Por Felipe Lúcio/Maria Beatriz de Teves / Redação da Central do Timão
Na tarde da última terça-feira (16), o goleiro Cássio concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava. Uma das principais pautas citadas pela imprensa foi o clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, que acontecerá nesta noite (17). Para o camisa 12, o duelo entre os rivais são difíceis, importantes e diferentes:
“Decisão, como todos os outros jogos, mas o que passou não vai voltar. Temos uma rodada a menos, é um jogo que a gente sabe que uma vitória nos coloca na oitava posição. Temos de pensar só nessa partida, jogo difícil, clássico, jogo diferente, mas temos total condição de ir lá e buscar o resultado, não tem para onde correr nesse momento. Jogo importante, até porque o Santos está em busca dessa oitava posição, temos de encarar, sim, dessa maneira e buscar a vitória”, afirmou o Gigante.
Ainda falando à imprensa, Cássio elegeu a vitória contra o Santos por 1×0 na semifinal da Libertadores de 2012, vencida pelo Corinthians, como a mais importante na Vila Belmiro, palco do jogo desta quarta-feira.
“É difícil jogar na Vila, campo propício ao jogo do Santos, mas agora não temos escolha, precisamos ir lá e buscar. Um jogo marcante foi a primeira partida da semifinal da Libertadores, foi uma bela partida, importante para chegarmos à final e conseguir o titulo inédito. Precisamos fazer um grande jogo, temos de entrar concentrados”, disse.
Assim como nos últimos jogos, o goleiro deve ser escolhido pelo técnico Vagner Mancini como um dos titulares do Timão no clássico, que começará às 19h (Brasília), na Vila Belmiro, em jogo atrasado da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
No de 2012, o Corinthians venceu a Libertadores de forma invicta, diante do poderoso Boca Juniors. Após empatar em 1 x 1 na La Bombonera, a equipe comandada por Tite derrotou os argentinos por 2 x 0 no Pacaembu. Mesmo passados aproximadamente nove anos da conquista, jogadores do elenco Xeneize daquele ano reclamam de fatos acontecidos antes da final.
No almoço que antecedeu a disputa do segundo jogo, que aconteceu no Pacaembu, após briga com Julio César Falcioni, treinador do clube argentino, Riquelme informou que deixaria o Boca Juniors logo após a final. De acordo com Schiavi, em entrevista ao TyC Sports: “(Isso) Influenciou demais”.
Esta semana foi a vez de Santiago Silva, conhecido como El Tanque, que teve rápida passagem pelo Corinthians em 2002, subir o tom em entrevista a Rádio La Red:
“Foi uma loucura, isso não se faz”, disse o atacante, que seguiu falando sobre Riquelme.
“[Riquelme] Não tinha que dizer nada. Se vai falar alguma coisa, que fale depois, ganhando ou perdendo. Não foi positivo para ninguém no Boca. Numa final, o ambiente precisa ser positivo.”, finalizou.
No dia 5 de julho de 2012, o Corinthians foi notícia no Brasil e no mundo; acompanhe algumas das principais imagens
No dia 4 de julho de 2012, o Corinthians venceu o Boca por 2×0 na final da Libertadores. Os dois gols marcados por Émerson Sheik deram o título inédito e invicto ao Timão. A data histórica para os alvinegros também se estendeu até o dia 5, quando jornais e portais on-line de vários países noticiaram a conquista da América.
Veja algumas das principais capas.
Brasil
Veja imagens de capas de jornais brasileiros:
Argentina
O portal do jornal ‘Olé’, da Argentina, ‘ignorou’ o título do Corinthians, fazendo referência aos problemas e incertezas do Boca frente à derrota.
Europa
Os jornais ‘The Guardian’, da Inglaterra e ‘Marca’, da Espanha, também noticiaram a conquista do Timão.
O jornal ‘Corriere dello Sport’, da Itália, noticiou com o foco em Leandro Castán, zagueiro à época contratado pela Roma.
“A semana inteira eu sabia que ia fazer o gol. Pressão nenhuma, alegria, pô. Quem não quer? Eles não jogaram, eles não ameaçaram muito. Principalmente depois do primeiro gol, não teve perigo”, falou Sheik em entrevista especial ao Fox Sports, em 2018.
O primeiro gol se originou de uma falta cometida por Riquelme. Alex levanta na área, Jorge Henrique desvia de cabeça, Danilo dá um passe de letra e a bola sobra para Sheik estufar a rede do goleiro Sosa.
“No momento do gol, eu lembrava do Chicão, do Castán, do Fábio, do Paulo, do Alessandro e do Ralf. Não ia passar mais nada ali. Podia ficar, sei lá, dar mais duas horas para eles, não iam conseguir”, disse Émerson na mesma entrevista ao Fox Sports.
Aos 27 minutos, após uma saída errada de bola, Sheik fica com a bola e sai sozinho para tocar no canto de Sosa, marcando o segundo gol do jogo.
Medo do jogo?
Diversos jogadores podem sentir o peso de uma partida do tamanho daquela final, não para Émerson Sheik. O atacante evidenciou que não sentiu medo, nem pressão.
“Pressão é deitar na cama e ter medo de uma bala perdida atingir seu corpo. Jogar no estádio lotado com vocês, com bola e grama novas é um privilégio. É momento de desfrutar, não de sentir medo ou pressão”, disse o jogador, em 2012. Outros companheiros daquela equipe citaram a ‘malandragem de Sheik.
“O Émerson é extremamente competitivo, não vai se inibir, não vai se amedrontar. Coragem na competição, porque ali é ser o melhor”, declarou Tite no documentário ‘Libertados’.
“Ele é um cara que incendia mesmo, que luta, que não tem medo, que joga em qualquer campo, dribla qualquer um”, cita Edu Gaspar também no ‘Libertados’.
‘Treta’ com Caruzzo
Além dos gols marcados, Émerson Sheik protagonizou momentos de disputa com o zagueiro Caruzzo, chegando até a morder os dedos do argentino.
