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Fisioterapeuta do Corinthians explica lesões de Renato Augusto, Fagner e Adson, e indica retornos de atletas lesionados

  • Por Levi Natan / Redação da Central do Timão

Fisioterapeuta e consultor do departamento médico do Corinthians, Bruno Mazziotti atualizou as situações clínicas dos atletas lesionados do clube. Atualmente, o Timão conta com 11 jogadores com lesões em tratamento.

Nesta quarta-feira (7), o profissional falou à Corinthians TV e esclareceu a situação de diversos atletas lesionados que foram utilizados pelo técnico Vítor Pereira. Confira a situação de cada um abaixo:

Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Renato Augusto: “O Renato sempre traz essa curiosidade de saber se a condição dele é uma condição que permite que jogue futebol. O Renato é um atleta em perfeita condição para a prática do futebol em alta performance, ele teve um episódio de uma falta que sofreu no jogo contra o Fluminense, evoluiu positivamente para o jogo contra o Red Bull Bragantino, jogou 80 minutos, onde a evolução já não foi tão boa. A gente tem aqui a decisão de pesar entre o benefício e o risco que o atleta corre, então automaticamente se o atleta corre mais risco do que benefícios, tanto de performance dentro de campo como nos treinos, a gente toma a decisão de retirar o atleta e trabalhar de forma separada e individual, foi o que aconteceu com o Renato. Para que o atleta não ficasse mais fora ainda das partidas e dos treinos, a gente tomou a decisão de tirar o atleta para que ele pudesse seguir o trabalho individualizado e evoluiu muito bem essa semana. A gente tem uma possibilidade de começar a integrar o Renato a partir dessa semana com o trabalho com o grupo, e a gente vai ser esse próximo passo de evolução. Mas a lesão do Renato não é uma reincidência, não é na panturrilha que a gente recuperou recentemente. Houve o azar, o imponderável acontece no futebol, mas a progressão do Renato está sendo satisfatória e fico muito satisfeito com isso.”

Lucas Piton: Ele teve um trauma no jogo contra o Red Bull Bragantino, um trauma bastante importante e severo, repercutiu de forma ruim pra gente, esse edema trazia um certo risco de colocar o atleta em campo, podia desenvolver uma síndrome compartimental, então nós tivemos um trabalho com ele com um pouco mais de recuperação clínica e funcional. O atleta apresentou mais evolução nesta semana, já começou a fazer o trabalho de transição e o resultado foi ótimo. A gente começa a entregar ele a partir de amanhã com o grupo, seguindo a fase de progressão para que a gente tenha possibilidade de contar com ele para os próximos jogos.

Bambu: “O Robson Bambu também. Apresentou uma queixa no reto femural da perna esquerda, automaticamente a gente se preocupa porque é um músculo muito solicitado durante as demandas de treinos e jogos, então a gente segurou um pouco este atleta. É um período difícil para o clube, eu entendo, mas a gente tem que prezar pela saúde. O Robson também apresentou uma ótima evolução, começa a integrar o trabalho com a equipe e a tendência é que ele siga com o processo de liberação junto com o Piton.

Fagner: “Na verdade, o Fagner também evoluiu bem. Ele apresentou uma zona de contratura depois do jogo contra o Red Bull Bragantino, foi para o jogo pela necessidade que tínhamos o Rafael Ramos em um processo de recuperação. O Fagner reagiu de uma forma não tão positiva agora recentemente contra o Inter e a gente vem trabalhando com Fagner, que vem apresentando uma ótima resposta dentro do contexto que apresentou no último jogo. A gente espera evoluir com ele para as próximas fases e vamos aguardar essas evoluções. A gente gostaria muito que a ciência do esporte fosse uma ciência exata, mas não é. A gente precisa trabalhar no dia a dia, eu sou um cara que me cobro muito, não estou satisfeito ainda com o desempenho dos nossos atletas na condição de prevenção. Venho pra cá com essa responsabilidade, trago essa responsabilidade para cima da minha pessoa e a gente vem construindo isso ao longo do tempo e assim a gente espera que a partir da próxima temporada, tenha uma situação muito diferente daquilo que a gente apresentou hoje.”

Adson: “O Adson parou há cerca de duas semanas e meia por conta de uma dor na região inguinal. É uma dor na região acerca do abdômen, próximo do adutor. Fizemos um trabalho com ele, vem se recuperando. É um atleta que tem uma condição física diferente de outros atletas. Um atleta jovem que subiu para a base há cerca de dois anos. A gente precisa manter um acompanhamento pra esse tipo de atleta com a característica física do Adson. Ele vem evoluindo bem, é um atleta com bastante condição técnica, aporta muito a equipe neste momento. Tem muita exigência e demanda física atletas que jogam nessa função, e ele evoluiu muito bem nessa semana. A gente está bastante otimista com essa evolução e também a gente espera que a próxima fase, que é integrar o trabalho com o grupo, seja de forma positiva.”

Raul Gustavo: “Evoluiu bem. O Raul apresentou desde o último jogo contra o Atlético-GO, uma lesão no adutor. A gente veio trabalhando com o Raul, ele faz um jogo contra o Flamengo, depois ele teve um problema de uma entorse no tornozelo durante o treino, que acontece, o imponderável acontece no futebol e nós estamos aqui justamente para controlar esses imponderáveis. Aí, o Raul apresenta uma evolução muito boa da lesão que teve do adutor. É um atleta que já tinha o histórico dessa lesão, por isso o cuidado maior sobre essa ótica. Como ele apresenta um perfil baixo de carga nos últimos dois meses, a gente ter a responsabilidade de pesar isso e tomar a decisão de maneira assertiva. O Raul evolui para a transição individualizada, depois passa para a fase de retorno parcialmente com o grupo e a gente tem talvez mais uma semana nisso para que possamos liberar o Raul integralmente com o grupo e a partir dali tomar as decisões se o atleta vai ser condicionado ao jogo ou não, mas a evolução dele é muito positiva pela patologia que apresentou nos últimos meses.”

Rafael Ramos: “O Rafa é um atleta que chegou esse ano, que vem de um ano e meio de temporada, jogando toda a temporada europeia. Então ele está somando um ano e meio de temporada, isso traz um certo desgaste. É um atleta que a gente vem tentando monitorar com frequência para que esse tipo de situação não ocorra. Infelizmente ocorreu, não uma reincidência, mas uma lesão subsequente a qual ele teve, de magnitude baixa e pequena, essa é a boa notícia. A gente espera recuperar o Rafa o mais rápido possível, é um atleta muito potente, que pode aportar fisicamente muito à nossa equipe.”

Júnior Moraes: “Vou trazer para mim a responsabilidade do caso do Júnior. Eu tive a oportunidade de vê-lo na Europa por muitos anos, sei o quanto esse atleta pode entregar, apresentou uma lesão muito séria no ano passado e fez uma cirurgia de grande magnitude. Existe um período de adaptação, uma condição de reaprendizado deste atleta. É um atleta qualificado tecnicamente, que se entrega muito no dia a dia do trabalho, muito compromissado, então neste momento me sinto muito responsável em trazer sua melhor performance. Vejo alguns julgamentos em relação à sua performance, não estou aqui para proteger atleta nenhum, muito pelo contrário, cobro o mais alto nível de comprometimento e entrega, mas quero dar a oportunidade desse atleta entregar aquilo que ele sabe fazer.”

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