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Corinthians deve fechar 2021 no azul e projeta maior arrecadação da história para 2022

  • Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão

Recentemente, o Corinthians publicou o balancete de suas contas até setembro de 2021 demonstrando que o clube, enfim, deve terminar um ano sem prejuízos, após encerrar alguns anos no vermelho, bem como apresentou seu orçamento para 2022, prevendo uma arrecadação recorde.

O ano de 2021, primeiro da gestão Duilio Monteiro Alves, foi marcado por algumas mudanças no Corinthians, notadamente na parte de contratação de jogadores, com foco na otimização de gastos, concentrando, via de regra, grande parte dos investimentos do Departamento de Futebol em grandes atletas ao invés de pulverizar o gasto em diversos jogadores.

Foto: José Manoel Idalgo/Corinthians

As mudanças aconteceram também na parte financeira, que está mais equilibrada, comparando-se aos anos anteriores. Até setembro de 2021, o Clube teve como resultado líquido acumulado um déficit de R$ 532 mil reais, ou seja, o total de despesas da Instituição ultrapassou o montante arrecadado. Para os padrões de arrecadação do Clube, considerando todo o universo financeiro envolvido, tal valor é considerando ínfimo e não assusta, estando a relação de Arrecadação X Despesa praticamente empatada.

Contudo, tendo em vista que um grande volume de receitas relativas aos direitos de transmissão ingressa nos cofres do Clube nos últimos meses do ano, tudo leva a crer que o Clube fechará o ano com superávit, após ter prejuízos acumulados nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020. Esse quadro deficitário ocasionou um disparo no montante da dívida, que beira atualmente R$ 1 bilhão de reais.

Tal endividamento segue sendo um tormento para o Clube, que precisa administrá-lo e, na medida do possível, abatê-lo, visando uma maior solidez financeira. Atualmente, o Corinthians conta com a assessoria das empresas Falconi e KPMG, que auxiliam sua administração financeira.

Após a futura divulgação do balancete referente a todo o ano de 2021, tal situação poderá ser verificada com mais detalhes e a expectativa é que o clube tenha um superávit acima de R$ 3 milhões de reais.

Ao contrário de 2021, em 2020 a parte orçamentária viveu momentos turbulentos, com o planejamento conturbando. A previsão orçamentária passou por modificações durante o ano, com indicativos que nem sempre refletiam a realidade do Clube e econômica do país, convivendo com uma pandemia, e seus reflexos. O Corinthians acabou fechando aquele ano com um rombo de R$ 123 milhões.

Para o ano de 2022, segundo orçamento divulgado, o Corinthians prevê uma arrecadação de R$ 598,64 milhões, que seria a maior da história do Clube, sendo este montante oriundo da receita bruta total na ordem de R$ 507,10 milhões e da estimativa de arrecadação com repasse de direitos federativos, prevista na ordem de R$ 91,54 milhões. O Clube prevê um superávit na ordem de R$ 10,05 milhões ao fim deste ano.

A receita bruta total está prevista da seguinte maneira:

Direitos de TV – R$ 253,79 milhões

Patrocínios – R$ 111,21 milhões

Arrecadação de jogos – R$ 70,33 milhões

Receita da marca e outras – R$ 50,33 milhões

Contribuições dos associados – R$ 16,46 milhões

Explorações comerciais – R$ 4,99 milhões

Importa destacar que o orçamento segue uma linha conservadora, levando em conta apenas colocações intermediárias do time de futebol masculino, maior agente impulsionador de receitas da instituição.

O documento foi baseado no Timão chegando na sétima colocação no Campeonato Brasileiro, oitavas de final da Copa do Brasil e Copa Libertadores, além das semifinais do Paulistão. Alguns departamentos podem também ter valores arrecadados acima do previsto, a exemplo do Marketing.

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Notícias do Corinthians    

Duplo problema: Clube Social e Futebol Profissional tem deficits praticamente iguais no Corinthians

  • Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão

Muito se fala sobre a gestão do futebol do Corinthians, seus gastos, falta de eficiência, erros, e a consequência disso nas contas, mas o Clube Social e os Esportes Amadores estão também causando um grande prejuízo anual.

O balanço financeiro do Timão é dividido em duas partes: segmento Futebol Profissional e segmento Clube Social e Esportes Amadores. Cada um tem suas arrecadações e despesas apuradas separadamente, mas, ao fim, se juntam, e formam o total das contas da instituição.

No mundo ideal cada seguimento desses deveria, ao menos, ter um empate entre despesas e arrecadação, sendo que o melhor dos panoramas seria um superavit, com as receitas sendo superiores aos gastos.

O rombo do futebol profissional do Corinthians já vem de alguns anos, pois os gastos com todo esse segmento estão superando as receitas. Para piorar, com a pandemia atual, algumas receitas não foram obtidas ou chegaram de forma inferior ao planejado.

Foto: Divulgação Corinthians
Foto: Divulgação Corinthians

Já o clube social e os esportes amadores estão tendo exatamente os mesmos problemas, pois este segmento vem aumentando seu deficit ano após ano.

