É impensável uma troca no comando técnico do Corinthians esse ano. Mesmo não classificando no Paulistão, mesmo não vencendo título algum. Agora, não peça vida fácil, porque não vai ter. Aqui a banda toca diferente. Aqui a história é outra. Aqui, é Corinthians.
Aceitamos até as desculpas da implantação de “uma nova filosofia de jogo”. A gente sabe que é difícil mudar. Mas, tem uma questão que tem que ser levada em consideração. Perdemos para adversários com nível técnico bem aquém das competições que vamos disputar. E o pior, tomamos gols em praticamente todos os jogos (não tomamos em dois clássicos, é verdade).
O que Tiago Nunes tem que entender, e essa percepção o Carille teve no início de trabalho, é que para lutar, primeiro você tem que se manter em pé. Senão vai no mesmo caminho da “escola Diniz” de não dá resultado em lugar algum.
O Corinthians amigo, é outra fita. Aqui não se pode nem cogitar jogar um estadual com time sub-20, porque aqui não se entra apenas pra participar. Contamos com Tiago Nunes, mas não espere moleza, porque aqui é Corinthians!
Após anos de incertezas e insegurança que tivemos quando o grande Dida deixou o Parque São Jorge, surge no Corinthians uma lenda viva chamado Cássio.
“O Gigante” (como é conhecido), deixou de ser “apenas” um goleiro para se tornar a história acontecendo diante dos nossos olhos. Mas, torcer pelo Corinthians, hoje, está fácil demais, e isso passa muito pelo sucesso do nosso camisa 12.
Só que lá atrás, mais precisamente em 1990, a Fiel torcida comemorava seu primeiro Campeonato Brasileiro. Na meta, um espetacular (alguns diriam espetaculoso) goleiro, cravava seu nome em definitivo na história do Timão. Como falei no meu primeiro post neste blog, no texto “O que passei para poder gritar “Vai Corinthians!”, um dos responsáveis pelo corinthianismo desse que vos fala: Ronaldo Soares Giovaneli, um dos maiores e mais carismáticos ídolos da história do Corinthians.
Se você era criança nessa época e gostava de futebol, pode puxar pela memória, independente do time que você torce, pelo menos uma vez na vida deve ter gritado “espaaaaaalma Ronaldo”, nem que fosse por brincadeira.
Feliz aniversário Ronaldo! Devo a você e ao Neto o início do meu Corinthianismo. Graças a vocês, hoje eu grito com orgulho: VAI CORINTHIANS!!!!! ESPAAAAAAAAAALMA RONALDO!
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Dyego Coelho está tendo a primeira grande oportunidade da sua vida de treinador. Assumir o time de coração, onde se criou e se profissionalizou já seria uma grande responsabilidade, mas se o referido clube é o Corinthians, aí já viu, o negócio toma outra proporção.
Coelho começou bem, trouxe de volta a confiança que o elenco havia perdido, muito pelos desgastes de algumas entrevistas infelizes de Fábio Carille. Com muita personalidade, Coelho foi mudando o jeito de jogar da equipe, mesmo com pouquíssimo tempo para trabalhar.
Tudo isso é bonito na teoria, mas na prática, às vezes fica estranho de assimilar, e com pouco tempo para treinar, fica complicado.
Contra o Internacional, o Corinthians quis surpreender, e surpreendeu mesmo, mas no caso do 1° tempo, negativamente. Uma linha de três zagueiros na saída de bola, com Manoel e Gil abrindo e Ralf descendo até a linha de zaga para buscar a bola. Com Fagner e Avelar um pouco mais avançados, e Sornoza inerte no meio campo, a saída de bola ficou mesmo a cargo do nosso “camisa 10” Manoel.
Aí eu pergunto: Tinha como dar certo um negócio desses? Claro que não. Tomamos sufoco dos colorados dentro de casa. Levamos mais de meia hora de jogo para dar o primeiro chute a gol. Saímos para o intervalo no lucro com 0 x 0 no placar.
