- Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
Na semana passada, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou a suspensão do pagamento das parcelas do Profut pelos clubes durante o período de calamidade pública causado pela pandemia.
O presidente argumentou em despacho ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que os vetos ocorrerem por a solicitação contrariar o interesse público e por ser inconstitucional.
Segundo Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte, o Corinthians mantem o pagamento mensal das parcelas do Profut no valor de R$ 300 mil (valor revelado ao jornalista pelo próprio Clube), mesmo durante a crise financeira maximizada pela pandemia. As parcelas são pagas sempre no último dia útil de cada mês. O não pagamento das parcelas do PROFUT gera imediata eliminação do programa e a perda dos benefícios.
Veja a lista completa dos valores das parcelas dos principais clubes brasileiros com o Profut, segundo Rodrigo Capelo:
Clube | Profut (em R$ por mês) |
Athletico-PR | 75.000 |
Atlético-GO | 80.000 |
Atlético-MG | 500.000* |
Bahia | 440.000 |
Botafogo | 1.400.000 |
Red Bull Bragantino | Não aderiu |
Ceará | Não respondeu |
Corinthians | 300.000 |
Coritiba | Não quis revelar |
Cruzeiro | Excluído |
Flamengo | 1.500.000 |
Fluminense | 830.000 |
Fortaleza | 60.000 |
Goiás | 120.000 |
Grêmio | 400.000 |
Internacional | 300.000 |
Palmeiras | Não aderiu |
Santos | 600.000 |
São Paulo | 250.000 |
Sport | Não aderiu |
Vasco | 1.400.000 |
O Profut foi instituído em 2015, ainda no governo de Dilma Rousseff, e permitiu o reparcelamento de impostos atrasados em até 240 parcelas mensais. Houve descontos em juros, multas e encargos. Refere-se ao Capítulo I da Lei nº 13.155 e prevê “o objetivo de promover a gestão transparente e democrática e o equilíbrio financeiro das entidades desportivas profissionais de futebol.” Nos primeiros anos, as parcelas foram mínimas para facilitar o ajuste das contas.
Em resumo, é a lei de responsabilidade fiscal do futebol. O Profut acertou o parcelamento das dívidas dos clubes com a Secretaria da Receita Federal no Brasil do Ministério da Fazenda, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Banco Central do Brasil e o Ministério do Trabalho.