“A primeira coisa que eu falei para esse cara foi em português, depois eu só falei ‘boludo’. Eu falei para ele ‘cara, esse aqui é o meu país, meu campo e minha torcida. Lá você fala, aqui não’. Falei em português para ele, daí ele ficou rindo. Falei que poderia rir à vontade, esse ano é nosso”, explicou Sheik ao Fox Sports, e ainda continuou.
“Eu queria fazer uma brincadeira. Estava 2×0, eu queria fazer uma brincadeira. Só que eu sei que o Tite não ia gostar. Estava sendo um momento tão máigco, que eu não queria estragar. Mas eu queria zoar, eu sou assim, não tem jeito. Queria brincar com a bola, petecar, levar para lateral e dançar, eu queria fazer, mas não iria agradar quem manda, não fiz“, declarou Sheik.
No mesmo especial do Fox Sports, lançado em 2018, Sheik comentou sobre a mordida nos dedos de Caruzzo.
“Daí ele começou a pilhar comigo, e eu resolvi zoar ali. No lance da mordida, ele já tava irritado. Ele não podia me dar um soco, pior para ele, né, que ele não podia nem me bater. Ele botou o antebraço no meu rosto e foi apertando. O dedo dele caiu dentro da minha boca… Eu sei que doeu quando eu mordi ele, meus dentes doeram”, finalizou o ex-atleta.
Perfis exibem jogo entre Corinthians e Boca Juniors com novas narrações ao vivo; confira o horário e anote na agenda
Em parceria com a CONMEBOL Libertadores, o Facebook realizou uma série de transmissões de jogos da competição continental. Hoje, a rede social exibe outra importante partida da história do torneio: a vitória do Corinthians sobre o Boca Juniors, em 2012.
A partir das 16h deste sábado (4), a página oficial no Facebook do Corinthians e da Libertadores transmitem a final da Libertadores 2012. O jogo ganhará novas narrações ao vivo realizadas pela equipe do Esporte Interativo.
Ficha técnica do jogo Corinthians 2×0 Boca Juniors 4 de julho de 2012 Estádio do Pacaembu Libertadores da América – Final Volta Árbitro: Wilmar Roldán 37959 público pagante Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Alex (Douglas), Jorge Henrique (Wallace) e Émerson Sheik (Liedson). Técnico: Tite. Boca Juniors: Orión (Sosa Silva), Sosa, Schiavi, Caruzzo, Clemente Roríguez, Somoza, Ledesma (Cvitanichi), Erviti, Riquelme, Mouche (Viatri) e Santiago Silva. Técnico: Julio Cesar Falcioni. Gols: Émerson Sheik (54′ e 73′).
Depois de eliminações ‘trágicas’ e muito sofrimento, o Corinthians vencia pela primeira vez a Libertadores da América; relembre
No dia 4 de julho de 2012, a torcida do Corinthians lotou o Pacaembu para acompanhar o confronto do alvinegro contra o Boca Juniors. Depois de tantas eliminações sofridas, a Fiel assistia pela primeira fez à uma final de Libertadores dentro de casa.
A festa tomou conta da cidade de São Paulo, que começou a ‘respirar’ a decisão desde a semana anterior, quando o Corinthians empatou por 1×1 com o clube argentino em Buenos Aires.
Às 21h50, enfim, a bola rolou. Todo o nervosismo daquela torcida que esperava os gritos de ‘é campeão’ se reverteram em incentivos ao time. Dentro de campo, a tensão dos atletas se escondia em um esquema seguro e preciso armado pelo técnico Tite.
Logo aos quatro minutos, dois cartões amarelos, um para cada lado: Chicão e Pablo Mouche. O Corinthians tomava as iniciativas, mas sem deixar de lado a sua característica segurança defensiva. Já o Boca, parecia aguardar o final do jogo desde o começo, trazendo a tradicional ‘catimba’ tão presente na Libertadores.
Já aos 34 minutos, após um choque com Emerson Sheik, o goleiro Orión precisa sair de campo, e em seu lugar entra Sosa Silva. Até o final da etapa, nenhuma comemoração de gol para ambos os lados.
Na volta do intervalo, o Corinthians continuou querendo mandar na partida. Aos oito minutos de jogo, Alex cruzou a bola para a área, Danilo tocou de calcanhar e encontrou Sheik. O atacante matou no peito e bateu firme no gol de Sosa, abrindo o placar para o Timão.
Nos minutos seguintes, o Corinthians encurralou ainda mais o Boca Juniors, que não conseguia sair da forte marcação alvinegra. Já aos 27, a pressão deu certo. A zaga Xeneize saiu mal e Sheik roubou a bola já no campo adversário, correndo sozinho para marcar na saída do goleiro.
Com os 2×0 no placar, o Corinthians colocou as duas mãos na taça e esperou o fim do jogo. Sheik ainda brindou a Fiel torcida presente com muita ‘catimba’ de volta aos argentinos e provocações, protagonizando um duelo particular com Caruzzo que teve direito até à mordida.
Já no finalzinho, a torcida do Corinthians deixou qualquer apreensão de lado e começou a gritar ‘é campeão’, tirando uma voz da garganta que estava presa há muito tempo. Finalmente, em um 4 de julho, o Corinthians conquistava a Independência, a Liberdade, a Libertadores.
Ficha técnica do jogo Corinthians 2×0 Boca Juniors 4 de julho de 2012 Estádio do Pacaembu Libertadores da América – Final Volta Árbitro: Wilmar Roldán 37959 público pagante Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Alex (Douglas), Jorge Henrique (Wallace) e Émerson Sheik (Liedson). Técnico: Tite. Boca Juniors: Orión (Sosa Silva), Sosa, Schiavi, Caruzzo, Clemente Roríguez, Somoza, Ledesma (Cvitanichi), Erviti, Riquelme, Mouche (Viatri) e Santiago Silva. Técnico: Julio Cesar Falcioni. Gols: Émerson Sheik (54′ e 73′).
