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Corinthians teve a 4ª maior folha salarial do futebol brasileiro em 2023, diz estudo

  • Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na temporada 2023, o Corinthians não economizou na folha de pagamentos do clube, cujos gastos somaram R$ 309 milhões durante todo o ano, sendo a quarta mais cara do Brasil, atrás apenas de Flamengo, Palmeiras e São Paulo. É o que revela um estudo da Consultoria Convocados, em parceria com a Galapagos Capital e a Outfit.

Os números, dispostos no Relatório Convocados, fruto desse estudo, indicam que o Alvinegro despendeu aproximadamente R$ 25,6 milhões por mês em “gastos com pessoal” na temporada passada. Isso significa que o valor abrange não apenas os salários, mas também encargos trabalhistas, direitos de imagem, custos com a arena e outros valores, relativos a todos os funcionários do clube, e não apenas aos jogadores.

O número é compatível com os posicionamentos da antiga gestão do Corinthians, comandada por Duilio Monteiro Alves, que afirmava que a folha de pagamento dos jogadores girava em torno de R$ 22 milhões. Vale lembrar também que a atual gestão, sob a presidência de Augusto Melo, comprometeu-se a manter um teto de R$ 21 milhões mensais nesses gastos.

Atualmente, o clube vem enfrentando dificuldades para manter todos os pagamentos em dia, com ocorrências de atrasos pontuais na folha de pagamento. A diretoria do Corinthians está buscando um substituto para o patrocínio máster da camisa desde que a VaideBet rompeu o vínculo, o que fez com que o clube deixasse de receber R$ 10 milhões por mês.

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Notícias do Corinthians

Pesquisa de marketing mostra quatro tendências que o Corinthians pode mirar nos próximos anos

  • Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão

Na última terça-feira (14), A XP Consultoria, uma das maiores empresas do setor financeiro atualmente no Brasil, em parceria com a Convocados, publicou o Relatório Convocados: Finanças, História e Mercado do Futebol Brasileiro 2021, uma pesquisa totalmente focada no consumo de futebol dentro do território brasileiro.

A pesquisa entrevistou cerca de 2.200 pessoas para entender os hábitos do torcedor brasileiro em relação aos clubes do país. Para além de compreender o estilo dos torcedores, o ‘Convocados’ apresenta as tendências do mercado consumidor para os próximos anos.

A Central do Timão teve acesso ao relatório e detalhou quatro trends esportivas que devem ser observadas pelo Corinthians, confira!

Casas de apostas esportivas

A pesquisa da XP apontou que o mercado de apostas esportivas tem um valor potencial de movimentar até 25 bilhões de reais. Apesar de ter a segunda maior torcida (com cerca de 18% dos torcedores), logo, um grande mercado consumidor, o Corinthians é apenas o quinto colocado no quesito ‘porcentual de torcedores que apostaram’.

De acordo com a XP, 30% dos corinthianos responderam que já apostaram em sites online, atrás do Fluminense, com 39%; do Flamengo, com 35%; e empatado com Palmeiras e Grêmio, todos com 30%. Além disso, a patrocinadora deste nicho no Timão, a galera.bet, não figura nem entre as 10 mais lembradas pelos torcedores, perdendo mercado para concorrentes como bet365, Sportingbet e Betfair.

Dessa maneira, fica a observação de que o Corinthians poderia incrementar as suas parcerias no mercado de apostas esportivas, já que a própria pesquisa da XP indica que este é um dos setores que mais tendem a contribuir com o futebol no país.

Os e-sports

De acordo com o documento da Convocados, o Corinthians tem o maior percentual de torcedores que jogam games, os chamados e-sports. O levantamento mostra que 59% dos entrevistados corinthianos têm algum contato com a tecnologia. Desses, 38% jogam games de futebol e 13% são fãs do título Free Fire.

Nos últimos anos, o Timão tem investido em equipes de e-sports. O time chegou até a contar com um dos grandes nomes do país, Bruno ‘NoBru’, além de ser a equipe do coração de outro grande player do setor, o streamer Gaules. Com esses números, a pesquisa aponta que os e-sports podem ser um nicho importante para o clube, ainda mais para o lançamento de produtos próprios que não dependam de contratos de patrocínio.

Mudanças nos direitos de transmissão

O ano de 2021 passou por certas transformações nos direitos de TV, já que alguns torneios mudaram de emissora. Porém, a fonte de renda continua sendo muito importante para os clubes e representou 53% de toda a receita do Corinthians no período. 

O Timão, inclusive, foi a quarta equipe que mais recebeu dinheiro dos direitos de transmissão, atrás de Palmeiras, Flamengo e Galo. O posicionamento se justifica, visto que o resultado esportivo é um dos critérios para o montante, e tais equipes conseguiram mais jogos decisivos e títulos ao longo de 2021.

Porém, um ponto importante no setor de transmissão é o streaming. No último ano, 34% dos torcedores brasileiros assinaram algum serviço adicional para acompanharem o esporte. A GloboPlay e o HBO Max estiveram no top 2 das marcas mais assinadas pelos consumidores.

O São Paulo foi a equipe que mais se destacou, com a maior adesão do streaming na torcida: 29%. Como detentor de uma das maiores cifras de transmissão, o Corinthians pode aproveitar o crescimento do streaming para diversificar os seus direitos e buscar novas formas de renda. Vale ressaltar que a nova lei do mandante permite uma flexibilização no estabelecimento de contratos com redes de TV e de plataformas on-line.

