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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Até que ponto chega a maldade das pessoas?

Ao usar o manto corinthiano o jogador já deve esperar cobranças da exigente Fiel torcida por suas atuações dentro de campo. Normal para quem veste uma camisa tão pesada. O problema é quando essas críticas e cobranças extrapolam o limite do campo e se transformam em ataques pessoais das mais variadas vertentes, principalmente por pessoas que usam as redes sociais para exacerbar suas frustrações em cima de pessoas que nada tem a ver com isso. 

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Falemos do caso do meia Jadson. O atleta, que já não é mais nenhum jovem e passou por sérios problemas familiares no período, foi achincalhado por uma pequena parte da Fiel por conta de algumas más atuações. Para piorar, as infelizes críticas não ficaram só na torcida. Um jornalista afirmou que ele é um “ex-jogador em atividade”. Após o último jogo contra o Vasco da Gama, um outro chegou a afirmar, pasmem, sentir “dó” do desempenho do atleta, inclusive questionando o salário pago a este. Obviamente o jogador se sentiu incomodado e respondeu ao profissional de imprensa de maneira elegante em sua conta no Twitter. 

A maldade dos comentários chegou ao ápice justamente no dia do seu aniversário de 36 anos, quando alguns torcedores invadiram a página oficial do Corinthians no Twitter e Instagram, que lhe parabenizava pela data, e teceram comentários extremamente ofensivos, sem nenhum respeito ao ser humano.

Esqueceram tudo o que o meia já conquistou para nossa felicidade, os passes, gols e títulos, a dedicação com que sempre nos representou. E é exatamente nos momentos difíceis que devemos dar toda nossa força e apoio. 

Clayson é um outro exemplo. Jogador mais contestado entre os titulares do atual elenco, o atacante chegou a ser “oferecido” por um torcedor ao valor de R$ 6,00 em um famoso site de vendas online. Pode até soar como algo engraçado, uma brincadeira apenas. Mas, já parou para pensar, como será que isso chega às famílias dos atletas? O álibi dos que fazem tais brincadeiras é: “Ah, mas essa foi a profissão que ele escolheu”; “tenho certeza que sabia que poderia ser criticado”;  “pessoas públicas são expostas o tempo todo”; “tem que estar preparado para tudo”; “ganha muito bem para isso”. Definitivamente não é por aí. O respeito precisa existir, sim, basta apenas que nos coloquemos no lugar dos outros.

Como profissionais também cometemos alguns erros. Como será que nos sentiríamos se fôssemos injustiçados? Está faltando respeito e bom senso. Algumas críticas são aceitáveis, construtivas. Mas a maioria é pura maldade beirando a frustração e inveja.

Que a Fiel continue a cobrar, criticar e exigir, mas sempre com muita responsabilidade e consciência. 

Por Marcelino Rocha
Marcelino Rocha Twitter @marceparocha

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Onde foi que nós erramos?

O ano é 1995. O Corinthians, prejudicado no jogo, e com um a menos, havia acabado de perder para o Palmeiras por 3×1 na fase de classificação do campeonato paulista (o mesmo adversário que viria a ser derrotado na final algum tempo depois).

Alguns Fiéis nas arquibancadas quase que como um mantra bradavam: “Fora, Ronaldo… Fora, Ronaldo”. Logo ele que havia feito boa partida, com boas defesas, e era sinônimo de raça e amor a nossa camisa. Magoado, o ídolo chegou a falar em entrevista pós-jogo que aquele seria seu último jogo defendendo nosso manto, que pediria para ser negociado a um clube onde teria mais carinho por parte do torcedor. Ainda bem que não se concretizou naquele momento. 

Imagem/Reprodução

O ano agora é 1999… O Corinthians, com um jogador a menos, havia acabado de perder para o Palmeiras por 3×1 na fase de classificação do campeonato paulista (o mesmo adversário que viria a ser derrotado na final algum tempo depois). Alguns Fiéis, fora das arquibancadas, esperavam o craque Marcelinho Carioca, que havia feito nosso gol em uma belíssima cobrança de falta, para gritar nos seus ouvidos em tom ameaçador: “Ô, Marcelinho seu pipoqueiro, eu tô sabendo que você só quer dinheiro”. O atleta e a família, amedrontados, saíram do Morumbi escoltados por seguranças. Logo ele, tão importante e fundamental na maioria das nossas conquistas ao longo da década de 90. Histórias bem parecidas, não? Quase um dejavu. Dois ídolos históricos e a Fiel como protagonista. Vamos adiantar o tempo?

Imagem/Reprodução

O ano agora é 2019. Um técnico formado dentro do Corinthians, conhecedor do clube, sua filosofia e, acima de tudo, vitorioso como os dois personagens acima citados, vem sofrendo uma campanha cruel por parte de alguns Fiéis e arquitetado, pasmem, por alguns setores da imprensa. Só que diferente do que acontecia há 20, 25 anos atrás onde as cobranças se restringiam as arquibancadas ou, às vezes, às saídas dos estádios, as redes sociais deram voz a quem quer apenas tumultuar o ambiente do time principalmente à véspera de jogos decisivos. Notícias como insatisfação de jogadores, arrogância do treinador e mal estar nos bastidores se espalham e alguns torcedores se deixam envolver. Com isso, reclamam do futebol apresentado pelo time, da falta de padrão e resultados em algumas partidas consideradas fáceis e organizam protesto no CT às vésperas de uma partida onde a equipe necessitaria de apoio. 

