• Por Samuel Cavalcante | Redação da Central do Timão

Nesta quarta-feira, 14, o diretor jurídico do Corinthians, Yun Ki Lee, concedeu uma entrevista ao jornal Estadão e expôs diversas situações tributárias pelas quais o clube está passando. São 600 processos movidos contra o Timão, a maioria envolvendo jogadores e agentes, além de outras dívidas que o clube precisa quitar. O dirigente assumiu o cargo no início da gestão, no começo deste ano, nomeado pelo presidente Augusto Melo.

Segundo Yun Ki Lee, as dívidas do clube são ainda piores do que foram anunciadas pela gestão anterior. “Tem muita coisa já vencida ou para vencer que foi jogado para agora pela gestão passada”, declarou o diretor.

Apesar do elevado número de ações enfrentadas, o dirigente afirma que não há motivos para maiores preocupações. “A quantidade de processos contra o Corinthians não passa dos 600. Parece alto, mas não é tão alto se pensar em receita e se levar em consideração que essa receita é cerca de R$ 1 bilhão ao ano. O que tem são questões extremamente sensíveis, ou pelo valor ou pelo reflexo”, explicou ao jornal.

Yun Ki Lee também relatou ter encontrado algumas desconexões no departamento jurídico no Corinthians. “Tínhamos um desenho do que era o organograma jurídico, e depois (da posse), vimos o desenho real e como funcionava de verdade. Era muito diferente, sem colocar alguma crítica, do que era o desenho que todo mundo dizia que funcionava no clube”, revelou.

Por fim, o diretor jurídico afirmou que a reputação de mau pagador do Timão tem impactado as negociações do clube. Ele revelou que a estratégia do novo presidente, Augusto Melo, é demonstrar ao mercado que o Corinthians está passando por mudanças, trabalhando para eliminar de vez a má reputação e abrir novas oportunidades no mercado.

“Anunciar o maior patrocínio do Brasil não é contra o sentido para atrair devedores? Pode até ser. Mas a gente precisa mostrar para o mercado que estamos no jogo”, ponderou o dirigente.

A nova diretoria do Corinthians assumiu o desafio de alcançar um equilíbrio financeiro e regularizar as contas do Timão. O presidente Augusto Melo tem uma viagem marcada para Brasília com o objetivo de negociar um novo acordo com a Caixa Econômica Federal para tentar quitar a dívida referente à Neo Química Arena, que gira em torno de R$ 700 milhões, praticamente equivalente a um ano de receitas do clube.

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