Arquivo da tag: oswaldo brandão

Há 107 anos, nascia Oswaldo Brandão, um dos maiores técnicos da história do Corinthians

  • Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão

Em 6 de fevereiro de 1955, na decisão do Paulista que valia o IV Centenário de São Paulo contra o Palmeiras, quem comandava o Corinthians do banco de reservas do Pacaembu era o técnico Oswaldo Brandão. Em 13 de outubro de 1977, no Morumbi lotado para ver a decisão do Paulista contra a Ponte Preta que marcaria o fim de um longo tabu sem títulos, o técnico corinthiano era o mesmo Brandão.

Datas históricas, sem dúvidas, tanto quanto o 18 de setembro de 1916, quando o maior comandante dos primeiros 100 anos do clube nasceu em Taquara, Rio Grande do Sul. Pelo Timão, foram cinco passagens, sendo três delas vitoriosas. 1954-1957 (campeão paulista e do Rio-SP em 1954), 1964-1966 (campeão do Rio-SP em 1966) e 1974-1978 (campeão paulista em 1977), além das passagens em 1968 e 1980-1981.

Foto: Reprodução/Corinthians.com.br

Mais do que um mero treinador vencedor, campeão por onde passou, Brandão, para o corinthiano e para a história do futebol, é um ícone, tanto dos dourados anos 50 quanto do simbólico ano de 1977. Tanto do Timão quanto de seu maior rival. Tanto do Brasil quanto da Argentina, onde foi campeão nacional pelo Independiente em 1967.

Uma das efêmeras homenagens que o treinador obteve postumamente ocorreu em 2009, com a criação de uma taça com seu nome a ser disputada em todo confronto entre Corinthians e Palmeiras. A estreia da disputa coincidiu com o épico gol de estreia de Ronaldo Fenômeno, de cabeça, após cruzamento de Douglas.

Mais do que títulos, homenagens e livros, o nosso libertador merece a eterna gratidão da torcida corinthiana. Foi, sem dúvida, o maior técnico dos primeiros 100 anos da história do Corinthians – e, não fossem os feitos de Tite, certamente seria unanimidade entre quem conhece a história do clube. O paletó de ambos os gaúchos é um dos tantos pontos de contato entre dois treinadores carismáticos, conhecedores e vencedores.

Sob o comando do clube do Parque São Jorge, foram 438 jogos comandados, o treinador com mais partidas pelo Corinthians. Todos esses confrontos resultaram em 253 vitórias, 93 empates e 92 derrotas, que somam um aproveitamento de aproximadamente 64,8% dos pontos disputados.

Confira a homenagem do Corinthians:

Veja mais:

Conheça a Fala Timão: a operadora de telefonia móvel que conecta você ao Corinthians, com cobertura em todo o Brasil e ainda 50% de desconto em seis recargas para os sócios do Fiel Torcedor. Apoie o clube a cada recarga realizada e aproveite diversos benefícios exclusivos!

Pendurados: Corinthians pode perder diversos titulares para duelo contra o Botafogo

Corinthians pode subir até quatro posições no Brasileirão com possível vitória contra o Grêmio

Candidato a vice de Augusto em 2020 se une a Negão e vai encabeçar chapa para Conselho do Corinthians

Notícias do Corinthians

Cuca é o oitavo treinador a comandar os quatro grandes de São Paulo; relembre todos

  • Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão

O treinador Cuca foi anunciado como novo comandante do Corinthians, na tarde desta quinta-feira, 20. Com a oficialização, ele entrou para um seleto grupo de profissionais que estiveram na beira do campo sob o comando de todos os quatro grandes do estado paulista, São Paulo, Palmeiras, Santos e o Time do Povo.

Aymoré Moreira, Carlos Alberto Silva, Emerson Leão, Nelsinho Baptista, Osvaldo Brandão, Oswaldo de Oliveira e Rubens Minelli são os sete nomes que ocupavam a lista anteriormente, com Cuca sendo o oitavo. Para a Fiel, o nome mais reconhecido é de Oswaldo Brandão, técnico com mais jogos na história do clube.

Foto: Reprodução/Internet

Outros nomes mais marcantes são Nelsinho Baptista e Oswaldo de Oliveira, campeões dos primeiros brasileiros e mundiais do Corinthians, respectivamente. Contudo, são ofuscados por Brandão, que é considerado ídolo pelas torcidas do Timão e Palmeiras.

Ainda existem outros treinadores que chegaram perto de entrar na lista, como Luxemburgo e Vagner Mancini, que treinaram três dos quatro grandes, e ainda podem conseguir, pois não se aposentaram.

Com Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil no currículo, Cuca tentará alcançar os títulos conquistados por estes treinadores com a camisa do Corinthians. Seu contrato é válido até o fim desta temporada, quando também acaba o mandato da gestão de Duilio Monteiro Alves.