O Fiel Torcedor

Em abril de 2022, o Corinthians contava com aproximadamente 116 mil sócios-torcedores adimplentes. Contudo, o levantamento da XP mostra alguns pontos necessários para o crescimento do programa:

Agregar o conceito de “Relacionamento”; Exploração do engajamento nas redes sociais;  Participação direta, e não via enquetes de baixo impacto; Torcedor precisa ver valor além do dia do jogo, de forma que o clube obtenha receitas mais consistentes e estáveis, que independam do desempenho esportivo”, cita o documento.

Os pontos levantados pela pesquisa convergem com planos apontados pelo próprio departamento de marketing do Corinthians. Em fevereiro de 2022, o diretor do setor no clube, José Colagrossi, ressaltou a necessidade de reformular o Fiel Torcedor, programa de sócios do Timão. A pesquisa da XP mostra que, de fato, tais mudanças são necessárias.

Em resumo, o documento da XP e da Convocados traz bons insights sobre o mercado de futebol no Brasil. Um dos maiores clubes do país, o Corinthians precisa ficar atento a esses e a tantos outros pontos fundamentais para o crescimento de suas receitas e da abrangência do clube.

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Notícias do Corinthians

Diretor financeiro do Corinthians explica problemas com Conselhos em relação ao balanço de 2019

Diretoria do Corinthians e Conselhos do clube vivem embate sobre as contas de 2019; entenda a situação

Na última semana (13), o Conselho de Orientação do Corinthians, o CORI, sugeriu a reprovação das contas de 2019. O presidente do clube, Andrés Sanchez, entrou com um pedido de anulação da reunião, o que também já foi negado pelo Conselho. Em entrevista ao ‘Mesa Redonda’, o diretor financeiro do Alvinegro, Matías Romano Ávila, explicou o imbróglio.

Foto: reprodução TV Gazeta

“As contas do Corinthians não foram aprovadas ainda porque não houve a reunião. Elas não foram analisadas, elas passam por dois Conselhos na governança do Corinthians: o Fiscal e o CORI”, disse Matias, que continuou.

“O CORI é orientativo, não tem poder de decisão, mas ele dá uma orientação, porque ele é composto por dez Conselheiros eleitos, e todos os presidentes e ex-presidentes do Conselho. Então é uma comunidade importante, que tem uma participação muito importante na orientação e na condução dos negócios”, explicou o diretor.

De acordo com Matias, o principal problema que resultou na reprovação foi a dívida com o ex-volante Jucilei, algo próximo dos R$ 20 milhões. O CORI reclama que o montante deveria ter sido lançado já no balanço de 2019, já Matias contou que o clube preferiu declarar o valor conforme fossem pagas as parcelas do acordo firmado com o J. Malucelli.

“Nós tivemos as contas indicadas pelo Conselho Fiscal por causa do problema de lançamento dos juros do caso do Jucilei. Nós vamos rever por ordem do presidente Andrés. O principal da ação está lançado, e como o acordo foi assinado no dia 16 de dezembro, se não me engano, nós pedimos que fossem lançados referente ao parcelamento”, declarou o diretor

Matias explicou que, quando se contrai uma dívida como salário de jogadores, por exemplo, não se lança tudo de uma vez, mas sim conforme o pagamento. De acordo com o diretor, os valores de juros da questão com o J. Malucelli funcionaria da mesma maneira: sendo lançado conforme os pagamentos das parcelas em 2020 e até em 2021.

O diretor ainda informou que uma reunião deve ser agendada ainda para o mês de julho. O clube aguarda a liberação da Prefeitura para realizar o encontro presencialmente.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Corinthians não teria cumprido acordos e pode sofrer novos processos; entenda

Casos envolvem os atletas Matheus Pereira e Juninho Capixaba; veja a situação

Após ser acionado pela Fifa por falta de pagamento de parcelas da compra do zagueiro Bruno Méndez, ser condenado a pagar mais de R$ 20 milhões à Prefeitura de São Paulo e sofrer processo milionário do ex-volante Jucilei, o Corinthians terá mais problemas jurídicos.

De acordo com o GloboEsporte.com, dois novos processos estão ligados ao clube. O primeiro deles seria movido pelo ex-lateral esquerdo Juninho Capixaba. O Corinthians teria feito um acordo com o atleta de R$ 222 mil, divididos em dez parcelas, relativos a direitos de imagem em atraso.

Juninho atuou apenas em 12 jogos pelo Corinthians, em 2018.
Foto: Daniel Augusto Jr. /Ag. Corinthians

O Corinthians não teria pago o mês de maio, o que rendeu a render o bloqueio de contas do clube com valores próximos, definido pelo juiz Luis Fernando Nardelli. O segundo caso envolve Matheus Pereira, meia negociado com o Empoli, da Itália, em 2016, por 2,4 milhões de euros.

Matheus jogou três vezes pelo profissional do Corinthians, em 2015.
Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Na época, o alvinegro tinha direito a 5% do passe, mas reteve todo o dinheiro. Já em 2018, o clube fez um acordo com a B2F, empresa representante de Matheus, no valor de R$ 1,16 milhão, relativo à indenização pela transferência. De acordo com o grupo de empresários, o Corinthians não pagou a última das dez parcelas do combinado.

