- Por Jailson Menezes | Redação da Central do Timão
Fabinho Soldado, executivo de futebol do Corinthians, comentou o momento político conturbado que o clube atravessa e como atua como um escudo para jogadores, comissão técnica e funcionários. Responsável por administrar o ambiente do CT Joaquim Grava, ele busca evitar que os problemas externos afetem o desempenho da equipe.
“Temos que saber fazer uma divisão. Há o Parque São Jorge e há o CT Joaquim Grava. Claro que o presidente é o responsável por tudo, mas cada área tem um gestor. Aqui, no futebol profissional, eu sou o gestor”, afirmou Fabinho em entrevista ao GE.

“Todos (Augusto Melo e Osmar Stabile) me deram autonomia para que eu pudesse oferecer suporte. Aqui no CT, são mais ou menos 120 colaboradores. Todos precisam de uma voz ativa”, completou.
O diretor tenta impedir que a crise institucional se transforme em instabilidade interna. Um dos exemplos mais recentes é a contratação do técnico Dorival Júnior, que está no comando da equipe há pouco mais de um mês.
“Esse é um bom exemplo. O Dorival me perguntou sobre política, perguntou como eu me informava e se tinha alguém no Parque São Jorge para me passar informações. Sou um cara inteligente, conheço as pessoas. Falei para ele: ‘Professor, lá no Corinthians o CT é um mundo à parte, é outra realidade’”, contou.
“O clube está lá, tem questões que precisam ser resolvidas, existe o Conselho Deliberativo, o CORI, e, na minha visão, todos estão buscando o melhor para o Corinthians. Garanti ao Dorival que, no CT, ele teria todas as condições para trabalhar, com quem quer que fosse. Fiz um compromisso com ele. Você acha que o Dorival é bobo? Enquanto ele não decidisse onde iria trabalhar, sempre que alguém ficasse sem técnico, ele seria cogitado. Ele sabe disso e escolheu o Corinthians porque entende que aqui terá liberdade para exercer seu trabalho”, acrescentou.
Fabinho também destacou que o convencimento de Dorival, que aceitou assumir o time pouco depois de deixar a Seleção Brasileira, foi motivo de satisfação:
“Você acha que ele não se informou? Que não ligou para os amigos, para jogadores que conhece? É assim que funciona”, disse.
Fabinho Soldado chegou ao Corinthians em janeiro de 2024, após deixar o Flamengo. Foi contratado pelo então presidente Augusto Melo, atualmente afastado do cargo. Desde a votação pelo impedimento, em 26 de maio, porém, Soldado não voltou a conversar com o presidente afastado. Por outro lado, o diálogo com quem convive diariamente no CT se tornou mais frequente.
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