• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Deyverson marcou seu nome na história recente do Palmeiras, com gols de títulos do Brasileirão (2018) e da Libertadores (2021). Hoje no Cuiabá, porém, o atacante afirmou que jogaria no Corinthians, apesar da ligação com o arquirrival alviverde. Em entrevista à TNT Sports nesta quarta-feira, 13, o jogador, de 32 anos, ainda rasgou elogios à torcida alvinegra e disse que o Timão é “um grande clube”.

“Eu sou uma mercadoria, eu estive para renovar com o Palmeiras, não renovaram e no futebol acontece. Se o Corinthians bater na minha porta, eu estou de coração aberto porque eu sou profissional e tenho que fazer o meu trabalho“, declarou Deyverson.

“Eu sei que muitas pessoas não irão entender, quantas pessoas vão apontar o dedo e falar que sou ingrato, mas não sou. Eu sou grato, mas sou profissional. Eu não posso cuspir para o alto porque o cuspe pode cair na minha testa”, completou.

“Se o Corinthians realmente viesse, eu ficaria muito feliz porque é uma grande equipe, um grande clube, tem uma torcida sensacional. Como a (torcida) do Flamengo, do Vasco, do São Paulo, como a de todos. Não podemos ser hipócritas, eu poderia renovar com o Palmeiras, o Palmeiras não renovou.”

“A gente nunca sabe o dia de amanhã, então com certeza, eu sou profissional, sou uma mercadoria, então com certeza estaria trabalhando lá (Corinthians), sim. Eu tenho família, filhas, e elas precisam do meu trabalho para a gente poder ter uma vida abundante lá na frente”, afirmou o atacante.

Mesmo com os gols importantes de Deyverson, o Palmeiras não quis renovar com o centroavante em dezembro de 2022. O jogador, então, acertou com o Cuiabá para 2023 e brilhou com a camisa dourada na última temporada, com 17 gols em 45 jogos, sendo um dos destaques do Brasileirão justamente sob o comando de António Oliveira, atual treinador do Corinthians.

Pela experiência vivida com António Oliveira no Dourado, Deyverson garantiu que, na opinião dele, o atual técnico do Corinthians está acima de outro português conhecido no Brasil: Abel Ferreira, com quem conquistou a Libertadores de 2021 pelo Palmeiras. O centroavante se declarou “eternamente grato” ao ex-treinador do Cuiabá.

“Eu não treinei muito com o Abel (Ferreira), eu treinei pouco. Eu treinei mais com o António. Ele me deu oportunidade de bater pênalti, de jogar todos os jogos como titular. Eu fiz um gol muito importante na minha carreira, que vai ser para o resto da minha vida com o Abel, sou muito grato a ele, por tudo. Está aqui a minha gratidão, eu não escondo isso de ninguém”, disse.

“Mas o treinador que me abraçou, que me deu oportunidade de bater pênalti, de jogar, de me dar todo o respaldo para fazer aquilo que eu gosto, foi o António Oliveira. Abriu as portas para mim no Cuiabá.”

“Ao António sou grato eternamente porque me abriu as portas com todos que trabalham no Cuiabá. Ele foi a chave disso tudo para eu fazer o que estou fazendo hoje, jogando futebol sereno, perfeito, magnífico, fazendo gol, sendo o que eu sou realmente. Ele me deu esse respaldo, então para mim o António é o número 1“, concluiu Deyverson.

O carinho de Deyverson por António Oliveira não é segredo. No início de fevereiro, quando o técnico estava prestes a assinar com o Corinthians, o atacante do Cuiabá se despediu do treinador e garantiu que o português iria “surpreender a todos”.

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