Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão
Na manhã desta quarta-feira, 28, o portal ge.globo divulgou a informação que o Corinthians foi condenado em segunda instância na Justiça do Trabalho a pagar o valor de 1,5 milhão de reais a Michel Macedo, lateral-direito que passou pelo clube. O Timão pode entrar com recurso.
O valor ainda pode subir por conta de correções monetárias e de custos processuais. A Justiça concordou que Michel Macedo, que está atualmente no Ceará, tem direito a receber valores referentes a indenizações, férias, 13º e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de multas.
Vale lembrar que esse não é o primeiro problema que o Corinthians enfrenta com dívidas em 2023. Recentemente, foi determinado que o clube está impedido de inscrever novos jogadores devido ao não pagamento de intermediações nas contratações de Boselli e Bruno Méndez. Além disso, também foi divulgada uma dívida pela contratação do atacante Chrystian Barletta.
Michel Macedo fechou com o Corinthians em 2018, mas só poderia jogar a partir de 2019. O lateral-direito atuou em 30 jogos com a camisa do Timão, marcou um gol e participou do título paulista de 2019. Deixou o clube por empréstimo em 2021, quando foi para o Juventude. Em 2022 acertou com o Ceará após ficar livre no mercado.
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Por Larissa Beppler e Henrique Pereira / Redação da Central do Timão
No dia 25 de abril, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 5 milhões, referente a salários atrasados, ao atacante Mauro Boselli, que teve passagem no clube entre 2019 e 2020. Foi determinado que o valor devido ao jogador fosse quitado em até 45 dias, prazo que se encerrou na última sexta-feira, 9 de junho. Caso contrário, o clube poderia ser proibido de inscrever novos jogadores, seja por meio de pagamento ou de forma gratuita
O Corinthians recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS) após ser determinado pela FIFA, em 2021, a pagar cerca de U$ 1,1 milhão, ou seja, cerca de R$ 5,6 milhões na cotação atual, mas teve seu recurso negado. Entretanto, a Central do Timão apurou que o Timão tem avançado e está próximo de um desfecho positivo nas negociações com o jogador argentino para realizar o pagamento da dívida e evitar punições.
Além disso, o Corinthians também está encaminhando o pagamento referente à contratação do atacante Chrystian Barletta. De acordo com o presidente do Joinville, Darthanhan de Oliveira, o Timão não realizou o pagamento referente a 10% dos direitos econômicos do jogador, que seria de R$600 mil, já que o clube adquiriu o jovem por R$ 6 milhões. O São Bernardo também não recebeu o pagamento da negociação.
“Temos um valor a receber pelo Barletta. Ele foi vendido ao Corinthians por R$ 6 milhões, com pagamento de R$ 1 milhão à vista e dez parcelas de R$ 500 mil ao São Bernardo. Nós temos 10% disso, entãoteríamos R$ 100 mil à vista e dez parcelas de R$ 50 mil, para fechar os R$ 600 mil. Isso já faz uns três meses e o Joinville ainda não recebeu nada. Me parece que o Corinthians não pagou o São Bernardo e a gente está nessa batalha para tentar buscar essa receita“, disse o presidente do clube catarinense em entrevista coletiva.
A Central do Timão apurou que o Alvinegro já sabe quais recursos utilizará para fazer o pagamento de ambas as dívidas. Com o primeiro semestre da temporada chegando ao fim, o Corinthians receberá o valor referente às cotas televisivas, e deve aproveitá-lo para pagar os acordos.
O Corinthians está próximo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e busca a contratação de novos jogadores como uma aposta para mudar a situação do clube na tabela. Além disso, a estratégia de reforçar o plantel visa obter bons resultados em outras competições, como a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Por isso, o clube busca solucionar rapidamente suas dívidas para não sofrer com punições na FIFA.
Por Kennedy Cardoso e Larissa Beppler / Redação da Central do Timão
O ge.globo noticiou, na manhã desta quarta-feira, que a Prefeitura de São Paulo ingressou na Justiça contra o Corinthians cobrando R$ 8,5 milhões de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) do Parque São Jorge, valor referente ao ano de 2022. Mas a Central do Timão te explica, nesta matéria, como o clube é isento e não terá de pagar o imposto ao governo paulistano.
O Corinthians, de fato, foi processado pela Prefeitura de São Paulo na última quinta-feira. Acontece que os clubes paulistanos têm isenção fiscalpor meio da lei municipal nº 14.865/2008. O problema é que isso não basta para evitar as ações na Justiça e as agremiações precisam provar anualmente que são isentas, senão a Procuradoria Geral do Município entra com a cobrança.
O Corinthians, então, faz essa requisição anualmente, provando que é isento do pagamento do IPTU do Parque São Jorge, algo que o clube voltou a solicitar em 2023. Mas, por conta de uma falta de comunicação do Departamento de Isenções/Imunidade com a Procuradoria Geral do Município, a Prefeitura de São Paulo acaba acionando a Justiça todos os anos com a cobrança, considerada indevida.