Colegas do Corinthians já comentaram a ‘coragem’ e a ‘loucura’ do jogador que “nem sabia o que estava acontecendo”; confira
27 de junho de 2012, aos 21 anos, Romário Ricardo da Silva, o Romarinho, estreava em uma Libertadores da América. Há pouco menos de dois meses do jogo em La Bombonera, o atacante defendia o Bragantino, clube do interior paulista.
Três dias antes, em um domingo, o jogador já havia mostrado seu nome para a Fiel, ao marcar dois gols em cima do Palmeiras. A tarde ‘iluminada’ também aumentou a moral do atleta com o técnico Tite, que levou o atacante para a partida contra o Boca, em Buenos Aires.
O confronto contra os argentinos marcava a primeira viagem internacional do jovem Romário, que carrega o nome não por causa do ídolo da Seleção, mas sim como a junção de Ronaldo, seu pai, e Mário, seu avô.
Por volta dos 39 minutos do segundo tempo, Tite chama Romarinho para entrar no jogo. O atleta conta que nem acreditou quando isso aconteceu.
“Eu lembro que o Tite me chamou, eu olhei para ele: ‘eu mesmo?’. Ele fez que sim, bravo, nervoso por causa do jogo que estava 1×0 para o Boca. Eu fui correndo e ele falou ‘você vai entrar no lugar do Danilo’. Normal, né? Mas a cabeça de jogador: ‘você vai tirar o Danilo? Um dos principais jogadores da equipe’. Eu pensei ‘caramba, que responsabilidade entrar no lugar do Danilo'”, contou Romarinho em entrevista à Corinthians TV.
Tite cometeu essa ‘loucura’, e o jogador entrou em campo. Poucos minutos depois, em seu primeiro toque na vida em uma Libertadores, Romarinho dá uma ‘cavadinha’ que encobre Orión, marcando o gol de empate do alvinegro.
Não sabia o que estava fazendo?
O comentário dos colegas que estavam dentro ou fora de campo naquele 27 de junho é um só: “Romarinho não sabia o que estava acontecendo”. De acordo com os jogadores mais experientes, o jovem não fazia noção do que tinha acabado de realizar na história do Corinthians.
Veja algumas declarações:
“Ele é muito cabeça boa. Ele até falou comigo ‘não sei o que está acontecendo’. Mas ele foi o primeiro jogador a fazer gol em uma final de Libertadores pelo Corinthians”, disse Fabio Santos, ainda em 2012.
“Estrela, né? Ele nem sabia o que tinha feito, nem sabia. Fez o gol, parecia que ele estava final de semana, lá, com os amigos dele. Não tinha noção do que estava fazendo. Ele estava dando entrevista, eu olhei para ele e pensei ‘esse moleque não sabe nem o que está acontecendo na vida dele'”, disse Sheik em documentário do Fox Sports, em 2018.
“Acho que ele nem sabe ainda que está no Corinthians. Eu falei ‘você cavou na cara do goleiro’. E ele falou que viu o goleiro caindo e acho que foi a opção perfeita que ele escolheu”, disse o zagueiro Leandro Castán, também em 2012.
“Nem ele não sabe a dimensão que ele proporcionou, não só para a gente dentro de campo, mas para o torcedor corinthiano”, disse Ralf no documentário ‘Libertados’.
“Liédson olhou pra mim – não sei se foi ele ou o Douglas: ‘ele nem sabe o que ele fez’, porque eu tava quietinho no canto'”, contou o próprio Romarinho.
Irresponsável?
Muito torcedor corinthiano, no momento, caracterizou o ato como uma ‘irresponsabilidade’. Onde é que já se viu, tocar uma bola daquele jeito? Pelo menos é isso que citou o técnico Tite.
“Eu digo ‘bate, por**, bate’, e ele cava. Aí eu paro e só vejo a rede balançando. P* que pariu. Demoro uma eternidade para aquela bola entrar. Eu não faria nunca isso se fosse jogador”, disse Tite também ao documentário ‘Libertados’.
Em entrevista à Central do Timão, o ex-meia Alex utilizou outra palavra para definir Romarinho: despreocupado. De acordo com ele, nem dormiu à noite. Entretanto, o jovem atacante se mantinha tranquilo.
“O Romarinho foi o único do nosso elenco que dormiu tranquilo… Na cabeça dele ele estava lá na cidade dele, na maior tranquilidade. Meu sonho era ter naquele momento a ‘despreocupação’ que o Romarinho tinha”, contou Alex.
Pré-destinado?
Romarinho conta que Júlio César disse, ainda no vestiário, que ele faria o gol contra o Boca.
“O Julio César falou pra mim: ‘você vai entrar nesse jogo e vai fazer o gol’ no dia do jogo. E eu achei que não ia entrar quando a gente estava aquecendo“, contou Romarinho.
No documentário ‘Libertados’, Fábio Santos também revela que havia sentido, antes do jogo, que Romarinho marcaria o gol da partida.
“Olha o Romarinho”
Outro personagem, este já fora do campo, também marcou o lance. O narrador da Rede Globo, Cléber Machado, grita o gol do atacante após um longo período de silêncio. Sem ver muito da jogada, Cléber solta apenas um ‘olha o Romarinho’. Segundo o próprio profissional, não estava prestando muita atenção no momento.
“Não estava prestando atenção, o Caio bate na minha perna, quando ele faz isso eu olho e o cara está com a bola, ai falo ‘vai chegando o Corinthians, olha o Romarinho‘”, revelou Cléber no podcast ‘Hoje Sim’, do Globo Esporte.
O jogo em La Bombonera colocou a taça nas mãos do Corinthians e eternizou Romarinho para a Fiel Torcida
No dia 27 de junho de 2012, o Corinthians entrava em campo pela final da Libertadores da América. A participação inédita na decisão ocorreria em um dos maiores templos do futebol sul-americano: a La Bombonera, estádio do Boca Juniors, em Buenos Aires.
