O Corinthians recebeu o Fortaleza em sua Arena e venceu, de virada, por 3 a 2, dando uma trégua na crise que havia se abatido contra o gigante do Parque São Jorge
Dyego Coelho estreou com pé direito. Na coletiva, a expressão de alívio e alegria pela vitória de virada por 3 a 2, estava à vontade diante dos jornalistas.
Foi nítida a mudança de postura do time dentro de campo. O que o torcedor viu foi um Corinthians que correu riscos, mas buscou a vitória do primeiro ao último minuto. Entre outras falas, Coelho exaltou a equipe, elogiou a Fiel e se emocionou ao relembrar de quando ainda era jogador do Timão.
Questionado sobre quando começou a mudança de postura, Coelho, que está a apenas dois dias no comando técnico da equipe, creditou à inteligência dos jogadores a rápida absorção do que foi passado nos treinos.
“Começou na segunda-feira quando a gente fez um treino realmente muito intenso e na terça pré-jogo, a maioria dos jogadores quando a gente pensou em marcar pressão, ser agressivo, mudar realmente o comportamento. Não adianta só eu falar pra mudar. O treino precisa exigir isso. Preciso que o treino mude o comportamento. E eles atingiram velocidade de jogo. São jogadores inteligentes. Foi uma ideia nossa junto com a comissão de pressionar e de sair em três. Fazer com que o Gabriel fique na frente dos três zagueiros, com que o Michel atinja a última linha, dar um pouco de liberdade pros “estrelas” e deixar o meio mais móvel para abastecer o nosso “9”. Méritos dos jogadores porque eles mudaram a chavinha. Era muito difícil, mas eles conseguiram executar hoje e acho que o torcedor gostou de ver que eles jogaram com e sem a bola, que se entregaram. Podemos evoluir muito mais.”
Coelho ainda disse o que a vitória representou para ele neste início de trabalho, pondo fim à sequência de oito jogos sem vitórias e com o Corinthians fazendo três gols em um jogo, tendo o último sido contra o próprio Fortaleza no primeiro turno.
“Marca muito porque a sensação que eu tenho quando o árbitro acabou o jogo, foi do “sim” que eu tive quando eu tinha dez, onze anos quando eu fui aprovado na peneria do clube. Sensação maravilhosa. Os jogadores são proporcionaram isso. Volto a dizer: São fantásticos. Eles fizeram as coisas funcionar desta maneira porque eles querem. Isso me deixa muito feliz. Três gols é bom, né? Por ficar exposto, às vezes, a gente toma gol, saindo em três… Se a gente não tiver um seguimento pra não ficar se desfazendo muito rápido da bola, porque fica exposto quando perde. Mas como você sufoca o adversário numa linha de cinco entre as linhas com um atacante que realmente é muito bom, acho que conseguimos fazer mais gols que tomar.”
O novo técnico interino afirmou ter sido muito bem aceito pelo elenco, e o que fez para ganhar a confiança dos jogadores.
“A aceitação é o seguinte: O boleiro ele gosta da verdade. Se você ter duas conversas com ele, não vai funcionar. Então procuro falar a verdade. A gente está numa briga pela libertadores. Se eles não tiverem cobrança no dia-a-dia, não vai funcionar. Se você for verdadeiro com ele, cobrar da maneira correta, eles vão te aceitar. Não importa se você está muito tempo, ou chegando agora. Tem que ser verdadeiro com o jogador. E eles entenderam isso. Entenderam que estamos numa briga boa. É importante pra todo mundo. estarmos na Libertadores. Eles entenderam o recado. É orgulho tremendo de estar com eles. A gente espera fazer com que sábado as coisas continuem da melhor maneira possível.”
Por Gustavo Santos