- Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão
Na tarde desta quarta-feira, 28, os Gaviões da Fiel publicaram em suas redes sociais uma manifestação de seu presidente Ale sobre o momento do clube. No vídeo, com pouco mais de cinco minutos, ele afirma ser a favor das investigações que acontecem no Corinthians, mas contra o impeachment de Augusto Melo.
“É inadmissível, um dia depois da derrota por Fortaleza, onde você viu vários corintianos fazendo conta de como a gente sai da situação horrível que nós estamos enfrentando do rebaixamento da série B em 2025, a gente ver um grupo de 85 pessoas fazendo conta para ser protocolado o pedido de impeachment.”
Segundo Ale, a organizada apoia as investigações em torno dos temas que embasam o pedido, como o caso VaideBet, defendendo a punição de quem cometer irregularidades, se provadas. Reiterou, porém, que não considera o atual momento adequado.
“Nosso momento hoje é de união. E, depois, se Deus quiser, conhecendo a situação, se vocês quiserem se matar politicamente no grupo interno de vocês, podem se matar – mas com o Gaviões da Fiel fiscalizando. Pode ter certeza que o Gaviões da Fiel não vai deixar solto também, não.”
O presidente da organizada deu a entender que uma “revolução” poderia acontecer se a torcida “acordasse” e “entendesse a força que tem”, não deixando claro o que poderia ser feito: “A Fiel Torcida acaba com isso daí rapidinho. De um jeito ou de outro, a fiel torcida acaba rapidinho. Vocês não são donos do Corinthians.”
Em seguida, é feita uma crítica à “parte da imprensa”. Segundo Ale, “todo dia é uma notícia diferente”, afirmando ser algo “lamentável” e que a torcida corinthiana estaria dando “claros sinais que está de saco cheio”.
Para os jogadores, Ale afirma que é hora de reagir, valorizando o papel da torcida nos jogos e lembrando o apoio demonstrado em todos os instantes, dentro e fora dos estádios.
“A Fiel Torcida não aguenta mais ser chacota, ser motivo de piada. Somos o combustível que alimenta vocês dentro de campo, mas quem vai tirar realmente nós da situação são vocês. Nós vamos lutar, fazer festa, vamos fazer festa. Abandonar nunca vai ser uma opção, mas falta representatividade.”
Ele continua: “Tem muita gente que já deu a vida por esse escudo aí, né? Já acendemos sinalizador para vocês, já fizemos recepção de ânimo, já entregamos cartilha, já invadimos o CT, já invadimos o Parque São Jorge, porque o Corinthians é isso, é a razão e a emoção, né? Mas falta representatividade.”
Alê relembra os resultados recentes do time, como a derrota para o Fortaleza e o empate contra o Juventude, quando o time atuou 40 minutos com dois atletas a mais, e questiona a vontade de vencer do elenco, relembrando exemplos do passado.
“A gente tem vários relatos de Rincón e Marcelinho, que foram grandes jogadores, onde eles falam que eles quase saíram na mão, por querer vencer, por querer representar nossa história. Será que vocês estão fazendo isso? Será que vocês estão se discutindo entre vocês no vestiário por causa de uma má performance em campo?”
Por fim, após mais incentivos, é pedido que o elenco reaja: “Vamos tirar o Corinthians dessa situação. Não deixem esse momento político interno do clube interferir em vocês. Corram por nós, corram pela Fiel Torcida. Vocês estão jogando no maior clube do Brasil, mano. E pode ter certeza, a gente vai sair dessa situação, mano. Com todos nós juntos.”
Ele finaliza com uma palavra de confiança para a sequência da equipe: “Se Deus quiser, domingo a gente vai conseguir essa vitória. Contra o Juventude vamos conseguir essa vitória. Honrem a nossa camisa, honrem a nossa história. Todos nós, todos os corinthianos, vamos tirar o Corinthians dessa situação.”
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