Nas penalidades, o Timão derrotou o Palmeiras e conquistou o torneio estadual na casa do adversário
Alguns jogos ficam eternizados na história do clube, independentemente de qual seja. Ganhar um título é algo muito marcante. Vencer contra o rival é mais simbólico ainda. Vencer contra o rival no estádio de domínio dele, é como alcançar o topo do emblematismo. E o Corinthians alcançou isso.
Naquele 08 de abril de 2018, a Fiel explodiu de emoção ao ver Cássio levantar a taça do Paulistão. Após disputa de pênaltis, o Timão viria a sagrar-se bicampeão do campeonato estadual, contra o seu maior rival, na casa dele.
Na primeira partida, o Timão foi derrotado pelo Palmeiras por 1 a 0, na Arena Corinthians. Com o resultado negativo dentro de seus domínios, a equipe comandada por Fábio Carille precisava reverter placar jogando no Allianz Parque, com mais de 40 mil torcedores alviverdes presente.
Para incentivar o elenco, o clube do Parque São Jorge organizou treino aberto dois dias antes do segundo jogo da final. O que não se esperava, era que mais de 37 mil torcedores iriam fazer essa festa.
Os torcedores fizeram a parte deles, agora era a vez dos jogadores. E foi o que aconteceu. Com apenas um minuto de jogo, Mateus Vital fez bela jogada pela esquerda, cruzou para trás e encontrou Rodriguinho, que por sua vez finalizou, antes de entrar a bola desviou em Victor Luis e enganou Jaílson. Os corinthianos conseguiram segurar a pressão até o final do segundo tempo e levaram a decisão para os pênaltis.
Mesmo Fagner errando a cobrança, Cássio se agigantou defendendo os pênaltis de Dudu e Lucas Lima. Maycon, garoto de apenas 20 anos, não sentiu a pressão e viu o Allianz Parque se calar após converter. O Corinthians sagrava-se campeão do Paulistão, contra o Palmeiras, nos domínios adversário.
Alguns episódios deste jogo ficaram marcados. Um determinado torcedor palmeirense esticou uma faixa escrito: “Palmeiras: Campeão Paulista de 2018”, antes mesmo de o jogo começar. O presidente do clube alviverde, Maurício Galiotte, por lance polêmico envolvendo Ralf e Borja na final, chamou o campeonato de “paulistinha”. Além das placas de publicidade do Allianz Parque, após o termino da partida, carregarem a mensagem “Parabéns, Corinthians”, seguido do escudo alvinegro.
Mas, o que definitivamente fica mais marcado na memória da Fiel, é a emocionante imagem de Fabián Balbuena, zagueiro corinthiano na época, cantando, com todo o elenco: “É sangue no olho, é tapa na orelha, é o jogo da vida, e o Corinthians não é brincadeira”.
Por Matheus Fernandes