O jogo começou difícil, com o Boca Juniors tomando a iniciativa frente à sua torcida. Entretanto, o Corinthians conseguiu segurar o resultado, prostrando-se com segurança em sua defesa, e assim foi durante todo o primeiro tempo.
A segunda etapa se iniciou com um Boca Juniors irritado com o empate, partindo para cima do Corinthians. E conseguiram. Aos 28 minutos, após confusão na área, Chicão coloca a mão na bola, mas ela sobra para Roncaglia estufar as redes. O juiz não dá pênalti, nem expulsa o zagueiro, mas anota o gol Xeneize.
A partir daí, o Corinthians tentou atacar mais o time argentino. Porém, a linha de frente alvinegra não estava em um dia muito inspirada. Aos 39 minutos, Tite tira Danilo e coloca o jovem Romarinho, que tinha acabado de marcar dois gols contra o Palmeiras no final de semana anterior.
Já aos 41 minutos, após uma bela trama de passes, Romarinho recebe na entrada da área e na saída do goleiro Orión. Em seu primeiro toque na bola em uma Libertadores em toda a vida, aplica uma cavadinha sobre o arqueiro e sai com os braços abertos para a comemoração.
Com o 1×1, o Corinthians mantinha a invencibilidade, e saía de Buenos Aires com moral para a finalíssima no Pacaembu, na semana seguinte.
Ficha técnica do jogo Boca Juniors 1×1 Corinthians 27 de junho de 2012 Estádio Alberto J. Armando (La Bombonera) Libertadores da América – Final Ida Árbitro: Enrique Osses Boca: Orión, Roncaglia, Schiavi, Caruzzo, Clémente Rodriguez, Somoza, Ledesma (Rivero), Erviti, Riquelme, Mouche (Cvitanichi) e Santiago Silva (Viatri). Técnico: Julio Cesar Falcioni. Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo (Romarinho), Alex (Wallace), Jorge Henrique (Liedson) e Émerson Sheik. Técnico: Tite. Gols: Roncaglia (73′) e Romarinho (86′).
Em mais de cinco horas de Corinthians na TV, emissora exibe reta final da Liberta 2012 e final emocionante contra o Chelsea.
O programa ‘Recordar É Viver’, do SporTV, exibe nesta quarta-feira (24), a partir das 16h, compilados de partidas decisivas do Corinthians na Libertadores da América de 2012. Veja a sequência das reprises:
16h: Santos 0x1 Corinthians – Semifinal – Jogo Ida – 13 de junho de 2012
Na noite do dia 13, nada de azar para o Corinthians, pelo contrário. O time entrou firme no jogo, segurou os ímpetos santistas e ainda conseguiu sair com a vitória. Emerson Sheik balançou as redes na Vila Belmiro com um golaço, praticamente parando a bola e batendo colocado no ângulo esquerdo do goleiro Rafael.
17h: Boca Juniors 1×1 Corinthians – Final – Jogo Ida – 27 de junho de 2012
No primeiro jogo da final, o Corinthians visitou a La Bombonera, um dos maiores templos do futebol Sul-Americano. Após sofrer pressão do Boca, a equipe de Tite sucumbiu e acabou sofrendo o gol dos argentinos, que tentaram aumentar a vantagem. Porém, já no fim do segundo tempo, o fator surpresa. Romarinho entra em campo, e no seu primeiro toque na vida em uma Libertadores, coloca de cavadinha sobre o goleiro Xeneize e dá o empate para o Timão.
18h: Corinthians 2×0 Boca Juniors – Final – Jogo Volta – 04 de julho de 2012
Pacaembu lotado e festa toda armada. Os argentinos até tentaram colocar água no chope alvinegro, mas não deu. Já no segundo tempo, o ‘iluminado’ Emerson Sheik anotou dois gols e não conferiu chances ao time de Buenos Aires. No fim, comemoração, o Corinthians era campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história; e de maneira invicta graças à coragem de Romarinho.
19h: Faixa especial – Corinthians 1×0 Chelsea – Mundial de Clubes 2012
Após o ‘Recordar É Viver’, o SporTV emenda outro programa com jogos do Timão: o Faixa Especial. A atração exibe o jogo completo pela final do Mundial de Clubes da Fifa, em 2012. É a chance de rever o gol de Guerrero e as defesas ‘milagrosas’ de ‘São’ Cássio na conquista do segundo título mundial do alvinegro.
Fox Sports transmite VT de partida do dia em que Cássio virou ‘santo’ e Paulinho caiu nos braços do povo; fique de olho
Pacaembu lotado, ‘milagre’ de Cássio, bola no travessão, gol no final e abraço na torcida; não faltaram doses de emoção na partida entre Corinthians e Vasco, pelas quartas da Libertadores de 2012.
E para matar um pouco da saudade do futebol, o Fox Sports exibe, neste domingo (14), a partir das 16h15, o VT de Corinthians 1×0 Vasco. A vitória garantiu uma vaga às semifinais, quando o Corinthians enfrentou o Santos.
Ficha técnica: Corinthians 1×0 Vasco 23 de maio de 2012 Estádio do Pacaembu Libertadores da América – Quartas-de-Final – Volta CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Danilo e Alex; Jorge Henrique (Willian) e Emerson (Liedson) Técnico: Tite VASCO: Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri (Felipe); Nilton, Rômulo, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Eder Luis (Carlos Alberto) e Alecsandro Técnico: Cristóvão Borges Gols: Paulinho (87′)
Cássio, Paulinho, Sheik e cia. em campo na tela em reprise pela internet; anote na agenda
O Facebook, detentor dos direitos de transmissão da Libertadores da América, fechou uma parceria com a Conmebol e exibirá reprises de jogos marcantes da competição. Inclusive, três dessas partidas serão do Corinthians; e a primeira já começa hoje, quinta-feira (4), a partir das 20h, com Corinthians x Vasco pelas quartas da Libertadores de 2012.