O término de tal execução jurídica, então, não é outro senão a extinção da suposta dívida do Corinthians com o governo municipal. Toda essa explicação foi dada pelo diretor jurídico do clube, Herói Vicente, em comunicado obtido pela Central do Timão – veja abaixo a nota oficial enviada pelo dirigente.
Essa não é a primeira vez que a Prefeitura de São Paulo faz essa cobrança indevida de IPTU ao Corinthians na Justiça. Em fevereiro de 2022, o clube conseguiu extinguir a Execução Fiscal nº 1526003-07.2021.8.26.0090, referente à cobrança do imposto de 2020 do Parque São Jorge, no valor de quase R$ 8 milhões.
Veja a nota oficial enviada pelo diretor jurídico Herói Vicente:
“A matéria veiculada no GE refere-se à ação de execução fiscal ajuizada no último dia 23 de março, da qual o Clube ainda sequer foi citado.
Ocorre, que, como sói ocorrer anualmente, apresentamos tempestivamente, em nome do Clube, pedido de isenção ao referido imposto, o que suspende a exigibilidade de sua cobrança e torna indevida tal execução fiscal, que deve ser extinta.
Infelizmente, por absoluta falta de controle e comunicação entre o Depto de Isenções/Imunidade e a PGM, a Prefeitura de São Paulo equivocadamente ajuíza tais execuções fiscais, o que faz sem se aperceber de que o suposto débito não goza de exigibilidade, requisito indispensável do título executivo.
O fim dessa execução não é outro senão a extinção, o que, porém, leva tempo em razão das morosidades municipal e judicial.”
O Corinthians teve um aumento considerável na receita bruta em 2022, em comparação com o ano passado, e voltou a bater recorde de arrecadação no segundo ano de gestão do presidente Duilio Monteiro Alves. Por outro lado, o clube registrou um leve crescimento no endividamento total. A Central do Timão recebeu o documento que detalha o orçamento do ano e as previsões para 2023.
De acordo com o documento, o Corinthians encerra 2022 com uma receita bruta recorde de R$ 766,2 milhões. O valor é cerca de 52,48% maior em relação ao do ano passado, que registrou R$ 502,5 milhões e já era o maior da história do clube.
A excelente arrecadação se dá bastante por conta do bom desempenho esportivo na temporada. As campanhas no Paulistão (semifinal), na Libertadores (quartas de final), na Copa do Brasil (vice-campeonato) e no Brasileirão (quarto lugar) renderam R$ 94,8 milhões aos cofres alvinegros.
O Corinthians ainda fechou o ano com R$ 275,2 milhões arrecadados com direitos de TV, R$ 140,6 milhões em patrocínios, R$ 71,1 milhões com receitas de marca, R$ 17,1 milhões com contribuições dos associados (Fiel Torcedor), R$ 35,6 milhões em explorações comerciais e R$ 89,5 milhões com negociações de atletas, entre outras receitas.
Em contrapartida, a dívida total do Corinthians voltou a subir em 2022. O clube encerrou 2021 com um endividamento de R$ 912 milhões, R$ 37,2 milhões a menos em relação ao ano anterior, mas, agora, houve um aumento de 3,68% e o valor aparece em R$ 945,5 milhões.
O saldo negativo entre endividamento e receita bruta, no entanto, é o menor registrado desde 2019. Há três anos, o número era de R$ 357,3 milhões negativos (arrecadação de R$ 426,4 mi subtraindo a dívida de R$ 783,7 mi). Em 2020, o saldo foi para – R$ 484,9 milhões, valor que caiu para – R$ 409,5 milhões no ano passado, o primeiro da gestão Duilio Monteiro Alves. Agora, está em – R$ 179,3 milhões.
Veja o gráfico da evolução do endividamento do Corinthians desde 2019:
O Corinthians entrou em um acordo com o América-MG na Justiça para a quitação de uma dívida de R$ 2.132.451,99 envolvendo o atacante Richarlison, do Tottenham, e o volante Richard, atualmente no Ceará. As informações foram inicialmente divulgadas pelo Meu Timão.
O valor engloba a quitação de R$ 1.938.592,72, além de R$ 193.859,27 de honorários advocatícios. O Corinthians se comprometeu a pagar a quantia total em 12 parcelas, com a primeira marcada para 31 de julho de 2022 e a última para 30 de junho de 2023 – veja os valores e as datas dos vencimentos das prestações abaixo. O acordo foi homologado pelo juiz Cláudio Pereira França, da 2ª Vara Cível de São Paulo.
Os honorários advocatícios serão pagos em duas parcelas. A primeira, no valor de R$ 93.859,28, venceu no último dia 31 de julho, enquanto a segunda, de R$ 100 mil, tem vencimento previsto para 31 de agosto. Em caso de atraso por um período superior a dois dias úteis, será acrescido uma multa de 10%.
Mas o que o Corinthians tem a ver com Richarlison?