Veja mais:

Com portões fechados, Corinthians goleia Atlético-MG no Brasileirão Feminino Sub-20

Guedes relembra futebol ‘bonito’ do Corinthians no início do ano e enfatiza: “Uma hora vai jogar mal”

Cuca é anunciado como treinador do Corinthians

Notícias do Corinthians

Há 67 anos, Corinthians era campeão do Torneio Rio-SP em cima do Palmeiras

  • Por Levi Natan / Redação da Central do Timão

Neste sábado, dia 10 de julho, completam 67 anos que o Corinthians conquistava seu terceiro título do Rio-São Paulo. Em partida realizada no estádio do Pacaembu, o Corinthians enfrentou o arquirrival Palmeiras pela última rodada da competição inter-estadual e venceu por 1×0, com gol de Cláudio, o maior artilheiro da história do Timão.

Na edição de 1954, o Torneio Rio-São Paulo foi realizado em pontos corridos. O Corinthians estava em segundo lugar na última rodada da competição, com 12 pontos, e enfrentou o Palmeiras, que com a mesma pontuação que a do Timão, também tinha chances de levantar a taça. O Alvinegro estava atrás apenas do Fluminense, que duelaria contra o Vasco.

Foto: Arquivo Corinthians

Com a vitória do Alvinegro, o Timão tirou qualquer chances de título do arquirrival e dependeu somente de um tropeço do Tricolor Carioca sobre o Cruz-Maltino. E foi o que aconteceu. O Vasco venceu o Fluminense por 1×0 no Maracanã e o Corinthians, que venceu o Palmeiras pelo mesmo placar, se sagrou campeão do Torneio Rio-SP pela terceira vez.

O jogo do título também marcou a estreia do técnico Oswaldo Brandão, treinador que mais vezes comandou o Corinthians, em 436 ocasiões, seguido por Tite, que esteve em 378 oportunidades à frente da equipe alvinegra.

Veja mais:

Confira o segundo episódio da série da Central do Timão, “Gaviões da Fiel – Primeira Geração”

Saiba quem é o único candidato à “lei do ex” no duelo entre Corinthians e Fortaleza

Invicto como visitante, Corinthians enfrenta o Fortaleza que ainda não perdeu como mandante

Corinthians tem 70% de aproveitamento na Arena Castelão contra o Fortaleza

Notícias do Corinthians

Oswaldo Brandão completaria 104 anos nesta sexta

Mítico treinador é considerado por muitos como o maior técnico da história do clube

Noite inesquecível de 13 de outubro de 1977. O Corinthians vence e Brandão é festejado pela torcida. (Foto Reprodução)

Em 6 de fevereiro de 1955, na decisão do Paulista que valia o IV Centenário de São Paulo contra o Palmeiras, quem comandava o Corinthians do banco de reservas do Pacaembu era o técnico Oswaldo Brandão. Em 13 de outubro de 1977, no Morumbi lotado para ver a decisão do Paulista contra a Ponte Preta que marcaria o fim de um longo tabu sem títulos, o técnico corinthiano era o mesmo Brandão.

Datas históricas, sem dúvidas, tanto quanto o 18 de setembro de 1916, quando o maior comandante dos primeiros 100 anos do clube nasceu em Taquara, Rio Grande do Sul. Pelo Timão, foram cinco passagens, sendo três delas vitoriosas:

1954-1957 (Campeão Paulista e do Rio-São Paulo em 1954)
1964-1966 (Campeão do Rio-São Paulo dividido com outros clubes em 1966)
1968
1974-1978 (Campeão Paulista em 1977)
1980-1981

(Foto Redprodução)

Em retrospecto, Brandão comandou craques como Cláudio, Luizinho, Baltazar, Gylmar e Roberto Belangero até Dino Sani, Mané Garrincha, Rivellino e, mais tarde, Palhinha, Basílio e Sócrates. Riqueza pouca é bobagem!

Mais do que um mero treinador vencedor, campeão por onde passou, Brandão, para o corinthiano e para a história do futebol, é um ícone, tanto dos dourados anos 50 quanto do simbólico ano de 1977. Tanto do Timão quanto de seu maior rival. Tanto do Brasil quanto da Argentina, onde foi campeão nacional pelo Independiente em 1967.

Uma das efêmeras homenagens que o treinador obteve postumamente ocorreu em 2009, com a criação de uma taça com seu nome a ser disputada em todo confronto entre Corinthians e Palmeiras. A estreia da disputa coincidiu com o épico gol de estreia de Ronaldo Fenômeno, de cabeça, após cruzamento de Douglas. Inesquecível, com a benção de Brandão.

