- Por Tatiana Carvalho / Redação da Central do Timão
Na última quinta-feira (9), Corinthians e Jô chegaram em um acordo para rescindir o contrato do atacante após ele ser visto em pagode e faltar a um treino no dia seguinte. Pela primeira vez após o ocorrido, o centroavante se pronunciou sobre o assunto.
“Se tivesse ganho, será que seria massacrado? Fico triste porque não é só comigo que acontece isso. O mundo tem muitos juízes. Parece que só aquela pessoa fez coisa de errado. Ninguém nunca foi no pagode. Após cumprir meu trabalho, fazer o tratamento da lesão, eu tenho que fazer aquilo que a internet fala, que alguém quer.”
“Sou corinthiano, sempre me dediquei ao máximo, mas tenho minha vida pessoal. Não deixei de fazer meu trabalho, não menosprezei a instituição Corinthians. Fiquei triste, sim. (…) No futebol, nem tudo é da maneira que queremos. Às vezes saímos do clube com títulos, outras da maneira que foi. Eu decidi também. Fui homem, fui franco, conversei com o Duilio, e a situação foi decidida. Sigo minha vida tranquilo. Torço muito pelo Corinthians, tenho uma gratidão imensa. Infelizmente, hoje no mundo existem alguns juízes que colocam coisas no caminho, mas a gente passa por esse obstáculo, e a vida segue“, comentou o jogador em entrevista para a rádio 365.
O ex-camisa 77 do Timão falou que a decisão de rescindir o contrato partiu dele, visando o melhor para os jogadores, a comissão, o Corinthians e ele próprio.
“Decidi fazer isso, com muita dor no coração, claro, por respeito aos jogadores e à comissão. E eu seguir minha vida em outro lugar. Para também, como a diretoria colocou na nota, não deixar uma situação talvez insuportável. Decidi seguir minha vida com tranquilidade“, explicou o ex-camisa 77 do Timão.
Jô também aproveitou para falar sobre o que o clube alvinegro terá que pagar (apenas as dívidas antigas), uma delas, inclusive, é a que envolve sua contratação em 2020, após deixar o futebol japonês.
“O que foi acordado, e a diretoria está ciente, é que o que tem para trás tem que ser pago. Eu abri mão do que tem para frente. Faltavam 18 meses de salário. Fizemos uma rescisão amigável e por respeito à instituição Corinthians e a todos os profissionais, abri mão por uma rescisão amigável“, afirmou o atacante.
Por fim, o jogador também criticou a filmagem feita no pagode, um dos motivos da sua rescisão: “A pessoa ter a cara de pau de colocar o vídeo, a pessoa filmar o jogo e me filmar como se fosse um crime… Eu não matei ninguém“.
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