Principal nome da dívida, o atacante nunca defendeu o Corinthians em sua carreira. Formado nas categorias de base do América-MG, o jogador da Seleção Brasileira foi negociado com o Fluminense em dezembro de 2015. Após se destacar pelo Tricolor, o brasileiro foi vendido para o Watford, da Inglaterra, em 2017. Ele ainda atuou pelo Everton no país europeu, até chegar ao Tottenham nesta temporada.
O Corinthians entra na história em 2019, ao acertar a contratação de Richard, atualmente no Ceará. Quando assinou contrato com o volante, que pertencia ao Fluminense, o Timão, então presidido por Andrés Sanchez, assumiu a dívida do clube carioca com o América-MG pela venda de Richarlison ao Watford.
O débito com o América-MG deveria ter sido quitado pelo Corinthians em agosto de 2019, mas não foi. Os clubes entraram em um acordo logo em seguida, e o Coelho aceitou receber o valor em três prestações, sendo a última em janeiro de 2020. O Timão, no entanto, voltou a não honrar as parcelas.
Por conta disso, o América-MG pediu um valor maior por juros. A nova solicitação do clube mineiro foi de R$ 3,2 milhões. A dívida foi parcelada em 12 vezes, e foi honrada parcialmente pelo Corinthians, restando R$ 1.938.592,72. Foi essa quantia que originou o acordo atual.
O Corinthians está com uma dívida total de R$ 19,7 milhões com os empresários Giuliano Bertolucci, André Cury e Carlos Leite, que já emprestaram dinheiro ao clube. As informações constam no balanço financeiro do Timão.
O primeiro agente cuida das carreiras de nomes como Willian, Paulinho e Jô e tem bom trânsito no Parque São Jorge. Em 2017, na gestão de Roberto de Andrade, atual diretor de futebol, o empresário firmou contrato de mútuo com o Corinthians. Na época, o valor ficou acordado em R$ 5,2 milhões, com juros de 1,5% ao mês. Com isso, a dívida quase dobrou e chegou a R$ 9,5 milhões em 2020. No ano passado, o clube pagou cerca de R$ 1,4 milhão e conseguiu diminuir o montante para R$ 8,1 milhões.
Quem também emprestou dinheiro ao Timão em 2017 foi Carlos Leite. A dívida com o empresário de nomes como Fagner, Cássio, Gil e Renato Augusto era de R$ 4,1 milhões. Por conta do juros de 1,94% ao mês, o valor aumentou em mais de 100% e fechou em R$ 8,3 milhões no ano passado.
O último é André Cury, um dos responsáveis pelas contratações dos meio-campistas Juan Cazares e Rómulo Otero, em 2020, e Ángelo Araos, em 2018. O clube fez dois empréstimos com o agente há cerca de dois anos, sendo um no valor de R$ 2,2 milhões, que segue com o mesmo valor, e outro de R$ 916 mil, que aumentou em pouco menos de R$ 100 mil e está em R$ 1 milhão.
Além de empresários, alguns bancos também são credores do Corinthians, como Daycoval, Itaú, Bradesco, Santander e BMG. Ainda segundo o balanço financeiro do Timão, o clube deve R$ 116,6 milhões por empréstimos e financiamentos.
A TV Globo acatou uma ordem da Justiça de São Paulo e pagou R$ 600 mil de uma dívida do Corinthians com o volante Jean. O valor corresponde a pouco mais da metade do débito total, que ultrapassa R$ 1 milhão. A informação é do jornalista Diego Garcia, do “UOL Esporte”.
A defesa do jogador deseja que a Justiça penhore 30% da quantia que o Timão tem a receber da emissora referente a direitos de transmissão, mas as autoridades determinaram o bloqueio de apenas 5%. Após os pagamentos realizados pela Globo, uma nova penhora foi suspensa até que o recurso requerido pelo advogado do atleta seja julgado.
Entenda o processo
A dívida é referente à compra dos direitos econômicos de Jean, em agosto de 2016. Em setembro de 2020, o jogador firmou um acordo com o clube alvinegro para a rescisão do contrato. No acordo, o Timão se comprometeu a pagar ao jogador R$ 650 mil em seis parcelas iguais e sucessivas de R$ 108 mil, entre 30 de setembro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021.
Entretanto, a defesa do volante diz que o Corinthians não pagou nenhuma parcela do acordo. Desta forma, com juros e correção monetária, a dívida do clube com o atleta aumentou de R$ 650 mil para R$ 827 mil em menos de um ano, quando o jogador acionou o Timão na Justiça.
Jean acumulou empréstimos para Vasco, Botafogo e Vitória entre os anos de 2017 e 2020, enquanto esteve sob contrato com o Corinthians. Sem conseguir se firmar em nenhuma equipe, as partes optaram pela rescisão do vínculo em setembro de 2020 para que o volante pudesse jogar no Marítimo de Portugal. Hoje, o atleta defende o Gil Vicente, do mesmo país. O clube alvinegro ainda detém 20% de seus direitos econômicos.