No 2° tempo, Coelho foi mais ousado, quer dizer, mais ousado não, mais pé no chão. Colocou Cleyson no jogo, aberto, na sua posição. Puxou Urso para o meio, onde ele sabe jogar. Espetou Janderson aberto na última linha, e recuou Júnior Sornoza para liberar mais os laterais. O time cresceu, foi para cima do Inter, criou oportunidades de gol. No meio do 2° tempo, Love entra no lugar de Vital e deixa o time ainda mais disposto a buscar os 3 pontos.
Boselli, que havia perdido um gol na cara do goleiro, pede para sair e dá lugar ao sempre intenso Gustagol. E de Gustagol, o golaço da noite. Quebrada de Cássio nos pés de Vagner Love. Tacada de sinuca de Love para Gustagol. O centroavante ainda dribla o goleiro antes de marcar, mas a bandeira subiu marcando impedimento, uma pena.
Ao fim do jogo, um 0 x 0 que nos tirou 2 pontos na briga pela vaga na Libertadores. Tivemos 45 minutos de um feijão com arroz bem temperado, mas não foi o suficiente.
Feijão com arroz Coelho, inventa muita coisa não, que o tempo é curto.
É absurdo, é surreal, é inadmissível, mas ainda acontece.
Dois brasileiros, Dentinho e Taison. Duas vítimas, mais duas vítimas. E até quando?
Não é “mimimi”. Não é “blábláblá” Não se pode nem chamar de preconceito. É racismo! Imundo, nojento, surreal. Racismo! A pior sensação que um ser humano pode ter. Como acabar como isso? Não sei. Você não sabe. Ninguém sabe.
Só nos resta a solidariedade. Só nós resta compartilhar essa dor. Da indiferença. Da incoerência. Dor…
Moleque Dentinho. Volta pra casa. Pra sua casa. E traz o Taison, se ele quiser.. E perdoe as pessoas ruins.
Sua doutora, toda poderosa FIFA, chega de fingir que o mundo é todo cor de rosa. Proteja os seus. Porque o mundo já não suporta mais.
2020 vem aí. E a gente meio que nem sabe o que vai disputar. Vibrar com Libertadores ou ter que assinar DAZN para ver Sulamericana. A única certeza que temos é que já temos um técnico. Ou melhor, teremos.
Aí é onde o bicho pega. Aí é onde me permita discordar. Ora, o futebol não é uma ciência exata. Não dá para sentar em uma mesa e planejar apenas com informações de terceiros. Tem que ir para o campo, tem que sentir o vestiários, como treina cada jogador, já ir testando as reações de cada um ao novo trabalho, ao novo estilo de jogo, para daí ver quem merece ficar, de quem vamos precisar etc.
Temos aí 7 jogos pela frente, e na minha opinião (minha opinião tá?), seria de grande valia para começar a se planejar embasado em experiências presenciais, e não anotações ou programas de computador.
O que alega quem defende que Tiago Nunes não deve assinar esse ano? O risco de se queimar e trazer para si uma pressão que pode ser evitada. Mas aqui eu deixo uma pergunta: Se Dyego Coelho ganhar as 8 partidas (já ganhou uma, faltam 7), também não seria uma pressão desnecessária?
Por fim, o Corinthians é um desafio para qualquer treinador do Brasil. D E S A F I O. Quem se esconde de pressão, corre o risco de já chegar pressionado.
Toda sorte do mundo ao Tiago Nunes. E que Dyego Coelho vença todas! A pressão vai aumentar se isso acontecer.
Mas amigo, AQUI É CORINTHIANS!
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Futebol reativo, que dá a bola para o adversário, que marca forte, que ocupa espaços, futebol de solidez. Casinha fechada, times quase sempre menos vazados, tradição de melhor defesa e títulos, títulos, títulos e mais títulos.
