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BLOG DO MACEDO: Uma década de títulos. Será que vale a pena mudar tudo?

Para começar é preciso definir um conceito de extrema relevância para o assunto: “grupo de pessoas”.

Um grupo de pessoas é formado por indivíduos afinados entre si e com um mesmo objetivo. Cada indivíduo tem uma função determinada dentro do grupo, sendo que um deles (ou alguns deles) é o responsável por traçar uma estratégia e determinar as funções para que o objetivo seja alcançado.

A unidade de ação de um grupo social é fundamental e se produz em virtude da conduta de seus membros, a fim de que a ação do grupo, como um todo, tenha um propósito. Por exemplo: uma equipe de futebol onde os membros ajustam e coordenam de tal modo às atividades de cada um deles, e a equipe inteira atua como se fosse uma máquina em busca de resultados.

Na última década, pode-se dizer que a maior virtude e característica dessa vitoriosa filosofia de trabalho do Corinthians, foi saber criar e gerir o grupo de pessoas e para isso foi fundamental a participação dos treinadores para o sucesso desse processo.

Vejam bem, não estou dizendo que o futebol do Corinthians é belo artisticamente, talvez somente em 2015  teria sido o ponto fora da curva, no mais, vitórias apertadas, suadas, jogo extremamente pensado, medido, raciocinado, fazem com que as partidas do time cheguem a ser monótonas (como afirma para parte da torcida corintiana), mas isso é a característica da filosofia Corintiana.

(Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)

No Corinthians tudo funciona com equilíbrio, sem destaques. É uma engrenagem onde as partes estão em perfeita sintonia. É mais de uma década atuando com mesmo padrão de jogo, o Corinthians funcionava como um relógio, se defendendo com maestria e atacando com rapidez e eficiência, não à toa o clube acumulou conquistas, provando que a filosofia iniciada por Mano Menezes em 2008 era vitoriosa.

Em todos esses anos, pode-se dizer que a participação dos treinadores foi fundamental para o sucesso alcançado. Mano, Tite e Fábio Carille foram maestros dessa  sinfonia, mas mesmo após anos colecionando  títulos atrás de títulos, a filosofia vitoriosa do Corinthians vem sendo contestada por parte da imprensa e de alguns torcedores, muito devido ao baixo rendimento da equipe em 2019.

Para alguns jornalistas, o futebol apresentado pelo Corinthians no Brasileiro é de time que luta para não cair, o técnico Fábio Carille sofre críticas em quase todos jogos, perdendo ou vencendo,  jogando bem ou mal, o treinador é o principal alvo dos críticos.

Mas será que o baixo rendimento da equipe em 2019 é culpa da filosofia de trabalho e do treinador ou são algumas peças dessa grande engrenagem que não estão fazendo com que o relógio funcione redondo como nos anos anteriores?

Não vou citar nomes e nem posições, mas fica claro que alguns setores da equipe não estão funcionando corretamente e podem estar prejudicando o funcionamento da engrenagem num todo. Não estou minimizando a culpa do treinador, até acho que Carille tem sim sua parcela de culpa, mas sou totalmente contra saída do treinador e a mudança da filosofia de trabalho do Corinthians.

Mesmo com todas as dificuldades, em 2019 o Corinthians já foi campeão Paulista e está em quarto lugar na classificação geral do Brasileiro, o time tem a melhor defesa do campeonato.

Repito, o Corinthians não joga um futebol bonito e vistoso, mas é altamente competitivo e com alguns acertos pode sim brigar por coisas maiores no final da temporada, afinal de contas, futebol é um esporte coletivo e isso foi a principal característica do Corinthians forte e vencedor.

Por Fábio Macedo ( BlogdoMacedo)
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