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COLUNA DO DYEGO VALENÇA: Qual a sua paciência com Fábio Carille?

Fábio Luiz Carille de Araújo ou apenas Fábio Carille, natural de Sertãozinho, interior de São Paulo. O atual técnico do Corinthians tem 45 anos e é técnico de futebol desde 2017, quando foi efetivado no cargo após a saída de Oswaldo de Oliveira, sendo que ele chegou a ser técnico interino noutros momentos no clube.

Foto: Guilherme Dionízio/Estadão Conteúdo

Descontando a saída para o mundo Árabe, Carille tem aproximadamente duas temporadas pelo timão (somando as meias temporadas de 2018 e 2019) e, até o momento, o saldo é mais do que positivo, um HISTÓRICO tricampeonato estadual além do título Brasileiro de 2017.

Em pouco mais dois anos de carreira, podemos dizer que nosso técnico ainda não saboreou o insucesso, ainda não teve um mau momento e certamente terá. Todos os grandes técnicos passam por isso, até acho que esses momentos também são importantes para a evolução, afinal, a gente aprender o que fazer e o que não fazer.

Carille erra, acerta, ainda vai errar e acertar muito em sua carreira (já pontuei inúmeros erros do nosso técnico), o que é natural, mas será que tudo que ele já fez no nosso clube, tudo que ele já conquistou não é suficiente para que o torcedor tenha um pouco mais de paciência? Numa situação hipotética, você aceitaria um segundo semestre abaixo do Corinthians com o nosso técnico ainda aprendendo como lidar em algumas situações?

2019 foi um ano de muitas mudanças no elenco do Corinthians e tenho certeza que na carreira do nosso técnico também, minha torcida é que ele busque uma evolução e aprenda com situações ainda não vividas, e caso o Corinthians não embarque numa má fase que nos faça brigar contra o rebaixamento, e creio que isso não ocorrerá, estou junto com o técnico, estivemos juntos em muitos momentos bons, será que não dá pra aguentar uma fase irregular? É natural que um time que ganhe muitos títulos “forme” torcedores mais exigentes, mas penso que nosso técnico, através do seu trabalho realizado, merece um crédito mais do que especial.

E você, como pensa? Numa possível crise, é “fora Carille” ou o técnico realmente merece crédito?

COLUNA DO DYEGO VALENÇA: Pedrinho precisa de liberdade, seja no meio ou nas pontas!

No treinamento desta última terça-feira, o técnico Fabio Carille testou o meia Pedrinho centralizado. Normalmente o jogador vinha sendo utilizado aberto na ponta direita e esse assunto já é bastante discutido há muito tempo. Afinal, onde o meia deve atuar?

Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

O técnico Fabio Carille já falou mais de uma vez que não lembra de ter visto o meia atuando centralizado, mesmo o acompanhando desde a base, porém, o próprio jogador já falou da preferência em atuar desta forma e, inclusive, o seu próprio empresário já chegou a se manifestar sobre o assunto, causando até uma certa polêmica. Diante da atual instabilidade da equipe, parte da torcida cobra o técnico de testar essa opção, e como citado inicialmente neste texto, o técnico parece finalmente disposto a tal teste.

O meia Pedrinho é um jogador de muita qualidade, criatividade, bom chute de fora da área e de muita habilidade. Independentemente de atuar mais preso na faixa central do campo ou aberto pelas pontas, entendo que o mais importante é que um jogador como esse tenha liberdade, não tenha tanta obrigação defensiva.

Claro que no futebol de hoje todos ajudam a marcar, todos ajudam a recompor, mas não dá pra esperar do Pedrinho que ele volte marcando lateral, como por exemplo o Romero sempre fez. Aliás, o Pedrinho não vai conseguir, assim como Jadson de 2015 também não conseguia, mas o Jadson era justamente o camisa 10 que tinha liberdade de criação naquela equipe, sendo que voltava pra recompor, mas não era e nem nunca foi um jogador com grande capacidade defensiva, como não é o Pedrinho!

Portanto, seja aberto nas pontas ou centralizado, o mais importante é que o meia tenha uma sequência tendo mais liberdade pra jogar!

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COLUNA DO DYEGO VALENÇA: Mauro Boselli está certo, mas está errado

Foto: Luis Moura/Wpp / Gazeta Press

Ao término do amistoso em Ribeirão Preto, quando o Corinthians perdeu para o Botafogo-SP por 2×1, o atacante argentino, Mauro Boselli, que marcou o único gol do Timão, deu a seguinte declaração:

“Nós temos que melhorar muito, não estamos jogando bem. Temos de trabalhar muito se quisermos crescer nos campeonatos, assim, jogando desse jeito, creio que não conseguiremos nada”.