Assim é o Corinthians contemporâneo, ou pelo menos era até ontem. Agora não serve mais.
“Precisamos de mudanças, de um time que jogue pra frente”, esbravejam os mais exaltados. Mas, estamos preparados?
Um grande exemplo de continuidade de trabalho vem do Barcelona, que nos últimos anos mantem uma mesma filosofia de jogo e já trabalha com ela desde a base. Mesmo esquema profissional é ensinado para a garotada. “Ah, mas o Barcelona é lindo de ver!”. Claro que é, eles compram quem querem comprar. Mesmo assim, mesmo com essa bagagem financeira, o time catalão levou mais de 20 anos para se tornar a referência que é hoje.
Sim, mas vamos voltar aqui para a nossa realidade. Realidade do futebol feio, reativo mas vencedor. É amigo, isso mesmo, “vencedor”!
Essa filosofia de continuidade que começou com Mano, passou por Tite e findou em Fábio Carille nos trouxe títulos que não tínhamos em mais de 100 anos de existência. Foram 5 Paulistões, 3 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, uma Libertadores invicto, um Mundial de Clubes da FIFA, além de uma Recopa Sulamericana. Ufa!… cansei.
Agora, já que nada mais presta, era apenas “retranca sem padrão de jogo”, vamos sonhar que alguém chegue e mude tudo, e que com isso o Corinthians comece a dar espetáculos em campo.
Só que, mudar dá trabalho. E no futebol, esse trabalho requer tempo. Nós temos tempo? Ou melhor, nós daremos tempo?
Ele (o tempo), e só ele poderá nos dizer.
Abraços e Vai Corinthians!
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Maior clássico do Brasil, no maior palco do Mundo. Uma rivalidade criada, forçada e incentivada ganhou proporções de “clássicos regionais”, onde ninguém quer perder, como anfitrião ou visitante.
O Flamengo das massas, de campanha espetacular (até agora), recebe o maior campeão Brasileiro da história, de fato e de direito, até porque, quem tem mais tem 7. Um disparado na ponta, o outro a vários jogos sem vitória e com uma crise técnica que parece interminável.
Quer mais tempero? O Flamengo disputa o título com dois rivais do Timão, o Palmeiras e o Santos. A diferença que era 10 pontos caiu para 8 e exatamente com a ajuda do Corinthians pode reduzir para 5 pontos. E não vamos esquecer que o Flamengo tem uma final de Copa Libertadores que vai lhe ocupar a atenção nessa reta final.
Com isso, houve quem preferisse a sandice que o Corinthiano estava torcendo para o próprio time perder, para não ajudar o Rivale. Das várias bobagens que já ouvi/li nesses quase 42 anos de existência, essa foi uma das piores, uma afronta, “digassi di passagi”.
Corinthiano nunca, jamais e em hipótese alguma vai torcer contra o próprio time. Quem fala isso não entende nada da alma de Corinthiano.
O Flamengo que se prepare, o bagulho vai ser loko no Maracanã. E se não for, paciência, mas estaremos na torcida pelo maior campeão do Brasileirão.
Bom jogo Fiel, e Vai Corinthians!
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Agora vai Corinthians! Vai sem medo, vai sem temor. Leva contigo a Fiel. Em pensamentos, em emoções. Vai meu Corinthians! Meu não, das multidões. Não esquece de levar na bagagem, um pouco da sua história. Das viradas impressionantes que a gente tem na memória. A quarta força, o “centernada”, o nunca serão. Tudo já foi superado. Supera mais essa então. Contigo não leva cobrança, seria um peso a mais na bagagem. Leva só apoio e esperança, joga com garra e coragem. Agora vai Corinthians! Devolve a alegria aos seus. Pra todos os Corinthianos, maloqueiros, sofredores, graças a Deus. Agora vai Corinthians! Nos veremos na final!
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