Além disso, a empresa reclama o pagamento de 15% de 400 mil euros, que ainda deveria receber do Empoli. No total, a dívida os R$ 390 mil e será disputada no justiça pela B2F, segundo o GloboEsporte.com.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Prejuízo? Entenda o impacto do clube social nas contas do Corinthians

Despesas altas e arrecadações baixas; como o Corinthians transforma o próprio patrimônio em prejuízo?

Foto: Divulgação Corinthians

Em 2019, conforme demonstrações divulgadas no portal da transparência, o Corinthians fechou o ano com um déficit contábil de R$ 177 milhões. O montante não se refere apenas aos gastos no futebol, mas também engloba as despesas do clube social situado no Parque São Jorge.

Isso porque, na apresentação de resultados, o clube separa as descrições do segmento ‘futebol’ e do segmento clube social e esportes amadores. Este último diz respeito apenas à estrutura localizada no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, e que conta com quadras, piscinas e salões para os associados.

De acordo com o estatuto do Corinthians, para utilizar as dependências do complexo do Parque São Jorge, o associado precisa ser aprovado pelo clube, cumprir as exigências mínimas e pagar as mensalidades. Aí já começa um problema nas finanças. De acordo com reportagem do GloboEsporte.com, dos 16 mil sócios, apenas 3,7 mil pagaram a mensalidade do último mês de maio.

Frequentadores ‘de graça’

O GE ainda mostra que brechas no estatuto vigente do clube permitem que certos associados tenham acesso à estrutura sem pagamentos mensais. O levantamento aponta mais de oito mil sócios remidos, que não arcam com as mensalidades, expandindo os benefícios para seus dependentes.

112 conselheiros vitalícios também estão isentos das mensalidades, e ainda possuem poder de voto em decisões do clube, como escolha do presidente e início de processos de impeachment. Mais de dois mil sócios estão na categoria ‘familiares’, pagando um título de R$ 200 por mês e com direito a incluírem filhos e cônjuges.

Ainda segundo o GE, há 447 sócios individuais, que pagam R$ 180 por mês. Somado-se a isso, contam mais de 5 mil dependentes, que não pagam as mensalidades. Os números podem estar desatualizados devido a não contabilidade de falecimentos.

Estrutura cara
Uma das quadras do complexo. Foto: divulgação Corinthians

Independentemente do valor pago ou da ausência dele -, todo e qualquer associado gera custos ao clube. O uso de piscinas, quadras, academias e espaços de convivência necessita de manutenção e gastos com reparo. De acordo com o balanço financeiro do Corinthians, em 2019 foram gastos mais de R$ 66 milhões com a estrutura do clube social do Parque São Jorge.

Este valor engloba gastos com pessoal, contratação de serviços de terceiros, custos operativos e administrativos, depreciação, rateio de despesas e investimentos em esportes amadores.

Logo, esses R$ 66 milhões gastos com a estrutural social representam cerca de 17% dos R$ 388 milhões arrecadados com o futebol no ano de 2019. Porém, para o diretor financeiro do Corinthians, Matías Romano Ávila, o impacto é baixo.

“É muito pouco para o tamanho do orçamento do Corinthians. Se você for fazer isso (reduzir custos do clube social), eu vou chegar lá e falar assim: corta a folha aqui. Eu vou deixar de ter academia e uma série de serviços, restaurantes, bares e tudo que a gente consegue fazer lá dentro, vou reduzir limpeza, segurança e tal. Vou deixar o associado descontente”, disse em entrevista ao Ge, ainda em março. Matías completou:

“Vale a pena? Quem elege o presidente, os vices e os conselheiros? É o associado. O clube é feito para 8 mil sócios que votam e 40 milhões de torcedores, infelizmente é assim. Temos que cuidar do patrimônio do clube”, disse o dirigente.

Ginásio do Parque São Jorge

Intitulado como “a maior sede social do Brasil”, o próprio site do Corinthians evidencia a estrutura dos mais de 162 mil metros quadrados, onde se encontram Memorial, Anfiteatro, Espaço Panorâmico, piscina, playground, sauna, cabeleireira, podóloga, manicure, churrasqueiras, quiosques, deparamento médico e a Capela de São jorge.

Além disso, há dois ginásios poliesportivos, com capacidade para 9 mil e 1.500 pessoas; quadra de tênis, bocha e peteca. O site do clube ainda completa:

“A nossa academia, uma das mais amplas e bem montadas da região, está equipada para atender musculação, ginástica, yoga, boxe, capoeira, dança de salão e muito mais. O clube possui várias quadras poliesportivas ideais para as práticas de basquete, vôlei, futsal, tamboréu. Conta também com uma quadra society e dois campos com gramado sintético para o futebol”, diz o setor ‘Seja Sócio’ do site oficial do Corinthians.

Arrecadação baixa e déficit alto

Enquanto gastou R$ 66 milhões no segmento ‘clube social e esportes amadores’ em 2019, o Corinthians arrecadou cerca de R$ 35 milhões, sendo R$ 8,8 milhões deles com as contribuições dos sócios. Portanto, ao subtrair 35 de 66, pode parecer que o Corinthians teve um prejuízo de R$ 31 milhões, mas não é tão simples assim. A conta final ainda engloba impostos e pagamentos de dívidas antigas.

