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Ídolo da Fiel e campeão Mundial pelo Corinthians, Edilson “Capetinha” completa 50 anos nesta quinta

O atacante se destacou no Alvinegro entre os anos de 1997 e 2000, quando foi eleito o melhor jogador do primeiro Mundial de Clubes da Fifa

Edilson vestindo o manto alvinegro, escolhido para representar o Corinthians de 2000 em campanha da nova camisa de 2019. Foto: Reprodução Corinthians

Edilson da Silva Ferreira, o “Capetinha” nasceu no dia 17 de setembro de 1970, em Salvador (BA), e comemora seus 50 anos nesta quinta-feira. Como atacante, Edilson se destacou em vários clubes do futebol brasileiro, mas tornou-se ídolo corinthiano por ser protagonista de momentos marcantes para a história do clube.

Foto: Reprodução Corinthians

O apelido, “Capetinha”, muito se deu por conta de seu jeito atrevido dentro e fora dos campos. Era um jogador veloz, habilidoso e de drible fácil, o suficiente para “causar” inúmeras vezes em prol do Corinthians. A sua estréia no clube foi na vitória contra o Bragantino, no dia 02 de outubro de 1987, quando o Corinthians venceu por 2×0, pelo Campeonato Brasileiro.

No total, foram 164 atuações em que Edílson vestiu o manto alvinegro, com 55 gols marcados e a marca de ídolo, graças as suas embaixadinhas inesquecíveis, as provocações aos rivais e aos títulos que ajudou o Corinthians a conquistar. Relembre:

Corinthians 1 x 0 Grêmio – Quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1998

O Timão recebeu a equipe gaúcha no Pacaembu, para disputar a vaga na semifinal da competição. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Marcelinho fez uma belíssima cobrança de escanteio.

A bola foi desviada por Gamarra e sobrou para o “Capetinha”, que chutou para o fundo do gol e abriu o placar para o Alvinegro. Com gols de Edílson e Marcelinho, o Corinthians venceu a partida por 2 x 0 e sagrou-se bicampeão Brasileiro daquele ano.

Corinthians 2 x 2 Palmeiras – Final do Campeonato Paulista de 1999

O Corinthians foi com “sangue no olho” para o jogo de ida. Já o Palmeiras preferiu poupar seus titulares, visando a final da Copa Libertadores, que iria disputar três dias depois. O Timão, por sua vez, foi pra cima do rival e venceu a partida por 3 x 0.

No jogo de volta, que aconteceu no Morumbi, os ânimos estavam acirrados e a rivalidade ainda mais quente entre os times. Marcelinho Carioca marcou o primeiro para o Timão. O Palmeiras não deixou barato e virou o placar na seqüência, com dois gols de Evair. Aos 28 minutos do segundo tempo, Edílson carimbou a rede e empatou a decisão.

O ídolo e suas famosas embaixadinhas

Pelo saldo de gols, o Timão já estava com uma mão na taça. Então, aos 31 minutos do segundo tempo, Edílson recebeu a bola no meio campo e começou a fazer embaixadinhas, passando a bola por trás da cabeça.

Os jogadores do Palmeiras ficaram irritados com a atitude do atacante e partiram para cima na intenção de agredi-lo. Com isso, houve uma briga generalizada em campo e o juiz encerrou a partida antes dos 45 minutos previstos. Enquanto isso, a “festa na favela” já acontecia: a Fiel comemorava na arquibancada a conquista de mais um título Paulista para o Corinthians.

A cena que marcou a rivalidade do Derby

Foto: Reprodução

Logo após as embaixadinhas e a fúria dos palmeirenses, no meio da briga entre os jogadores Edílson deu um chute no atacante Paulo Nunes. A imagem entrou para a história, e até hoje é usada como referência da rivalidade entre Corinthians e Palmeiras.

