… Do drible desconcertante, da caneta precisa, do chapéu aplicado, que não era visto como desrespeito, sim como recurso genuíno dos grandes artistas. … Do meião arriado, da bola pesada, da camisa de algodão com escudo e números bordados ou pintados e com no máximo um patrocinador estampado. … Da chuteira preta, apertada, com travas de couro pregadas. … Dos números de 1 a 11, puro, simples, do goleiro ao ponta-esquerda, sem rancor, sem polêmica. … Do gramado “careca”, levantando a poeira ou subindo a lama. … Da cal se espalhando na batida do pênalti. … Da iluminação por vezes precária. … Da rede “véu de noiva”. … Da comemoração de gol incontida que derruba alambrados, jogador e torcida uma coisa só. … Do gol de falta. … Dos grandes clássicos em campo neutro com torcidas divididas de maneira igualitária. … Das inúmeras bandeiras espalhadas colorindo a arquibancada. … Do torcedor mais humilde, aquele que deixa de comer para apreciar sua paixão de perto. … Do cimento quente ou frio, afinal jogo é para se assistir em pé. … Do placar eletrônico digital, com suas letras e números formados por pequenas lâmpadas que davam um charme a mais ao verdadeiro espetáculo. … Da roupa preta do árbitro que impunha respeito. … Do erro pura e simplesmente humano. … Das 100 mil pessoas em uma final de Brasileiro, ou das 146 mil em uma final de Paulista. … Do toque de bola pensado, da inteligência de um lançamento preciso. Correria só nas pistas de atletismo. … De Luizinho, Edilson, Marcelinho Carioca e Ronaldo Fenômeno. Enfim… Sinto muitas saudades do verdadeiro futebol. Que descanse em paz.
Janderson, tamo junto.
Clique AQUI e leia outros textos no Blog do Marcelino Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa. Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 32 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. Apenas mais um louco entre esses 30 milhões. Twitter e Instagram @marceparocha
Final do Campeonato Paulista 2020. Palmeiras 0x1 Corinthians com o rival jogando pelo empate. 35 minutos do segundo tempo. O sufoco é gigantesco, a pressão terrível do adversário que joga para conquistar o título que não lhe vem há 12 longos anos e para atrapalhar o inédito tetra do Timão. É preciso alguém ali para impedir as ações do adversário, aquele jogador que imponha respeito, que ajude o miolo de zaga a respirar. Tal qual Dunga na Copa do mundo de 2010, que via a eliminação batendo à sua porta e não tinha alguém de confiança, Tiago Nunes olha para o banco e vê o jovem Richard como única opção.Nessa hipotética ocasião a figura de um Ralf fará muita falta.
Jogador acostumado a decisões, cascudo, que nunca temeu adversário ou nomes, que joga uma final como se tivesse disputando um racha, que marca um Neymar como se marca um Zé Ninguém. Mas isso ainda não é o pior… Como se não bastasse o atleta tinha contrato com o clube até o final deste ano. Porém, após sua dispensa, já existem informações que o mesmo poderá ser emprestado com o Corinthians bancando seu salário ou parte dele. No final do contrato sairá gratuitamente. Prejuízo técnico e financeiro à vista.
Ralf é apenas um exemplo de como boa parte de nossos jogadores saem em situações semelhantes. Outros vão embora sem ao menos terem a oportunidade de mostrarem a que vieram, caso do “craque” Luidy. A arrecadação com vendas de jogadores é baixíssima, muito por conta dessa situação de empréstimos (se posso pegar emprestado por que compraria?) e principalmente devido à falta de qualidade técnica de muitos do atual elenco (quem vai arriscar perder dinheiro em jogadores duvidosos tecnicamente?)
Mas temos uma salvação! Chama-se BASE. Mas, é bom lembrar que a maioria desses jogadores da nossa base com 17, 18, 19 anos já possuem empresário que foi quem os indicou ao Corinthians e que em uma futura negociação vai abocanhar mais da metade da fatia, ficando o clube que os projetou com as migalhas.
