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Da Libertadores, o campeão dos campeões

Com derrota do River para o Boca Juniors, Corinthians segue sendo o único clube campeão invicto da maior competição do continente com 32 times em disputa

O ano de 2012 foi mágico para o torcedor corinthiano. Depois de muitas tentativas, ele pode finalmente comemorar o título mais importante do futebol sul-americano, a Libertadores da América. Sete anos se passaram, e o feito ainda continua imbatível. O Timão é o único a ter conquistado o torneio de forma invicta no formato atual, com 32 clubes, e assim, com mais jogos disputados, 14 no total.

Campeão invicto e com apenas quatro gols sofridos em 14 jogos , foi assim a Libertadores 2012 do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

O River Plate era o único com chances de igualar o feito, mas a classificação para a final da Libertadores 2019 veio derrota para o Boca Juniors. Na incrível conquista de 2012, o Corinthians do técnico Tite disputou 14 jogos, e obteve oito vitórias e seis empates.

Outro ponto que devemos destacar daquele título foi o magnifico desempenho defensivo, já que o Alvinegro sofreu apenas quatros gols, em 14 jogos. Como mandantes a única vez que Cássio que vimos Cássio ser superado foi na semifinal, no empate de 1 x 1 contra o Santos.

Confira a lista com os campeões invictos da Libertadores

Vasco da Gama – 1948 – 4 vitórias e 2 empates (6 jogos)

Peñarol – 1960 – 3 vitórias e 4 empates (7 jogos)

Santos – 1963 – 3 vitórias e 1 empate (4 jogos)

Independiente – 1964 – 5 vitórias e 2 empates (7 jogos)

Estudiantes – 1969 – 3 vitórias e 1 empate (4 jogos)

Estudiantes – 1970 – 4 vitórias (4 jogos)

Boca Juniors – 1978 – 4 vitórias e 2 empates (6 jogos)

Corinthians – 2012 – 8 vitórias e 6 empates (14 jogos)

Por Marcelo Becker

BLOG DO PEDRO: O dia que vestimos a América de preto e branco

Foto: Ivan Pacheco VEJA

4 de julho de 2012… Ah!… Parece que foi ontem.

Sete anos daquela noite espetacular no estádio Paulo Machado de Carvalho, conhecido como Pacaembu. A bola rolou às 21:50 pelo horário de Brasília, mas a final já estava rolando desde que passamos pelo Santos, de Neymar, nas semifinais. Aquele time que chegou subestimado, afinal, nos anos anteriores obteve só revés, mas encarou da maneira correta, sabendo sofrer e e sendo imbatível, tão imbatível que ninguém o venceu.

Que atmosfera incrível! Rojões, carros com som, bandeiras, pessoas vestidas de Corinthians desde o fim do expediente… Realmente, aquela quarta-feira não era um dia normal.

Foto: Ivan Pacheco VEJA

No estádio, festa, mosaico, torcida cantando os 90 minutos, e o time com uma energia fora do comum em campo, movido pela paixão de mais de 30 milhões e pelo ódio de milhões de “anti”. Realmente, o Corinthians é incrível, alcançou o maior número de pontos de audiência da televisão, superando até a Copa do Mundo, tendo média de 48 pontos.

Rolou a bola, apreensão, nervosismo, tensão, medo, angústia, relógio correndo e o time batendo de frente contra tudo e todos. A cada chegada do Boca, um susto, que não passava de forma rápida, mas que se contaminava para outras partes do corpo, e expondo o sentimento que se aguçava. Primeiro tempo? Sem gols.

Foto: Agência Corinthians

Essa tensão continuava a aumentar, continuava a exalar, e para superar isso, cantar forte era o lema, gritar e dizer, “VAMOS, VAMOS CORINTHIANS, ESTA NOITE, TEREMOS QUE GANHAR!”. Inflamar o time era o que precisávamos, mostrar que os 30 milhões estavam em campo, correndo, suando e lutando até o fim… JUNTOS.

Até que aos 8 minutos do segundo tempo, após falta batida por Alex, desvio de Jorge Henrique e passe de ZiDanilo para o Emerson Sheik mandar para o fundo da rede, explodindo a Fiel torcida, que delirou e não se aguentou em turbilhões de emoções.