Além do atraso no pagamento dos salários dos jogadores profissionais e uma dívida de três meses com a ajuda de custo dos atletas da base, o Corinthians possui pendências no recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de seus funcionários. Os valores não são depositados desde 2019, e a dívida já ultrapassa os R$ 40 milhões.
A reportagem do portal “UOL Esporte” conversou com funcionários e ex-funcionários do clube, que deram respostas unânimes sobre o não-recolhimento do benefício. A estratégia alvinegra é pagar os valores integrais do montante quando os trabalhadores deixam de ter vínculo empregatício com o Timão. Entretanto, alguns pagamentos não foram efetuados.
No balanço referente ao ano de 2020, o Corinthians informou que não recolheu R$ 36,59 milhões do FGTS. No último documento divulgado, no mês de abril, consta que dívida com encargos sociais – FGTS, IR (Imposto de Renda), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), PIS (Programa de Integração Social), entre outros – é de R$ 170,26 milhões.
Ainda de acordo com o site, o clube alegou que trata o assunto internamente e não revelou os valores de FGTS que estão em aberto. No entanto, a quantia ultrapassa R$ 40 milhões.
“O Corinthians reconhece que tem tido dificuldades de fluxo de caixa desde o início da pandemia e trabalha para quitar os compromissos tão logo seja possível”, disse o Corinthians, na mesma nota divulgada para tratar o auxílio aos jogadores da base e os atrasos dos salários dos atletas profissionais.
Nesta quinta-feira (29), o departamento jurídico do Corinthians conseguiu mais um acordo para a retirada de um processo na Justiça do Trabalho. A ação em questão foi iniciada no último mês de março por Bruno Paulo, atacante que ficou sob contrato com o clube entre maio de 2016 e julho de 2019. A informação foi divulgada pelo portal“Meu Timão”, que teve acesso ao acordo homologado pelo juiz Renato Sabino Carvalho Filho, da 62ª Vara do Trabalho de São Paulo.
Com isso, o Timão se comprometeu a pagar, até o dia 30 de setembro, o valor de R$ 76,2 mil, que é referente ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). No montante, ainda serão acrescidos multas, juros e correções monetárias sob a lei. A falta de pagamento acarretará em multa de 30% sobre a dívida. O clube também se comprometeu a pagar mais R$ 6 mil de honorários advocatícios aos advogados que entraram com a ação na Justiça. A não quitação deste valor renderá uma multa de 20%.
Bruno Paulo, vale lembrar, foi contratado pelo Corinthians em maio de 2016, com os salários de R$ 80 mil (primeiro ano), R$ 90 mil (segundo ano) e R$ 100 mil (terceiro ano), além de bonificações de R$ 270 mil. Entretanto, o atleta chegou ao Parque São Jorge com uma lesão ligamentar no pé esquerdo, o que necessitou de cirurgia. Na época, o jogador foi elogiado por ter sido sincero sobre o seu problema.
Depois, quando parecia que iria conseguir ficar à disposição, teve de passar or uma cirurgia para correção de hérnia lombar. Ele só foi estrear em um amistoso contra a Ferroviária, em fevereiro de 2017, o que foi seu único jogo pelo Timão.
Após não conquistar espaço na equipe, foi emprestado para o Santa Cruz-PE, CRB-AL e Brasil de Pelotas-RS com seus salários pagos pelo Corinthians. Já sem nenhum vínculo no Parque São Jorge, disputou a Série B de 2020 pelo Guarani e, recentemente, acertou com o Rayong FC, da Tailândia.
Nesta quinta-feira (22), o Corinthians entrou em um acordo com Sidcley para pagar R$ 800 mil ao lateral-esquerdo. O valor é quase metade do que ele cobrava inicialmente na Justiça do Trabalho, que era de R$ 1,5 milhão. A anuência foi homologada na última quarta-feira (21), em audiência com a juíza Juliana Santoni Von Held. A informação foi divulgada pelo portal “Globo Esporte”.
A dívida, no entanto, será parcelada. A partir de agosto, o Timão pagará R$ 536 mildividido em 20 prestações, com o vencimento da última previsto para março de 2023. O montante é referente a verbas que o jogador receberia quando deixou o clube após a sua segunda passagem, no fim do ano passado, como férias e 13º salário, além de honorários advocatícios. Os R$ 264 mil restantes são relativos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o pagamento precisa ser efetuado até dezembro deste ano.
“Tentamos o acordo desde o início. O clube também sempre manteve diálogo e fizçemos o acordo, até pelo respeito que o Sidcley tem pelo clube e pela torcida”, disse Dyego Tavares, advogado do atleta.
Em sua segunda passagem no Parque São Jorge, no início de 2020, Sidcley não conseguiu demonstrar o mesmo futebol de 2018, quando foi titular na equipe campeã estadual sobre o arquirrival Palmeiras. No ano passado, atuou emprestado pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Entretanto, estava fora de forma e acabou sendo afastado do elenco antes do fim do ano. Sob o comando de Tiago Nunes, participou de 19 partidas oficiais. O Corinthians pagou 500 mil euros pelo empréstimo.
