Um dia antes do embarque do Corinthians para o Equador foi divulgado que os torcedores estavam organizando uma ida ao aeroporto. A delegação iria viajar para enfrentar o Independiente Del Valle no jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, após perder a primeira partida por 2×0 na Arena Corinthians.
Antes daquele embarque e depois da derrota ante aos equatorianos em solo alvinegro, o Timão enfrentou o Bahia e venceu. Quase 30 mil pessoas viram esse jogo na Arena Corinthians, sabendo que a vitória era boa, mas pensando se era o suficiente para reverter aqueles 2×0 sofridos naquele mesmo lugar na quarta anterior.
Voltando ao embarque. Os corinthianos e corinthianas foram. Assim como divulgado, estavam lá na hora marcada com suas camisas, faixas, bandeiras, sinalizadores, palmas, vozes e, principalmente, com seu amor. O cerco da polícia (exagerado e desnecessário), não impediu que a mensagem fosse entregue e entendida, os jogadores agradeceram aquele apoio em um momento difícil.
O jogo chegou e já passou, não deu, sabemos. Mas ali naquele estádio, numa capital de outro país, em um dia de semana e num cantinho rodeado de gente falando outra língua, um grupo em preto e branco calava todo o resto e um pouco mais. Foram 90 minutos incansáveis de muitos gritos de apoio, fé e…amor. Afinal de contas, só amando para sair de casa e ir para outro país independente do dia, para ver o Corinthians jogar e o empurrar.
Após o jogo, com muita vaia rival, a Fiel cantou a plenos pulmões, um daqueles gritos que arrepia até a alma quando entoados dessa forma. Enquanto o Del Valle comemorava a classificação, merecida, os jogadores cabisbaixos do Corinthians se voltavam para o lado onde os alvinegros estavam localizados para agradecer e ouviram “Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo. Eu sou Corinthians!”. Qual elo é o mais forte se não o do amor?
O jogo seguinte foi Corinthians x Vasco na Arena Corinthians. Domingo de manhã, um sol escaldante, ingresso no mesmo preço de sempre, equipe no G6, mas distante dos líderes e após uma eliminação para um time teoricamente mais fraco. Ingredientes de desânimo, mas a Fiel não segue receita, roteiro e nem a lógica. Nunca foi razão, nem quando protesta, sempre foi emoção, uma em especial… O Amor. Prova disso é o número de torcedores dentro do estádio que beirou os 40 mil.
Foi só mais uma, dentre tantas outras provas. Quando se trata de Corinthians, no fim tudo se resume a uma única palavra: Amor.
Até mesmo esse texto.
Por Bruno Cassiano para a Redação da Central do Timão
Twitter/@BrunoCassiano_