Ora, estamos falando de uma equipe que não ganha nada há muito tempo ou faz uma péssima campanha nos certames que está participando, certo? Errado, e é exatamente isso que assusta. De fato o time não vem apresentando um futebol vistoso, às vezes é até chato. Mas, bem ou mal, com esse futebol chegamos à semifinal de uma competição sul-americana, o que não acontecia desde a vitoriosa campanha da Libertadores 2012, e estamos no G6 do campeonato nacional. Ah! Sem esquecer que ganhamos um tricampeonato paulista que não vinha há 80 anos contra times considerados superiores técnica e financeiramente. Sorte? Talvez, mas garanto que não teríamos conquistas sem uma boa dose de trabalho. E é exatamente esse trabalho que estão fazendo de tudo para interromper no grito. 

Ler corinthianos afirmarem que torceram para o time ser eliminado na Copa Sul-americana, só para terem a esperança da queda do técnico Fábio Carille, exatamente no momento em que todos nós deveríamos estar em uníssono, me doeu na alma. Tenho certeza que são os mesmos “corinthianos” que em plena semifinal do Paulista de 2017, um clássico Corinthians x São Paulo, declararam nas redes sociais que preferiam assistir a Barcelona x Real Madrid que jogavam no mesmo dia e horário pelo campeonato espanhol, desdenhando do seu “clube de coração” . São os mesmos que não sentem aquela ansiedade, preocupação e frio na espinha antes de um jogo decisivo. Devem estar comemorando agora nossa eliminação. 

Afinal, onde foi que nós erramos? Onde estão aqueles torcedores que mesmo após insucessos constantes estavam lá apoiando? Onde estão aqueles que apesar de não virem um título expressivo havia 22 anos, invadiram um outro estado para não deixarem o time sozinho? 

Alguns Fiéis, definitivamente, não merecem o time que têm, que dizem torcer. Ouso falar que muitos não suportariam uma fila de 23 anos e mudariam facilmente de time, os torcedores de conveniência. Por outro lado, sei que esses não representam 0,1% de nós, torcedores abnegados, aqueles que quanto mais sofrido e difícil for o caminho, mais prazer e orgulho teremos em envergar nossa camisa.

Cobrar e exigir bons resultados é fundamental, afinal queremos ver um Corinthians sempre vitorioso. Porém, os engenheiros de obra pronta se espalham como um câncer transformando o técnico no futebol brasileiro, principalmente de um clube com a visibilidade do Corinthians, de bestial a besta em questão de dias, bastando apenas que os resultados positivos desapareçam. Esquecem dos trabalhos anteriores, dos títulos conquistados, do elenco que tem na mão e, principalmente, do apoio da diretoria. 

Como torcedores não devemos acreditar em tudo que nos contam. Afinal, foi essa mesma imprensa que um dia expurgou do Parque São Jorge um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Roberto Rivellino, como culpado da falta de títulos.

E como acontece hoje, alguns Fiéis engoliram as falácias midiáticas e viram Riva brilhar em outro quintal. Não se esqueçam, a história sempre mostrará quem esteve certo ou errado. Que as cobranças sejam feitas com responsabilidade, para não corrermos o risco de expulsar do clube alguém que pode chegar a 602 jogos, ou alguém que pode vir a ter uma estátua esculpida.

O que falta a alguns de nós, infelizmente, é discernimento para saber quem realmente merece ser cobrado. E no atual momento conturbado que vive nosso clube, muito mais fora das quatro linhas, o alvo escolhido das principais críticas é o errado, podem ter plena certeza. 

Fiel, o ano ainda não terminou. Temos ainda dezoito partidas importantes. Devemos estar lá exigindo raça, bom futebol e principalmente dignidade a quem nos representa. Mas acima de tudo, apoiando incondicionalmente a quem carrega nosso escudo no peito dentro de campo.

Lembrem-se, o Corinthians é maior que qualquer técnico, jogador ou órgão de imprensa; ele só não é maior que a nossa própria paixão. 

Nos vemos em breve. Grande abraço e… Vai, Corinthians!!!! 

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Não é só uma camisa, é uma história de vida

Em meados da década de 80, um menino se encantou ao ver um time de garotos com idades semelhantes, envergando um manto listrado em preto e branco com o escudo mais belo que ele já viu. Ah, ele já não tinha dúvidas que ali nascia uma paixão, ele não tinha dúvidas que era aquele manto que queria vestir por toda vida.

Em 1988 esse mesmo menino, aos 11 anos e aproveitando a final do campeonato paulista, resolveu fazer sua própria camisa. Pediu à mãe, costureira, que fosse a uma loja e comprasse, mesmo que barato, um tecido na cor branca e tintas preta e vermelha. Com muito esforço e uma certa bronca após tanta insistência, a mãe atende ao desejo do filho. A ansiedade aumentava à medida que o menino via o pano tornando-se manto na máquina de costura. Após a conclusão, mãos à obra para a segunda parte.

Cada detalhe era importante, do escudo ao patrocinador. As tintas e o pincel na mão daquela criança em uma simbiose perfeita. E ali nascia sua primeira camisa do Corinthians e com ela o desejo de não parar de usá-la, a tal “segunda pele”. 

