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Há 20 anos o Corinthians conquistava o Tricampeonato Brasileiro

Numa final de mata-mata o Timão tinha a chance de se consagrar tricampeão brasileiro, sendo dois títulos consecutivos e em cima de times mineiros. Além disso, poderia concluir o feito inédito de ser campeão Paulista e Brasileiro no mesmo ano

Esquadrão Imortal – Tricampeão Brasileiro – 1999 – Foto: Reprodução Internet

Um time que contava com muitos jogadores de qualidade, especialmente no setor de meio campo e que foi reforçado com grandes nomes como o goleiro Dida e o artilheiro Luizão, esse era o Corinthians de 99, atual campeão Brasileiro que buscava defender o título nacional.

Para a disputa do campeonato nacional chegaram ao clube o goleiro Dida, os zagueiros Nenê e João Carlos, o volante Marcos Senna, o lateral César, além do meia Luiz Mario e o artilheiro nato Luizão, todos esses se juntaram aos remanescentes do título da temporada anterior para conquistar mais uma vez a competição.

Na primeira fase foram 21 jogos, com 14 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, e o time avançou às quartas de final para enfrentar o Guarani, e por ter melhor campanha o Corinthians tinha vantagem e jogava por 3 empates para seguir na competição. Contra o time campineiro foram 2 empates 0x0 no primeiro jogo e 1×1 na terceira partida, o segundo jogo foi vencido pelo Timão pelo placar de 2×0, assim o time avançou para a fase semifinal para um confronto muito difícil contra o rival São Paulo.

Na primeira partida no estádio do Morumbi aconteceu o fato mais marcante daquele campeonato, quando o goleiro Dida defendeu dois pênaltis cobrados por Raí e assim assegurou a vitória Corinthiana pelo placar de 3×2. Na segunda partida, o Timão venceu por 2×1 e foi para a final para enfrentar o Atlético Mineiro. 

No Morumbi lotado, Marcelinho levanta a taça do Tricampeonato do Corinthians 1999 – Foto: Nélson Almeida

No primeiro jogo da final o Corinthians foi superado pelo placar de 3×2, na segunda partida o Timão superou o Galo por 2×0 com dois de Luizão e levou para o jogo decisivo a vantagem do empate e no dia 22/12/99, sem Luizão, suspenso, Dida; Índio, Márcio Costa, João Carlos e Kléber; Vampeta (Marcos Senna), Gilmar (Edu), Rincón e Ricardinho; Marcelinho (Dinei) e Edílson entraram em campo no Morumbi para os 90 minutos finais, e com o placar de 0x0 o time comandado por Osvaldo de Oliveira conquistou o título Brasileiro.

Capitão Gamarra com a taça do Campeonato Paulista 1999. Naquele ano, o Corinthians conquistava, pela primeira vez, Paulista e Brasileiro. – Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. LancePress

Um time de grande qualidade técnica, com destaque para o artilheiro Luizão que marcou 21 gols, e um meio campo dos melhores que o time já teve na história com Rincón, Vampeta, Ricardinho e o craque do campeonato Marcelinho, o Timão encantou pelo bom futebol e pela primeira vez na história venceu o campeonato Paulista e Brasileiro no mesmo ano.

Por Josy Londres

BLOG DA JOSY LONDRES: Jogadores: felizes e satisfeitos; Eu: aliviada e preocupada

O fim do campeonato brasileiro trouxe um alívio, um sentimento de que finalmente o sofrimento cessou, pelo menos por enquanto, e preocupação por saber que vem por aí uma temporada com um calendário apertadíssimo, competições importantes iniciando logo nos primeiros meses do ano, treinador, comissão técnica, filosofia de jogo tudo novo, e tudo sem o tempo ideal para a adaptação.

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Enquanto eu, e acredito a maioria dos torcedores tem esse mix de sentimentos em relação ao time para a temporada 2020, o que se tem ouvido da maioria dos jogadores é que estão “felizes com a classificação para a libertadores”, vaga essa que não viria se não fossem os títulos de Flamengo e Athletico, vaga “conquistada” na 8° colocação, após derrota para os garotos do Fluminense.

Jogador que fala em “poder de reação “…  ok o time vivia um momento conturbado, de confiança baixa, mas que poder de reação é esse que perde para Botafogo, Atlético MG,  Fluminense e não sai do lugar?

Não entendi tanta comemoração pela vaga na pré-Libertadores,  seguida de folga, rachão e jogo completamente descompromissado, diferente inclusive do que fizeram os campeões do Brasileiro e Copa do Brasil que seguiram jogando com seriedade após as conquistas. 

Se a minha impressão em relação ao comportamento de alguns jogadores do atual elenco não está errada, mostra muito bem o porque tivemos uma temporada tão irregular, com mais baixos do que altos, atletas que não sentem derrotas inclusive em casa, jogadores que antes comemoravam título no clube hoje estarem satisfeitos com um sofrível 8° lugar é inadmissível. 

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A diretoria do Corinthians precisa elevar e muito o nível técnico dos jogadores que chegarão, mas é preciso se atentar também às características de comportamento deles, para jogar no Corinthians é preciso ter ambição, raça, poder de decisão. Quem se contenta com meio de tabela não pode ter espaço no Timão. 

E por fim gostaria de dizer que tudo o que disse até agora não se aplica ao técnico Dyego Coelho pelas circunstâncias em que ele assumiu o time.

Sou Josy Londres, cozinheira de profissão,  Educadora física em formação, com DNA Corinthiano e você pode me seguir no Twitter: @JosyLondresSccp  

BLOG DA JOSY LONDRES: Jogo Desleal – Até onde vai a crueldade?