Assim, ao colocar na balança outros gastos contábeis como arrecadações fiscais e pagamentos de juros, o problema do setor ‘clube social e esportes amadores’ amadores fica ainda mais complexo. A área foi responsável por um déficit de R$ 61,4 milhões na conta do Corinthians. Como diz o balanço do Corinthians, cerca de R$ 30 milhões são apenas de juros. Para efeito de comparação, o setor ‘futebol’ gerou R$ 115,6 milhões de déficit.

Este valor tem crescido vertiginosamente desde 2011, quando o club registrou o déficit de R$ 10 milhões relacionados ao clube social. Em menos de dez anos, o ‘prejuízo’ multiplicou-se por seis nos cofres do Corinthians.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Corinthians não deve receber dinheiro da venda de Pedrinho nesta semana; afirma jornalista

Corinthians vive expectativa pelo recebimento da venda de Pedrinho, algo que não deve acontecer nesta semana, informa Jorge Nicola

Pedrinho com a camisa do Corinthians
Pedrinho marca gol contra o Flamengo pela semifinal da Copa do Brasil de 2018.
Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

Na última sexta-feira, o Corinthians quitou parte da dívida de salários e férias com os atletas. Assim, ainda restam pendências de pelo menos dois meses de pagamentos e direitos de imagem. O próprio diretor de futebol do clube, Duílio Monteiro Alves, disse no Jogo Aberto desta terça-feira (16) que aguarda o dinheiro da venda de Pedrinho para acertar o restante do débito com o elenco.

Ainda em maio de 2020, o Corinthians negociou o recebimento integral dos 20 milhões de euros referentes à venda do atleta para o Benfica. A princípio, o valor seria dividido em quatro anos, com 70% destinados ao Corinthians e o restante ao empresário Will Dantas. Porém, como precisa do dinheiro em caixa, o Corinthians articulou o adiantamento com uma instituição financeira, recebendo a quantia de uma vez.

A expectativa era de que o dinheiro chegasse já nesta semana (15), ajudando a diretoria a quitar as dívidas com os atletas. Porém, de acordo com o jornalista Jorge Nicola no ‘Bate-Bola Debate’, da ESPN, o valor não deve ‘cair’ para o Corinthians até esta sexta-feira (19). O clube aguarda o depósito do Benfica para aí sim conseguir a retirada do dinheiro junto ao banco.

Segundo Nicola, os portugueses só devem depositar a parcela depois que Pedrinho se apresentar ao time. A expectativa é que o jogador embarque para Portugal neste final de semana (19). Caso não haja nenhuma restrição de entrada por conta do coronavírus, nem necessidade de isolamento em quarentena, o meia poderia se apresentar já no início da próxima semana (22).

Qualquer atraso na chegada de Pedrinho pode adiar também o recebimento do dinheiro nos cofres corinthianos, segundo apuração do jornalista da ESPN.

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Notícias do Corinthians

Atraso de salários e dívida por Bruno Méndez; comentarista atualiza problemas financeiros do Corinthians

De acordo com jornalista da ESPN, Corinthians estaria esperando adiantamento da venda de Pedrinho para quitar dívidas com o elenco

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Na última segunda-feira (8), surgiu a informação de que o Corinthians estaria devendo três meses de salários aos jogadores. A notícia foi confirmada pela própria assessoria do clube. A dívida com o elenco estaria próxima dos R$ 30 milhões, como informou o jornalista Jorge Nicola.

“Há uma dívida de R$ 28,4 milhões com o elenco, entre salários e direitos de imagem. Esse não é o único problema do Corinthians, que tem até julho para pagar o Montevideo Wanderes, duas parcelas que venceram o ano passado“, citou Nicola no ‘Bate Bola Debate’, da ESPN.

O jornalista se referiu à transação pela compra do zagueiro uruguaio Bruno Méndez. O Corinthians dividiu o valor de US$ 3,5 milhões em quatro parcelas. O clube do Uruguai, porém, alega que o Timão só pagou uma delas.

“O Montevideo diz que a dívida é de 1 milhão de euros, o Corinthians diz que são 700 mil euros. Era para ter sido paga na semana passada, não foi e o Corinthians está prometendo que vai quitar nesta semana”, explicou Nicola.

Na cotação atual, o valor defendido pelo clube uruguaio estaria na casa dos R$ 5,6 milhões. Caso não acerte o pagamento dentro do prazo, o Corinthians pode receber punições já definidas pela Fifa, que vão desde proibições de inscrições de jogadores até perda de pontos nos campeonatos.

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Dinheiro da venda de Pedrinho

Ao fechar a negociação de Pedrinho com o Benfica, de Portugal, ainda no início do ano, o Corinthians concordou com a divisão do pagamento dos 20 milhões de euros em quatro parcelas. Com 70% dos direitos do atleta, o Timão ficaria com 14 milhões de euros da transação.

Porém, o clube negociou com o empresário do atleta, Will Dantas, e receberá o valor integral em uma parcela única, por meio de um banco. A ideia é pegar uma espécie de ’empréstimo’ dos 20 milhões de euros, repassando a parte de Will apenas em 2021. Vale ressaltar que essa transação tem juros cobrados pela instituição financeira, logo, o Timão não pegará o valor integral da transação.