Os que chegarem aos 20 anos e não forem aproveitados, na mesma situação dos demais, ou serão emprestados até findar o contrato e com salários pagos pelo clube ou sairão de graça. Situação complicada, não?O que faremos? Vamos torcer, oras! E sem reclamação. Trouxeram o que deu, pedindo dinheiro emprestado ao parceiro que um dia terá que devolver, sabe-se lá como, mas terá. Ou acham que alguém dará alguma coisa de graça?
Não adianta culpar Damãe, Datia ou Davó. Se o Corinthians me fizer uma proposta até eu apareço por lá (Será que se eu recusasse a oferta, a diretoria faria uma nota oficial com um “Valeu, Marcelino”?).
E por falar em Davó… Eu tô fechado com você, irmão, mesmo sabendo que entrará em 2 ou 3 jogos contra times do interior faltando 10 minutos para acabar, não fará os milagres, digo, gols que esperam que você faça e no segundo semestre veremos você ser emprestado para um Oeste da vida visando as disputas da Série B do Brasileiro. Não é difícil prever já que é um roteiro bem conhecido por toda a Fiel torcida.
E assim começamos nosso 2020. Oremos.
Nos vemos novamente em breve. Grande abraço a todos e… Vai, Corinthians!
Clique AQUI e leia outros textos no Blog do Marcelino Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa. Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 32 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. Apenas mais um louco entre esses 30 milhões. Twitter e Instagram @marceparocha
Em face da péssima campanha que faz o time do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro da Série A, surgiram pedidos nas redes sociais para que o Corinthians facilite a vida do Ceará, seu adversário na próxima quarta-feira, que briga diretamente com o time mineiro para escapar do rebaixamento. Inclusive a #EntregaCorinthians está como um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no Brasil.
Garanto a todos que me lêem agora que essa hashtag não partiu de um Fiel, até por que o corinthiano de verdade JAMAIS torcerá contra o Timão simplesmente para prejudicar um adversário. A grandeza do Corinthians não permite que pensemos diferente.
Ontem, dia 02 de dezembro, se passaram 12 anos desde nossa queda a segundona. Sob suspeita de facilitação por parte de rivais, a comprovação de nossa incompetência, a Fiel escreveu uma das páginas mais bonitas da sua história abraçando o clube no seu momento mais difícil.
O “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR POR QUE TE AMO”, entoado a plenos pulmões após a confirmação do nosso rebaixamento em Porto Alegre, entrou na alma do clube e somente 5 anos depois chegou ao Japão na conquista do mundo. Sim, o Corinthians se reinventou, se reestruturou e isso é motivo de orgulho para a Fiel.
Garanto que se um ser com muito poder chegasse a qualquer corinthiano e dissesse: “Olha, o Corinthians voltará a ganhar todos os títulos que ganhou nos últimos 10 anos, mas para isso deverá jogar novamente a segunda divisão”, duvido que alguém diria não, até porque não se mede a grandeza de um clube pelas quedas, sim como ele consegue se reerguer após elas.
E o Corinthians é gigantesco!
Ainda faltam duas rodadas para o término do campeonato e com isso há chance do Cruzeiro escapar. Caso contrário, mostre sua grandeza e erga-se. Se cair, a incompetência será só do clube celeste. Fiquem tranquilos que no que depender da FIEL nós não abriremos mão da vitória sobre o Ceará mesmo que essa não valesse nada para nós.
Exigimos hombridade, profissionalismo e respeito por parte dos jogadores a nossa camisa, por toda nossa história e por toda nossa tradição.
Para nós não existe essa de Entrega Corinthians. Para nós existe o VAI PRA CIMA,TIMÃO!!!
Nos vemos em breve. Um grande abraço e… Vai, Corinthians!!!!!!
Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa. Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 32 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. Apenas mais um louco entre esses 30 milhões. Twitter e Instagram @marceparocha
Logo após a derrota para o CSA, as redes sociais foram invadidas por críticas a postura do Corinthians, críticas essas que se estenderam aos muros do Parque São Jorge e através de um manifesto de sua maior organizada.
Uma dos termos mais usados foi “Time sem alma”. Nas minhas redes sociais também usei tal expressão, porém com a cabeça mais tranquila, vi que não é bem assim.