Eu, com 15 anos, vestido com minha melhor amiga, a camisa do Corinthians

Quatro longos anos se passaram…  O sonho daquele menino era, enfim, possuir um manto oficial do seu time de coração, o mesmo que seus heróis vestiam ao ir para as batalhas. Ele sabia que ao usá-la, se sentiria como se fosse um deles. Com certa tristeza, o menino desabafou com um amigo, flamenguista, que gostaria muito de ganhá-la como presente de aniversário, mas como a situação financeira estava complicada, dificilmente seus pais lhe dariam. Até que chega o dia 06 de setembro de 1992, véspera de seu aniversário de 15 anos. O amigo lhe convida para ir buscar uma amiga que o aguardava. Convite aceito e ao chegarem ao local, uma loja de materiais esportivos, nada da amiga. Ele pede ao vendedor uma camisa do Corinthians. O moleque a recebe de suas mãos e encantado a pega, a sente e a veste. Seu amigo então lhe fala: “Essa é a amiga que estava lhe esperando. É sua. Parabéns! Muitos anos de vida!”

Não tenham dúvida de que esse foi o melhor presente de aniversário que aquele menino ganhou. Ela foi sua grande amiga durante muito tempo. Onde estava um, estava o outro. Mas o tempo é implacável e, por vezes cruel. Passados exatos 27 anos desde aquele dia, seu amigo e sua amiga, infelizmente, não estão mais aqui.

42 anos… minha melhor amiga, a camisa do Corinthians, sempre comigo

E aquele menino que sonhava em ter uma única camisa oficial do Timão, chega aos 42 anos de idade com uma coleção (inclusive com o manto de 2017 dado de presente pelo próprio S.C.Corinthians Paulista), saudade, boas lembranças, e gratidão eterna a alguém que fez a diferença e tornou seu dia inesquecível. Júlio Cezar, meu amigo flamenguista, que saudade de você. 

Cultivem o amor, se doem, façam o bem, tornem o dia de alguém inesquecível. Queiram ser lembrados com carinho. Afinal, essas lembranças são o que marcam nossa existência aqui na Terra, independentemente de quantas primaveras cada um de nós irá comemorar. 

Camisa III lançada hoje pelo Corinthians homenageia as “Invasões” feitas pela Fiel Torcida (Foto: Divulgação)

Amanhã é meu aniversário, 27 anos depois de ganhar minha primeira camisa oficial, hoje o Corinthians lança mais uma, dessa vez homenageando a cada um de nós torcedores que invadimos estádios nos quatro cantos, gritando a plenos pulmões o orgulho de sermos corinthianos. E nada mais especial para mim que relembrar essa data, já que amanhã completo mais um ano de vida com muito amor por essa camisa. Parabéns a toda nação corinthiana por fazer parte de uma história grandiosa e de tão variadas emoções.

Um grande abraço a todos. Vai, Corinthians!!! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Não criemos pânico

Logo após o chôcho 0x0 de ontem contra o Fluminense, em partida válida pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana, as redes sociais se encheram de pessimismo e caça às bruxas, sendo o principal alvo o técnico Fábio Carille 

Mas, calma Fiel. Até parece que não conhece o Corinthians! E esse texto vai lhe dar bons motivos para acreditar que sairemos classificados do Rio na próxima quinta-feira.

Foto: @williamlopes89 (perfil de Instagram)

É a primeira vez que Corinthians x Fluminense se enfrentam em mata-mata de uma competição internacional. No cenário nacional, partidas decisivas já fizeram parte desse confronto e olha, a vantagem do Timão é grande. Vou contar um pouco dessa história agora.

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SEMIFINAL BRASILEIRO 1976 – A invasão
Sem sombra de dúvidas o Fluminense x Corinthians mais famoso da história. O jogo da invasão. A Fiel atravessando a Dutra para dividir o Maracanã com os tricolores. Debaixo de muita chuva, Pintinho abriu o placar para o time carioca e Ruço, de puxeta, fez o nosso gol levando a partida para os pênaltis, onde brilhou a estrela do goleiro Tobias. O Corinthians eliminava a favorita “máquina tricolor” de Rivelino e companhia. 

SEMIFINAL BRASILEIRO 1984 – O troco tricolor 
Eram dois grandes times. O Fluminense campeão carioca de 1983 e o Corinthians, bi-campeão paulista de 1982-83. O Corinthians veio para o primeiro jogo da semifinal no Morumbi embalado pelo inesquecível 4×1 sobre o então bi-campeão brasileiro Flamengo, no mesmo estádio, pelas quartas-de-final. A festa estava preparada. Só esqueceram de avisar o Fluminense que, com gols de Assis no primeiro tempo e Tato no segundo, obrigava o Timão a vencer por uma diferença de três gols no segundo jogo no Maracanã. Com o 0x0 o Fluminense nos eliminou e partiu para vencer o Vasco na final.

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SEMIFINAL BRASILEIRO 2002 – Saborosa revanche 
Em 2002 o Corinthians do técnico Carlos Alberto Parreira (que era o técnico do Fluminense em 1984) teria a chance de se vingar do tricolor. O time que vinha apresentando um bom futebol na temporada com direito aos títulos da Copa do Brasil e do Rio-SP, enfrentava um Fluminense bem armado, campeão carioca, com um ataque poderoso em que se destacava o baixinho Romário. E no primeiro jogo da semifinal no Maracanã ele aprontou e fez o gol da vitória. Tivemos a chance do empate no final da partida, mas o centroavante Guilherme perdeu um pênalti. O Corinthians precisaria vencer de qualquer jeito o segundo jogo no Morumbi. O problema é que vínhamos de sete partidas sem os vencer e para piorar o Fluminense, com Roni, abriu o placar. Em seguida, o craque Romário saiu lesionado e a situação começou a mudar. Gil empatou ainda no primeiro tempo. No segundo, Guilherme com dois gols se redimiu da perda do pênalti no primeiro jogo. Nem mesmo o segundo gol de Roni no final do jogo conseguiu abalar a confiança corinthiana. 3×2 e vaga na final garantida. 