De acordo com Nicola, o dinheiro será utilizado para pagar os jogadores e quitar outras dívidas emergenciais do clube, como a própria pendência com o Montevideo Wanderes.

“Os caras estão bravos, estão chateados, porque o Corinthians prometeu a grana e não pagou ainda. Mas caindo o dinheiro do Pedrinho, a questão dos salários vai ser solucionada”, citou Nicola ao falar do posicionamento do elenco corinthiano em relação aos atrasos.

Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Segundo jornalista, Corinthians não cumpre nem metade do índice de gestão ‘confiável e transparente’; entenda

Em ranking; gestão corinthiana marca apenas quatro pontos em dez; veja os critérios

Foto: Rodrigo Gazzanel

O jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, publicou no GloboEsporte.com um ranking com os índices de ‘confiabilidade e transparência’ dos clubes brasileiros. Para a distribuição das colocações, Capelo utilizou algumas perguntas como parâmetros para a pontuação final.

Perguntas

Veja o trecho retirado do site GloboEsporte.com com as perguntas definidas por Capelo:

“1 – Publicou balanço referente a 2019 no prazo legal?
2 – Publicou balancetes trimestrais ou mensais em todo o 2019?
3 – Publicou orçamento referente a 2020?
4 – Publicou balancetes referentes a 2020?
5 – Publicou parecer da auditoria externa sobre o balanço anual?
6 – Auditoria externa fez ressalvas em relação ao balanço anual?
7 – Detalhamento do balanço anual atende mínimo para análise?
8 – Incluiu relatório no balanço para facilitar entendimento do leigo?
9 – Alterou o resultado líquido do ano anterior em reapresentação?
10 – Publicou provisão para contingências cuja perda é ‘possível’?”
, cita o texto de Capelo.

O jornalista cita que cada resposta positiva – que pode ser um ‘sim’ para a pergunta três e um ‘não’ para a pergunta nove – conta um ponto para o clube no ranking geral.

Critérios para a análise

De acordo com o jornalista, as perguntas tratam de alguns parâmetros estabelecidos por Capelo para medir a confiabilidade e a transparência dos clubes. São eles:

Perguntas 1,2,3 e 4 – publicação de documentos – na visão de Capelo, o clube interessado em mostrar transparência deve publicar todos os documentos necessários em tempo.
Perguntas 5 e 6 – auditoria externa – o trabalho do auditor traz mais confiabilidade para os dados apresentados.
Pergunta 7 – detalhamento dos dados – mede a discriminação total dos números, principalmente na relação despesas x receitas.
Pergunta 8 – relatório da administração – mede a preocupação do clube em passar dados de fácil entendimento para os torcedores.
Pergunta 9 – reapresentação de resultados – classifica como ‘negativa’ a alteração de dados líquidos dos anos anteriores nos novos documentos.
Pergunta 10 – provisão de contingência – nesse quesito, Capelo explica:

“Neste trecho do balanço, dirigentes costumam ocultar dívidas. A contabilização funciona assim: o departamento jurídico avalia todas as ações judiciais movidas contra o clube e classifica, segundo critérios não divulgados, a chance de perda em ‘provável’, ‘possível’ e ‘remota'”, diz o texto do jornalista, que ainda separa um tópico sobre o Corinthians.

“No caso do Corinthians, a direção assume que há R$ 4,5 milhões em ações judiciais cujas perdas são avaliadas como ‘prováveis’. A quantia é muito baixa. E não há nenhum indicativo de quanto está em jogo em processos com perda ‘possível’ ou ‘remota’. O balanço reconhece a existência deles, porém esconde os valores envolvidos”, explicou Rodrigo.

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Pontuação do Corinthians

Postas as regras estabelecidas por Capelo, o Corinthians marcou quatro pontos. O total foi dado pela publicação da auditoria sem ressalvas (dois itens e dois pontos), pelo detalhamento do balanço (um ponto) e pela não alteração dos documentos anteriores (um ponto).

Por fim, Rodrigo Capelo ainda saliente que seu trabalho trás somente um viés de análise, mas apresenta índices relevantes sobre os clubes.

“A melhor maneira de prosseguir é reconhecer as limitações do ranqueamento. Um clube poderia estar uma pontuação acima ou abaixo caso critérios fossem diferentes. Dificilmente estaria na outra ponta da tabela, pois não reuniria práticas condizentes nem com boa vontade”, citou o jornalista.

Apenas o Grêmio atingiu os dez pontos, seguido por Bahia e Internacional com nove. Bragantino, Coritiba, CSA e Figueirense ficaram com zero. Para a construção do ranking, o jornalista utilizou balanços, balancetes e orçamentos oficiais dos clubes e das federações.

Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

Dívidas tributárias – Entenda o balanço financeiro do Corinthians

Compreenda cada um dos débitos tributários do Corinthians e fique atento à situação financeira do clube

sede social do Corinthians
Foto: reprodução Corinthians

Na última quinta-feira (28), o Corinthians publicou oficialmente o balanço financeiro da temporada 2019. O documento confirmou o déficit de R$ 177 milhões já anunciado anteriormente por pessoas ligadas ao clube. Para te ajudar a entender melhor a situação do Timão, nós continuamos a nossa série sobre finanças. Agora é a vez das dívidas tributárias.