Jamais poderia afirmar que o Corinthians é um time sem alma sendo que a alma corinthiana é simplesmente sua FIEL TORCIDA. Nenhuma torcida é capaz de fazer o que a Fiel faz. Nenhuma seria capaz de suportar o sofrimento por tanto tempo e mesmo assim lotar estádios, invadir cidades, acreditar até o apito final e crescer em meio as tempestades. Nenhuma outra logo após o apito final que decretou seu descenso, saiu gritando a plenos pulmões: “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR”.
Enquanto outras ameaçam, a Fiel é a única que ante uma eliminação, injusta ou não, aplaude o time reconhecendo que não faltou superação. Como disse certa vez o inesquecível Dr. Sócrates: “As outras torcem, a Fiel JOGA”.
Somos a única torcida capaz de transformar um mero coadjuvante, talvez sem muita técnica, em ídolo eterno. Basta que durante os 90 minutos de cada batalha deixe ele sua ALMA em campo.
Não exigimos títulos. Esses virão como consequência do sangue derramado, da última gota de suor, do carrinho salvador no último minuto. Ou acham que em 1977 tínhamos um time melhor que a Ponte Preta de Oscar, Ruy Rei e Dicá? Será que nosso time era mais técnico que o São Paulo de Telê e Raí na conquista do nosso primeiro Brasileiro em 1990? O que me diz daquele time de 1995 que acabou com o sonho do tri Paulista do milionário Palmeiras da era Parmalat? Posso afirmar que tecnicamente eram times inferiores a seus adversários, mas com ingredientes fundamentais para o sucesso: a raça, a vontade, a superação, o desejo, a gana, o acreditar, o sentir, o viver, o sonhar, o fazer… E junto a isso a alma do time do povo.
O que vemos hoje é uma equipe sem brio, desinteressada, sem amor. Aos atletas que chegaram recentemente e não sabem ou sequer têm noção de onde estejam, lhes deixo um recado: AQUI É CORINTHIANS! Estaremos com vocês apoiando, torcendo, gritando até ficarmos roucos, mas saibam que a cobrança aqui é proporcional ao incentivo. Jamais admitiremos corpo mole e uniforme limpo. Jogar no Corinthians é um privilégio para poucos, honrem essa dádiva. Respeitem a quem lhes dá fôlego, força.
Um dia vocês foram crianças e tiveram seus espelhos. Ignorá-las como a maioria de vocês fez na chegada a Maceió foi de uma frieza e um descaso dignos do futebol que vocês estão apresentando. Honrar nossa camisa, nossa história e nossa tradição é o mínimo que são obrigados a fazer. Saberemos retribuir no momento certo. Em uma simbiose perfeita, o Corinthians, como corpo, estará dentro de campo e sua alma sempre presente nas arquibancadas.
Não é muito o que pedimos, simplesmentejoguem como nós torcemos. Não tem erro, a vitória é certa.
Nos vemos em breve. Um grande abraço a todos e… VAI, CORINTHIANS!
O ano é 1995. O Corinthians, prejudicado no jogo, e com um a menos, havia acabado de perder para o Palmeiras por 3×1 na fase de classificação do campeonato paulista (o mesmo adversário que viria a ser derrotado na final algum tempo depois).
Alguns Fiéis nas arquibancadas quase que como um mantra bradavam: “Fora, Ronaldo… Fora, Ronaldo”. Logo ele que havia feito boa partida, com boas defesas, e era sinônimo de raça e amor a nossa camisa. Magoado, o ídolo chegou a falar em entrevista pós-jogo que aquele seria seu último jogo defendendo nosso manto, que pediria para ser negociado a um clube onde teria mais carinho por parte do torcedor. Ainda bem que não se concretizou naquele momento.
O ano agora é 1999… O Corinthians, com um jogador a menos, havia acabado de perder para o Palmeiras por 3×1 na fase de classificação do campeonato paulista (o mesmo adversário que viria a ser derrotado na final algum tempo depois). Alguns Fiéis, fora das arquibancadas, esperavam o craque Marcelinho Carioca, que havia feito nosso gol em uma belíssima cobrança de falta, para gritar nos seus ouvidos em tom ameaçador: “Ô, Marcelinho seu pipoqueiro, eu tô sabendo que você só quer dinheiro”. O atleta e a família, amedrontados, saíram do Morumbi escoltados por seguranças. Logo ele, tão importante e fundamental na maioria das nossas conquistas ao longo da década de 90. Histórias bem parecidas, não? Quase um dejavu. Dois ídolos históricos e a Fiel como protagonista. Vamos adiantar o tempo?
