abordou diversos temas, incluindo algumas das pautas que estão sendo debatidas no âmbito da reforma estatutária do Timão – uma delas, o tempo de mandato do presidente.

“Eu acho realmente que é pouco, porque sempre se leva um bom tempo do primeiro ano para ajustar a equipe, alinhar o seu projeto. Você apresenta um plano de governo para o presidente, como é que vai fazer a gestão. Quando chegar no segundo ano, você começa a fazer as coisas andarem, você já está chegando em vez para ter eleição pelo terceiro e para tudo”, explicou Tuma.

O dirigente continuou o raciocínio: “Então, eu acho que quatro anos seria um bom tempo de mandato, sem reeleição. Eu acho que quatro anos seria um bom tempo de mandato para alguém tentar planejar, começar a construir alguma coisa que dê sentido para quem vem continuar. Porque, senão, as coisas ficam tudo pela metade, não gera alguma obra que a gente consiga continuar.”

O presidente do CD também falou sobre uma sugestão de mudança nos processo de transição de gestão no Corinthians. No final de 2023, houve internamente alguns desentendimentos e polêmicas no Corinthians, por conta de determinados contratos e acertos feitos pela gestão Duilio após já ter perdido a eleição para Augusto Melo.

“Temos uma previsão estatutária que depois da eleição, até a posse, cria-se uma comissão de transição, e ali essas coisas devem ser debatidas, até para a transparência maior. Às vezes, tem contrato que terminou e tem que fazer um novo, porque não pode parar a administração, as coisas têm que acontecer, não pode parar esperando a posse do novo presidente. O próprio orçamento”, explicou Tuma, completando:

“O que a gente está propondo agora é que essas coisas mais delicadas, mais relevantes, sejam obrigatoriamente passadas pelo Cori (Conselho de Orientação), que é um conselho menor, de administração. Porque tem que acreditar na boa fé das pessoas, claro. E também não pode tirar o poder do presidente do clube, porque é o mandatário. Mantém a liberdade do atual presidente, mas também dá uma certa segurança.”

O dirigente concluiu sua fala sobre o tema dizendo que a comissão de reforma estatutária irá “trazer os debates importantes sobre o Corinthians para dentro do clube”, e não se furtará de debater qualquer assunto, inclusive o direito de voto para o corinthiano membro do Fiel Torcedor.

“A gente não vai excluir nenhum tipo de proposta. O debate estava na mídia, não tem sentido, é o tempo de debater aqui dentro. É a nós que interessa, é o clube que interessa. Se os conselheiros aceitarem e acharem que é bom, vai. Se acharem que é ruim, não vai. O que não vai acontecer mais é o assunto ser debatido lá fora, não debatido. Então, é o conselho, é o clube e é a interna política.”

Romeu Tuma Júnior, conselheiro vitalício do Corinthians, foi eleito no início deste ano para presidir o Conselho Deliberativo pelo próximo triênio (2024-2026). O delegado e ex-Secretário Nacional de Justiça já ocupou o cargo de vice-presidente de futebol do Timão na década de 1990 e concorreu à presidência do clube em 2018.

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