O jogo será transmitido ao vivo na plataforma Facebook Watch na página da Conmebol Libertadores, com uma nova narração em parceria com o Esporte Interativo. O Corinthians também replicará a reprise em seu perfil oficial. A partida ficará disponível na rede social para que os torcedores assistam após o horário da live.
O confronto válido pelas quartas-de-final da Libertadores de 2012 ficou marcado pela defesa histórica do goleiro Cássio em chute de Diego Souza. Recentemente, em entrevista à ESPN, o camisa 12 do Timão comentou o ‘milagre’.
“Quando se falar de Cássio no futuro, vão sempre lembrar dessa defesa. Espero continuar fazendo um bom trabalho, ganhando títulos no Corinthians, mas nunca vão esquecer dessa defesa. No jogo, a gente não tem essa dimensão, acaba entendendo depois. E como a gente ganhou a Libertadores depois, a defesa acabou sendo mais importante ainda”, declarou o goleiro alvinegro.
Rede social exibirá três jogos do Corinthians, inclusive a final de 2012 contra o Boca; anote na agenda
Os torcedores que estão matando a saudade do futebol com as reprises ganharam uma nova possibilidade: o Facebook. A rede social é detentora dos direitos de transmissão da Copa Libertadores e fechou, recentemente, um acordo com a Conmebol para exibir partidas antigas do torneio.
Os jogos serão transmitidos via Facebook Watch – sessão de vídeos da rede social – e exibidos na página oficial da Conmebol. Para o Brasil, o perfil irá priorizar partidas de clubes brasileiros.
As partidas, que estarão disponibilizadas mesmo após o horário de transmissão ao vivo, também ganharão novas narrações da equipe do Esporte Interativo. Vale lembrar que a Turner – dona do EI – já havia firmado um acordo com o Facebook para a exibição gratuita dos jogos da Champions League.
Veja os dias e horários das três transmissões que o Facebook realizará dos jogos do Corinthians:
4 de junho às 20h: Corinthians x Vasco pelas quartas-de-final de 2012 6 de junho às 16h: Corinthians x Palmeiras pela semifinal de 2000 4 de julho às 16h: Corinthians x. Boca pela final de 2012
Há muitas definições para o silêncio, e a que mais o explica é: ‘ausência total de som’. Mas há ocasiões que desafiam a lógica. O torcedor do Corinthians experimentou algumas vezes esse desafio, provavelmente, o da noite do dia 23 de maio de 2012 seja o maior deles.
Aquela era uma noite típica de quarta à noite para muita gente, não para a Fiel. No Pacaembu, acontecia o segundo jogo das quartas-de-final da Libertadores. O primeiro confronto, lá no Rio, se findou da mesma forma que começou, com o placar em 0x0. Em São Paulo, o primeiro terço do segundo tempo também já tinha ido, e tudo permanecia na mesma; até o silêncio acontecer.
O cronômetro marcava quase 18 da segunda etapa. O Corinthians estava no ataque, tentando de alguma forma atender aos gritos da torcida que embalava o time no cântico de “Vamos, Corinthians, essa noite teremos que ganhar”, tinha que ganhar. Cobrança para a área vascaína, Fernando Prass espalma, a bola cai no pé de Alessandro, ele prepara e chuta a bola em direção à área adversária. Só que ele não esperava um Diego Souza no caminho. O que não podia acontecer, aconteceu.
Diego Souza, em uma das fases de sua carreira, bloqueou o lançamento de Alessandro e automaticamente criou uma chance de gol para o Vasco a partir de um ataque corinthiano. Correu como o vento, com Alessandro em sua cola, mas muito atrás, e teve a chance aos seus pés de acabar com o sonho da Fiel.
O silêncio que se seguiu no estádio foi ensurdecedor. Mesmo o termo se definindo como ‘a ausência total de som’, aqueles segundos, de certa forma, foram completamente barulhentos na cabeça dos torcedores e das torcedoras do Timão. Foram 7 segundos desde que Alessandro acertou o adversário até Cássio salvar um sonho com a ponta dos dedos, mas tudo parece ter corrido em câmera lenta.
Até os mais otimistas ou os mais ruins de conta sabiam que um gol àquela altura poderia significar mais uma eliminação, mais um quase na Libertadores, competição que cansou de maltratar o coração alvinegro após os insucessos em anos certos para o título ser do todo poderoso.
Em sete segundos a torcida viu e ouviu todos os decretos de eliminação, todos os gols adversários, todas as promessas que voltariam mais fortes, todas as gozações de rivais incansáveis na tarefa de colocar o alvinegro mais amado do mundo um patamar abaixo. Em sete segundos de um silêncio sepulcral, couberam mais de 50 de anos de espera e de sentimentos ruins.
Até hoje os torcedores e torcedores assistem o lance com apreensão. Como se aquela bola pudesse entrar no cantinho ou Diego Souza mudar de ideia e jogar por cobertura, marcando um golaço. Há quem garanta que rever trás má sorte, “um dia a bola entra, vocês estão abusando da sorte”. Mas garanto, garanto! Enquanto Cássio estiver atento, focado na bola e preparado para um milagre, naquele lance, nada mais mudará. O silêncio, ano após ano, continuará sendo quebrado por um grito de alívio que mais parecia um grito de gol.
De acordo com Gustavo Otero, técnico e camisa 10 do Boca à época não se davam bem no vestiário; entenda
No dia 4 de julho de 2012, Corinthians e Boca Juniors entravam no Pacaembu para a disputa da finalíssima da Copa Libertadores. Do lado argentino, junto de toda a história dos seis títulos da principal competição do continente, os Xeneizes traziam consigo um clima tenso entre o treinador Julio César Falcioni e o principal jogador do time, Juan Román Riquelme.