QUARTAS DA COPA DO BRASIL 2009 – Time fenomenal 
Logo após a conquista invicta do Paulistão, o Timão encarava o Fluminense de Fred, Conca e Thiago Neves nas quartas-de-final da Copa do Brasil. No primeiro jogo do Pacaembu, vitória por 1×0 com gol do Dentinho no começo da partida. No segundo jogo no Maracanã, o Corinthians antes dos 20 minutos já vencia por 2×0 com gols de Chicão (um golaço de falta pra deixar saudades) e Jorge Henrique de coxa. Nem os gols de Alan e Thiago Neves no segundo tempo tiraram nossa tranquilidade. Partíamos firmes e fortes rumo a mais um título no ano.

OITAVAS DA COPA DO BRASIL 2016 – Freguesia confirmada 
Após o incontestável título brasileiro em 2015, o Corinthians passou por um desmanche o que afetou a qualidade do time. Chegamos às oitavas-de-final da Copa do Brasil 2016 com muita desconfiança após a eliminação na Libertadores e uma campanha irregular no Campeonato Brasileiro. Debaixo de chuva, Marquinho abriu o placar para o tricolor no estádio Edson Passos, em Mesquita, e no segundo tempo Rodriguinho empatou, após belo passe de Leo Príncipe. Na Arena bastava o empate sem gols. Foi uma partida movimentada. Logo no começo o Fluminense teve dois gols bem anulados por impedimento. O jogo continuava 0x0 quando aos 15 minutos da segunda etapa, o Fluminense teve um outro gol, também bem anulado por impedimento. Logo em seguida o algoz Rodriguinho abriu o placar e garantiu nossa vaga nas quartas. Infelizmente não fomos muito longe na competição, mas a freguesia em partidas decisivas continuou firme. 

É em cima disso, Fiel, que temos que ir com tudo para o Maracanã. Não há o que temer. AQUI É CORINTHIANS! Fé Alvinegra! Eu acredito na classificação, e você, Fiel? Deixe seus comentários. 

Nos vemos em breve. Um grande abraço e… Vai, Corinthians!!!!

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Superação, teu nome é Corinthians

Costumo dizer que não é só a fidelidade de sua torcida, seus títulos e seus heróis que costumam causar inveja aos rivais. Nenhum clube tem histórias de volta por cima, recuperação e superação como nosso Timão. Quando tudo parece perdido, o Corinthians, qual fênix, ressurge de suas próprias cinzas causando espanto e principalmente inveja a quem não sabe o que é o Corinthians. E são três dessas histórias de superação que contarei resumidamente aqui. Vamos lá? 

Corinthians 1987 – (Em pé: Valdir Peres, Mauro, Biro-Biro, Dida, Édson e Ailton. Agachados: Jorginho, Eduardo, Edmar, Éverton e João Paulo.)


CAMPEONATO PAULISTA DE 1987

O Campeonato Paulista 87 foi disputado por 20 clubes que se enfrentavam em turno e returno. Se classificavam às semifinais os campeões de cada turno (desde que estivessem entre os 4 melhores) mais os dois clubes que tivessem a melhor somatória de pontos nos dois turnos. Se um clube fosse campeão dos dois turnos seria o campeão Paulista. No primeiro turno, o Corinthians fez uma campanha pífia, terminando em penúltimo com 14 pontos empatado com o futuro rebaixado Bandeirante de Birigui (4V 6E 9D) e à frente do Novorizontino (lembrando que naquela época a vitória valia apenas 2 pontos). O Corinthians era motivo de piadas e matérias tendenciosas.

Eis que vem o segundo turno e a mágica, meu irmão! Sem que ninguém entenda, o Corinthians faz uma campanha espetacular e se sagra campeão do turno com incríveis 31 pontos (13V 5E 1D). Termina com a quarta melhor campanha geral e enfrenta o Santos, que havia feito a melhor campanha no geral, na semifinal. Santos favorito, certo? Errado. Logo no primeiro jogo o Timão enfia um histórico 5×1 no time praiano. O Corinthians segurou o 0x0 no segundo jogo e chegou à final contra o São Paulo, onde por muito pouco não se sagrou campeão. É o vice-campeonato mais comentado pela Fiel como motivo de superação e força de vontade incríveis. Orgulho demais! 

Ricardinho 2001 – Foto: imagem da internet
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CAMPEONATO PAULISTA 2001

Para contarmos a história do Campeonato Paulista 2001 teremos que voltar a 2000. O time do segundo semestre daquele ano fez uma péssima campanha na Copa João Havelange, inclusive com a incrível marca negativa de dez derrotas seguidas no certame. A temporada 2001 começa com o time do técnico Dario Pereyra acumulando 13 jogos sem vitória. Após empate em 3×3 com o Botafogo-RJ pelo Rio-SP, o time começaria sua saga no Paulista. Um começo bem complicado. O campeonato era disputado por 16 equipes onde todos se enfrentavam em turno único e os quatro melhores fariam as semifinais. As vitórias valiam três pontos, em caso de empate haveria uma disputa de pênaltis, em que cada equipe tinha direito a três cobranças e o vencedor levaria um ponto extra. Logo na primeira rodada, o Timão, no Pacaembu, empata por 3×3 com o Rio Branco de Americana e perde nos pênaltis, completando incríveis 15 jogos seguidos sem vitória, sequência quebrada após uma vitória por 4×3 sobre o Flamengo na segunda rodada do Rio-SP.

