O ex-camisa 12 do timão esteve em Live da Central do Timão nessa quinta-feira (04)
Era um dos jogos mais importantes da história do Corinthians. A final da Libertadores, em 04 de julho de 2012 é lembrada com muita alegria pelos corinthianos, mas também vários são os relatos de tensões vividas no pré-jogo. Para os atletas que enfrentaram o Boca Juniors naquela quarta-feira não foi diferente. Pelo menos para a maioria deles.
Em participação no podcast da central do Timão nessa quinta-feira (04), Alex, ex-meia do Timão, falou como foi os momentos que antecederam o vitória por 2 x 0 contra o time argentino, que confirmou a conquista inédita para o Timão.
“A ansiedade era grande, óbvio. Mas a gente tinha uma segurança tão grande de que não iríamos perder aquele título, que a gente ia deixar a vida ali se fosse preciso, que eu até consegui dormir. Porém, você dorme ‘com um olho fechado e outro aberto’, louco para chegar a hora do jogo“, disse o ex-camisa 12, que cobrou a falta que originou o primeiro gol corinthiano naquela inesquecível noite.
Contudo, segundo relatou Alex, nem todos os atletas pareciam estar nervosos, tensos para jogar a final. O jovem Romarinho, autor do gol do empate no confronto de ida, disputado em Buenos Aires, estava relaxado para a grande decisão.
“O Romarinho foi o único do nosso elenco que dormiu tranquilo… Na cabeça dele ele estava lá na cidade dele, na maior tranquilidade. Meu sonho era ter naquele momento a ‘despreocupação’ que o Romarinho tinha”, disse, aos risos, Alex.
Com gols de Millene (duas vezes), Erika e Grazi, Timão goleia e se garante na final
O Corinthians entrou em campo na noite desta sexta-feira e goleou o América de Cali, Colômbia, por 4 a 0. O jogo decidiria a vaga na final da Libertadores da América Feminina. Campeão de 2017 com o Corinthians/Audax, o Timão passeou.
O técnico Arthur Elias mandou o Timão para o jogo com: 12 – Lelê 2 – Katiuscia 8 – Erika 3 – Pardal 6 – Juliete 7 – Grazi 5 – Ingryd 20 – Paulinha 19 – Giovanna Crivelari 14 – Millene 17 – Victoria Albuquerque
No primeiro tempo, o jogo começou com o Corinthians jogando mais. Conseguiu chegar com perigo logo nos primeiros minutos de jogo, porém sem muita efetividade em finalização e no último passe, diante de uma defesa bem postada e marcação alta do América de Cali.
Mas a emoção do primeiro tempo foi a expulsão da goleira adversária Nathalia Giraldo, que pegou a finalização da Millene fora da área. Com isso, o técnico precisou fazer uma substituição. Além do mais, foram mais de 4 minutos de paralisação para o aquecimento da goleira reserva.
Com certa cera, as colombianas se arriscaram bastante no contra-ataque e lançamentos, já que estavam com uma a menos. E diante disso, fechou ainda mais a marcação. Isso obrigou mais o Corinthians a propor o jogo, que resultou no primeiro gol da partida. Nos acréscimos, Juliete tenta uma finalização perto da área, que rebate pela defesa e sobra em disputa para Millene, que vence a marcação colombiana e consegue a finalização para as redes nos acréscimos da primeira etapa da partida.
Rolando a bola já na segunda metade do jogo, o Timão percebeu as várias tentativas em buscar atacar os lados laterais da defesa corinthiana. A partir dos 5 minutos, o Timão começou a acertar os passes e numa ótima triangulação invertendo a bola para a direita sob toques de primeira, a bola cruzada rasteira de Vic Albuquerque sobrou nos pés de Millene para um gol vazio, mas mandou por cima do travessão.
Ainda pressionando, aos 8 minutos somente, Corinthians chegou às redes novamente, mas não valeu. Paulinha foi desarmada e ficou no chão da área do América. Sobrando para Millene, a goleira colombiana tentou se posicionar melhor e tropeçou em Paulinha, bem no momento do chute da artilheira corinthiana, que tratou de marcar. A árbitra anulou o gol alvinegro e ainda amarelou Paulinha.
Diante da sólida defesa do Timão com Grazi e Érika, o Timão buscou o contra-ataque no meio, numa exposição do América buscando propor o jogo, mas ainda errava no último passe, já no ataque. Em novo contra-ataque e com ótima visão de Millene avançando, Ingryd tocou na lateral da área para a artilheira, que ia avançando. Na saída da goleira, conseguiu girar, tirando a goleira da jogada e arrumou para o meio da área sob um gol com duas zagueiras, mas conseguiu mandar no canto esquerdo vazio e fazer 2 a 0 para o Coringão.
Com os dois gols sofridos, o América fez a segunda substituição e colocou uma zagueira no lugar da lateral, se fechando cada vez mais, deixando somente a atacante perto do meio campo. Aos 33 minutos do segundo tempo, o Timão arruma um escanteio e com cobrança de Tamires, Crivelari toca de cabeça e sobra alta na frente de Érika, que quase de voleio e no limite da legalidade da linha de impedimento, manda para as redes e faz o terceiro gol do Corinthians.
Mesmo com a vaga para a finalíssima carimbada, o Timão seguiu buscando ampliar o resultado perto do fim do segundo tempo. Sob arrancada de Grazi dentro da área e desarme da defensora do Cali, a bola sobra para Moniquinha, que pensa rápido e dá um passe açucarado por cobertura de volta para Grazi, que bate de primeira para o ângulo do gol e marca o quarto gol Corinthiano aos 34 minutos do segundo tempo.
O Timão seguiu pressionando até os últimos segundos, mas o placar se manteve em 2 a 0 para o Corinthians que completa incrível marca: sua 42ª partida sem perder e 137 gols na temporada.
Reveja os gols do Corinthians e os melhores momentos do jogo Corinthians 4 x 0 América de Cali.
O Corinthians, pela segunda vez na história, está em uma final de Libertadores Feminina e já sabe quem vai enfrentar na busca pelo Bicampeonato. Já na segunda-feira (28), às 21h30, haverá novamente uma decisão contra a Ferroviária, atual campeã brasileira. A partida terá transmissão ao vivo do DAZN Brasil.
É o terceiro mata-mata do Timão contra as Guerreiras Grenás. O Timão eliminou a Ferroviária na semifinal do Paulistão no mês passado e fará a finalíssima contra o São Paulo. O segundo confronto foi a final do Brasileirão Feminino, logo após a semifinal, mas dessa vez, o Timão ficou com o vice-campeonato.
Por Gustavo Santos
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