Era 1 a 0 para o Corinthians e o tabu da Libertadores acabando.

A apreensão continuava, agora maior, afinal, o fim do jogo parecia muito longe. Cada volta do relógio era uma batida cardíaca a mais, e nada controlava isso, afinal, bastava o Boca fazer um gol, e o jogo iria para os pênaltis.

Foto: GazetaPress

Até que aos 27 do segundo tempo, numa bola errada do Boca, e a esperteza de Emerson, o atacante recuperou a bola, puxou em contra-ataque e tirou do goleiro mandando pro fundo do gol.

Ufa! Agora sim, a Fiel ficara mais tranquila. Com 2 a 0 no placar, e entrando na reta final de jogo, era mais difícil a equipe Argentina vir buscar o resultado, e com esse gol, o Corinthians praticamente selava o título de campeão da Copa Santander Libertadores de 2012.

Para o sonho virar realidade, bastava o apito final, que veio aos 48 minutos, finalizando o tabu, calando todos os anti, explodindo em festa a Fiel e pintando de preto e branco a Libertadores.

Sim amigos, INVICTO!

Foto: Ivan Pacheco VEJA

Nunca serão? Não para o Corinthians, porque pode demorar o quanto for, mas somos a Fiel, irmão! E se não for sofrido, não tem cara, não tem essência, não é o Corinthians.

Eterno 4 de Julho de 2012, o dia que fomos Libertados!

BLOG DO THIAGO BALZARY: Caruzzo esperava Chris e Greg, mas encontrou Sheik virado no 18

Foto Marcos Ribolli GE

Quem é corinthiano, certamente se recorda desse dia com muito carinho. Um dia atípico, trabalhar ou estudar foi impossível, o assunto era sempre o mesmo: a final da Libertadores.

Gostaria de contar para vocês como foi meu dia, mas antes preciso voltar a alguns anos atrás.

Meus pais se separaram quando eu tinha apenas dois anos de idade, ele se casou novamente, mantivemos o convívio, porém só com uns doze anos de idade, descobri que tinha uma irmã um ano mais velha que eu, mas meu pai não sabia seu paradeiro. Fiquei bons anos na curiosidade e vontade de conhecê-la, imagina?!

Em 2012 meu pai andava pelo centro de Diadema quando de repente viu a mãe de minha irmã por acaso, os dois conversaram e ela passou o contato da minha irmã e contou o nome dela: Bruna! Que louco, pessoal! Quando eu soube, já bateu aquela ansiedade em conhecê-la e tudo mais. Ele a encontrou, foi muito bacana, apesar de toda a tensão e peso pelo passado, que vocês já devem imaginar, mas enfim, esse não é o enfoque, a melhor notícia de tudo era que ela é corinthiana!

A finalíssima da Libertadores foi chegando e aquela loucura toda rolando, combinei com meu pai de irmos assistir o jogo em Diadema, num telão com a Estopim da Fiel Torcida. Quando chegou o grande dia não pensei em outra coisa, estava no trabalho, mas a mente estava no Pacaembu, em Diadema, no CT…  Foi quando meu pai me mandou uma mensagem dizendo “sua irmã vai com a gente hoje”. A ansiedade duplicou, além de assistir esse jogo incrível, com uma torcida incrível, com meu pai, ainda conheceria minha irmã.

17h e corri para o ponto de ônibus (já com a camisa do Corinthians), todo mundo só falava sobre o jogo e no ônibus foi aquela resenha com o cobrador e os passageiros, até quem não gostava de futebol estava envolvido com aquilo tudo: a cidade parou.

Encontrei meu velho em Diadema e fomos para a praça, quando iniciou o jogo Bruna chegou, dei um abraço nela e disse que estava muito feliz em conhecê-la, mas que era melhor conversarmos no intervalo, quem é Corinthiano sabe que durante o jogo é meio que impossível ficar trocando ideia.

O resto é história. Caruzzo achou que ia encontrar Chris e Greg, mas na verdade, encontrou um Emerson Sheik inspirado e “virado no 18”. Fomos campeões e não sei se posso considerar o melhor dia da minha vida, mas com certeza foi um deles: libertado e com uma irmã!

Ficarei feliz se vocês compartilharem como foi o dia de vocês.