A má relação entre os dois teria começado bem antes da partida em São Paulo. Pouco após a chegada do treinador, Riquelme reclamou publicamente que o treinador o havia feito “correr como um idiota”, o que já esquentou o clima entre ambos. Em entrevista à Rádio Mundo Boca, o ex-preparador físico à época, Gustavo Otero, assumiu que as coisas saíram um pouco do controle.
“Surgiu uma situação tensa que não era o que estávamos procurando”, revelou o profissional. Otero ainda contou que o desgaste entre treinador e jogador atingiu o ponto máximo antes da final contra o Corinthians.
Por mais que o ex-zagueiro do Boca, Matías Caruzzo, tenha dito recentemente que Riquelme anunciou apenas após o jogo que deixaria o clube argentino, Otero cita que alguns jogadores já sabiam da decisão do camisa 10 antes de entrar em campo. Tudo porque o irmão do atleta teria publicado mensagens sobre o assunto nas redes sociais, o que, na visão do preparador, influenciou muito no desempenho da equipe.
“Hoje é difícil saber o quanto a decisão de Riquelme antes da final com o Corinthians influenciou o elenco, ninguém você sabe, o que posso dizer é que todos nós fomos mobilizados com essa situação”, declara Otero, que ainda explica como o Boca esteve irreconhecível em campo, bem diferente da postura que apresentava regularmente.
“Jogamos 13 jogos antes de jogar naquela noite contra o Corinthians e o time havia mostrado algo totalmente diferente. Estava mostrando uma atitude e um fervor que aquela noite não apareceu. Na final, algo extra de futebol nos transformou em time que não manteve o que havia feito durante toda a Copa Libertadores“, completou Gustavo Otero.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
A Central do Timão conversou com um dos personagens de Corinthians e Vasco pela Libertadores de 2012
Em tempos de coronavírus, precisamos dar uma pausa nos abraços. E também nos jogos de futebol, que não ocorrem há mais de 50 dias. Porém, podemos nos lembrar de momentos históricos. E o de hoje, mistura os dois: abraço e jogo. Há exatos oito anos, o Corinthians enfrentava o Vasco por um dos jogos mais difíceis da Libertadores.
Após a defesa ‘milagrosa’ de Cássio, o 0x0 levava a partida para os penais. Entretanto, aos 42 minutos do segundo tempo, Paulinho subiu mais alto e cabeceou firme sem dar chances para Prass. Na comemoração do gol que levava o time às semifinais, o volante abraçou um torcedor no alambrado do Pacaembu.
A Central do Timão encontrou o dono do abraço, que relembra o jogo:
Lucas Perassollo Vieira, 36 anos, morador da Zona Leste, São Paulo, próximo do Corinthians. Pai santista, tios palmeirenses, avó são-paulina. Porém, por influência dos amigos, acabou virando corinthiano. Começou a ir aos estádios por volta dos 15 anos de idade.
Central do Timão: Você costumava frequentar os estádios naquela época?
Lucas: tinha dado uma pausada, né, mais velho. Teve a Libertadores, os jogos no Pacaembu. Daí minha mãe trabalha na Secretaria de Esportes, então eu consegui arrumar ingresso para assistir os jogos. Daí eu voltei a ir nessa Libertadores. O Corinthians sempre esteve presente, umas vezes mais intensamente, outras menos.
CdT: Como foi a ida ao Pacaembu naquele dia?
Lucas: eu estava com uns amigos e a gente ia fazer um churrasco antes do jogo. Chegamos lá por volta de umas duas, três da tarde. Ficamos lá até a hora do jogo. Daí eu fui pra numerada e o restante da galera estava em outro setor.
CdT: Como estava o clima do estádio? A torcida estava confiante?
Lucas: ah, eu tava lá desde as duas horas. Pra mim tudo era festa. Mas a maioria dos torcedores que você olhava, sim. Torcida do Corinthians é f… Torcida do Corinthians acredita até o último minuto, até o último segundo. Então, tava com aquele clima de confiança. Mas depois daquele lance do Diego Souza, ficou um pouco tenso. Foi uma das poucas vezes que eu vi o estádio em silêncio. Ainda mais com a torcida do Corinthians, que grita o jogo inteiro, até mesmo perdendo. Foi um momento raro de se ver.
CdT: Como surgiu a ideia de dar o abraço no Paulinho?
Lucas: na verdade, foi bem espontâneo mesmo, esse momento. Eu desci da numerada pra ir no banheiro químico. Saí, tava até anunciando o público pagante. Era escanteio pro Corinthians, nem tava prestando atenção no lance, tava voltando para o local onde eu estava. Na verdade, eu nem vi o gol. Vi que explodiu a massa: gol. Àquela altura do campeonato né, 40 e poucos minutos. Daí subi no alambrado, na parte que eu tava mesmo, perto. Gritei e tal. E desci. No que eu tava voltando pro meu lugar e dei uma olhada pra trás, eu vi o Paulinho vindo. Daí eu voltei, subi, espontaneamente mesmo, subi. Rolou a cena aí, natural. Nunca tinha feito isso, nem tentado fazer outras vezes.
CdT: Para você, como foi ver as imagens circulando tanto na TV e na internet?
Lucas: eu achei que nem ia repercutir tanto assim, nem dei conta da repercussão. Eu voltei com um amigo de carona, paramos em um local. Nisso, a gente assistindo ao jornal da Globo, aí apareceu na TV. Meu amigo não tava acreditando que tinha sido eu. Cheguei em casa, já tinha mensagens, fotos, galera me marcando. Recebi alguns telefonemas de amigos. Dormi, tranquilo. Só que no dia seguinte, Facebook era notificação atrás de notificação, gente pedindo para me seguir. Na verdade, acontece até hoje.
CdT: Você encontrou o Paulinho outras vezes?
Lucas: além das matérias que a gente fez, eu encontrei com ele algumas vezes. No lançamento do filme, o Libertados, eu encontrei com ele. Aí teve uma vez que eu fui na casa dos pais dele, esse final de ano aí, ganhei até uma camiseta do clube que ele tá na China. Ele é uma pessoa humilde, conversa, dá atenção.
