Contratado no início da temporada após não ter contrato renovado com o Los Angeles, dos Estados Unidos, Diego Palacios chegou ao Corinthians para brigar pela titularidade da lateral esquerda do Alvinegro com Matheus Bidu e Hugo, depois de um 2023 em que a posição passou por problemas, visto a queda brusca e iminente aposentadoria de Fábio Santos.
O equatoriano estreou pelo clube do Parque São Jorge no dia 27 de janeiro em partida contra o São Bernardo FC pela terceira rodada do Campeonato Paulista no Estádio Primeiro de Maio, no ABC Paulista. Com 40 minutos de jogo, ele recebeu um passe na meia esquerda e sentiu dores no joelho, tendo que ser substituído por Hugo. Após exames, foi diagnosticado com uma lesão grave de ligamento e, inclusive, passou por duas artroscopias na região.
Em entrevista ao podcast Casal Coringão na ultima quinta-feira, 5, o médico do Corinthians, Dr. André Jorge, detalhou como vem sendo o processo de recuperação do atleta e afirmou que o mesmo já vem treinando com o grupo e sendo preparado para voltar aos gramados no início de 2025. Para conferir o bate-papo na íntegra, clique neste link.
“Tá treinando já com o grupo normal, praticamente, uma semana, dez dias já. A gente tá preparando ele para o ano que vem, tá liberado completamente já. Cara, confiar não dá 100% porque medicina não tem nada a 100%. Medicina não tem nada 100%, cara. Mas assim, ele tá super bem mesmo, hoje em dia, tá bem melhor” , iniciou.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Na sequência, o profissional disse que o joelho do atleta necessita de maiores cuidados após os dois procedimentos realizados, visto que a região perdeu a cartilagem, o que pode afeta-lo em caso de pancadas e choques com outros atletas durante as partidas.
“A gente tem que preparar a estrutura muscular dele para ser um pouco diferente do que era antes, para resistir mais a impacto, porque como ele não tem essa estrutura protetora dentro do joelho mais, preparar a estrutura muscular dele para ser um pouco diferente do que era antes, para resistir mais a impacto, que foi removida na primeira cirurgia, ele tem que ter uma estrutura muscular que sustente melhor esse joelho. Então esse trabalho todo foi feito de forma de excelência nesses seis meses com os fisioterapeutas.”
“Os fisioterapeutas até foram na casa dele, então o tempo que ele ficou afastado da cirurgia, ele tinha um fisioterapeuta do clube na casa dele fazendo recuperação direto com ele todos os dias. Então foi um focado em resolver mesmo, é que é um problema complexo mesmo, cara. Você não tem a regeneração da cartilagem, é um tecido que você não consegue regenerar. Então você acaba fazendo algumas coisas pra proteger” , finalizou.
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Fisioterapeuta e consultor do departamento médico do Corinthians, Bruno Mazziotti atualizou as situações clínicas dos atletas lesionados do clube. Atualmente, o Timão conta com 11 jogadores com lesões em tratamento.
Nesta quarta-feira (7), o profissional falou à Corinthians TV e esclareceu a situação de diversos atletas lesionados que foram utilizados pelo técnico Vítor Pereira. Confira a situação de cada um abaixo:
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Renato Augusto: “O Renato sempre traz essa curiosidade de saber se a condição dele é uma condição que permite que jogue futebol. O Renato é um atleta em perfeita condição para a prática do futebol em alta performance, ele teve um episódio de uma falta que sofreu no jogo contra o Fluminense, evoluiu positivamente para o jogo contra o Red Bull Bragantino, jogou 80 minutos, onde a evolução já não foi tão boa. A gente tem aqui a decisão de pesar entre o benefício e o risco que o atleta corre, então automaticamente se o atleta corre mais risco do que benefícios, tanto de performance dentro de campo como nos treinos, a gente toma a decisão de retirar o atleta e trabalhar de forma separada e individual, foi o que aconteceu com o Renato. Para que o atleta não ficasse mais fora ainda das partidas e dos treinos, a gente tomou a decisão de tirar o atleta para que ele pudesse seguir o trabalho individualizado e evoluiu muito bem essa semana. A gente tem uma possibilidade de começar a integrar o Renato a partir dessa semana com o trabalho com o grupo, e a gente vai ser esse próximo passo de evolução. Mas a lesão do Renato não é uma reincidência, não é na panturrilha que a gente recuperou recentemente. Houve o azar, o imponderável acontece no futebol, mas a progressão do Renato está sendo satisfatória e fico muito satisfeito com isso.”