Tipos de tributos parcelados

Ao longo do tempo, o clube acumulou dívidas de impostos. Por meio de acordos e programas de incentivo, o Corinthians conseguiu parcelar esses tributos. São quatro parcelamentos registrados no balanço financeiro:

O Profut é um programa do governo federal criado para parcelar dívidas tributárias dos clubes junto à União. O Corinthians aderiu ao parcelamento em 2015, dividindo R$ 181,7 milhões em 240 parcelas iguais. Sob os valores incluem-se juros de acordo com a taxa SELIC relacionada ao mês anterior e 1% em cima do período do pagamento.

Veja AQUI a matéria completa para entender melhor o Profut.

O Corinthians também registra em seu balanço financeiro o parcelamento de dívidas previdenciárias junto à Receita Federal do Brasil. Os valores referem-se a tributos do INSS sobre a folha de pagamento do período de abril de 2018 a março de 2019. O montante inicial era cerca de R$ 7 milhões, divididos em 60 x e corrigidos mensalmente pela taxa SELIC.

O Parcelamento Administrativo de Débitos Tributários (PAT), da Prefeitura de São Paulo, é outra dívida tributária do clube. A iniciativa segue a lei nº 14.256, que, segundo a legislação “promove a regularização de créditos do Município, decorrentes de débitos tributários não inscritos na Dívida Ativa, constituídos ou não”.

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O Corinthians aderiu ao PAT em 31 de julho de 2018, para o parcelamento do ISS (Imposto Sobre Serviços) relacionado ao ano de 2018. À época, o montante inicial era de R$ 399 mil, parcelados em 60 x e corrigidos mensalmente pela taxa SELIC.

Já o parcelamento Federal junto à Receita Federal do Brasil refere-se a dividendos do PIS sobre folha de pagamento de abril de 2017. Àquela altura, o montante registrado era de R$ 427 milhões divididos em 60 x, também com a correção mensal da taxa SELIC.

Passivo circulante

Enquadram-se como ‘passivos circulantes’ as dívidas com limite de pagamento, geralmente, em até um ano. Assim, referem-se aos débitos de curto prazo. Em 2019, o Corinthians registrou os seguintes valores para cada tributo parcelado:

Parcelamento Profut – R$ 8,3 milhões
Parcelamento de Impostos Previdenciários – R$ 2,2 milhões
Parcelamento da Prefeitura (PAT) – R$ 309 mil
Parcelamento de Impostos Federais – R$ 97 mil
Total – R$ 11 milhões

Passivo não circulante

O ‘passivo não circulante’ refere-se ao total da dívida a ser pago a longo prazo, geralmente, para além de um ano. Em 2019, o Corinthians registrou os seguintes valores para cada tributo parcelado:

Parcelamento Profut – R$ 203,2 milhões
Parcelamento de Impostos Previdenciários – R$ 7,6 milhões
Parcelamento da Prefeitura (PAT) – R$ 855 mil
Parcelamento de Impostos Federais – R$ 163 mil
Total – R$ 211,9 milhões

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Impostos a recolher

Por mais que seja uma associação sem fins lucrativos, o Corinthians exerce funções de uma empresa, como contratar e remunerar funcionários. Assim, o clube precisa recolher impostos. De acordo com o balanço de 2019, eles registraram os seguintes valores:

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a recolher – R$ 88 milhões
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a recolher – R$ 22 milhões
INSS a recolher – R$ 12,5 milhões
Salários a pagar a funcionários – R$ 7 milhões
Provisão de férias e encargos previdenciários – R$ 6,5 milhões
PIS a recolher – R$ 4,1 milhões
Férias a pagar – R$ 4 milhões
Luvas de atletas a pagar – R$ 106 mil
Outros impostos – R$ 2,3 milhões
Total – R$ 147,7 milhões

Portanto, esse é o quadro financeiro do Corinthians relativo aos débitos tributários. Veja outros episódios da série para entender as finanças do Timão:

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Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão

Notícias do Corinthians

Quais os ‘culpados’ pelo déficit de R$ 177 milhões do Corinthians em 2019?

Contratações demais e arrecadação de menos; balanço financeiro do Timão elenca motivos do déficit

De acordo com as demonstrações financeiras de 2019 do Corinthians, o clube fechou o ano com um déficit de R$ 177 milhões. Tal situação está relacionada ao balanço receitas x despesas pender mais para o lado dos gastos.

arena corinthians, 2020
Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians

O próprio documento divulgado oficialmente pelo Portal da Transparência do Corinthians elencou quatro motivos principais para a causa do déficit. São eles:

Receitas de TV abaixo do esperado

De acordo com o balanço financeiro do clube, as receitas de TV em 2019 registraram R$ 32 milhões a menos do que o previsto pela administração. Além disso, contabilizou-se uma queda de R$ 9 milhões em relação à temporada 2018.

Vale ressaltar que a mudança dos direitos de transmissão em 2019 dividiu o valor das cotas por premiação ao fim do campeonato, número de jogos transmitidos em TV aberta e pay-per-view. Todas as variáveis do Corinthians ficaram abaixo do esperado para o orçamento.

A 8ª colocação no Brasileirão 2019 rendeu 2 milhões de reais a menos do que previsto no orçamento. A TV aberta transmitiu menos jogos. A TV fechada (SporTV) não exibiu nenhuma partida ao vivo e o pay-per-view registrou um número de assinaturas inferior ao esperado.