CdT: Você continua frequentando os jogos do Corinthians?
Lucas: faz tempo que eu não vou para o estádio Assisto os jogos mais pela TV. Casado, dois filhos, é outra situação. Não tenho mais aquele ímpeto de ir pra todos os jogos. Ainda nunca fui na Arena, assistir um jogo. Tenho muita vontade de conhecer lá. Gostaria até de levar meus filhos também.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Relembre o ‘milagre’ do goleiro corinthiano pelos relatos de quem esteve em campo
23 de maio de 2012. Estádio do Pacaembu. 35974 pagantes assistem atônitos ao Corinthians duelar contra o Vasco pelo segundo jogo das quartas-de-final da Libertadores da América. Aos 18 minutos da etapa complementar, Diego Souza intercepta lançamento de Alessandro e corre em direção ao gol de Cássio, sozinho.
Após o 0x0 na partida de ida e outro 0x0 até ali, o gol poderia representar a eliminação do Timão. Um filme passou na cabeça dos Corinthians que, por oito segundos, observaram Diego Souza correr por boa parte do gramado do Pacaembu. Porém, com a pontinha dos dedos e o corpo todo esticado, Cássio consegue tocar a bola para fora e, como diz o próprio hino do clube, ‘salvar o Corinthians’.
Para comemorar os oito anos da defesa histórica, a Central do Timão preparou um especial com os diferentes olhares dos personagens da narrativa que viram tudo de perto.
Alessandro
Após uma cobrança de falta de Alex, a bola volta para a intermediária do ataque corinthiano. O lateral-direito Alessandro tenta fazer um lançamento. É aí que Diego Souza intercepta a bola. Naquele momento, o experiente jogador do Corinthians revela que o mundo parou à sua frente.
“Não sei quantos segundos levou desde eu chutar e bater nas costas do Diego Souza até a defesa do Cássio, mas parece que foi uma eternidade. Parecia que eu estava preso no campo, amarrado, sem sair do lugar. A gente tentava diminuir a distância e não conseguia, então tinha que rezar, esperar. O estádio ficou em silêncio. O torcedor ficou tenso, preocupado sobre como a equipe se comportaria. Eu também, porque um lance individual como esse te faz errar tudo. Tive que me concentrar novamente para seguir na partida, mas foi pesado”, revelou o ex-jogador em entrevista ao canal Resenha Delas.
Alessandro revela que a tensão não passou, mesmo após o jogo, principalmente pela ‘culpa’ por conta do lance.
“Rolou uma tensão, eu era o único que não falava nada. No vestiário eu fiquei mudo. Não consegui dormir, em choque. Toda hora pensando? Você liga a TV, estão falando da conquista e lembrando do lance”, confessou o ex-capitão do Corinthians.
Fernando Prass
Apesar de não participar ativamente do lance, o goleiro do outro lado, Fernando Prass, acompanhou tudo de camarote. Em entrevista recente, Prass detalha um pouco mais do momento.
“Eu vi, até porque a jogada começou comigo. Cobraram uma falta pra área, eu tirei de soco e acho que caiu no pé do Alessandro a bola. Ele foi chutar e explodiu no Diego Souza. Aí, ele saiu sozinho com a bola e parece que todo mundo parou. Eu continuei caminhando e todo mundo ficou parado, parece que congelou naquele momento. O campo inteiro parece que parou para acompanhar o lance, porque não tinha o que fazer. Tenho tudo muito claro na minha cabeça”, revelou o goleiro do Vasco à época.
Diego Souza
Um dos protagonistas do lance icônico, Diego Souza teve a carreira marcada pelo ‘erro’. Em piadas veiculadas na internet, os torcedores chegam a entregar a faixa de campeão ao jogador, em alusão à sua ‘participação’ no título corinthiano. Porém, o atleta já se revelou bem seguro com o que fez na jogada.
“Eu pego uma bola que eu proporcionei. Eu pressiono (o Alessandro), eu ganho. Eu saio correndo 70 metros e venho pensando no que vou fazer: vou tirar do goleiro. Pode ver que eu diminuo a velocidade. Tirei, mas ele foi feliz”, disse Diego em entrevista ao Esporte Espetacular, da TV Globo.
Cássio
Herói ou santo; o torcedor pode chamar do que quiser. Fato é que Cássio protagonizou uma das maiores defesas da história do Corinthians. Logo após o jogo, o goleiro já comentou o feito.
“Eu fiquei bem tranquilo no lance. Esperei ele definir o canto para conseguir defender. Foi um lance que ajudou muito a equipe”, disse em entrevista à TV Globo.
Em entrevista ao Uol, em 2018, poucos antes de ‘reencontrar’ Diego pelo Paulistão, Cássio explica mais sobre a defesa.
“Eu esperei e olhei para os dois lados para ver se estava bem posicionado. Esperei, esperei e consegui usar toda a minha explosão, minha altura para tirar com a ponta dos dedos a bola do gol”, declarou Cássio.
De acordo com o atleta, um gol àquela altura em uma partida tão difícil, poderia culminar na eliminação do time.
“Parecia um gol, a torcida vibrou bastante quando eu defendi. Foi num momento crucial, se tivesse tomado o gol naquele momento, de repente a gente não teria força para reverter o resultado. A gente não ia alcançar o sonho de ganhar a Libertadores”, disse Cássio na mesma entrevista ao Uol, em 2018.
Ao jornal O Globo, Cássio expressou o que a defesa no dia 23 de maio de 2012 representa para sua carreira.
“No futuro, quando falarem de Cássio, vão lembrar dessa defesa”, declarou o goleiro.