Mesmo tendo saído o peso enorme dos 4 meses sem vencer, a equipe continuou irregular, culminando com a saída do treinador. E é a partir daí que o cenário muda. Assume Vanderlei Luxemburgo, que, assim como o Corinthians, vinha em baixa após a demissão da Seleção Brasileira e as inúmeras acusações que recaíram sobre ele. 

A melhora do time foi nítida, a começar pela vitória no clássico contra o Palmeiras por 2×1 na quarta rodada. Mesmo assim, o time chegou à metade do campeonato precisando vencer 7 de 8 partidas que restavam para ficar entre os 4 que brigariam pelo título. O Corinthians não só venceu as 7 partidas que precisava, como há que se destacar as goleadas sobre seu futuro adversário nas semifinais, o Santos, por 5×0 no Pacaembu e em seu futuro adversário na final, o Botafogo, por 5×1 em Ribeirão Preto. Na última rodada, derrota para o São Paulo por 3×1, mas já com a vaga garantida. Mero amistoso. Com a terceira melhor campanha, fez dois jogos memoráveis nas semifinais, principalmente o segundo em que aparece mais uma vez a força corinthiana de sair de situações adversas e quase impossíveis. Como esquecer aquele gol de Ricardinho aos 48 do segundo tempo? E lá foi o Corinthians, campeão dos centenários, vencer a centésima edição do maior campeonato estadual do país! 

Foto: Divulgação

DA QUEDA A GLÓRIA 

Nada se compara ao período que estamos vivendo. Os dez anos mais vitoriosos da história corinthiana, que começaram após o momento mais triste e turbulento já vividos por nós, o rebaixamento à segunda divisão do futebol nacional em 2007, para delírio dos rivais (isso inclui alguns jornalistas). Na visão deles, chegamos ao fundo de um poço de onde não sairíamos. Realmente não conhecem o Corinthians.

A Fiel não abandonou o clube e logo em 2008 o time já deu uma resposta positiva com o vice da Copa do Brasil e o título da Série B com a melhor campanha da história da competição. Se caímos que sejamos dignos e mostremos nossa força atropelando a todos. E assim foi. Em 2009, menos de um ano após sairmos do inferno, já conquistamos de maneira fenomenal, a Copa do Brasil que havia nos escapado no ano anterior, e o campeonato Paulista de forma invicta. Foi só o começo do que estaria por vir. De lá para cá, o clube conquistou nada mais, nada menos que cinco campeonatos Paulistas (incluindo um tri que não vinha há 80 anos), três campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Libertadores e um Mundial de Clubes.
O clube mais vitorioso da década em uma reviravolta histórica que só o Corinthians é capaz de fazer. Para alguns o rebaixamento é algo vergonhoso, uma mancha na história. Na minha opinião, depende de como o clube se absorve a queda. Por isso, Fiel, orgulhe-se! Seu time é sensacional, sem igual! 

Leia também:  MAIS QUE UM CLUBE: Corinthians entrega mais 20 bolsas de estudo em parceria com universidade / 

E você, amigo, lembra de alguma outra história de superação do nosso Timão? Em caso afirmativo, deixe seu comentário. Será um prazer conversar com vocês!

Nos vemos novamente em breve. Grande abraço a todos e… Vai, Corinthians! 

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Uma mentira contada várias vezes…

“Um dia lhe disseram que as nuvens não eram de algodão”… E lhe disseram também que uma mentira contada várias vezes, acaba se tornando verdade.

Esse é um texto que cairia bem se escrito em primeiro de abril, mas como a Central do Timão nasceu após essa data e esse era um assunto que eu sempre quis falar, não aguentei esperar até o ano que vem. O que contarei aqui, os corinthianos mais antigos e, mesmo os mais jovens que se aprofundam na rica história do Corinthians, sabem, mas não custa nada desmistificar o que foi propagado durante anos, simplesmente para denegrir a imagem do nosso clube, mas que na verdade serviu para fortalecer mais nossa história, até mesmo se tornando motivo de orgulho para alguns Fiéis. Peguei três fatos marcantes para exemplificar isso. Preparados? Aí vão:

#1 O FAMOSO TABU DE 11 ANOS CONTRA O SANTOS

Até hoje se fala disso e muitos acreditam. Mas não passa de um exagero. Do dia 21/07/1957 quando o Corinthians venceu o Santos por 2×1, com dois gols de Luizinho, até o dia 06/03/1968, vitória por 2×0, com gols de Paulo Borges e Flávio, o Timão completou 10 anos, 7 meses e 16 dias sem vencer o clube praiano somente pelo Campeonato Paulista. Nesse período o Timão os derrotou em quatro oportunidades, três dessas pelo Rio-SP (2×1 em 28/03/1958, 2×1 em 31/03/1960 e 2×0 em 29/03/1961), além de um 3×1 no dia 16/06/1962 pela Taça São Paulo. Duas mentiras já caem por terra aí. O tabu não durou 11 anos e muito menos ficamos sem vencer nesse longo período. A verdade é que o maior tabu desse clássico pertence ao Corinthians que passou 7 anos e 8 meses sem perder para eles em nenhum campeonato ou amistoso entre 1976 e 1983.

