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Casão diz, em programa de TV, que o que sentia por Sócrates era amor

Walter Casagrande Jr. estreou, em setembro último, um novo quadro no programa GloboEsporte, transmitido pela Rede Globo de Televisão: “Na Sala do Casa”. O quadro tem este nome, pois é gravado na sala do apartamento do comentarista e, em cada episódio, ele discorre sobre suas experiências no futebol. No segundo episódio o comentarista e ídolo corinthiano contou que Sócrates, seu melhor amigo e morto em 2011, sempre foi sua maior inspiração.

“Eu tinha amor pelo Magrão” começou Casagrande.

(Foto: Reprodução/vídeo GE)

A amizade e o apoio
“O primeiro jogo que eu fiz com o Sócrates foi Corinthians e Fortaleza lá em Fortaleza. Naquele dia ficou muito claro que havia um entrosamento natural. Foi uma coisa de dois jogadores que já jogavam há dois ou três anos juntos. Ali começou nossa relação de amizade.”

Casagrande contou ainda sobre como Sócrates influenciou em sua formação e como se apoiaram mutuamente. O apoio do “Doutor” quando Casagrande foi preso e acusado de porte de drogas quando tinha 19 anos – no episódio, Casão foi absolvido por falta de provas – e a recíproca de Casagrande quando Sócrates foi para a Fiorentina e não conseguia se adaptar.

O desapego a coisas materiais
Também relembrou episódios divertidos, que mostram como Sócrates dava mais valor ao amor que a coisas materiais. Sócrates se despedia do Brasil para se mudar para a Itália. O Corinthians foi jogar em Juazeiro do Norte contra o Vasco e todos da equipe autografaram a camisa do último jogo de Sócrates pelo Corinthians. Casagrande teve um encontro com uma garota e a presenteou com a camisa como “uma recordação daquela noite”. Divertindo-se, ele conta sobre a reação do amigo que, inicialmente se aborreceu, mas logo disse que “foi por uma boa causa”.

O distanciamento
Sobre o distanciamento que houve entre eles e resolvido pouco antes da morte de Sócrates, o comentarista contou em detalhes, inclusive citando que a Rede Globo não aceitou Sócrates como comentarista porque na década de 90 ele foi trabalhar sob efeito de bebida alcoólica.

– Não teve briga. O que teve foi que ele me ligou perguntando se a Globo o queria como comentarista, e a direção disse que “seria o máximo, acontece que não é confiável”. Isso foi porque ele foi comentarista do SporTV e teve um jogo, em 1995, em que ele chegou alterado, fez o jogo alterado, tinha bebido, e isso queimou o filme dele. E aí ele passou a dizer que eu tinha me vendido para o “sistema”. Aquilo me magoou muito”.

A declaração de amor
– Felizmente, um dia nos encontramos num programa do SporTV, o “Arena”. E eu pude falar pra ele o quanto eu amava ele”, completou Casagrande.

Por Nágela Gaia