- Por Jailson Menezes / Redação da Central do Timão
A diretora das Brabas, Iris Sesso, alegou que é necessário um investimento maior no futebol feminino para viabilizar o aumento de 16 para 20 times na principal divisão do campeonato antes de ampliar a competição.
“É muito relativo. A gente tem que pensar que uma equipe, para chegar na Série A1, precisa ter uma estrutura mínima para suportar e ter todo um respaldo do clube, da presidência e do próprio estado ao qual faz parte. Não é simplesmente dizer: ‘vamos aumentar para 20 equipes o Campeonato Brasileiro'”, afirmou a diretora em entrevista ao Poropopod, podcast do Corinthians no YouTube.
“Não é simples assim. Eu acho que é válido, porém, tem que crescer e ter estrutura para que possamos fazer um trabalho de 20 equipes em um nível ok para todas. É uma discussão importante a ser feita entre os dirigentes das equipes e a CBF, para que a gente entre num consenso e vá crescendo aos poucos”, completou.
O clube do Parque São Jorge recebeu um convite da CBF, por meio de um ofício, para discutir em janeiro a ampliação de times no campeonato. A ideia da confederação é contar com 20 clubes na edição de 2025.
Além do Corinthians, outros seis clubes se mostraram contrários à decisão: Cruzeiro, Ferroviária, Internacional, Palmeiras, Red Bull Bragantino e São Paulo. Por outro lado, clubes como América-MG, Fluminense, Grêmio e Juventude ainda não se manifestaram.
O treinador Lucas Piccinato também não viu a ideia com bons olhos e criticou o número de rebaixados em um campeonato com 16 clubes. Ele ainda lembrou que o calendário do futebol feminino de 2025 nem sequer foi divulgado.
“Acho que tem que ser muito bem pensado. A maneira como está se propondo a mudança, sem o descenso, é um pouco de falta de respeito com quem trabalhou o ano inteiro para se manter na Série A1. O número de rebaixados é muito exagerado. Caírem quatro seria interessante se tivéssemos 20 equipes. Mas, para caminharmos para 20 equipes, é preciso ter qualidade para estar ali”, afirmou o treinador na mesma entrevista.
“É um formato interessante, vai aumentar o número de jogos, mas tem que ser tudo planejado. A CBF ainda nem soltou o calendário do próximo ano. Vai fazer uma reunião em 2024 para falar do calendário e discutir esses pontos. Acho que ainda estamos passos atrás para tomar uma decisão de aumentar o número de equipes, principalmente da forma como está sendo feita. Mas ter 20 equipes daqui a dois anos pode ser um processo”, concluiu.
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