O agente de jogadores Regis Marques Chedid acionou a Justiça parar cobrar R$ 1.067.166,84 referente ao uso de imagem do atacante Ángel Romero, que atuou pelo clube entre 2014 e 2018. Todas as informações foram divulgadas pelo “Blog do Perrone”, no “UOL Esporte”.
O empresário alega que o Timão não pagou parte do valor combinado e que, há quatro anos, foi feito um acordo para a quitação da dívida, que também foi desrespeitado. De acordo com a ação movida pela empresa de Regis, o contrato inicial previa o pagamento de R$ 2.490.200,00 divididos em quatro parcelas de R$ 622.550,00 pela “exploração comercial dos direitos da personalidade” do paraguaio.
Por motivos de falta de pagamento de parte desse valor, as partes acordaram em parcelamento. O trato, portanto, previa que a empresa recebesse R$ 1.950.000,00 em 30 parcelas mensais de R$ 65.000,00. A primeira venceria no dia 5 de maio de 2017. A agência diz que os nove últimos pagamentos, entre fevereiro e outubro de 2019, não foram efetuados.
Foi estabelecido que o descumprimento de ao menos três parcelas provocaria o vencimento automático das demais. Assim, o empresário pediu à Justiça que o Alvinegro seja citado para pagar R$ 1.067.166,84 atualizados e acrescidos de honorários advocatícios em 15 dias. Na última quinta-feira (17), o pedido foi deferido e a carta de citação foi expedida.
O Corinthians ofereceu 40 televisores, alguns aparelhos usados em exames médicos, equipamento para cozinha do centro de treinamento, um ônibus e até um elevador para serem penhorados. Os bens foram oferecidos atendendo à ordem judicial em ação movida pela B2F Marketing Esportivo, que cobra R$ 1.275.307,00 do Timão, referente à participação nos direitos econômicos do volante Maycon, vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em 2018.
A empresa pediu à Justiça que rejeite os bens oferecidos. Ela quer tentar bloquear créditos que o clube tem para receber da TV Globo, entre outros. Além desses valores, a B2F ainda tenta penhora parte do montante que o Timão tem direito pela venda de Pedrinho pelo Benfica, de Portugal, também ao Shakhtar. As informações foram divulgadas pelo “Blog do Perrone”, no portal “UOL Esporte”.
Na última quinta-feira (10), o Corinthians se manifestou afirmando que possui bens imóveis, mas que estão comprometidos por penhoras e hipotecas. Com isso, apresentou a seguinte lista de bens móveis livres e disponíveis para serem penhorados:
40 televisores Samsung LCD de 40 polegadas, no valor de R$ 128.620;
Um elevador com capacidade para 630 kg, no valor de R$ 80.825;
Equipamento de cozinha do CT do Parque Ecológico do Tietê, no valor de R$ 195 mil;
Um ônibus Mercedes-Benz, ano 2002, no valor de R$ 112 mil;
Um scanner corporal, no valor de R$ 169 mil;
Um aparelho de ultrassonografia, no valor de R$ 129 mil;
Uma câmara de crioterapia, na qual os atletas são expostos a temperaturas extremamente baixas, no valor de R$ 192,5 mil.
A lista ainda conta com mais alguns itens, nos quais a somatória total dos valores fica em R$ 1.728.004,71, quantia que é superior à cobrança. A Justiça, portanto, pode aceitar o pedido da credora e recusar os bens ou aceitá-los. Caso aceitem, no final do processo, não havendo pagamento, eles serão leiloados.
O Corinthians foi condenado a pagar R$ 800 mil à empresa Brazilsport, do empresário Ivan Suarez y Martins, em valor que ficará maior por causa de multas e correções monetárias.
O processo foi aberto em março, em cerca de R$ 959 mil. A Justiça pediu a aplicação de índices de correção com juros moratórios de 1% ao mês. A informação foi divulgada pelo jornalista Diego Garcia, no portal “UOL Esporte“.
O montante é referente aos direitos de imagem do meio-campista Guilherme, que atuou no Timão entre 2016 e 2017, conquistando um Campeonato Paulista e um Campeonato Brasileiro. Na época, o clube havia combinado pagar R$ 3,7 milhões pela imagem do atleta.
O Corinthians se defendeu dizendo que já pagou cerca de R$ 126,6 mil, o que deixaria a dívida excessiva, e queria correção pela cobrança a mais. A Justiça, porém, não acatou e refutou.
O zagueiro Pedro Henrique e o Corinthians chegaram a um acordo para o atleta poder encerrar um processo que movia na Justiça do Trabalho, desde março, contra o clube.
O defensor, que atualmente está no Athletico/PR, cobrava R$ 1,2 milhão do Timão, referente a Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), abono pecuniário (indenização referente a férias) e parte do 13º salário. O acordo deverá ser homologado em audiência virtual na próxima segunda-feira (24), encerrando o processo.