Lucas Piton: “Ele teve um trauma no jogo contra o Red Bull Bragantino, um trauma bastante importante e severo, repercutiu de forma ruim pra gente, esse edema trazia um certo risco de colocar o atleta em campo, podia desenvolver uma síndrome compartimental, então nós tivemos um trabalho com ele com um pouco mais de recuperação clínica e funcional. O atleta apresentou mais evolução nesta semana, já começou a fazer o trabalho de transição e o resultado foi ótimo. A gente começa a entregar ele a partir de amanhã com o grupo, seguindo a fase de progressão para que a gente tenha possibilidade de contar com ele para os próximos jogos.“
Bambu: “O Robson Bambu também. Apresentou uma queixa no reto femural da perna esquerda, automaticamente a gente se preocupa porque é um músculo muito solicitado durante as demandas de treinos e jogos, então a gente segurou um pouco este atleta. É um período difícil para o clube, eu entendo, mas a gente tem que prezar pela saúde. O Robson também apresentou uma ótima evolução, começa a integrar o trabalho com a equipe e a tendência é que ele siga com o processo de liberação junto com o Piton.“
Fagner: “Na verdade, o Fagner também evoluiu bem. Ele apresentou uma zona de contratura depois do jogo contra o Red Bull Bragantino, foi para o jogo pela necessidade que tínhamos o Rafael Ramos em um processo de recuperação. O Fagner reagiu de uma forma não tão positiva agora recentemente contra o Inter e a gente vem trabalhando com Fagner, que vem apresentando uma ótima resposta dentro do contexto que apresentou no último jogo. A gente espera evoluir com ele para as próximas fases e vamos aguardar essas evoluções. A gente gostaria muito que a ciência do esporte fosse uma ciência exata, mas não é. A gente precisa trabalhar no dia a dia, eu sou um cara que me cobro muito, não estou satisfeito ainda com o desempenho dos nossos atletas na condição de prevenção. Venho pra cá com essa responsabilidade, trago essa responsabilidade para cima da minha pessoa e a gente vem construindo isso ao longo do tempo e assim a gente espera que a partir da próxima temporada, tenha uma situação muito diferente daquilo que a gente apresentou hoje.”
Adson: “O Adson parou há cerca de duas semanas e meia por conta de uma dor na região inguinal. É uma dor na região acerca do abdômen, próximo do adutor. Fizemos um trabalho com ele, vem se recuperando. É um atleta que tem uma condição física diferente de outros atletas. Um atleta jovem que subiu para a base há cerca de dois anos. A gente precisa manter um acompanhamento pra esse tipo de atleta com a característica física do Adson. Ele vem evoluindo bem, é um atleta com bastante condição técnica, aporta muito a equipe neste momento. Tem muita exigência e demanda física atletas que jogam nessa função, e ele evoluiu muito bem nessa semana. A gente está bastante otimista com essa evolução e também a gente espera que a próxima fase, que é integrar o trabalho com o grupo, seja de forma positiva.”
Raul Gustavo:“Evoluiu bem. O Raul apresentou desde o último jogo contra o Atlético-GO, uma lesão no adutor. A gente veio trabalhando com o Raul, ele faz um jogo contra o Flamengo, depois ele teve um problema de uma entorse no tornozelo durante o treino, que acontece, o imponderável acontece no futebol e nós estamos aqui justamente para controlar esses imponderáveis. Aí, o Raul apresenta uma evolução muito boa da lesão que teve do adutor. É um atleta que já tinha o histórico dessa lesão, por isso o cuidado maior sobre essa ótica. Como ele apresenta um perfil baixo de carga nos últimos dois meses, a gente ter a responsabilidade de pesar isso e tomar a decisão de maneira assertiva. O Raul evolui para a transição individualizada, depois passa para a fase de retorno parcialmente com o grupo e a gente tem talvez mais uma semana nisso para que possamos liberar o Raul integralmente com o grupo e a partir dali tomar as decisões se o atleta vai ser condicionado ao jogo ou não, mas a evolução dele é muito positiva pela patologia que apresentou nos últimos meses.”
Rafael Ramos: “O Rafa é um atleta que chegou esse ano, que vem de um ano e meio de temporada, jogando toda a temporada europeia. Então ele está somando um ano e meio de temporada, isso traz um certo desgaste. É um atleta que a gente vem tentando monitorar com frequência para que esse tipo de situação não ocorra. Infelizmente ocorreu, não uma reincidência, mas uma lesão subsequente a qual ele teve, de magnitude baixa e pequena, essa é a boa notícia. A gente espera recuperar o Rafa o mais rápido possível, é um atleta muito potente, que pode aportar fisicamente muito à nossa equipe.”
Júnior Moraes: “Vou trazer para mim a responsabilidade do caso do Júnior. Eu tive a oportunidade de vê-lo na Europa por muitos anos, sei o quanto esse atleta pode entregar, apresentou uma lesão muito séria no ano passado e fez uma cirurgia de grande magnitude. Existe um período de adaptação, uma condição de reaprendizado deste atleta. É um atleta qualificado tecnicamente, que se entrega muito no dia a dia do trabalho, muito compromissado, então neste momento me sinto muito responsável em trazer sua melhor performance. Vejo alguns julgamentos em relação à sua performance, não estou aqui para proteger atleta nenhum, muito pelo contrário, cobro o mais alto nível de comprometimento e entrega, mas quero dar a oportunidade desse atleta entregar aquilo que ele sabe fazer.”