Essa é uma mentira deslavada e que os rivais abriam a boca com orgulho. Além de títulos em vários torneios tradicionais como o Costa do Sol em 1969 e o Ramon de Carranza em 1996, ambos na Espanha, o Timão conquistou, na Venezuela, em 1953, a Pequena Taça do Mundo, torneio esse que foi o embrião de alguns prestigiados campeonatos interclubes, vencendo equipes de prestígio como Roma e Barcelona.

A nível Sul-americano, em 1956, o Timão conquistou a Copa do Atlântico de Clubes, torneio que contava com clubes de Brasil, Argentina e Uruguai, as três forças futebolísticas do continente. Além do Corinthians, participaram clubes do calibre de Boca Jrs, River Plate, Peñarol, Nacional, entre outros. O Timão eliminou Santos e São Paulo antes de enfrentar o Boca Jrs na final. O time argentino não compareceu às finais e o Timão venceu o título por W.O. Diferente de alguns que correm atrás de federações e confederações atrás de reconhecimento de títulos através de fax, o Corinthians reconhece a importância desses como torneios, não como títulos oficiais, o que demonstra o gigantismo do clube. Mesmo assim, passa longe a história que alguns contavam que o Timão não tinha passaporte. 

#3  OS 23 ANOS SEM TÍTULOS
  
Essa é polêmica, pois mexe com uma parte importante do estigma do “corinthiano maloqueiro e SOFREDOR, Graças a Deus”. Mas vamos lá. Quando se falam em títulos, consideram-se aqueles em caráter oficial, diferentemente dos torneios, alguns os quais citei anteriormente. O Torneio Rio-SP teve 28 edições e foi organizado em conjunto pelas federações dos dois estados. O sucesso foi tão grande que ele se tornou o embrião do Roberto Gomes Pedrosa, inclusive esse foi o nome dado ao Torneio em 1954, mas que não pegou, continuando a nomenclatura original. Com a inclusão dos times de fora do eixo, em 1967 o torneio, enfim, mudou de nome e passou a ter seus vencedores considerados como verdadeiros campeões nacionais o que legitimava de vez a importância e força do certame não só no âmbito regional. Mas, o que essa história tem a ver com a seca de títulos do Timão? TUDO. Segundo cansaram de nos contar, o Corinthians ficou do dia 06/02/1955 a 13/10/1977 sem levantar um troféu de relevância. Só que não foi bem assim. 

https://youtu.be/uNdk8Q-PEXA
Créditos: youtube/O Campeão dos Campeões

No ano de 1966, o Timão, com a lenda Mané Garrincha no elenco, sagrou-se campeão do Rio-SP, título dividido com Vasco, Santos e Botafogo por falta de datas para a disputa da fase final que coincidia com a preparação da inchada Seleção Brasileira para a Copa do Mundo. O famoso tabu de 22 anos, 8 meses e 7 dias quebrado naquele inesquecível e histórico gol de Basílio, era relativo ao título estadual, o mais importante à época. O objetivo dos clubes era o estadual, os outros títulos eram relevantes, mas o patamar de importância era menor. O próprio craque Roberto Rivellino, em entrevista após a perda do título paulista de 1974, declarou que trocaria o título mundial que venceu em 1970 com a Seleção, por um título Paulista pelo Corinthians. Vê-se aí a magnitude que tinha esse título para atletas, dirigentes e torcedores.

Resumo da ópera: o Corinthians não ficou todo esse período histórico sem um título relevante. O que eu sei, e isso é a mais pura verdade, é que teve time aí que ficou dezessete anos sem ver título algum, de nada. Disso ninguém fala, né?! Enfim…

Fiel, se você tem alguma outra folclórica história sobre jogos, tabus, contratações do nosso Timão, nos conte aqui na Central. O espaço é seu! Lhe aguardo. Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Corinthians x Palmeiras – o Derby das contratações históricas e bizarras

Corinthians x Palmeiras 1999 – Foto: Estadão/Conteúdo

Antes de tudo, esse é um texto para exercitar sua memória, Fiel. Aguardo os comentários de vocês aqui.

Em semana de Derby lembranças de grandes finais, jogos, craques, viram debate nas rodas de amigos ou grupos de WhatsApp. Em cima disso me vieram à cabeça contratações envolvendo ex-jogadores deles que chegaram ao Parque São Jorge gerando polêmica. Umas deram muito certo, outras muito errado, mas todas essas fazem parte da rica história do nosso clube. Vamos relembrar algumas?

Foto: Internet

Vocês sabiam que o zagueiro Luís Pereira, um dos maiores ídolos da história deles, jogou no Corinthians? Já veterano, em meados da década de 80, chegou ao Corinthians, mas nem de longe relembrou o excelente zagueiro titular da Seleção Brasileira na Copa de 1974 e um dos melhores da história do futebol mundial. Não deixou saudades. 

Foto: Internet

Uma das contratações mais bizarras, na minha opinião, foi a do meia Edu Manga (lembram dele?). Revelado na equipe da Barra Funda nos anos 80, logo caiu nas graças da torcida por conta de sua habilidade e visão de jogo. Marcado pelo insucesso na final do campeonato Paulista de 1986, e sem conquistas, foi para o futebol mexicano em 1989 voltando para o futebol brasileiro em 1992, exatamente no Corinthians. Definitivamente, nossa camisa não caiu bem nele. Fez poucos jogos, não rendeu o esperado e saiu direto para o esquecimento.

