Um dos atletas do Corinthians Shanenawa, time acreano formado de jogadores indígenas torcedores do Timão, passou na peneira do Galvez Esporte Clube, também do Acre, e se tornou o primeiro revelação do Shanenawa. Vítor Shanenawa foi aprovado nos testes para a categoria sub-17.
Os Shanenawa habitam a região centro-norte do Acre, à margem esquerda do rio Envira, no Município de Feijó, que fica a 3.856 km de São Paulo. A distância para Rio Branco, cidade onde se localiza o Galvez é de aproximadamente 360 km. Em suas redes sociais, o Corinthians Shanenawa comemorou a aprovação de Vítor como o primeiro jogador a integrar um clube profissional.
Há alguns meses, a Central do Timão divulgou a linda história do Corinthians Shanenawa. A redação conversou com um dos zagueiros da equipe, que contou como o time começou e sua ligação com o Alvinegro da capital paulista. O time indígena já foi notado por José Colagrossi, superintendente de Marketing, Comunicação e Inovação do Corinthians.
Confira o post do Corinthians Shanenawa comemorando a aprovação de Vitor Shanenawa:
Corinthians Shanenawa, ídolos indígenas, visita de aldeia na Neo Química Arena… A torcida alvinegra pode não saber, mas a relação do Corinthians com os povos originários brasileiros é bastante especial. Foi pensando nisso que a Central do Timão decidiu homenagear o Dia dos Povos Indígenas no Brasil, celebrado nesta quarta-feira, 19, com uma matéria sobre a ligação do clube com os cidadãos e com a cultura aborígene.
Em julho de 2022, o Corinthians Shanenawa bateu o Cruz de Ouro por 5 x 3 e se tornou tetracampeão da Copa Indígena, conquistando o título de forma invicta no campo da Aldeia Morada Nova, no município de Feijó, no interior do Acre. O sucesso do Timão indígena foi tanto que o time recebeu uniformes oficiais do Corinthians Paulista.
“A gente está muito feliz, realizamos nosso sonho de vestir a camisa do Timão. Para nós, que somos jogadores, é um privilégio vesti-la. Desde a nossa infância, quando começamos a entender de futebol, nós torcemos muito pelo Corinthians e crescemos torcendo por ele, então para nós foi um sonho realizado”, contou na época o zagueiro do Corinthians Shanenawa, Nashimar Huni Kuin, à Central do Timão.
Ídolos indígenas
Dentro dos gramados, o Corinthians também já foi representado por atletas de origem indígena. Entre os nomes mais conhecidos, há de se destacar o ex-lateral-direito e campeão mundial em 2000, José Sátiro do Nascimento, de nome indígena Iracã, dos Xucuru-Cariri.
Conhecido como ‘Índio’, o jogador nasceu em uma aldeia no interior de Alagoas e, com apenas 12 anos, foi pai do primeiro de seus sete filhos. Ajudou na roça da aldeia da qual seu pai, Zezinho, era cacique. Aos 17 anos, em 1996, foi aprovado em uma peneira do Vitória, e rapidamente virou destaque da equipe. Seu desempenho atraiu atenção do Corinthians e logo ele se transferiu para o time paulista, onde alcançou suas maiores glórias na carreira.
Pelo Corinthians, Índio atuou em 79 jogos, marcou dois gols e ergueu cinco taças: os Campeonatos Paulistas de 1999 e 2001, os Brasileiros de 1998 e 1999 e o Mundial de Clubes de 2000. Ele deixou o clube em 2001 rumo ao Goiás. Hoje, o ex-lateral vive na aldeia Xucuru-Cariri e cuida de um projeto social onde ensina em torno de 50 crianças de 7 a 16 anos a jogarem futebol.
Além de Índio, outro campeão mundial pelo Corinthians tem ascendência indígena. Trata-se do volante Paulinho, que vive sua segunda passagem pelo clube desde dezembro de 2021. O ídolo alvinegro tem origem dos Xucurus, uma tribo indígena que habita a Serra do Ororubá, em Pernambuco.
José Paulo Bezerra Maciel Júnior nasceu em São Paulo, em 25 de julho de 1988. O volante iniciou a carreira nas categorias de base do Audax e também passou por Vilnius (Lituânia), ŁKS Łódź (Polônia) e Bragantino antes de chegar ao Corinthians em 2010, após se destacar na Série B de 2009 pelo Massa Bruta.
Paulinho rapidamente se tornou titular absoluto do Corinthians e um dos principais nomes do período mais vitorioso da história do clube. Logo em sua segunda temporada, conquistou o Brasileirão de 2011, sendo eleito o melhor volante da competição. Já em 2012, foi peça fundamental no título inédito da Libertadores e no bicampeonato do Mundial.
Talvez se não fosse por Paulinho, o Corinthians poderia não ter conquistado a Libertadores em 2012. Isso porque o volante foi responsável pelo gol de cabeça que deu a vitória por 1 x 0 para os então comandados de Tite contra o Vasco, nas quartas de final, no Pacaembu. Um empate levaria o duelo para os pênaltis, mas o resultado deu a vaga à semifinal aos corinthianos.