Boselli foi artilheiro onde passou, foi contratado pelo Corinthians após várias boas temporadas no futebol mexicano e, inevitavelmente, chegou com uma grande expectativa, mas, por vários motivos pelos quais não entrarei no mérito hoje, ele ainda não se encaixou, não deu o resultado esperado por todos, ele sabe disso e, provavelmente está incomodado.

Portanto, Boselli está certo quando diz o que disse. O Corinthians não deve conseguir chegar muito longe se apresentar o futebol apresentado na maior parte da atual temporada. Precisa melhorar, e muito. A falta de contundência ofensiva afeta diretamente o desempenho dos atacantes, por outro lado, não é falando isso publicamente após um jogo, após uma derrota num amistoso, onde o Corinthians jogou o segundo tempo com um time completamente desfigurado, que vai solucionar nossos problemas.

Esse tipo de declaração, normalmente, não ajuda em nada, só inflama a torcida e gera notícias e posts (como esse que escrevo), tanto que pouco tempo depois, em sua conta pessoal, ele fez questão de colocar “panos quentes” dizendo “não vamos colocar problemas onde não há”.

O incômodo do atacante é legítimo, até importante. Mostra que quer vencer, que não está acomodado no banco de reservas, mas é preciso ter cautela nas declarações. Sei que muitos da torcida vão discordar, o momento do time não é bom, e a declaração do argentino soa como um “desabafo” que representa os torcedores, mas vou um pouco nessa contramão, penso que o Boselli está certo, mas está errado.

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COLUNA DO DYEGO VALENÇA: Atacante Clayson – Nem 8 nem 80

Foto: Agência Corinthians

Vice campeão paulista com a Ponte Preta, em 2017, quando perdeu o título para o próprio Corinthians, o atacante Clayson foi contratado pelo alvinegro paulistano para a disputa do Campeonato Brasileiro daquele mesmo ano, e foi um reserva muito útil na campanha do heptacampeonato.

O atacante jogou 29 dos 38 jogos da equipe, tendo anotado 4 gols muito importantes, dois deles contra o Coritiba, na vitória por 3×1, além de ter marcado os gols do Corinthians, nos empates fora de casa contra São Paulo e Cruzeiro, todos esses gols foram em jogos seguidos e num momento delicado na competição.

Mas, além dos gols citados, Clayson foi muito importante nas construções das jogadas, tendo sido o jogador com o maior número de assistências em todo elenco corinthiano (na campanha do hepta). Foram 6 assistências no total. E somando-se os gols com as assistências, o atacante só perdeu para o artilheiro Jô em participações, nada mal pra um reserva.

O ano de 2018 para o atacante não foi nada bom, principalmente (coincidentemente ou não) após a saída do atual técnico Fábio Carille, que foi trabalhar na Arábia. O atacante, em toda temporada, marcou apenas 3 gols (nenhum com Osmar Loss e Jair Ventura) e também acumulou problemas extra campo, o que, certamente, também o atrapalhou.

O ano de 2019 começou com o retorno do técnico com quem Clayson mais conseguiu render, e isso foi suficiente para que o técnico o mantivesse no elenco ( teve sondagem do Galo ).

Com a confiança do seu comandante, Clayson conseguiu ser muito útil na fase final do campeonato paulista, ajudando na conquista do histórico tricampeonato.

Apesar do título, o time do Corinthians ainda oscilou bastante, tal como o atacante Clayson. Mesmo assim, o camisa 25 gozou de um grande prestígio com Fábio Carille, mesmo com a chegada do atacante Everaldo que, em tese, deveria ser seu concorrente. O técnico, inclusive, optou, em alguns momentos, por utilizar Clayson por dentro, como um meia (como jogou na Ponte Preta em 2017).

Em resumo (já demorei muito…), Clayson não é jogador para ser “odiado” por parte da torcida, pois já mostrou o seu valor, mas, também, não é jogador pra ter cadeira cativa num time como o do Corinthians, tanto que seu melhor momento no clube foi exatamente quando era uma opção (importante) ao time titular e não uma peça fundamental e insubstituível.

Clayson deve compor o elenco, mas não ser titular absoluto, nem tanto ao céu, nem tanto à terra, nem 8, nem 80.

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Por Dyego Valença