E como não citar Emerson Leão? O goleiro revelado pelo Comercial de Ribeirão Preto foi, assim como Luís Pereira, ídolo do Palmeiras. Após defender Vasco e Grêmio, veio se aventurar por nossos lados exatamente em uma época de efervescência política dentro do clube, a Democracia corinthiana. Obteve sucesso fazendo grandes partidas e conquistando o Campeonato Paulista de 1983 com aquele timaço. Mas, divergências com os principais líderes da Democracia limaram sua passagem. Em 1984 estava de volta ao lamaçal.

Rogério – Foto: Internet

O bom Rogério foi outro exemplo de sucesso. Campeão da Libertadores em 1999, foi um dos que tirou onda, e se deu mal, na final do campeonato Paulista do mesmo ano quando surgiu, assim como os outros, de cabelo pintado de verde, em clara provocação. Muito em razão disso, alguns torcedores não gostaram e muito menos entenderam sua contratação em 2000. Com o passar do tempo demonstrando muita qualidade e raça, atuando tanto na lateral, quanto na meia, foi essencial nas nossas conquistas de 2001 a 2003, inclusive marcando o gol do título do Rio-SP de 2002. Sua imagem hoje é muito mais associada ao Corinthians, tanto que o próprio não nega sentir um carinho especial pelo clube. A Fiel também tem muito carinho e uma enorme gratidão por ele, que honrou demais nossa camisa. Hoje faz parte do nosso time Master. 

Foto: Central do Timão

Por último a de embrulhar o estômago. Na minha opinião, a pior contratação da história corinthiana. Com certeza você já sabe que estou falando de Paulo Nunes. À época, a Fiel não aceitou sua chegada, na verdade, até hoje não aceita. O desrespeito com nosso clube, principalmente com nossa torcida, trouxeram asco, algo beirando o pessoal mesmo. Usava máscaras em gols marcados contra nós. Partiu dele a ideia de pintar de verde os cabelos dos jogadores porcos no segundo jogo da final do campeonato Paulista de 1999. Foi um dos pivôs da histórica confusão com Edilson e não satisfeito em ter acabado com o jogo no mau sentido, foi à nossa torcida com a faixa de campeão da Libertadores e gritando para os repórteres: “Deixa eles com o Paulistinha enquanto eu comemoro minha Libertadores”. Como prêmio por tanto ódio à nossa história, foi contratado em 2001. Vários protestos tomaram conta da torcida, que o via, com muita razão, como um estranho no ninho. Quem não lembra o coro que acompanhou sua passagem: “Ô Paulo Nunes presta atenção, muito respeito com a camisa do Timão”? Durante algum tempo segurou a onda e foi campeão do… Paulistinha. Pois é, o mundo gira, está vendo? E o cara comemorou muito, viu?! Mesmo assim, a pressão só aumentava e chegou uma hora que não teve como segurar, saiu pela porta dos fundos da história corinthiana. E vocês pensam que acabou por aí? Recentemente, em um programa esportivo, declarou que estava bêbado quando aceitou o convite para jogar no Corinthians. Não à toa a casa Central do Timão prestou uma bela “homenagem” a ele. 

Peguei esses cinco jogadores como exemplo, embora tenhamos vários que jogaram lá e mandaram bem demais aqui, como Edilson, Rincon, Luizão e Neto. Outros nem tanto, como Muller, César Sampaio e Magrão, mas que de certa forma, mostraram respeito, que é o mínimo que nós exigimos a quem veste nossa camisa. 

Agora é com você, Fiel! Quais jogadores você lembra terem vestido a camisa da porcada e vindo para cá, fazendo sucesso ou não? A resenha será boa! Se inscreva e comente aí.

Um grande abraço a todos e… Vai, Corinthians! 

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Tranquilidade

Foto: Agência Corinthians

Um dia após nossa boa vitória na Sul-Americana, as atenções se voltam ao Campeonato Brasileiro e o importante desafio contra o Fortaleza na capital cearense. Pouco tempo para descanso e mais um jogo difícil. 

Para alguns, a equipe deve esquecer o Brasileirão e focar, exclusivamente, no inédito título da Copa Sul-Americana. Não vejo por aí. O Brasileiro está no começo e muita água ainda vai rolar. É nítida a evolução do time nos últimos jogos, mas ainda é preciso neutralizar as jogadas aéreas que são um terror ao nosso sistema defensivo, e melhorar as finalizações. 

Não vejo, no futebol brasileiro, um time que esteja jogando aquele futebol muito acima dos demais. O nível é parelho, e é exatamente em cima disso que me baseio para acreditar que podemos ir longe em ambas as competições.

Após o resultado de ontem, o time seguirá tranquilo para o Uruguai, sabendo que tem mais time e uma boa vantagem. Mas o jogo de domingo é fundamental para saber se a torcida terá a mesma tranquilidade com a equipe, caso não ocorra um bom resultado.

Eu acredito no Timão, e você, Fiel? Comenta aí. Vamos resenhar! 
Grande abraço e… Vai, Corinthians!

