Salve Fiel.
Nos últimos dias cresceram as reclamações sobre o técnico Fábio Carille. Paneleiro e retranqueiro são alguns dos adjetivos usados para o treinador nas redes sociais, principalmente após a partida contra o Del Valle e sua decisão em optar por Vagner Love no comando do ataque.
Eu mesmo sou um dos defensores do Boselli na função, mas após ler o Blog do Alê Gimenes, ontem, fui convidado a uma pequena reflexão sobre o tema, afinal, Carille está tão errado assim em escalar Love? Quais seriam seus motivos?
Leia mais – BLOG DO ALÊ GIMENES: O inferno de Carille
Boselli foi contratado em janeiro para ser o cara, e enquanto o Campeonato Paulista se iniciava, e o atacante resolvia seus assuntos no México, Gustagol tomou conta da função e não deu espaço para ninguém, era de longe o grande destaque do time no Campeonato Paulista.
Com Gustagol em destaque, Love foi se adaptando e jogou de meia, extremo direito, extremo esquerdo e até segundo atacante, cavando seu espaço no time. Já Boselli lutava por alguns minutos em campo, até pleiteando jogar ao lado do Gustavo.
Em março, com a lesão do camisa 19, enfim, Boselli passa a ter oportunidades e engata sua primeira sequência no Timão. Foram 6 jogos consecutivos, do dia 02 até 27 de março, em partidas contra São Bento, Santos, Ceará, Oeste, Ituano e Ferroviária, só na última acabou não iniciando como titular, porque dias antes do confronto sentiu uma lesão que o deixou fora dos treinos. Nessa sequência, apesar da grande partida que fez contra o Santos, não marcou nenhum gol e foi muito cobrado pela Fiel que sonhava com a volta de Gustagol.
Gustagol volta meio sonso, fora de ritmo e não consegue recuperar a boa fase, muito longe do matador que vimos na fase inicial do Paulista.
Love começa a ter mais oportunidades e mesmo sendo o atacante que mais desperdiça oportunidades, foi decisivo em alguns jogos, dentre eles na final do campeonato paulista onde ganhou crédito com a Fiel, e com o treinador após fazer o gol do titulo no Majestoso.
Após a parada, todos tem suas oportunidades na função de centroavante, e dentre eles, Love acaba atuando mais, principalmente, pela polivalência em campo. Até Gustagol, por necessidade, acaba sendo improvisado em algumas oportunidades pelos lados do campo, durante as partidas.
Agora vamos falar de números:
Os números mostram que não faltam oportunidades para nenhum de nossos centroavantes, de 54 partidas do Corinthians no ano, os 3 jogadores somados atuaram em 113 partidas. Os números dos atacantes, individualmente, demonstram que todos tiveram oportunidades.
Love foi o atacante que mais atuou até aqui, foram 45 jogos sendo 12 saindo como reserva, Gustagol de suas 35 partidas veio 18 da reserva e Boselli em 33 oportunidades no ano, saiu da reserva apenas 14 vezes.
Gustagol e Boselli já foram afastados em pelo menos duas oportunidades por lesões, Love vale frisar, dificilmente convive com esse problema.
Em suma, Boselli chega a ter mais oportunidades no ano como titular do que o próprio Gustagol, que começou o ano como titular indiscutível e é disparado, o que tem melhor média de gols do trio, 1 gol a cada 185 minutos contra 1 gol a cada 330 minutos do Boselli e um tento a cada 306 minutos do Love.
Boselli já lidera no quesito percentual de pontos conquistados em campo, com 56% de aproveitamento, contra 51% de Gustagol, e também é o jogador com menor minutagem em campo dentre os três.
Hoje a Fiel pede Boselli, afinal, ele foi contratado para ser O CARA, e vem de boas partidas no mês de agosto. Os números mostram apenas, que apesar da vontade de ver o argentino como titular de quem vos escreve, ele está longe de ser o salvador da pátria, já que ostenta a menor média de gols dentre os centroavantes, apesar de ser o único que atua apenas como centroavante.
O pedido por Boselli é justificável, pois se reflete hoje na seca de gols de Gustagol, e pelo alto número de oportunidades desperdiçadas por Love, mas passa longe de ser uma justificativa plausível para pedir a cabeça do treinador, como vem ocorrendo.
Os três tem características distintas e é compreensível que o treinador tenha preferência por qualquer um dos três, já que durante o ano, todos tiveram altos e baixos.
Agora deixo para você opinar, qual dos três você prefere como titular hoje?
Vai, Corinthians!
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