Paulinho acumula 197 jogos, quatro títulos e 40 gols marcados pelo Corinthians. Ele deixou o clube em 2013, após a conquista do Paulistão, e retornou em dezembro de 2021 após brilhar com as camisas de Guangzhou (China), Barcelona (Espanha) e Seleção Brasileira, além de uma passagem pelo Tottenham (Inglaterra). O volante ainda disputou as Copas do Mundo de 2014 e 2018 pelo Brasil.
Aldeia na Neo Química Arena
Em junho de 2018, a aldeia Tekoa Tape Mirĩ, da etnia Guarani, acompanhou o empate sem gols do Corinthians com o Vitória, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão, e aproveitou o dia para dar uma volta olímpica, no intervalo do jogo, com uma importante mensagem de preservação ao meio ambiente e homenagem ao Instituto Pró Indígena do Brasil.
A aldeia está cadastrada no Departamento de Responsabilidade Social e Cidadania do Clube do Povo.
Invictos, os corinthianos fizeram uma campanha irretocável na fase classificatória, com nove vitórias (uma delas por W.O) em nove jogos. No mata-mata, golearam o Nova Vida na semifinal, de virada, por 9 x 3, e venceram o Cruz de Ouro na final, também de virada, por 5 x 3, garantindo o título e uma premiação de R$ 1 mil.
Recentemente, eles foram vice-campeões da Copa Indígena, disputada na Aldeia Paroá, a três horas de barco da Aldeia Morada Nova, e organizada pelo povo Kaxinawá. Em contato com a Central do Timão, o zagueiro e capitão da equipe, Nashima Huni Kuin, afirmou que os jogadores do Corinthians Shanenawa também foram convocados para disputar o campeonato municipal, que se inicia no próximo dia 24, pela seleção da aldeia.
“Conquistar o primeiro título com a camisa oficial do Corinthians foi um sonho realizado para todos nós. Sabíamos que não seria um jogo fácil, fomos para o intervalo perdendo por 3 x 1, mas saímos de cabeça erguida e batemos no peito porque o símbolo do Corinthians tem história, e se não fosse sofrido não era Corinthians, voltamos e conseguimos virar, sem tomar mais nenhum gol”, disse o zagueiro Shanenawa.
“Agradecemos à torcida que nos apoiou na beira do gramado, ao Corinthians e seus torcedores, ao presidente Duilio, ao José Colagrossi e ao Marketing do Timão. Já estamos preparados para os próximos campeonatos e para ganhar mais títulos. Nosso foco agora é a seleção municipal, é ajudar nossa aldeia, nosso povo Shanenawa, e vamos com tudo”, concluiu o jogador.
A Central do Timão revelou em primeira mão a história da equipe homônima do Corinthians, que despertou a atenção do clube alvinegro, recebeu uniformes oficiais personalizados e até um vídeo do presidente Duilio Monteiro Alves (leia AQUI).
O novo manto alvinegro trouxe boa sorte ao Corinthians Shanenawa, time indígena de futebol amador inspirado no Timão. A equipe estreou o uniforme enviado pelo clube paulista neste domingo (03), contra o Nova Vida, pela semifinal do Campeonato Shanenawa, e aplicou uma goleada antológica por 9 x 3.
Após ser vice-campeão da Copa Indígena, em final que precisou ser antecipada e ocorreu antes que o presente do clube alvinegro chegasse à Aldeia Morada Nova, o Corinthians Shanenawa já tem outra decisão pela frente, agora devidamente uniformizado.
No próximo domingo (10), enquanto o Timão recebe o Flamengo, na Neo Química Arena, pela 16ª rodada do Brasileirão, o Corinthians indígena fará a grande final do Campeonato Shanenawa contra o Cruz de Ouro. Os corinthianos estão invictos e são multicampeões do torneio.
O povo Shanenawa habita a região centro-norte do Acre, à margem esquerda do rio Envira, no Município de Feijó, que fica a 3.856 km de São Paulo. A Aldeia Morada Nova é o principal núcleo habitacional desse povo, cuja paixão pelo Corinthians motivou um grupo de jogadores a criar um time de futebol homônimo. A Central do Timão revelou a história do Corinthians Shanenawa em primeira mão (veja reportagem AQUI).
Ao tomar conhecimento das façanhas da equipe indígena, o Timão decidiu presentear os jogadores com uniformes oficiais do clube personalizados (leia AQUI), gesto que foi muito aplaudido pela Fiel Torcida. O presidente alvinegro, Duilio Monteiro Alves, chegou a gravar um vídeo desejando boa sorte ao time, que retribuiu prometendo honrar o manto sagrado.
