- Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão
De promessa precoce da base a jovem sem chances de atuar pelo profissional, Fabrício Oya saiu do Corinthians sem entender muitas das decisões que rondaram a sua carreira no Corinthians. Anos depois, o atleta, que disputou o Campeonato Paranaense deste ano pelo Azuriz, revisitou sua carreira em entrevista ao repórter Heitor Machado, do ge.com.
O jovem meia-atacante chegou a Corinthians com 11 anos de idade e rapidamente encontrou seu espaço na base, chegando ao sub-20 com 16 anos. Titular da equipe alvinegra que conquistou a Copinha de 2017 sobre o Batatais, junto com atletas como Guilherme Mantuan, Pedrinho e Carlinhos, Fabrício Oya subiu ao profissional em 2019, mas fez apenas um jogo pelo clube, contra o Ituano pelo Campeonato Paulista.
Hoje, Fabrício entende que a falta de oportunidade não se deveu apenas à sua inexperiência, mas também à boa fase dos colegas de setor, especialmente Jadson e Rodriguinho. “Foi uma batalha muito difícil. Eu sabia que teria que ter paciência para esperar minha vez. Naquela época, eles estavam voando. Eu tinha os dois como espelho. Era onde eu queria estar e chegar”, declarou.
O jogador, hoje com 24 anos, também falou na entrevista sobre a diferença entre jogar na base e no profissional. Para ele, a transição ao profissional é uma das partes mais difíceis da carreira. Fabrício acredita que é um momento onde falta paciência por parte de clube e atleta, e exige-se muito dos jovens jogadores, de forma imediatista.
Olhando para trás, Fabrício relembra com carinho das orientações recebidas por jogadores que ele considera referências, como Danilo, atual treinador do sub-20 do Corinthians, e Renato Augusto, que hoje está no Fluminense. “Eles pegavam muito no meu pé, mas eu entendo que era para o meu bem. Hoje, mais maduro, sei que tudo que eles me falavam é verdade. Procurava observar ao máximo o comportamento deles”, diz.
Todos esses aprendizados foram levados por Fabrício para a sequência de sua carreira. Após uma experiência profissional em Belarus, Oya voltou ao Brasil, onde já defendeu o Caxias e também o Azuriz, que com sua ajuda chegou nessa temporada às quartas de final do Campeonato Paranaense.
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