Em 2020, segundo o balanço financeiro recentemente divulgado, o Clube Social e os Esportes Amadores registraram rombo de R$ 61.614.000,00, enquanto o futebol profissional apresentou rombo de R$ 61.700.000,00. Ou seja, ambos os segmentos ficaram na casa dos R$ 61 milhões de rombo anual, sendo que a soma deles resultou no deficit final de R$ 123,314 milhões.

Assim, a gestão do Corinthians terá que achar soluções de redução de despesas e geração de mais receitas tanto para o Futebol Profissional quanto para Clube Social e os Esportes Amadores.

O segmento Futebol Profissional é o que tem mais margem para crescimento de receitas, já o Clube Social e os Esportes Amadores podem, com boas ideias colocadas em prática, aumentar sua receita, mas o leque de opções é bem mais reduzido.

Para piorar o quadro, a principal receita do Clube Social e os Esportes Amadores vem diminuindo, já que, em 2020, a arrecadação com sócios foi de R$ 12,1 milhões, contra R$ 14,8 milhões em 2019.

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Notícias do Corinthians

CORI aprova balanço de 2020 e orçamento 2021; veja como anda a apreciação das contas do Corinthians

  • Por Jadiel Saraiva / Redação da Central do Timão

Na última terça-feira (23), o Conselho de Orientação do Corinthians – CORI apreciou o balanço do ano de 2020 e o orçamento referente ao ano de 2021. O Colegiado emitiu parecer de aprovação de ambos os documentos.

Foto: Divulgação Corinthians

Agora, os documentos precisam passar pelo Conselho Fiscal, que também dará seu parecer, e depois serem apreciados pelo Conselho Deliberativo. Por este Conselho também ainda deve passar de forma atrasada a análise do balanço de 2019 (apresenta um déficit de R$ 195,4 milhões), que se arrasta sem apreciação por muito tempo.

O balanço do ano de 2020, que deve ser publicado nas próximas semanas, traz um déficit de R$ 123 milhões. Assim como em anos anteriores, o clube não conseguiu equacionar as despesas com o montante arrecadado.

Com isso, a dívida do clube passou dos R$ 900 milhões de reais, sem contar a parte que envolve a Neo Química Arena, que tem praticamente uma contabilidade independente.

Já o orçamento de 2021, elaborado pela gestão Andrés Sanchez, que ainda deve sofrer alterações pela nova gestão do Clube, prevê um pequeno superávit nas contas. Segundo informou o site Meu Timão, o orçamento 2021 apresenta previsão de arrecadação de R$ 500 milhões de reais, além do referido pequeno lucro ao fim do período.

Ou seja, espera-se, segundo o documento orçamentário, que ao fim do ano de 2021 não tenhamos mais um rombo nas contas, como ocorreu nas últimas temporadas.

Em 2020, vimos um resultado final bem diferente do que o orçamento tinha previsto, pois diferente do superávit indicado inicialmente, o Clube fechou com R$ 123 milhões de déficit.

Desde o ano de 2017, o Corinthians vem acumulando sucessivos déficits em suas contas, situação esta que ocasionou um aumento significativo das dívidas totais da instituição.

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Notícias do Corinthians 

Por que o Conselho do Corinthians não se reúne virtualmente? – Blog do Jadiel Saraiva

A pandemia do Conoravírus já dura mais de um ano e muitas atividades sociais e profissionais passaram por adaptações para continuarem sendo realizadas.

No caso de entidades com colegiados, vimos muitas delas realizarem suas atividades de forma virtual. O maior exemplo disso é o Congresso Nacional, que tem as seções da Câmara e do Senado realizadas, em sua maioria, nesse período, de forma remota.

Clube Parque São Jorge, sede do Corinthians – Foto: José Manoel Idalgo/Corinthians

Então por que um clube com o gigantismo e importância do Corinthians não reúne seu Conselho Deliberativo de forma virtual?

Recentemente, o clube anunciou um novo adiamento da votação, sob a alegação de que não poderia reunir os conselheiros por conta da pandemia. A nova data da reunião (13 da abril) será realmente mantida ou teremos mais um adiamento sob alegação de dificuldade de reunir os conselheiros?

Existe algum constrangimento de parte dos conselheiros em definitivamente apreciar essas contas de 2019?

Sabemos que as desastrosas contas de 2019 (já com pareceres de reprovação elaborados pelo Conselho Fiscal e pelo CORI) precisam ser finalmente votadas. Além do mais, já chegou o momento de votar também as contas de 2020, que igualmente apresentam um grandioso déficit.

Assim, não vejo outra saída, a curto e médio prazo, para a solução desse obstáculo a não ser o Corinthians reunir seu Conselho Deliberativo de forma virtual, algo relativamente fácil de fazer, em tempos de era digital.

Com certeza eu não fui o primeiro e nem serei o último a dar esta óbvia solução para este caso.

