Nos anos 20, O Corinthians já mostrava a que veio. Fora uma década repletas de emoções e muito importante para a história do clube. Em 1922, o Timão consquistara o primeiro título do primeiro tricampeonato: O Campeonato do Centenário da Independência do Brasil, com vitória sobre o Paulistano. Em 1923, conquistou o bicampeonato com 4 rodadas de antecedência ao vencer o São Bento por 3×0. O curioso é que foi graças ao atual Palmeiras, na época, Palestra Itália, que o título foi confirmado. O Syrio, clube que disputava o título com o Corinthians, foi derrotado pelo nosso rival pelo placar de 2×1, o que matematicamente, o impediu de alcançar o Corinthians em qualquer circunstância. Também sobre o extinto Paulistano, a hemogenia estadual foi consagrada e comandada pelo primeiro grande ídolo do alvinegro paulista, Neco.
Segundo estádio
O Coringão jogou em seus primeiros anos de vida no campo de terra da Rua José Paulino, até se assumir como mandante do Estádio da Ponte Grande, até finalmente chegar ao Estádio Alfredo Schürig. No ano de 1926, o presidente do clube, Ernesto Cassano, com ajuda de dois sócios, Alfredo Schürig e Wladimir de Toledo Piza comprou o terreno do Parque São Jorge, que pertencia ao Esporte Clube Syrio, localizado no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Estádio este que foi comprado, reformulado e reinaugurado dois anos depois.
Pela localização do estádio no subdistrito do Parque São Jorge,casou muito bem a identificação com o santo guerreiro. As âncoras e os remos do escudo do Timão hoje também se deram conta pela localidade, já que na época o navegável rio Tietê, ao lado, permitia o desenvolvimento de esportes náuticos. Na reinauguração da Fazendinha, o Corinthians fez um grande jogo comemorativo no dia 22 de julho de 1928, contra o América do Rio de Janeiro. Partida esta, que terminou em 2 a 2.
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Para coroar, o Timão terminou campeão paulista daquele mesmo ano. No ano seguinte, o clube conquistava novamente o bicampeonato. Esse ano, também foi o ano da primeira vitória contra um time internacional. Já no PSJ, o Corinthians recebeu o Barracas, clube argentino, e venceu por 3 a 1 de virada.
O Mosqueteiro
Há diversas teorias sobre a origem do nosso mascote, mas vou usar a mais provável e aceita, até mesmo descrita no site do Corinthians. Após esta vitória do Timão sobre o Barracas, o Thomaz Mazzoni, do jornal A Gazeta, destacou a “fibra de mosqueteiro” do elenco corinthiano. A história ganha ainda mais força, pois Mazzoni foi responsável pela criação do Periquito do Palmeiras e o Santo do São Paulo, além de nomear clássicos entre Corinthians x Palmeiras como Derby, Corinthians x São Paulo como Majestoso e Palmeiras x São Paulo como Choque-Rei.
É TRI! DE NOVO!
O fim da década ficou marcado pelo segundo tricampeonato paulista do Timão. Em 1930, na última rodada, Corinthians e Santos empatavam em 40 pontos na liderança e coincidentemente, disputavam o último jogo do campeonato entre si. Quem vencesse, seria o campeão. O São Paulo (da Floresta) torcia para um empate, pois vencendo seu último jogo, empataria com os alvinegros e forcaria o campeonato ser decidido em uma triangular final. Contudo, o Timão não tomou conhecimento do Santos e em plena Vila Belmiro, marcou 5 a 2 e foi tricampeão paulista pela segunda vez na história.
Ah, quase me esqueci de mencionar. Há um apelido atribuído ao Corinthians que perdura até hoje, usado até mesmo no nosso atual hino. O Corinthians se sagrou “Campeão dos Campeões” pois venceu este título honorário numa disputa entre o Campeão Paulista e Campeão Carioca do ano de 1929. O título foi promovido pela Associação Paulista de Esportes Atléticos, e como São Paulo e Rio de Janeiro eram as maiores potências do futebol nacional, o título ganhou tal apelido. Na fazendinha, o Timão venceu o Vasco por 4×2, e num segundo jogo, em São Januário, o Corinthians virou o placar de 2×0 para 3×0 e se sagrou o “Campeão dos campeões”, título este citado no hino do clube criado em 1950.
Apesar do ano de 1930 ter sido especial, houve consequências. O bom desempenho Corinthiano chamou tanta a atenção de clubes estrangeiros, e o Coringão sofreu um desmanche. Por isso, fez uma atuação discreta em 1931 e ficou em sexto lugar no campeonato paulista.
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VAI CORINTHIANS!