(Foto Reprodução)

Mais do que títulos, homenagens e livros, o nosso libertador merece a eterna gratidão da torcida corinthiana. Foi, sem dúvida, o maior técnico dos primeiros 100 anos da história do Corinthians – e, não fossem os feitos de Tite, certamente seria unanimidade entre quem conhece a história do clube. O paletó de ambos os gaúchos é um dos tantos pontos de contato entre dois treinadores carismáticos, conhecedores e vencedores.

Oswaldo Brandão
Nascimento 18 de setembro de 1916, Taquara, RS
Falecimento 29 de agosto de 1989,  São Paulo/SP (foto reprodução)

Para além dos 435 jogos (recordista), das 251 vitórias, 93 empates e 91 derrotas, a Central do Timão deixa mais uma homenagem no dia em que Brandão completaria 103 anos. Mais do que técnico, libertador, espírita kardecista, campeão, Oswaldo Brandão é um inesquecível homem, com suas falhas, fraquezas e conquistas, que o Corinthians teve a sorte (se alguém acredita nela) de possuir em sua rica história.

Por Anthonio Delbon/Redação da Central do Timão

Leia mais:

+ Otero é convocado e será desfalque no Corinthians no começo de outubro

+ Corinthians homenageia Ronaldo Giovanelli com camisa, outro ídolo deve ser o próximo

+ Especulado no Palmeiras, joia do ABC tem preferência pelo Timão

Notícias do Corinthians

#77VIVE: Há 42 anos, Timão batia Ponte e quebrava longo tabu

No terceiro jogo das finais do Paulistão de 1977, Corinthians se impôs contra a Ponte Preta e, enfim, conquistou o estadual após quase 23 anos

Basílio, o herói de 77, o autor do gol do título Paulista de maior importância para a Fiel (Imagem/Reprodução/Internet)

Após vitória e derrota nos primeiros jogos das finais contra a Ponte Preta, o Corinthians foi para o terceiro jogo contra a Macaca disposto a findar o incômodo jejum de 22 anos, oito meses e seis dias sem conquistar o Campeonato Paulista. Curiosamente, a Fiel Torcida cresceu de forma considerável durante o período e, como de praxe, lotou o Estádio do Morumbi naquela noite, em 13 de outubro de 1977.

Imagem Reprodução/Youtube/Rádio Esportivo

O jogo começou nervoso e, logo aos 16 minutos de bola rolando, Rui Rei, craque da equipe campineira, foi expulso após discussão com o árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia, para delírio dos 93 mil Fiéis presentes no Morumbi.

Após primeiro tempo com ligeiro domínio corinthiano, o segundo tempo foi de duas equipes cautelosas e nervosas, com poucas oportunidades de gol, tamanha a importância daquela partida e o receio de deixar o tão sonhado título escapar.

O Corinthians jogava pelo empate até os 36 minutos do segundo tempo, quando Zé Maria bateu falta pela direita, Vaguinho bateu no travessão e sobrou para Wladimir cabecear e Oscar salvar em cima da linha. Mas, no rebote, Basílio fuzilou, sem chances para o goleiro Carlos, marcando um dos gols mais importantes da história do Corinthians.

Após o gol, a euforia tomou conta da Fiel no Morumbi e em todo o Brasil. Em campo, mesmo sem Geraldão, expulso após briga com o ponte-pretano Oscar, o Timão se segurou até o apito final, quando o Bando de Loucos invadiu o gramado e festejou sua primeira “libertação” ao lado de seus heróis. Brandão foi carregado nos ombros pela torcida corinthiana, que ajoelhava-se e comia a grama da partida. A festa foi tão grande, que até o então presidente do clube, Vicente Matheus, perdeu os sapatos.

(Foto: Acervo/Agência O Globo)

A conquista do Paulistão de 1977 é celebrada e enaltecida pelo Corinthians até os dias de hoje, chegando até mesmo a inspirar uniformes do clube lançados pela Nike, como em 2007, 2013 e 2017. Relatos afirmam que tal feito pode até mesmo ser considerado o maior da história do Alvinegro.

Um momento imortalizado na voz de Osmar Santos:
“O Corinthians, envolvido nessa chama, nessa religião e nessa bandeira.”

(Campanha: “Fé Alvinegra” – Nike
Criação: Wieden+Kennedy
Narração original de Osmar Santos na Rádio Globo em 77)

Corinthians, enfim, campeão Paulista de 1977! O ano de 1977 nunca terminou para os corações corinthianos.

Confira a entrevista que a Central do Timão fez com Wladimir, um dos ídolos de 77, sob a luz do lampião. Aproveite, inscreva-se no canal e clique no sininho para receber as atualizações em primeira mão.

