• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Um dos maiores nomes alvinegros no século XXI, Fagner segue batendo marcas históricas pelo Corinthians. No último sábado, 10, o lateral-direito entrou em campo no empate por 1 x 1 com o Cuiabá, na Neo Química Arena, pela décima rodada do Brasileirão, e subiu mais uma posição no ranking de jogadores que mais atuaram com a camisa alvinegra desde 1910.

Fagner chegou a 507 jogos pelo Corinthians diante do Dourado e igualou a marca de Olavo, que atuou pelo clube entre 1952 e 1961. Os dois, agora, dividem a nona posição do ranking. O ex-zagueiro leva vantagem em relação às partidas como titular: 499, contra 484 do lateral-direito. O duelo contra o Cuiabá também marcou a 500ª partida do camisa 23 desde o retorno ao Timão, em 2014.

O camisa 23 vinha sendo titular nos últimos jogos com Vanderlei Luxemburgo, mas em posição diferente. Fagner atuou como ala-direito contra Atlético-MG, América-MG e Independiente del Valle, quando o treinador escalou o Corinthians com um sistema de três zagueiros. Mas, diante do Cuiabá, o técnico voltou para o esquema 4-3-3 e optou pela entrada do zagueiro Bruno Méndez como lateral-direito improvisado.

Vanderlei Luxemburgo decidiu colocar Fagner durante o intervalo, sacando o zagueiro uruguaio. O lateral-direito entrou para ajudar Guilherme Biro, que fez um bom primeiro tempo, mas estava sem apoio pelo lado direito do ataque, uma vez que Bruno Méndez não possui características ofensivas. O camisa 23 colaborou no sistema ofensivo, embora não tenha sido responsável por algum lance decisivo.

Agora nono colocado no ranking de mais jogos pelo Corinthians, Fagner pode alcançar outros dois ídolos históricos nos próximos meses: os ex-atacantes Cláudio, maior artilheiro da história alvinegra (550 partidas), e Vaguinho (551). Se cumprir seu contrato até o final de 2024, o lateral-direito pode chegar à terceira colocação da lista, que atualmente pertence ao ex-meia Luizinho (607) – veja o top-10 abaixo.

Formado nas categorias de base do Corinthians, Fagner estreou como profissional em 2006, ano em que disputou apenas sete jogos. O jogador foi negociado com o PSV, da Holanda, em 2007, e ainda defendeu Vitória, Vasco e Wolfsburg, da Alemanha, até 2014, quando acertou seu retorno ao Timão. Desde então, se consolidou como um dos melhores laterais do Brasil e marcou seu nome na história alvinegra.

Fagner terá a chance de ultrapassar Olavo e assumir, de forma isolada, a nona colocação do ranking de mais jogos pelo Corinthians apenas no dia 21 de junho. Isso porque, agora, os comandados de Vanderlei Luxemburgo terão dez dias de treino em meio à pausa no calendário para a Data FIFA. O próximo compromisso será diante do Santos, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do Brasileirão.

Veja o top-10 do ranking de mais jogos na história do Corinthians:

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

A torcida corinthiana se surpreendeu quando viu a escalação do Corinthians para o duelo contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, na última quarta-feira, 31, com uma formação com três zagueiros e com Fagner aberto como um ala pela direita. Reserva de Bruno Méndez nos últimos jogos, o lateral-direito foi um dos destaques da classificação nos pênaltis e justificou a escolha do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Sobretudo no primeiro tempo, Fagner incomodou bastante a defesa do Atlético-MG pela direita do ataque. O ala levou a melhor na maioria das vezes contra o meio-campista Patrick, improvisado como lateral-esquerdo pelo treinador Eduardo Coudet. O camisa 23, inclusive, quase marcou após receber ótimo lançamento de Gil. E de acordo com o lateral corinthiano, a ideia do novo sistema no Corinthians partiu exclusivamente de Luxemburgo.

“Foi o Luxemburgo que teve a ideia de colocar três zagueiros em cima da estratégia e do que ele viu do Atlético-MG. Procurei ajudar da melhor forma possível e entender aquilo que o jogo pede”, declarou Fagner, na zona mista da Neo Química Arena – assista à entrevista abaixo.

“Uma hora você está em uma linha de cinco, você está fechando espaço por dentro como um terceiro volante, você está aberto como um ponta… Então, é muito de entender o jogo, aquilo que o jogo pede, e tentar ajudar da melhor forma possível”, completou.

Dentro de campo, Fagner não marcou gols e nem deu assistências, mas viu o Corinthians vencer por 2 x 0, devolver o placar do jogo de ida e bater o Atlético-MG nos pênaltis. Ele, no entanto, não cobrou uma penalidade. De acordo com o lateral, isso se deu pelo “histórico recente” de pênaltis perdidos em decisões, como aconteceu contra Flamengo, na final da Copa do Brasil de 2022, e Ituano, no Paulistão de 2023.

“Ainda bem (que eu não cobrei [risos]). Pênalti é difícil, situação delicada. Futebol tem isso. Desde o jogo do Remo eu já não tinha batido e não iria bater, só se houvesse muita necessidade. Hoje a mesma coisa. Isso é muito de confiança, até pelo histórico recente de dois pênaltis perdidos em decisões. Acho que não era o momento, ainda, de tomar a frente. Temos bons batedores, conseguimos a classificação e está tudo certo.”

Por fim, Fagner destacou a importância da vitória para aumentar a confiança do elenco alvinegro, que vinha de oito jogos seguidos vencer até o último domingo, 28, quando bateu o Fluminense. Agora, são três partidas consecutivas sem derrotas e sem gols sofridos.

“Aqui é tudo para mais. A gente sabe que é assim. Quando ganha é muito para cima, quando perde é muito para baixo. O mais importante é nós acharmos um ponto de equilíbrio. Ganhamos um jogo importantíssimo, de uma maneira muito importante para nós em termos de confiança, mas ao mesmo tempo, manter os pés no chão.”

“A gente comemora hoje, amanhã já descansa e pensa no Brasileiro. Não tem muito tempo para comemorar e tem que ter a humildade e os pés no chão para repetir aquilo que você fez de bom. Se você não fizer, provavelmente não vai conseguir vencer“, finalizou.

O Corinthians, agora, volta a focar no Brasileirão, onde encara o América-MG neste sábado, dia 3, às 18h30, na Arena Independência, pela nona rodada. O Timão é o 14º colocado no campeonato nacional.

Assista à entrevista de Fagner:

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