O futebol é um esporte capaz de aflorar muitos sentimentos em seus torcedores, emoção, expectativa, êxtase, alegria, tristeza, decepção. O futebol parece mesmo ter o poder de colocar para fora até os sentimentos que ficam no mais íntimo das pessoas, e isso, infelizmente acontece tanto no lado positivo, quanto no negativo. Cenas lamentáveis são recorrentes nas arquibancadas e até fora delas, racismo, violência moral e física atingem atletas, torcedores e muitas não são tratadas pelas autoridades com o rigor necessário para excluir tais comportamentos.

Agressões como as que vimos na última semana após o clássico entre Flamengo x Botafogo quando ” torcedores do Botafogo” espancaram um homem também torcedor do Botafogo, por acreditarem ser flamenguista, a jovem que foi expulsa e quase agredida por estar acompanhando o namorado no Pacaembu, no clássico do último sábado  no Allianz Parque, a briga generalizada nas arquibancadas do Castelão após o clássico entre Fortaleza e Ceará.

 (Foto: Marcos Ribolli)

A intolerância vem manchando com sangue esse esporte que tanto amamos. Outro fato que não é novo e causa vergonha, revolta, são os frequentes casos de racismo, hoje afetaram os brasileiros Dentinho e Taison que defendiam o Shakhtar Donetsk no duelo diante do Dínamo de Kiev da Ucrânia, torcedores do Dínamo fizeram ofensas racistas contra os jogadores, Taison chegou a bater boca com os agressores, chutou a bola para longe e terminou expulso da partida. Já no estádio do Mineirão durante o clássico Cruzeiro x Atlético MG um segurança sofreu ofensas racistas vindas da arquibancada.

Esse fato se repete mundo afora, e a lista de exemplos é tão grande, quanto revoltante. Apesar da gravidade das ações, pouco se vê das autoridades para combater atos tão repugnantes, as brigas e até mortes se acumulam no Brasil, mas parece haver uma lei paralela onde vandalismo, agressões e mortes passam impunes pelas autoridades. A torcida única, medida tomada pelo Ministério Público em São Paulo, mais prejudica a quem deseja ver o espetáculo do que quem está disposto a brigar, já que muitas dessas brigas acontecem longe dos estádios.

(Foto: Reprodução/Twitter/ArenaCorinthians/Timão Run 2014)

Quanto aos casos de racismo. faltam atitudes severas por parte das federações que organizam o futebol, por que as punições não são severas? Por que jogadores precisam seguir cumprindo seus contratos diante de tamanha agressão moral?

Até quando vamos ter de conviver com o lado mais obscuro do ser humano sendo mostrado e justificado pelo “amor” ao clube, ou para “defender” o clube do coração?

Não podemos mais achar normal, não podemos aceitar que um ingresso traga junto o direito de ferir pessoas, desrespeitar o próximo, ofender outro ser humano por qualquer que seja a justificativa. Por mais empatia, por mais respeito, por mais amor ao próximo, essa precisa ser a torcida de todas as torcidas, a luta de todos os clubes e a responsabilidade das autoridades.

Racismo e violência não é uma derrota apenas do futebol, mas de todos nós.
 

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Cozinheira de profissão,  Educadora física em formação, com DNA Corinthiano. 

BLOG DA JOSY LONDRES: Precisamos de continuidade em campo

A continuidade tem sido um dos assuntos mais comentados quando o assunto é Corinthians ultimamente. Além da diretoria que é do mesmo grupo político desde que Andrés Sanchez assumiu a presidência do clube em 2007, o Corinthians mantém um hábito atípico no Brasil, é um dos times que menos troca de treinador, Mano Menezes e Tite saíram do clube para servir a Seleção brasileira ou ao final do contrato, Fábio Carille assume a equipe no início de 2017 e permanece à frente da equipe até que aceita proposta e se transfere para um clube Árabe, após poucos meses ele retorna ao clube, onde segue seu trabalho mesmo em meio a muita pressão pelo péssimo momento vivido pela equipe.

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Que a continuidade de trabalho tem tido resultados extraordinários nos últimos anos é inegável, o clube vive uma série de conquistas desde estaduais até a conquista da tão sonhada Libertadores e o bicampeonato Mundial interclubes.

Porém, essa continuidade não acontece quando o assunto é formação de elencos, e a cada título conquistado o time sofre um desmanche, os principais jogadores são negociados e outros chegam causando um processo de reformulação.

Pensando em todos os jogadores que o clube negociou (a maioria com valores baixíssimos) nos últimos 5 anos é possível montar um time com qualidade muito superior ao que temos hoje, ou seja, o que é bom poderia ser ainda melhor se a administração do clube se preocupasse em manter a base de um time campeão para conquistar ainda mais. Essas trocas constantes tem causado anos em que o clube fica sem conquista e sem conseguir apresentar um bom futebol, foi assim em 2014, 2016, 2018 e também 2019, onde mesmo com a conquista do campeonato Paulista o desempenho da equipe tem sido bem abaixo do esperado.

Espero que a diretoria mude essa postura de negociar os principais jogadores a cada sequência boa da equipe pois com a atual postura comemoramos um título e em seguida já ficamos preocupados com o futuro próximo.

Considerando os jogadores que saíram e voltaram para o clube vou listar a seguir uma relação de jogadores que deixaram o clube após conquistas importantes nos últimos 5 anos: Felipe, Gil, Balbuena, Pablo, Uendel, Arana, Edílson, Ralf, Elias, Bruno Henrique, Renato Augusto, Jadson, Guerrero, Romero, Jô, Malcon, Rodriguinho, Vagner Love.

Quando se perde tão facilmente jogadores de tamanha qualidade se compromete o trabalho realizado pelo treinador, seja ele quem for.

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