Marcelo Amoretty, seu advogado, não deu nenhum detalhe dos termos da negociação, mas afirmou que o jogador abriu mão de alguns valores que estavam sendo cobrados, como multas e correções. O clube fará o pagamento de forma parcelada.
Pedro Henrique é formado nas categorias de base do Alvinegro, sendo campeão brasileiro e tricampeão paulista na equipe profissional. Além dos títulos, disputou 103 jogos e marcou quatro gols com a camisa preta e branca. Ele deixou o Parque São Jorge no ano passado, quando foi vendido ao Athletico/PR por cerca de R$ 6,1 milhões.
Por Vitor Revez Guedes / Redação da Central do Timão
O Corinthians conseguiu uma decisão favorável junto à Justiça para a redução de uma dívida de R$ 12.359.532,97. A ação foi conduzida pelo Ministério Público, que alegou descumprimento de um acordo sobre a venda de meia-entrada pela internet em jogos realizados na Neo Química Arena de 2015 a 2019.
O juiz Mateus Veloso Rodrigues Filho atendeu requerimento da defesa do Alvinegro no que se refere a partidas amistosas, e retirou o valor de R$ 6.752.905,39.
Agora, segundo o magistrado, o Timão terá que pagar ao MP R$ 5.427.688,69. As informações são do Blog do Perrone, no UOL Esporte.
“Ante o exposto, julgo parcialmente procedentes os presentes embargos à execução, a fim de excluir da execução os valores dos jogos amistosos, devendo haver correção da planilha nos autos da execução”, escreveu o juiz na decisão proferida no último dia 25.
Em 2012, o Corinthians havia se comprometido a cumprir as regras determinadas no Estatuto do Torcedor e no Código de Defesa do Consumidor referentes a vendas de ingressos e, segundo o Ministério Público, não cumpriu.
Por Vitor Revez Guedes / Redação da Central do Timão
Nos últimos dias, o Corinthians apresentou seu balanço financeiro de 2020, com um déficit de R$ 123,3 milhões e uma dívida total muito próxima de 1 bilhão. O aumento da dívida pode ser explicado pela pendência nos direitos de imagens de jogadores e ex-jogadores.
Em 2018, no segundo mandato de Andrés Sanchez, o Timão fechou a temporada devendo R$ 21,6 milhões em direito de imagem. O valor cresceu para R$ 48,4 milhões em 2019 e passou para R$ 123,3 milhões em 2020. Em três anos, um aumento de 462% em pendências com direitos de imagem.
O documento divulgado pelo clube mostra que no atual elenco o Corinthians deve R$ 2,6 milhões a Cássio, R$ 5,4 milhões a Fagner, R$ 6,8 milhões a Ramiro e R$ 11,6 milhões a Gil. No balanço fica evidente que a maioria das dívidas estão relacionadas a empresas que emitem notas e recolhem os valores acertados em contratos.
Dinheiro deve ser recebido nesta terça (23), e clube aguarda confirmação dos uruguaios
O Corinthians deve quitar nesta terça-feira (23), as parcelas da dívida com o Montevideo Wanderers, do Uruguai, pela compra do zagueiro Bruno Méndez. O negócio, firmado em 2019, custará US$ 3,5 milhões, cerca de R$ 18,5 milhões nas conversões atuais.
O prazo máximo estipulado pela entidade foi na última segunda-feira (22). Segundo a Gazeta Esportiva, o Corinthians fez o depósito ainda na segunda. Por conta do câmbio, o dinheiro deve cair na conta do Montevideo nesta terça-feira (23).
Para realizar a operação, o Corinthians precisou passar pela burocracia de converter a moeda e só assim enviar ao Montevideo por meio do banco. De acordo com a Gazeta, a diretoria confia que não haverá punição pelo atraso de um dia, já que o Corinthians iniciou as operações do dinheiro ainda na segunda-feira.
Entenda o que significa ‘direitos de imagem’, pagamento presente nas negociações de jogadores de futebol
A série da Central do Timão sobre o balanço financeiro do Corinthians já abordou temas como a relação receitas x despesas, dívidas tributárias e empréstimos bancários. Agora é a vez de tratar de outro termo recorrente, os direitos de imagem. Veja o que isso significa e como os valores implicam no déficit do clube.
O que são os direitos de imagem?
Um atleta profissional de futebol é registrado em CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Assim, tem os mesmo direitos e deveres de um trabalhador de qualquer outra área, como a obrigação de cumprir o horário de trabalho e o benefício de 30 dias de férias a cada período de doze meses completos.
Nesse sentido, a Lei Pelé, com seu texto alterado pela lei nº 12.395, de 2011, cita que:
“Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da legislação trabalhista e da Seguridade Social, ressalvadas as peculiaridades constantes desta Lei”, cita o artigo, que inclui especifidades para os atletas de futebol, como possibilidade de ampliação do tempo de concentração e repouso semanal remunerado de 24 horas ininterruptas (preferencialmente após os jogos).