O ano agora é 2019. Um técnico formado dentro do Corinthians, conhecedor do clube, sua filosofia e, acima de tudo, vitorioso como os dois personagens acima citados, vem sofrendo uma campanha cruel por parte de alguns Fiéis e arquitetado, pasmem, por alguns setores da imprensa. Só que diferente do que acontecia há 20, 25 anos atrás onde as cobranças se restringiam as arquibancadas ou, às vezes, às saídas dos estádios, as redes sociais deram voz a quem quer apenas tumultuar o ambiente do time principalmente à véspera de jogos decisivos. Notícias como insatisfação de jogadores, arrogância do treinador e mal estar nos bastidores se espalham e alguns torcedores se deixam envolver. Com isso, reclamam do futebol apresentado pelo time, da falta de padrão e resultados em algumas partidas consideradas fáceis e organizam protesto no CT às vésperas de uma partida onde a equipe necessitaria de apoio.
Ora, estamos falando de uma equipe que não ganha nada há muito tempo ou faz uma péssima campanha nos certames que está participando, certo? Errado, e é exatamente isso que assusta. De fato o time não vem apresentando um futebol vistoso, às vezes é até chato. Mas, bem ou mal, com esse futebol chegamos à semifinal de uma competição sul-americana, o que não acontecia desde a vitoriosa campanha da Libertadores 2012, e estamos no G6 do campeonato nacional. Ah! Sem esquecer que ganhamos um tricampeonato paulista que não vinha há 80 anos contra times considerados superiores técnica e financeiramente. Sorte? Talvez, mas garanto que não teríamos conquistas sem uma boa dose de trabalho. E é exatamente esse trabalho que estão fazendo de tudo para interromper no grito.
Ler corinthianos afirmarem que torceram para o time ser eliminado na Copa Sul-americana, só para terem a esperança da queda do técnico Fábio Carille, exatamente no momento em que todos nós deveríamos estar em uníssono, me doeu na alma. Tenho certeza que são os mesmos “corinthianos” que em plena semifinal do Paulista de 2017, um clássico Corinthians x São Paulo, declararam nas redes sociais que preferiam assistir a Barcelona x Real Madrid que jogavam no mesmo dia e horário pelo campeonato espanhol, desdenhando do seu “clube de coração” . São os mesmos que não sentem aquela ansiedade, preocupação e frio na espinha antes de um jogo decisivo. Devem estar comemorando agora nossa eliminação.
Afinal, onde foi que nós erramos? Onde estão aqueles torcedores que mesmo após insucessos constantes estavam lá apoiando? Onde estão aqueles que apesar de não virem um título expressivo havia 22 anos, invadiram um outro estado para não deixarem o time sozinho?
Alguns Fiéis, definitivamente, não merecem o time que têm, que dizem torcer. Ouso falar que muitos não suportariam uma fila de 23 anos e mudariam facilmente de time, os torcedores de conveniência. Por outro lado, sei que esses não representam 0,1% de nós, torcedores abnegados, aqueles que quanto mais sofrido e difícil for o caminho, mais prazer e orgulho teremos em envergar nossa camisa.
Cobrar e exigir bons resultados é fundamental, afinal queremos ver um Corinthians sempre vitorioso. Porém, os engenheiros de obra pronta se espalham como um câncer transformando o técnico no futebol brasileiro, principalmente de um clube com a visibilidade do Corinthians, de bestial a besta em questão de dias, bastando apenas que os resultados positivos desapareçam. Esquecem dos trabalhos anteriores, dos títulos conquistados, do elenco que tem na mão e, principalmente, do apoio da diretoria.
Como torcedores não devemos acreditar em tudo que nos contam. Afinal, foi essa mesma imprensa que um dia expurgou do Parque São Jorge um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Roberto Rivellino, como culpado da falta de títulos.