Estamos no futuro e falando dessa defesa. Parece que o Cássio acertou em cheio.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Ex-zagueiro do time argentino comenta surpresa com decisão de ídolo ainda no vestiário do Pacaembu
Ao lado de Diego Maradona, Juan Román Riquelme é um dos maiores ídolos da história do Boca Juniors. Atuando em mais de 350 partidas com a camisa do clube Xeneize, conquistou seis torneios Clausura e três Copa Libertadores da América. Porém, parece que, apesar do tri, o vice de um continental deixou o ex-meia bem abalado: justamente a derrota na final para o Corinthians, em 2012.
Em entrevista à rádio argentina, o ex-Boca, Franco Sosa, revelou que o ex-camisa 10 comunicou uma decisão ainda nas dependências do Pacaembu.
“Ele estava chateado e nos comunicou que iria embora. Explicou que era o principal jogador do time e sentia mais a perda do título por ser um torcedor. Na frente de todos afirmou que estava saindo e ficamos em choque, pois nunca imaginamos esse comunicado dele”, declarou Sosa.
Entretanto, Riquelme não parou e manteve-se no time até 2014. É dele o gol no Pacaembu no empate em 1×1 pelas oitavas-de-final da Libertadores no ano seguinte, em 2013.
Ainda sobre a final de 2012, outro ex-Boca deu uma declaração falando do fatídico 4 de julho. De acordo com Matías Caruzzo, que ficou famoso pela mordida de Sheik, aquela derrota foi a pior de toda sua carreira.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Em 16 de junho de 2012, o Corinthians fazia um dos jogos mais truncados de toda sua história; relembre
Enquanto o futebol não volta em solo brasileiro, o que nos resta é relembrar momentos do Corinthians ao longo dos anos. Na vitoriosa campanha de 2012 pela Libertadores da América, uma partida chamou a atenção pela sua dificuldade extrema: o jogo contra o Vasco, em São Januário.
O embate é considerado uma das partidas mais difíceis de toda aquela Libertadores, superando até mesmo os encontros com o Boca e o clássico contra o Santos de Neymar, na época, atual campeão da competição. Então, para trazer um pouco do que foi aquele jogos, nós preparamos um especial. Bora?
Vasco 0x0 Corinthians – o jogo
Na noite de 16 de maio de 2012, Vasco e Corinthians entravam em campo pela primeira partida das quartas-de-final da Libertadores da América. Comandada por Tite, a equipe alvinegra do Parque São Jorge foi para o jogo com Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Alex, Danilo, Jorge Henrique e Sheik.
Do outro lado, o técnico Cristóvão Borges escalou o Vasco da Gama com Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Rodolfo, Thiago Feltri, Romulo, Nilton, Juninho Pernambucano, Diego Souza, Carlos Alberto, Eder Luis e Alecsandro.
Os primeiros minutos já deram a tônica do que seria o jogo. Quase nenhuma chance de gol e muita disputa. O gramado castigado pela chuva virou um lamaçal e prendeu a bola por boa parte do tempo. Assim, só restou às duas equipes chutar de fora da área, uma vez com Fábio Santos e outra com Romulo, uma de cada lado.
Os especialistas em bola parada, de ambos os lados, também tentaram. Juninho e Alex realizaram boas cobranças, mas Prass e Cássio fizeram suas defesas. Com a entrega do time de Tite e a não menos forte marcação imposta por Cristóvão, a partida ficou truncada durante todo o primeiro tempo. Alessandro ainda teria chance de marcar no final da etapa para o Corinthians, mas mandou para fora.
Na volta para o segundo tempo, o Vasco tentou ser mais incisivo, chegando à área do Corinthians e criando chances com Juninho Pernambucano e Diego Souza, principais nomes do ataque cruzmaltino. O Timão também teve suas oportunidades, e Prass fez boa defesa após finalização de Jorge Henrique.
O Vasco da Gama chegou a marcar um gol, aos 26 do segundo tempo. Porém, o assistente da partida marcou impedimento de Alecsandro. O time carioca reclamou bastante. Vale lembrar que a TV Globo, com sua ferramenta visual de ‘tira-teima’, assinalou o impedimento do atacante.
No fim, ninguém balançou as redes, o zero ficou no placar e o Corinthians levou a decisão da vaga às semifinais para o estádio do Pacaembu.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Primeira partida da final da Libertadores ficou marcada pelo gol do atacante Romarinho
Nunca é demais ver aquele time de 2012, que comandado por Tite ganhou tudo. Na manhã desta sexta-feira (15), o canal por assinatura SporTV vai reprisar, às 23h desta sexta-feira (15), a primeira partida da final da Copa Libertadores da América de 2012, entre Boca Juniors x Corinthians.
Aquele confronto, disputado no mítico estádio La Bombonera, em Buenos Aires, ficou marcado pelo gol de Romarinho já na reta final do jogo. O empate foi um passo decisivo para o Timão conquistar o título de maneria invicta da principal competição de clubes do continente.
Assistir o empate do Corinthians contra o Boca da Libertadores pode ser ainda uma espécie de “esquenta”, para a final do Mundial. No próximo domingo, (17), o Timão 1 x 0 Chelsea será reprisado pela TV Globo, às 16h.
Na voz de Cléber Machado, corinthianos poderão reviver momento histórico: a conquista da América
Certamente, a Fiel Torcida relembra com muito carinho o ano de 2012, na qual o Alvinegro conquistou a Libertadores e o Mundial. Aquela final da competição continental também entrou para a história do narrador Cléber Machado, que, pela primeira e única vez, até o momento, narrou um titulo de um brasileiro contra o poderoso Boca Juniors. Em outras três oportunidades, o argentino se saiu melhor.
Será retransmitido os dois gols de Emerson Sheik às 16h, na SporTV. Sendo assim, os corinthianos poderão sentir o gosto do título inédito e ter nostalgias do momento mágico que o clube viveu.
Para campo, o técnico Tite mandou: Cássio, Alessandro, Leandro Cástan, Chicão, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Alex (Douglas, aos 43 do segundo tempo), Danilo, Jorge Henrique (Wallace, aos 47 do segundo tempo), e Emerson Sheik (Liedson, aos 46 do segundo tempo).