Além disso, há outra especifidade para os atletas de futebol: os direitos de imagem. Ao se transferir a um clube, o jogador profissional assina também, paralelamente à CLT, um contrato de direitos do uso de imagem. Assim, o atleta ‘cede’ à instituição o uso de sua imagem para diversos fins, como anúncios de jogos. Nesse sentido, a Lei Pelé determina:
“Quando houver, por parte do atleta, a cessão de direitos ao uso de sua imagem para a entidade de prática desportiva detentora do contrato especial de trabalho desportivo, o valor correspondente ao uso da imagem não poderá ultrapassar 40% (quarenta por cento) da remuneração total paga ao atleta, composta pela soma do salário e dos valores pagos pelo direito ao uso da imagem”, cita o texto da lei.
Vale ressaltar que, os jogadores profissionais também podem registrar-se somente em CLT. Porém, em clubes de maior expressão, é comum que se firme também o contrato de direitos de imagem, já que há um uso constante da imagem dos atletas para veiculações diversas da equipe.
O jogador estabelece o contrato por meio de uma empresa que o represente, seja uma sociedade aberta pelo próprio atleta, seja um intermediário. Desse modo, é verificável a existência de nomes de registro empresarial nos balanços financeiros dos clubes.
Direitos de imagem no Corinthians
O balanço financeiro do Corinthians destina um trecho de seu texto para descriminar os direitos de imagem dos atletas. O clube também classifica o débito como ‘passivo circulante’, ou seja, a ser pago a curto prazo.
Para apresentar os pagamentos e débitos constantes, o clube cita o valor devido à cada empresa no ano anterior e os valores de débitos atuais. Veja cada um deles:
EBDX Consultoria Desportiva Ltda. – R$ 2,9 milhões em débito No documento de intermediários da CBF, a empresa consta como represente do atacante Mauro Boselli.
SC&PB Consultoria e Assessoria Esportiva Ltda. – R$ 130 mil pagos em 2019 e R$ 2,7 milhões em débito De acordo com o documento de intermediário da CBF, a empresa consta como representante de Fellipe Ramos Ignez Bastos, o Fellipe Bastos.
CC Baroni Administradora e Marketing Ltda – R$ 320 mil pagos em 2019 e R$ 2,5 milhões em débito Empresa registrada no nome de Cristian Nascimento Oliveira Baroni, volante ex-Corinthians.
Olé Sport & Intermediações Ltda.- R$ 2,1 milhões em débito Empresa registrada no nome de Clóvis Henrique de Oliveira, empresário do atacante Gustavo, o Gustagol.
R5 Sports Marketing Esportivo Consultoria e Participações – R$ 420 mil pagos em 2019 e R$ 2,1 milhões em débito Empresa que tem como sócio o ex-Corinthians Ralf de Souza Teles.
WLM IMT Comércio de Calçados, Bolsas e Acessórios – R$ 375 mil pagos em 2019 e R$ 1,8 milhão em débito Empresa que tem como sócio Michel Macedo Rocha Machado, lateral do Corinthians.
Fl 23 Direitos de Imagem- Eireli – R$ 1,8 milhão em débito Empresa que tem como titular Fagner Conserva Lemos, o Fagner.
R. M. Benetti & Cia Ltda. Me – R$ 1,7 milhão em débito Sócio-administrador Ramiro Moschen Benetti, meia do Corinthians.
B2F Marketing Esportivo Ltda. – EPP – R$ 670 mil pagos em 2019 e R$ 1,6 milhão em débito De acordo com o Transfermarkt, a empresa tem como jogador assessorado o ex-volante Maycon.
VV Participações e Intermediações Ltda. Me – R$ 1,3 milhão em débito Empresa com sócio Vagner Silva de Souza, o Vágner Love
GP Sports Management Consultoria Esportiva Ltda. – R$ 1,2 milhão em débito De acordo com o Transfermarkt, a empresa conta com a representação de Ralf de Souza Teles. Também há processos no JusBrasil em que a empresa representa Ralf.
Jadson Rodrigues da Silva- Promoção e Eventos Esportivos-Eireli – R$ 1,2 milhão em débito Empresa registrada no nome de Jadson Rodrigues da Silva, o Jadson, ex-Corinthians.
GT Sports Assessoria Esportiva Ltda. – R$ 1,1 milhão em débito Não foi encontrada relação direta desta dívida com algum jogador em específico.
GF Produtora de Eventos Esportivos Ltda. – R$ 1 milhão em débito Empresa que tem Gabriel Girotto como sócio.
Brazilsport Assessoria Desportiva Ltda – R$ 300 mil pagos em 2019 e R$ 800 mil em débito Na lista de intermediários da CBF, a empresa consta como representante de Guilherme Milhomem, meia com passagem pelo Corinthians.
MFD Empreendimentos e Participações Ltda. – R$ 800 mil em débito No documento da CBF, a empresa consta como intermediária de Douglas Augusto, ex-volante do Corinthians e atualmente no Bahia.