E como acontece hoje, alguns Fiéis engoliram as falácias midiáticas e viram Riva brilhar em outro quintal. Não se esqueçam, a história sempre mostrará quem esteve certo ou errado. Que as cobranças sejam feitas com responsabilidade, para não corrermos o risco de expulsar do clube alguém que pode chegar a 602 jogos, ou alguém que pode vir a ter uma estátua esculpida.
O que falta a alguns de nós, infelizmente, é discernimento para saber quem realmente merece ser cobrado. E no atual momento conturbado que vive nosso clube, muito mais fora das quatro linhas, o alvo escolhido das principais críticas é o errado, podem ter plena certeza.
Fiel, o ano ainda não terminou. Temos ainda dezoito partidas importantes. Devemos estar lá exigindo raça, bom futebol e principalmente dignidade a quem nos representa. Mas acima de tudo, apoiando incondicionalmente a quem carrega nosso escudo no peito dentro de campo.
Lembrem-se, o Corinthians é maior que qualquer técnico, jogador ou órgão de imprensa; ele só não é maior que a nossa própria paixão.
Nos vemos em breve. Grande abraço e… Vai, Corinthians!!!!
Reta final de Copa América. O Brasil e seu maior rival disputam uma vaga para a grande final da competição. O país em peso torcendo para a amarelinha. Não… Não será bem assim. Teremos hoje, como tivemos na Copa do mundo, brasileiros, muitos, torcendo contra a Seleção. O motivo? O CORINTHIANS! Sim, o Corinthians.
A pátria de chuteiras, há três anos, é comandada pelo técnico mais vencedor da história corinthiana. Você olha o Tite sentado naquele banco e para nossa alegria começam a vir lembranças do futebol bem jogado, dos títulos brasileiros, da inédita Libertadores e do inesquecível mundial. Junto a ele tem toda uma comissão técnica que outrora servia apenas à nossa nação, essa com “apenas” trinta milhões.
É exatamente por esse motivo que uma boa parte de torcedores se esquecem que hoje eles prestam serviços a mais de duzentos milhões e que um outro insucesso da Seleção Brasileira pode significar não só a demissão do Tite, tão propagada pela imprensa marrom como certa, como um declínio que pode vir a ser fatal para o “país do futebol” visando os próximos anos.
Acusam nosso treinador, sem nexo, de “paneleiro”, que para um jogador ser convocado basta ter jogado ou ser corinthiano, casos do Fagner e Cássio, que conseguiram a proeza de serem vaiados no estádio de um rival, por compatriotas que deveriam dar apoio.
Foto divulgação
Cara, ali não está o clube, ali está representado todo um país. Esqueceram disso e só os viram com a camisa alvinegra na pele. Cássio é inegavelmente o maior goleiro em atividade no país há muitos anos, assim como não existe lateral direito melhor que o Fagner, que segurou um rojão como titular da seleção na Copa do Mundo e não comprometeu, ao contrário, fez jogos muito seguros. São ótimos, mas eles têm uma “doença grave” que os faz ter tamanha rejeição: eles jogam no Corinthians. Willian, outro jogador de confiança, foi convocado para a vaga do Neymar e o contestaram. Afirmaram que só foi chamado por ser ex-corinthiano.
Todo técnico tem os seus jogadores de confiança. Normal. Ele muda de clube e, em alguns casos, leva os seus. Na Seleção não seria diferente. Ninguém contesta, por exemplo, a titularidade do bom goleiro Marcos na Copa de 2002, mesmo que ele só a tenha assumido assim que seu ex-treinador no clube se tornou o técnico da seleção em 2001. Agora, ai se ele e o técnico fossem ex-Corinthians! Incomodamos mesmo. E por isso alguns preferem torcer para a Argentina (Argentina, amigos!!!) só para que novamente, agora pelos canários, Tite, sua comissão, Cássio e Fagner não façam o que estão acostumados, dar outra volta olímpica. As lembranças para alguns seriam bastante amargas.
Deixe seu comentário, crítica, sugestão. Nos veremos em breve novamente. Grande abraço e… Vai, Corinthians!
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