O atacante se destacou no Alvinegro entre os anos de 1997 e 2000, quando foi eleito o melhor jogador do primeiro Mundial de Clubes da Fifa
Edilson da Silva Ferreira, o “Capetinha” nasceu no dia 17 de setembro de 1970, em Salvador (BA), e comemora seus 50 anos nesta quinta-feira. Como atacante, Edilson se destacou em vários clubes do futebol brasileiro, mas tornou-se ídolo corinthiano por ser protagonista de momentos marcantes para a história do clube.
O apelido, “Capetinha”, muito se deu por conta de seu jeito atrevido dentro e fora dos campos. Era um jogador veloz, habilidoso e de drible fácil, o suficiente para “causar” inúmeras vezes em prol do Corinthians. A sua estréia no clube foi na vitória contra o Bragantino, no dia 02 de outubro de 1987, quando o Corinthians venceu por 2×0, pelo Campeonato Brasileiro.
No total, foram 164 atuações em que Edílson vestiu o manto alvinegro, com 55 gols marcados e a marca de ídolo, graças as suas embaixadinhas inesquecíveis, as provocações aos rivais e aos títulos que ajudou o Corinthians a conquistar. Relembre:
Corinthians 1 x 0 Grêmio – Quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1998
O Timão recebeu a equipe gaúcha no Pacaembu, para disputar a vaga na semifinal da competição. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Marcelinho fez uma belíssima cobrança de escanteio.
A bola foi desviada por Gamarra e sobrou para o “Capetinha”, que chutou para o fundo do gol e abriu o placar para o Alvinegro. Com gols de Edílson e Marcelinho, o Corinthians venceu a partida por 2 x 0 e sagrou-se bicampeão Brasileiro daquele ano.
Corinthians 2 x 2 Palmeiras – Final do Campeonato Paulista de 1999
O Corinthians foi com “sangue no olho” para o jogo de ida. Já o Palmeiras preferiu poupar seus titulares, visando a final da Copa Libertadores, que iria disputar três dias depois. O Timão, por sua vez, foi pra cima do rival e venceu a partida por 3 x 0.
No jogo de volta, que aconteceu no Morumbi, os ânimos estavam acirrados e a rivalidade ainda mais quente entre os times. Marcelinho Carioca marcou o primeiro para o Timão. O Palmeiras não deixou barato e virou o placar na seqüência, com dois gols de Evair. Aos 28 minutos do segundo tempo, Edílson carimbou a rede e empatou a decisão.
O ídolo e suas famosas embaixadinhas
Pelo saldo de gols, o Timão já estava com uma mão na taça. Então, aos 31 minutos do segundo tempo, Edílson recebeu a bola no meio campo e começou a fazer embaixadinhas, passando a bola por trás da cabeça.
Os jogadores do Palmeiras ficaram irritados com a atitude do atacante e partiram para cima na intenção de agredi-lo. Com isso, houve uma briga generalizada em campo e o juiz encerrou a partida antes dos 45 minutos previstos. Enquanto isso, a “festa na favela” já acontecia: a Fiel comemorava na arquibancada a conquista de mais um título Paulista para o Corinthians.
A cena que marcou a rivalidade do Derby
Logo após as embaixadinhas e a fúria dos palmeirenses, no meio da briga entre os jogadores Edílson deu um chute no atacante Paulo Nunes. A imagem entrou para a história, e até hoje é usada como referência da rivalidade entre Corinthians e Palmeiras.
“Muito prazer, eu sou Edilson…”
No primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA, em 2000, o Corinthians enfrentaria o expressivo time do Real Madrid. Alguns meses antes da partida, Edilson Capetinha afirmou que Christhian Karembeu, mundialmente famoso zagueiro adversário, era muito ruim para jogar no time Merengue e prometeu que daria uma caneta no jogador.
O comentário chegou até o então presidente do clube europeu, Lorenzo Sanz, que respondeu dizendo que não sabia quem era Edílson e que o brasileiro teria que nascer de novo para ser reconhecido.
Durante a partida, o Real Madrid abriu o placar. Roberto Carlos – que em 2010 jogaria pelo Timão – cobrou falta e Anelka desvia para fazer o gol. No segundo tempo, Edílson cumpriu a promessa. O atacante recebeu a bola pela direita, chutou no meio das pernas do francês Christian Karembeu e finalizou com um golaço no canto do gol de Iker Casillas, estufando as redes do adversário.
Edílson ainda marcou o segundo gol, mas Anelka empatou e o duelo terminou no empate de 2 x 2. Apesar disso, o lance mágico protagonizado pelo camisa 10 ficou registrado para a história da Fiel e dos brasileiros, como o dia em que o Real Madrid foi apresentado ao futebol do “Capetinha”.
O Timão conquistou o seu primeiro título mundial e Edílson foi eleito como o melhor jogador da competição. O fim da carreira de Edílson no Corinthians se deu após a eliminação do clube na Libertadores de 2000. Revoltados com os jogadores, alguns torcedores foram até o Parque São Jorge cobrar os atletas durante um treinamento.
Com a confusão, Edílson decidiu colocar fim em um ciclo de grandes conquistas no Timão. No entanto, seus feitos e contribuições para a história do alvinegro jamais serão esquecidos.
A Central do Timão Parabeniza Edilson pelos seus 50 anos, com eterna gratidão por toda a sua contribuição para o crescimento do Sport Club Corinthians Paulista
Por Amanda Koiv para a Redação da Central do Timão