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Notícias do Corinthians    

BALANÇO FINANCEIRO: Corinthians pode arrecadar menos do que em 2018 e o Clube Social segue deficitário

Demonstrativo financeiro do Corinthians não é conclusivo quanto às receitas totais no ano, mas antecipa uma possível diminuição na arrecadação do Departamento de Futebol e constata a “sangria” crescente promovida pelo Clube Social e Esportes Amadores

O Sport Club Corinthians Paulista divulgou, na última terça-feira (03), seu Balancete Financeiro relativo ao primeiro semestre de 2019, sendo que o documento traz dados importantes para a compreensão da situação financeira atual do clube e para se vislumbrar o resultado ao fim do atual exercício financeiro da entidade, em 31 de dezembro. O clube subdivide seu demonstrativo de receitas/despesas entre o Futebol e o Clube Social e Esportes Amadores.

Clube é um dos que mais arrecada no Brasil e ainda tem margem para aumentar suas receitas (Foto extraída do site do SCCP)

Nos seus primeiros seis meses do ano, o Corinthians, que planeja fechar o exercício com R$ 650 mil de superávit, registrou um déficit de R$ 94,9 milhões de reais, no somatório do Futebol (R$ 68,4 mi) e do Clube Social e Esportes Amadores (R$ 26,5 mi), mesmo tendo tais setores gerado uma arrecadação de cerca de R$ 197 milhões, no período.

FUTEBOL

No Futebol, o clube apresentou, no primeiro semestre, algumas mudanças em relação ao ano anterior, pois arrecadou menos com venda de atletas e teve mais arrecadação com propaganda e publicidade. No mais, a arrecadação seguiu num ritmo semelhante ao do ano anterior. Confira os números deste nicho:

  • Direitos de transmissão de TV – R$ 91.871 milhões
  • Patrocínio e publicidade – R$ 34.157 milhões
  • Arrecadações de jogos – R$ 30.252 milhões
  • Premiações, Fiel Torcedor e Loterias – R$ 12.415 milhões

No que tange às despesas, o clube teve proporcionalmente uma elevação no tocante ao valor gasto com pessoal. Em todo o ano de 2018, os gastos com este setor foram de R$ 178,5 milhões, enquanto que no corrente ano os gastos já bateram a casa de R$ 113 milhões, em seis meses.

O futebol, superavitário em 2018, registrou um déficit de R$ 68,4 milhões, contudo, tal panorama deficitário não serve de base para o balancete de todo o ano, tendo em vista que grande parte da verba de TV tem previsão de ser paga apenas neste segundo semestre, bem como as despesas com aquisição de atletas são menores neste período, o que pode fazer este quadro mudar.

Se o volume dos valores advindos da TV deve elevar até o fim deste segundo semestre, o mesmo não podemos dizer da venda de atletas. O clube arrecadou apenas R$ 21 milhões em 6 meses, contra R$ 118,8 milhões em todo o ano de 2018. Tendo em vista um ano de baixo rendimento do time e de grande parte dos atletas, não se vislumbra grandes vendas na janela de transferências do início de 2020. Assim, o clube pode ter seu pior ano de vendas desde 2014, quando arrecadou R$ 41 milhões.

Portanto, mesmo com um salto na arrecadação com publicidade e propaganda, que deve render pelo menos R$ 25 milhões a mais do que no ano anterior, o seguimento Futebol tem grandes chances de ter uma arrecadação inferior à de 2018, quando sozinho gerou R$ 415 milhões em receita.

CLUBE SOCIAL E ESPORTES AMADORES

Se o Futebol, como carro chefe do clube, tem variadas e elevadas fontes de receita, o mesmo não se pode dizer do Clube Social e os Esportes Amadores. Tais seguimentos geram um encargo financeiro alto ao clube, sendo que as fontes de receita não chegam perto do total das despesas por eles geradas, o que faz o clube ter grande déficit ano a ano.

Fato agravante é que este déficit tem crescido de forma constante, o que faz deste desequilíbrio um grande problema para o clube, que precisa urgentemente procurar formas de equacionar tal área da instituição. Importa observar que o Corinthians tem um dos maiores rombos neste campo, se comparado com os demais clubes brasileiros.

Em 2018, a arrecadação foi de R$ 31 milhões, frente a uma despesa muito maior, o que gerou um rombo de R$ 41 milhões. Em 2019, apenas no primeiro semestre, o déficit foi de R$ 26,5 milhões.

Diferente do Futebol, que terá um grande incremento de verba de TV neste segundo semestre, o Clube Social não tem previsão de elevação da arrecadação na segunda parte do ano, o que indica que pode ter um rombo de 15% a 25% superior ao do ano de 2018.

O FUTURO

Em meio a um inflamado mercado nacional, que convive com uma elevação de arrecadação média dos clubes, com destaque para o Flamengo, que recentemente passou por uma reestruturação administrativa/financeira, e o Palmeiras, com investimentos externos fortes de uma parceira, o Corinthians, que continua figurando na lista dos clubes que mais arrecada, precisa otimizar seus gastos, que, até 2018, não eram tão inferiores aos clubes citados, quanto às despesas com futebol, bem como procurar meios de gerar mais receitas e equalizar a operação do Clube Social e Esportes Amadores.

Por Redação Central do Timão

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