Foram denunciados pela Justiça de Erechim (RS) os dois suspeitos pelo homicídio qualificado do jogador de futsal do Corinthians, Douglas Nunes da Silva, de 27 anos
Douglas foi atingido por um tiro em frente a um bar na área central de Erechim no último 11 de agosto. O atleta estava em Erechim para a disputa da Taça Brasil de Clubes de Futsal.
Os agora réus são Guilherme Henrique Oliveira e Ricardo Jean Rodrigues. Os dois estão presos. Ao site G1, os advogados informaram que ainda não ocorreram as citações no processo.
“Tomamos conhecimento e agora a defesa está tomando ciência da investigação e da acusação. A apresentação da defesa será feita dentro do prazo legal”, disse Valter Augusto Kaminski, que representa o réu Guilherme.
Já o advogado de Ricardo, Giovani Martini Loss, informou que “tomará ciência dos documentos juntados ao inquérito e a denúncia ofertada pelo Ministério Público para, posteriormente, apresentar a defesa no âmbito da ação penal.”
Ricardo se apresentou à polícia no dia do crime e confessou a autoria, em decorrência de uma briga que teve origem no interior do estabelecimento. De acordo com o decreto de prisão preventiva, depois da briga, o suspeito se retirou do local, e depois retornou para, então, atirar em Douglas.
Segundo o juiz da 1ª Vara Criminal de Erechim, as circunstâncias e a motivação se deram por motivos torpes e irrelevantes, revelando “o desprezo do representado pela vida humana, mostrando-se desproporcional o homicídio cometido em face de uma mera discussão em festa”.
Ricardo já foi condenado anteriormente por tráfico de drogas e associação para o tráfico, pela qual cumpria pena em prisão domiciliar — que foi desrespeitada na noite do crime.
“Isso evidencia a dificuldade do representado de se adequar às normas de convívio social, bem ainda a total desconsideração com o cumprimento da lei e das determinações judiciais”, atesta o magistrado.
A prisão preventiva do segundo réu, Guilherme, foi decretada em 22 de agosto, e cumprida dias depois. Guilherme estaria dirigindo o veículo usado pelo autor dos disparos para retornar ao bar e matar Douglas. Para o magistrado, ele prestou auxílio material a Ricardo, ao levá-lo, após a briga, até a boate com seu próprio veículo e ter fornecido a arma de fogo utilizada na prática do assassinato.
O juiz citou ainda que é possível que ele esteja ocultando a arma de fogo utilizada na prática do crime, para prejudicar o andamento da investigação ou a realização de perícia na referida pistola.
Redação da Central do Timão