Por Gabriel Salvati

30 ANOS QUE OSWALDO BRANDÃO NOS DEIXOU

Há exatos 30 anos, falecia Oswaldo Brandão, o treinador com mais jogos na história do Sport Club Corinthians Paulista

Foto: Edu Garcia/Estadão Conteúdo/AE

Oswaldo Brandão treinou o Corinthians em 435 oportunidades (1954/58, 1964/66, 1968, 1977/78 e 1980/81), tornando-se o técnico com mais números de jogos pelo clube paulista. Nascido no dia 18 de setembro de 1916, o ídolo corinthiano faleceu no dia 29 de julho de 1989.

Além dos títulos do Campeonato Paulista em 1954 e o Rio-São Paulo de 1954 e 1966, Oswaldo Brandão foi responsável por comandar a equipe que conquistou o histórico título do Campeonato Paulista em 1977.

Eternamente dentro dos nossos corações.

Por Redação Central do Timão

BLOG DO RICARDO RIBEIRO: Oswaldo Brandão, o Libertador

A Fiel carrega Oswaldo nos braços (imagem do livro “Oswaldo Brandão” de Maurício Noriega)

Na última segunda-feira, completaram-se 36 anos que ilustríssimo técnico e vitorioso Oswaldo Brandão fez a última partida comandando o Corinthians. Brandão sempre com muita sabedoria soube extrair muito dos nossos jogadores e tinha muito respeito e carisma com a fiel torcida.

Sua forma de agir, de conduzir o grupo e o que os próprios jogadores diziam sobre ele, o fez ser mais e mais respeitado por todos. Sempre muito austero, exigente e profissional ao extremo. Já em 1954, era conhecido pela sua capacidade de mudanças das partidas e a facilidade em manter o grupo todo coeso no objetivo proposto.

Aliás, foi ele que nos deu o título do IV Centenário e retornou para nos fazer acreditar que o título de 77 era possível e nós acreditamos até o apito final naquela quinta-feira, 13/10/77. Ao todo o amado Oswaldo Brandão dirigiu o Corinthians por 435 jogos intercalados por cinco passagens: De 1954 a 1957, 1964 a 1966, 1968, 1977 a 1978 e 1980 a 1981.

Dia 15 de julho de 1983, numa partida contra o Juventus, foi a despedida do ídolo.

Transcrevo, para os mais jovens, a narrativa brilhante do jornalista cronista esportivo Maurício Noriega, uma das que mais me faz voltar àquele dia 13 de outubro de 1977, uma passagem do livro “Oswaldo Brandão – Libertador Corinthiano, Herói Palmeirense” :

“13/10/1977

Uma multidão invadiu o gramado do estádio do Morumbi. Fazia apenas alguns segundos que o Corinthians tinha sido campeão paulista, após vinte e dois anos e alguns meses de jejum. Histeria coletiva, choro, gente percorrendo de joelhos o campo de jogo, pagando promessas.

O repórter Carlos Eduardo Leite, o Dudu, da TV Cultura de São Paulo, aproxima-se de José de Souza Teixeira, auxiliar técnico do Corinthians. Microfone em riste, ele percebe Teixeira inabalável, apenas observando.

Não vai comemorar, Teixeira?” – pergunta.

“Eu sabia que seríamos campeões” – respondeu, com o olhar fixo em uma cena em particular.

A poucos metros dali, um senhor algo grisalho, de sorriso e bigode fartos, era carregado por uma procissão. Parecia que o povo conduzia o altar de um santo, agradecendo uma graça recebida.

Aquela imagem do Brandão sendo carregado pelo povo está na minha memória. Eu fiquei em pé, em cima da cobertura do banco de reservas, olhando tudo aquilo. Os policiais tinham levado o troféu embora, esconderam dos torcedores.

“Mas eles não queriam o troféu, queriam o Brandão” – recorda Teixeira.

Naquela noite fria de 13 de outubro de 1977, Oswaldo Brandão estava cumprindo sua maior missão. Espírita kardecista, ele ainda demoraria 12 anos para desencarnar, como dizem os adeptos da doutrina.

“Eu me guardo. Choro pra dentro” – dizia aos repórteres.

Mas, naquela noite, milhões viram Brandão chorar, ao vivo e pela TV. Um paletó azul-escuro que cobria um suéter azul celeste sobre uma camisa social branca se destacava no mar de gente que escondia o verde do gramado. Parecia flutuar acima deles. Todos queriam tocá-lo. Vestindo o paletó estava Brandão.

E ele chorava. (…) Embora colecionasse títulos de torneios mais importantes, Brandão passaria a ser lembrado para sempre, a partir daquela noite, como o técnico que tinha libertado o povo corintiano da escravidão de gozações e humilhações dos adversários.”