Adriana, camisa 16 do Corinthians Feminino, foi eleita em duas categorias do Prêmio Bola de Prata, organizado pela ESPN. A goleadora foi eleita a melhor atacante do Brasileirão e a principal jogadora da competição, levando o prêmio Bola de Ouro, dado para o craque do campeonato.
Aos 25 anos, ela fez 17 jogos pelo Corinthians no Brasileirão, contribuindo com nove gols e duas assistências para o Timão. Com as boas e decisivas atuações da atacante, ela vem sendo convocada regularmente para a Seleção Feminina, sendo praticamente titular nas partidas.
Além dela, sete jogadoras do Corinthians foram premiadas, sendo cinco na seleção do campeonato, uma como revelação e uma pelas atitudes fora de campo. São elas: Lelê, Andressa, Tamires, Diany, Gabi Zanotti, todas na seleção, Tarciane como revelação e Grazi como reflexão.
Convocada para a Seleção, ela não esteve na premiação para receber o prêmio presencialmente. Com isso, ela deve jogar contra o Canadá, em um amistoso, na Neo Química Arena, nesta terça-feira (15). Já o Corinthians Feminino entra em campo um dia depois, também no estádio de Itaquera, pelo Paulistão da modalidade. O jogo acontece contra o Santos, pela nona rodada da competição.
Um dos maiores, mais inventivos e engajados jogadores da história do Corinthians, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, emprestará seu nome a uma premiação especial. A revista France Football, que entrega a Bola de Ouro, anunciou nesta quarta-feira (21) que a edição deste ano terá uma novidade: o Prêmio Sócrates.
Criadapara “identificar as melhores ações solidárias realizadas por campeões e campeãs comprometidos”, a nova premiação é uma parceria com o jornal L’Équipe e a organização internacional Peace and Sport, que promove o desenvolvimento e a paz através do esporte.
O nome de Sócrates foi escolhido para batizar o prêmio em razão da atuação do Doutor na Democracia Corinthiana, movimento originado em plena ditadura no Brasil para promover o reconhecimento do jogador de futebol como cidadão e sujeito político, e lutar pela redemocratização do país.
“O futebol é um ator crucial no processo de construção da paz. É uma honra fazer parceria para este prêmio social concedido a jogadores de futebol comprometidos com o impacto social”, publicou a organização no Twitter.
O prêmio Sócrates será entregue na cerimônia da Bola de Ouro 2022, no dia 17 de outubro, no Teatro Chatelet, em Paris. O contemplado será escolhido por um júri, que inclui o irmão mais novo do Doutor, Raí, ídolo do PSG e campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, e pelos diretores da organização Peace and Sport.
“Sócrates sempre acreditou no poder de mobilização e da transformação por meio do esporte, para tornar a sociedade mais igualitária. Ele demonstrou isso como jogador com seu combate pela redemocratização do Brasil durante a experiência revolucionária da Democracia Corinthiana… Onze anos após sua morte, ele continua sendo o símbolo do campeão comprometido com um mundo mais justo”, disse Raí, citado no comunicado.
Com a inclusão do Prêmio Sócrates, a cerimônia passa ter seis categorias de premiação: o Troféu Kopa para o melhor jogador jovem, o Troféu Yashin para o melhor goleiro, o Troféu Gerd Müller para o principal artilheiro da temporada, e as Bolas de Ouro para melhor jogador e melhor jogadora da temporada 2021/22.
Sob a regência de Sócrates, no período da Democracia Corinthiana, o Timão faturou o bicampeonato paulista (1982 e 1983), tornando-se uma das equipes mais fortes e reconhecidas do país.
Além de três títulos estaduais e inúmeras jogadas geniais, Sócrates gravou seu nome na trajetória alvinegra ao marcar 172 gols e se consagrar como oitavo maior artilheiro da história do clube do Parque São Jorge. Foi ídolo também da Seleção e até hoje é considerado um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos. Todavia, o legado do Doutor transpõe as quatro linhas do futebol e simboliza a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.