“Eu creio que no Brasil inteiro o único time que vai vestir o manto sagrado do Corinthians, do mesmo jeito que o time oficial, é o Corinthians Shanenawa, do interior do Acre, então eu creio que isso vai ficar na história tanto do povo Shanenawa como do Corinthians. Queremos agradecer muito por isso e prometemos honrar esta camisa”, afirmou o zagueiro da equipe, Nashimar Huni Kuin, em entrevista à Central do Timão.
O Corinthians Shanenawa, time indígena de futebol amador inspirado no Timão, recebeu uniformes oficiais e personalizados pelo clube paulista para disputar os torneios da região de Feijó, no extremo Acre.
O Timão indígena chamou a atenção do Corinthians com um vídeo divulgado nas redes sociais pelo zagueiro Nashimar Huni Kuin, de 26 anos. Foi então que o Superintendente de Marketing, Comunicação e Inovação do clube, José Colagrossi, entrou em contato com a equipe para enviar um presente: o segundo uniforme do Timão, na cor preta, personalizado com o nome do time Shanenawa no lugar do patrocinador master na camisa. Confira o vídeo completo AQUI.
A encomenda chegou ao Acre na última sexta-feira (17) e foi apresentada ao time no domingo (19), alguns dias depois da final da Copa Indígena, que precisou ser antecipada em razão de um evento na Aldeia Paroá, sede do torneio. Por isso, a ideia da equipe agora é estrear o novo manto na semifinal da Copa Shanenawa, no dia 3 de julho. O Timão está invicto na competição.
Sem patrocínio, o aguerrido Corinthians Shanenawa se mantém com recursos próprios. Todos os custos do time são divididos entre os jogadores e a comissão técnica, inclusive os uniformes, que até então eram azuis, única cor disponível na confecção em que encomendaram o fardamento. Por isso, o presente do Timão significa muito para a equipe.
“A gente tá muito feliz, realizamos nosso sonho de vestir a camisa do Timão. Para nós, que somos jogadores, é um privilégio vesti-la. Desde a nossa infância, quando começamos a entender de futebol, nós torcemos muito pelo Corinthians e crescemos torcendo por ele, então para nós foi um sonho realizado”, contou Nashimar à Central do Timão.
O zagueiro da equipe também revelou que se sentem honrados pelo privilégio de poder usar o mesmo uniforme utilizado pelo clube paulista.
“Eu creio que no Brasil inteiro o único time que vai vestir o manto sagrado do Corinthians, do mesmo jeito que o time oficial, é o Corinthians Shanenawa, do interior do Acre, então eu creio que isso vai ficar na história tanto do povo Shanenawa como do Corinthians. Queremos agradecer muito por isso. Agradecemos ao clube, ao presidente, aos torcedores que comentaram lá no Twitter, ao José Colagrossi e ao Marketing do Corinthians.”
“Estamos apoiando muito o Corinthians, sabemos que vestir esta camisa não é fácil, o Timão tem uma história longa e muito linda, por isso nós prometemos honrar esta camisa”, concluiu o zagueiro.
Os jogadores do Corinthians Shanenawa, time indígena de futebol amador inspirado no Timão, estão muito perto de realizar um sonho. A equipe da Aldeia Morada Nova, localizada no município de Feijó (Acre), receberá uniformes oficiais doados pelo clube paulista para disputar a final da Copa Indígena.
Em contato com a Central do Timão, o zagueiro Nashima Huni Kuin, de 26 anos, disse que os jogadores receberam com muita alegria a notícia do presente alvinegro, informada pelo próprio Superintendente de Marketing, Comunicação e Inovação do Corinthians, José Colagrossi Neto, que também confirmou a notícia à nossa redação.
Imbuído de muita raça mosqueteira, o Corinthians Shanenawa já conquistou 28 vezes o campeonato local, disputado entre 11 equipes da própria Aldeia Morada Nova. Agora, eles sonham com o título da Copa Indígena, que acontece na Aldeia Paroá, território do povo Kaxinawá, a três horas de barco do principal núcleo habitacional da equipe corinthiana.
Para chegar ao campo da tribo “vizinha”, os jogadores precisam alugar um barco com motor de propulsão, cujo combustível é rateado entre a equipe, e ainda caminhar cerca de meia hora até o local do jogo. Apesar dos obstáculos, os corinthianos estão invictos e garantidos na final do torneio, que acontece no próximo domingo, dia 12 de junho. O adversário será definido neste sábado (04), na partida entre Novo Natal e Nova Vida, ambos de origem Kaxinawá.
Atualmente, o Corinthians Shanenawa joga de camisas azuis – com o símbolo do Timão estampado no peito – e calções pretos. A cor era a única disponível na confecção onde a equipe encomendou o fardamento. Entretanto, depois da ajuda do clube alvinegro, eles passarão a jogar de preto, com o segundo uniforme do Corinthians Paulista. Um sonho realizado pelos jogadores, que ainda almejam conhecer a Neo Química Arena, em São Paulo, a quase quatro mil quilômetros de sua terra natal.