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Conmebol aplica punição branda a preparador físico do Universitario em caso de racismo

  • Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

O polêmico caso de racismo que ocorreu na partida de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana, entre Corinthians e Universitário-PER, no dia 11 de julho na Neo Química Arena, teve desfecho nesta semana. A Conmebol decidiu suspender o uruguaio Sebástian Avellino Vargas, preparador físico do clube peruano, por dez jogos.

A decisão é relativa ao caso de racismo cometido por Sebástian Avellino na Neo Química Arena na partida pela Copa Sul-Americana, quando o uruguaio imitou macacos para a torcida do Corinthians. A branda punição foi baseada no artigo 15. 1 do código disciplinar da Conmebol.

Foto: ALEXANDRE LOUREIRO/AFP via Getty Images

“Qualquer jogador ou oficial que insultar ou atentar contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivos a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por pelo menos dez (10) partidas ou por um período mínimo de quatro (4) meses”, diz o artigo.

Além disso, ainda não se sabe se o Universitario sofreu ou sofrerá alguma punição, apesar dos atos racistas terem sido cometidos por um profissional que faz parte da comissão técnica e representa o clube. O time peruano ainda pode entrar com um recurso e pedir revisão da decisão à Comissão de Apelações da Conmebol.

Além da punição esportiva, Sebastián Avellino Vargas ainda responde a dois crimes na Justiça brasileira: prática ou incitação de discriminação ou preconceito de cor, raça ou etnia, com o agravante de ter acontecido em um evento esportivo, que prevê pena de até cinco anos de prisão; e o de promover tumulto ou incitar a violência, que pode render até dois anos de prisão.

Em julho, a Justiça de São Paulo recebeu uma denúncia do Ministério Público e tornou Avellino réu. Entretanto, foi concedida liberdade provisória ao preparador físico do Universitário-PER.

Nesta quinta-feira, 17, a Conmebol anunciou um acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, visando intensificar o combate à atos antidesportivos em suas competições continentais. O observatório pretende realizar um plano de alfabetização racial e de diversidade, além de campanhas para educar sobre o racismo nos torneios.

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Notícias do Corinthians

Treinador do Universitario compara comemoração de volante do Corinthians com gesto racista

  • Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

O Corinthians voltou a vencer o Universitario, do Peru, agora por 2 x 1, na noite da última terça-feira, 18, e avançou às oitavas de final da Copa Sul-Americana em um jogo marcado por uma confusão generalizada nos minutos finais do segundo tempo. O tumulto começou após o garoto Ryan, de apenas 20 anos, marcar seu primeiro gol como profissional nos acréscimos e mostrar a camisa para a torcida peruana.

Pela provocação aos 80 mil torcedores presentes no Estádio Monumental de Lima, Ryan acabou expulso pelo árbitro Wilmar Roldán. E o gesto do volante não foi nem um pouco bem visto pelo Universitario. Logo após o jogo, o técnico adversário, Jorge Fossati, comparou a atitude do garoto com um gesto racista cometido pelo preparador físico Sebastian Avellino Vargas no duelo de ida, na Neo Química Arena.

No jogo de lá (Neo Química Arena), falaram ‘índio’ ao banco de reservas durante todo o jogo. Que eu saiba, índio pretende ser uma palavra ofensiva ou racista. Isso não se falou lá, parece que ninguém ficou sabendo, só escutaram um lado. Agora aqui, de novo, não aconteceu nada pelo gesto (de Ryan) de mostrar a camisa. Isso é rir da cara ou o quê? O garoto tem o que, 12 anos?, iniciou Fossati, logo após o jogo.

Do lado alvinegro, o técnico Vanderlei Luxemburgo e o atacante Róger Guedes, em entrevista coletiva, se desculparam com os peruanos pelo gesto de Ryan. As desculpas, no entanto, não colaram para Jorge Fossati.

Mas lá, por um gesto, tem um preparador físico preso há sete dias. Aqui tem que desculpar porque, pobrezinho, é um jovenzinho, declarou o técnico uruguaio.

Sebastian Avellino Vargas está preso há uma semana no Brasil após imitar um macaco em direção à torcida do Corinthians na Neo Química Arena, durante um aquecimento dos jogadores reservas do Universitario. Vídeos mostraram os gestos racistas do membro da comissão técnica adversária. Ele teve o pedido de habeas corpus negado e segue detido.

Dentro de campo, o Corinthians conquistou sua vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O próximo adversário do time na competição será o Newell’s Old Boys, da Argentina. Os jogos de ida e volta serão disputados nas semanas dos dias 2 e 9 de agosto.

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Preparador físico do Universitario fica preso em São Paulo por racismo

  • Por Bruno Pantarotto e Vinicius Lúcio / Redação da Central do Timão

O preparador físico do Universitario, do Peru, que enfrentou o Corinthians na noite desta terça-feira, 11, foi detido pela Polícia após fim da partida na Neo Química Arena. O profissional teria imitado macaco e proferido a palavra “monos”, que na tradução, significa macacos.

De acordo com a apuração da Central do Timão, o profissional ficará em prisão preventina em São Paulo e não irá retornar ao Peru. Junto a isso, Sebastian Avellino Vargas responderá por crime de racismo.

Preparador físico do Universitario é preso após caso de racismo — Foto: Miguel Schincariol / Getty Images

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injúria racial como crime de racismo – que já era considerado delito no país pela Lei 7.716, de 1989. Com a sanção, a penalidade foi aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão.

Vale lembrar, nos últimos meses, a a Conmebol endureceu as sanções contra atos de discriminação em todas as competições da entidade “por motivação de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem”.

A entidade revelou que a multa mínima a ser aplicada a clubes ou associação em que o torcedor infringir a regra, passa a ser de US$ 100 mil (cerca de R$ 485 mil), o valor anterior era de US$ 30 mil (cerca de R$ 145 mil).

A Conmebol também alterou uma coisa importante: agora, o tribunal que decide sobre esses casos pode punir um time de futebol fazendo com que ele jogue uma ou várias partidas sem a presença da torcida, ou até mesmo fechando o estádio de forma parcial.

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