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Despesas de pessoal

O balanço financeiro do Corinthians indica um aumento significativo dos gastos com salários, direitos federativos e outros encargos relacionados a pessoal. O próprio presidente alvinegro, Andrés Sanchez, citou em entrevistas recentes que o clube contratou demais em 2019.

Além disso, a administração não conseguiu reduzir os custos dos atletas já contratados pelo clube, como informa o texto das demonstrações financeiras:

“Não foi possível efetuar a redução de custos relacionadas a atletas que não estavam sendo utilizados, tampouco obter o ressarcimento das despesas desses atletas através do empréstimo a outros clubes.”

Custos financeiros para financiamentos

O aumento dos gastos com pessoal também resulta em um acréscimo dos custos de financiamentos, principalmente por empréstimos junto a bancos e representantes de atletas. Nesse quesito, o Corinthians cita uma adição de R$ 25 milhões.

Receita na venda de atletas abaixo da média

Em 2019, o Corinthians registrou R$ 45 milhões recebidos em direitos federativos de atletas. Uma parte do dinheiro, inclusive, nem está relacionada a negociação de jogadores, mas sim a mecanismos de solidariedade da Fifa. Um exemplo é o ex-atacante Malcom. A ida do jovem para o Zenit rendeu mais de R$ 3 milhões ao Timão.

Nos anos anteriores, o Corinthians recebeu uma média de R$ 120 milhões por temporada com direitos de atletas. Sobre o assunto, o texto do balanço financeiro alega que:

“Tal resultado se deve à busca em melhorar a qualidade do elenco e obter melhores resultados esportivos bem como à demanda de mercado, notadamente o europeu, inclusive pela adesão as regras do fair play financeiro na Europa.”

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O balanço financeiro ainda traz outros dados. Houve um aumento de 70% nas receitas de patrocínio em relação a 2018, temporada em que o Corinthians passou a maior parte do ano sem patrocinador master. O clube ainda registrou um crescimento de 13,2% em outras receitas, como licenciamentos, contribuições de sócios e explorações comerciais.

Apesar de não fazer parte do fluxo financeiro de caixa do Corinthians, o clube alega que a Arena tem papel fundamental em seus rendimentos, conforme cita o texto:

“Para efeito de comparação a receita de bilheteria em 2012 – ano emblemático pelas conquistas da Libertadores e do Mundial – foram de R$ 35 milhões – (R$ 51 milhões ajustados pela inflação do período) o que demonstra a importância de ter uma ‘casa própria’. Além do incremento nessa receita específica há outras fontes de receita na Arena (camarotes, cadeiras, exploração de eventos, mídia, etc.) que incorporam novas fontes de resultado – e caixa – para o Corinthians, que não existiam sem a Arena.”

Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão

Notícias do Corinthians

Diretor de marketing do Corinthians fala sobre momento do clube

O diretor de marketing do Corinthians, Caio Campos, falou sobre o momento difícil para o futebol

Os dias de quarentena não têm sido muito fáceis para o corinthiano. Além da saudade natural de ver o Timão em campo, ainda é preciso conviver com a incerteza sobre o futuro. A parte financeira do clube deve sofrer severamente com o período sem jogos.

Arena Corinthians, 2020
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Nesse sentido, a TV Globo já cancelou o pagamento dos direitos de transmissão referentes ao mês de abril. Os portões fechados da Arena Corinthians também representam alguns milhões de prejuízo.

Para explicar melhor as projeções, o diretor de marketing do Corinthians, Caio Campos, conversou com a Rádio Globo. O dirigente citou que o clube viverá um verdadeiro ‘calvário’, que está só no começo.

Saída de patrocinadores

Em suas últimas entrevistas, o presidente Andrés Sanchez admitiu que o clube pode ficar sem a verba de alguns patrocinadores durante o período de paralisação. A expectativa é que cinco marcas não rompam o contrato definitivamente, mas deixem de pagar as cotas de patrocínio equivalentes a R$ 3,6 milhões por mês. Sobre o assunto, Caio disse:

“Os outros patrocinadores estão pagando, mas a gente tem que entender o momento como um todo. As conversas estão sendo individuais com os parceiros. A gente tem hoje, diretamente ligado ao futebol profissional, doze parceiros. Cada um de um segmento, de uma área. Uns estão sendo muito afetados, impactados com o momento. Isso reflete nos clubes, o Corinthians não é exceção.”, citou Campos à Rede Globo.

As dificuldades do momento

As projeções para diversos mercados é a mesma: crise. Tanto durante a quarentena quanto após a volta rotineira das atividades, o mundo deve passar por dificuldades. No futebol, clubes ao redor do mundo já começaram a se movimentar para reduzir os danos. Os valores dos passes de jogadores chegaram a cair pela metade. Sobre esse quadro, Campos disse que:

“É um momento complicado, onde a gente tem que repensar, reestruturar e ter bastante paciência para pode entender o que vai acontecer. Não só no nosso mercado da bola, mas em todos os segmentos de comércio e que estão passando dificuldades. A gente não é diferente.”, declarou o diretor, que seguiu falando sobre as dificuldades do clube.

“Como a gente lida com entretenimento e com esporte, nosso calvário ainda está só no começo, não temos expectativa para as coisas voltarem. Vamos ter que ser criativos e trabalhar rápido para que isso passe logo.”

Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão

BALANÇO FINANCEIRO: Corinthians pode arrecadar menos do que em 2018 e o Clube Social segue deficitário

Demonstrativo financeiro do Corinthians não é conclusivo quanto às receitas totais no ano, mas antecipa uma possível diminuição na arrecadação do Departamento de Futebol e constata a “sangria” crescente promovida pelo Clube Social e Esportes Amadores

O Sport Club Corinthians Paulista divulgou, na última terça-feira (03), seu Balancete Financeiro relativo ao primeiro semestre de 2019, sendo que o documento traz dados importantes para a compreensão da situação financeira atual do clube e para se vislumbrar o resultado ao fim do atual exercício financeiro da entidade, em 31 de dezembro. O clube subdivide seu demonstrativo de receitas/despesas entre o Futebol e o Clube Social e Esportes Amadores.

Clube é um dos que mais arrecada no Brasil e ainda tem margem para aumentar suas receitas (Foto extraída do site do SCCP)

Nos seus primeiros seis meses do ano, o Corinthians, que planeja fechar o exercício com R$ 650 mil de superávit, registrou um déficit de R$ 94,9 milhões de reais, no somatório do Futebol (R$ 68,4 mi) e do Clube Social e Esportes Amadores (R$ 26,5 mi), mesmo tendo tais setores gerado uma arrecadação de cerca de R$ 197 milhões, no período.

FUTEBOL

No Futebol, o clube apresentou, no primeiro semestre, algumas mudanças em relação ao ano anterior, pois arrecadou menos com venda de atletas e teve mais arrecadação com propaganda e publicidade. No mais, a arrecadação seguiu num ritmo semelhante ao do ano anterior. Confira os números deste nicho:

  • Direitos de transmissão de TV – R$ 91.871 milhões
  • Patrocínio e publicidade – R$ 34.157 milhões
  • Arrecadações de jogos – R$ 30.252 milhões
  • Premiações, Fiel Torcedor e Loterias – R$ 12.415 milhões

No que tange às despesas, o clube teve proporcionalmente uma elevação no tocante ao valor gasto com pessoal. Em todo o ano de 2018, os gastos com este setor foram de R$ 178,5 milhões, enquanto que no corrente ano os gastos já bateram a casa de R$ 113 milhões, em seis meses.

O futebol, superavitário em 2018, registrou um déficit de R$ 68,4 milhões, contudo, tal panorama deficitário não serve de base para o balancete de todo o ano, tendo em vista que grande parte da verba de TV tem previsão de ser paga apenas neste segundo semestre, bem como as despesas com aquisição de atletas são menores neste período, o que pode fazer este quadro mudar.

Se o volume dos valores advindos da TV deve elevar até o fim deste segundo semestre, o mesmo não podemos dizer da venda de atletas. O clube arrecadou apenas R$ 21 milhões em 6 meses, contra R$ 118,8 milhões em todo o ano de 2018. Tendo em vista um ano de baixo rendimento do time e de grande parte dos atletas, não se vislumbra grandes vendas na janela de transferências do início de 2020. Assim, o clube pode ter seu pior ano de vendas desde 2014, quando arrecadou R$ 41 milhões.

Portanto, mesmo com um salto na arrecadação com publicidade e propaganda, que deve render pelo menos R$ 25 milhões a mais do que no ano anterior, o seguimento Futebol tem grandes chances de ter uma arrecadação inferior à de 2018, quando sozinho gerou R$ 415 milhões em receita.

CLUBE SOCIAL E ESPORTES AMADORES

Se o Futebol, como carro chefe do clube, tem variadas e elevadas fontes de receita, o mesmo não se pode dizer do Clube Social e os Esportes Amadores. Tais seguimentos geram um encargo financeiro alto ao clube, sendo que as fontes de receita não chegam perto do total das despesas por eles geradas, o que faz o clube ter grande déficit ano a ano.

Fato agravante é que este déficit tem crescido de forma constante, o que faz deste desequilíbrio um grande problema para o clube, que precisa urgentemente procurar formas de equacionar tal área da instituição. Importa observar que o Corinthians tem um dos maiores rombos neste campo, se comparado com os demais clubes brasileiros.

Em 2018, a arrecadação foi de R$ 31 milhões, frente a uma despesa muito maior, o que gerou um rombo de R$ 41 milhões. Em 2019, apenas no primeiro semestre, o déficit foi de R$ 26,5 milhões.

Diferente do Futebol, que terá um grande incremento de verba de TV neste segundo semestre, o Clube Social não tem previsão de elevação da arrecadação na segunda parte do ano, o que indica que pode ter um rombo de 15% a 25% superior ao do ano de 2018.

O FUTURO

Em meio a um inflamado mercado nacional, que convive com uma elevação de arrecadação média dos clubes, com destaque para o Flamengo, que recentemente passou por uma reestruturação administrativa/financeira, e o Palmeiras, com investimentos externos fortes de uma parceira, o Corinthians, que continua figurando na lista dos clubes que mais arrecada, precisa otimizar seus gastos, que, até 2018, não eram tão inferiores aos clubes citados, quanto às despesas com futebol, bem como procurar meios de gerar mais receitas e equalizar a operação do Clube Social e Esportes Amadores.

Por Redação Central do Timão

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