“Muito prazer, eu sou Edilson…”

No primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA, em 2000, o Corinthians enfrentaria o expressivo time do Real Madrid. Alguns meses antes da partida, Edilson Capetinha afirmou que Christhian Karembeu, mundialmente famoso zagueiro adversário, era muito ruim para jogar no time Merengue e prometeu que daria uma caneta no jogador.

O comentário chegou até o então presidente do clube europeu, Lorenzo Sanz, que respondeu dizendo que não sabia quem era Edílson e que o brasileiro teria que nascer de novo para ser reconhecido.

Durante a partida, o Real Madrid abriu o placar. Roberto Carlos – que em 2010 jogaria pelo Timão – cobrou falta e Anelka desvia para fazer o gol. No segundo tempo, Edílson cumpriu a promessa. O atacante recebeu a bola pela direita, chutou no meio das pernas do francês Christian Karembeu e finalizou com um golaço no canto do gol de Iker Casillas, estufando as redes do adversário.

Edílson ainda marcou o segundo gol, mas Anelka empatou e o duelo terminou no empate de 2 x 2. Apesar disso, o lance mágico protagonizado pelo camisa 10 ficou registrado para a história da Fiel e dos brasileiros, como o dia em que o Real Madrid foi apresentado ao futebol do “Capetinha”.

O Timão conquistou o seu primeiro título mundial e Edílson foi eleito como o melhor jogador da competição. O fim da carreira de Edílson no Corinthians se deu após a eliminação do clube na Libertadores de 2000. Revoltados com os jogadores, alguns torcedores foram até o Parque São Jorge cobrar os atletas durante um treinamento.

Com a confusão, Edílson decidiu colocar fim em um ciclo de grandes conquistas no Timão. No entanto, seus feitos e contribuições para a história do alvinegro jamais serão esquecidos.

A Central do Timão Parabeniza Edilson pelos seus 50 anos, com eterna gratidão por toda a sua contribuição para o crescimento do Sport Club Corinthians Paulista

Por Amanda Koiv para a Redação da Central do Timão

Notícias do Corinthians

PALMAS: Embaixadinhas do Edilson completam 20 anos

Foto: Caio Guatelli / Estadão

20 anos do “Derby das embaixadinhas”

Uma final de Paulistão que ficou marcada para a história.

Corinthians e Palmeiras já protagonizaram 360 derbys, com 127 vitórias para cada lado, e 106 empates. Várias finais, polêmicas, brigas, e tudo o que uma grande rivalidade tem direito.

Mas, se há um derby inesquecível para os corinthianos, sem dúvidas é a final do campeonato Paulista, realizado em 20 de junho de 1999.

O Timão havia sido eliminado da Copa Libertadores recentemente, nos pênaltis, pelo Palmeiras e chegou à final do Paulistão, prometendo devolver a derrota. Venceu a primeira partida por 3×0, assim podia perder a próxima por uma diferença de até dois gols.

Marcelinho marcou, o Palmeiras pressionou e em três minutos virou a partida. 2×1 para o rival.

Foi aí que a estrela de Edilson brilhou e ele se eternizou como ídolo no Corinthians. Aos 28 minutos do segundo tempo, Marcelinho lançou e Edilson empatou a partida. Porém, três minutos depois, resolveu brincar de embaixadinhas em campo. Jogou a bola para cima cinco vezes, tocou com a coxa, aparou com a nuca e… a pancadaria se instalou. Júnior, do Palmeiras, se atirou em cima dele, Paulo Nunes desferiu-lhe pontapés, Edilson revidou, os demais jogadores se envolveram e o conflito foi de tal forma generalizado, que o árbitro encerrou a partida antes dos 90 minutos, com o Corinthians conquistando o seu 23º título Paulista.

Edilson foi cortado da convocação à Seleção Brasileira para a Copa América, mas, o título de campeão Paulista de 1999 vale mais que qualquer Copa América e o marcou mais que qualquer outra coisa.

Passados 20 anos, ninguém se esquece desse jogo, nem das embaixadinhas e nem da pancadaria.

Por Redação Central do Timão