- Por Samuel Cavalcante | Redação da Central do Timão
Memphis Depay chegou ao Corinthians em setembro e precisou fazer ‘minis pré-temporadas’ para chegar em sua condição física ideal para desempenhar um bom futebol dentro de campo. Vale lembrar, quando ele chegou ao clube, estava há dois meses sem atuar. O preparador físico do Timão, Reverson Pimentel, contou como foi o processo de preparação para que o holandês pudesse estar apto para jogo.
“A grandeza do Memphis repercute notícias no mundo todo. A gente sabia que o primeiro momento que ele pisasse o pé no aeroporto do Brasil, em Guarulhos, já existiria uma pressão para no dia seguinte ele jogar. É lógico que a gente sentou com os departamentos, buscou todo o histórico dele, que vocês também já sabem, com certeza puxou”, iniciou Pimentel à Rádio Craque Neto.
“A gente conversou muito para tomar a decisão, e naquele momento a gente segurou pelo menos uns dez dias para que tivesse uma condição mínima, sabendo também que a responsabilidade desse jogador dentro de campo é muito grande, porque ele também não podia lesionar”, disse.
“Se a gente vacilar, dentro da preparação desse atleta lesionar, a gente ia perder ele por restante da temporada, talvez. Então a gente, com o entendimento do atleta também, a gente avaliou, detectou. A comissão do Ramon entendeu perfeitamente que precisava de alguns dias para ele se adaptar, e dentro de alguns dias a gente foi colocando em algumas partidas, controlando a minutagem e a recuperação”, continuou.
“A entrega do Memphis foi sensacional, o entendimento dele foi maravilhoso, a forma como ele se recuperou. E dia a dia ele foi melhorando. Lógico que talvez o torcedor fala em 10 dias, o torcedor acha que em 10 dias ele já vai estar na forma, e você nem pode falar isso com propriedade. A gente estava em meio de temporada, o Memphis chegou num período de férias. Então a gente sabia do tempo que ele ia demorar para condicionar”, contou.
“Às vezes o torcedor dentro daquele momento, a equipe precisando, o torcedor já queria no primeiro jogo o Memphis que estava talvez terminando uma temporada. Mas também todo o setor tendo essa paciência, o Memphis também entendia como o que ele precisava melhorar, era um cara que diariamente participava e entrava dentro da Fisiologia”, explicou.
“O Diego, que é o preparador do Ramón, comanda bem a língua, falava com ele diariamente, ele se cobrava muito para ter essa melhora. E ele, com tudo que foi feito, ele terminou o ano de forma maravilhosa, de forma como foi planejado. Lógico que também contou muito com o entendimento do atleta em entregar o que precisava”, continuou.
“O Memphis sabia da responsabilidade que era vestir a camisa do Corinthians. Eu acho que foi um atleta que comenta falar que desde quando desceu no aeroporto ele entendeu a grandeza do clube, ele entendeu a grandeza da torcida e ele entendeu a responsabilidade que era vestir a camisa e ele entregou tudo que podia entregar”, finalizou.
Memphis agora tem o desafio de passar por uma temporada sem lesões, ao contrario do que aconteceu em seu último clube, onde sofreu muito fisicamente. O craque holandês já soma sete gols e quatro assistências em 14 jogos com o manto alvinegro.
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