E7 Assessoria Esportiva Ltda. – R$ 600 mil em débito Empresa registrada no nome Elias Mendes Trindade, ex-Corinthians.
Websoccer do Brasil Promoção de Eventos Esportivos – R$ 750 mil pagos em 2019 e R$ 488 mil em débito No documento da CBF, a empresa aparece como intermediadora dos jogadores Matheus Matias e Marcelo Vicente.
Cassio Ramos & Cia Ltda. – R$ 1,1 milhão pago em 2019 Empresa registrada no nome de Cássio Ramos, goleiro do Corinthians.
SLC Eventos e Participações Esportivas Ltda. – R$ 1,1 milhão pago em 2019 Empresa ligada à Lígia Passos de Albuquerque, irmã de Márcio Passos de Albuquerque, o Emerson Sheik.
Outros contratos – 20 milhões a pagar
Salientamos que a Central do Timão não afirma a ligação da dívida com o referido jogador. As informações são registros encontrados a partir de pesquisas e podem não contemplar os valores totais.
Ação movida por ex-jogador do futsal do clube teria exigências parecidas com o processo movido por Paulo André
Em maio de 2020, um polêmico processo trabalhista contra o Corinthians voltou à tona na mídia: a ação movida pelo ex-zagueiro Paulo André, em 2014. De acordo com o próprio presidente do clube, o atual dirigente do Athletico Paranaense exigia, entre outros termos, compensações por trabalhar aos domingos e feriados.
Porém, temendo uma abertura de jurisprudência nesses casos, a diretoria do Corinthians enviou uma carta à TV e às federações anunciando que não jogaria mais aos domingos. O presidente Andrés Sanchez chegou a dizer em live que há vários processos desse tipo nos clubes de futebol, e não só no Corinthians.
E parece que a ‘abertura de precedente’ tão temida pelo Corinthians, de fato, se repetiu. De acordo com o portal Terra, por meio de Tiago Salazar, o Timão foi condenado em última instância a pagar um valor superior a R$ 600 mil ao seu ex-atleta de futsal, Valdin. No processo, o jogador – com passagem pelo clube em 2015 – também exigia, dentre outras questões, adicionais por domingos e feriados.
Na ação movida por Valdin, chegou-se até a entrar com um processo de penhora do Parque São Jorge. Porém, o caminho foi outro: o bloqueio na Justiça dos valores exigidos pelo jogador.
De acordo com jornalista da ESPN, Corinthians estaria esperando adiantamento da venda de Pedrinho para quitar dívidas com o elenco
Na última segunda-feira (8), surgiu a informação de que o Corinthians estaria devendo três meses de salários aos jogadores. A notícia foi confirmada pela própria assessoria do clube. A dívida com o elenco estaria próxima dos R$ 30 milhões, como informou o jornalista Jorge Nicola.
“Há uma dívida de R$ 28,4 milhões com o elenco, entre salários e direitos de imagem. Esse não é o único problema do Corinthians, que tem até julho para pagar o Montevideo Wanderes, duas parcelas que venceram o ano passado“, citou Nicola no ‘Bate Bola Debate’, da ESPN.
O jornalista se referiu à transação pela compra do zagueiro uruguaio Bruno Méndez. O Corinthians dividiu o valor de US$ 3,5 milhões em quatro parcelas. O clube do Uruguai, porém, alega que o Timão só pagou uma delas.
“O Montevideo diz que a dívida é de 1 milhão de euros, o Corinthians diz que são 700 mil euros. Era para ter sido paga na semana passada, não foi e o Corinthians está prometendo que vai quitar nesta semana”, explicou Nicola.
Na cotação atual, o valor defendido pelo clube uruguaio estaria na casa dos R$ 5,6 milhões. Caso não acerte o pagamento dentro do prazo, o Corinthians pode receber punições já definidas pela Fifa, que vão desde proibições de inscrições de jogadores até perda de pontos nos campeonatos.
Ao fechar a negociação de Pedrinho com o Benfica, de Portugal, ainda no início do ano, o Corinthians concordou com a divisão do pagamento dos 20 milhões de euros em quatro parcelas. Com 70% dos direitos do atleta, o Timão ficaria com 14 milhões de euros da transação.
Porém, o clube negociou com o empresário do atleta, Will Dantas, e receberá o valor integral em uma parcela única, por meio de um banco. A ideia é pegar uma espécie de ‘empréstimo’ dos 20 milhões de euros, repassando a parte de Will apenas em 2021. Vale ressaltar que essa transação tem juros cobrados pela instituição financeira, logo, o Timão não pegará o valor integral da transação.
De acordo com Nicola, o dinheiro será utilizado para pagar os jogadores e quitar outras dívidas emergenciais do clube, como a própria pendência com o Montevideo Wanderes.
“Os caras estão bravos, estão chateados, porque o Corinthians prometeu a grana e não pagou ainda. Mas caindo o dinheiro do Pedrinho, a questão dos salários vai ser solucionada”, citou Nicola ao falar do posicionamento do elenco corinthiano em relação aos atrasos.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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