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BLOG DO MARCELINO ROCHA: Loucura ou Heroísmo

Foto: Reprodução vídeo/Globo.com

Ontem, uma cena chamou a atenção no clássico Corinthians x Flamengo, o zagueiro Manoel, no primeiro tempo, sentindo fortes dores após deslocar o ombro.

Em se tratando de futebol, isso é até normal. “Anormal” é o atleta profissional, conhecendo os limites do seu corpo e o risco de agravamento da lesão, continuar em campo. Manoel não só continuou como no segundo tempo passou pela mesma situação e voltou novamente. 

E não é a primeira vez que isso ocorre. Para quem não se recorda, no primeiro jogo contra o Santos, pela semifinal do Paulista, vitória corinthiana na Arena por 2×1, o zagueiro, autor de um dos gols do triunfo, suportou as fortes dores que o afligiam e foi até o fim da partida.

Para muitos loucura, para outros heroísmo. Independentemente do que tenha sido, Manoel demonstrou uma qualidade que para a Fiel é essencial, a raça. Trata-se de um jogador com suas limitações técnicas, emprestado e com pequenas chances de continuar na próxima temporada. Mesmo assim, não se fez de rogado e se sacrificou para que o time não fosse prejudicado. Atitude digna de louvor. 

Não quero dizer que o Manoel um dia constará na seleta lista de heróis corinthianos, muito longe disso, mas a Fiel costuma elegê-los em cima da loucura que eles demonstram em campo. E ontem Manoel mostrou ser realmente mais um louco do bando. Parabéns a ele! 

Nos vemos em breve, Fiel! Grande abraço a todos! Vai, Corinthians! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: AQUI É CORINTHIANS!

Créditos Foto: Agência Corinthians

Na última quarta-feira tivemos as quartas de final da Copa do Brasil e seus eliminados e classificados. Mas, o que nós corinthianos, fora da disputa, temos a ver com isso? TUDO! As eliminações, por incrível que pareça, me remetem ao que há de mais puro no corinthianismo, o “sofredor, Graças a Deus”.

O corinthiano não sente vergonha dessa alcunha, ao contrário se vangloria, até por que Fiel só existe uma e essa fidelidade vem de onde tiramos força nas nossas quedas, muitas dessas quase que fatais. Não vivi 1974, mas consigo imaginar o tamanho da dor de quem esperava por um título há 20 longos anos, tinha um dos melhores jogadores do futebol mundial no elenco, o camisa 10 da seleção brasileira pós-Pelé, a grande esperança e… Quanta decepção. Quanta tristeza. Sofremos, choramos, caímos mas não nos deixamos abater. Dois anos após, estávamos nós produzindo a maior epopéia da história do futebol brasileiro. A FIEL, há 22 longos anos sem gritar “É campeão”, invadiu literalmente o Rio de Janeiro para dividir o Maracanã, no maior deslocamento humano em tempos de paz que já se teve notícia. E deu certo! A chuva abençoou a puxeta de Ruço e as mãos de Tobias.

Estávamos na final do campeonato Brasileiro! Infelizmente depois da tempestade não veio a bonança. Mais um ano se foi de mãos abanando e esperança no peito. Até que veio 1977 e a redenção. Mas, mesmo assim, algo ainda nos incomodava. Faltava um título nacional que parecia distante.

Que nada. 1990 foi logo ali e veio 95, 98, 99, 2002, 2005… Mas algo continuava incomodando. O rebaixamento de 2007? Que nada! Feriu, mas logo após sangrarmos, gritamos alto para o mundo ouvir: “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR PORQUE EU TE AMO”. E mais uma vez ressurgimos, só que dessa vez mais fortes do que nunca. Ferida cicatrizada. 

E o título sulamericano, cadê?! Daí vinha mais um incômodo. Foram tantos os revezes que alguns quase perderam as esperanças que um dia esse bendito chegaria. Ficamos tão perto algumas vezes. Estivemos tão longe em outras… Com o Corinthians nada é fácil, mas tenho certeza que é muito mais saboroso. Quando a América chegou, enfim, no ano de 2012, veio sem mácula, invicta e com direito a eliminar o então super badalado campeão da competição na semifinal e o temido (pelos outros, não por nós!!!) argentino que veste azul e amarelo na final.

A cereja desse bolo delicioso ficou guardada para dezembro em mais uma invasão, dessa vez não só cortando a Dutra, mas atravessando o mundo.

Títulos e mais títulos, triunfos. Com esse sucesso a Fiel aumentou, como também aumentou, inexplicavelmente para os outros, na nossa longa fila. E esses que, assim como eu, não chegaram a sentir esse dissabor, presenciaram eliminações decepcionantes, tristes, e mesmo assim não viraram às costas para o time. Aplausos e lágrimas se misturaram novamente. A torcida que verdadeiramente tem um time… E como tenho orgulho de fazer parte disso!

Se orgulhe também, Fiel. Você é diferenciado. Não é semelhante a certas torcidas que vaiam seus jogadores após uma eliminação, como vi ontem pela TV após um jogo no Maracanã e que se tornou o motivo pelo qual escrevi no começo desse texto que temos tudo a ver com as finais da Copa do Brasil. Esse mesmo time que fora vaiado nos eliminou antes. Tiraram sarro com nossa cara sem entender o porque daquele BANDO DE LOUCOS estar aplaudindo um time derrotado. Coitados… Eles jamais entenderão que uma derrota ou mesmo uma vitória é muito pouco perto do nosso amor pelo Corinthians. Amor maior eu duvido que alguma outra torcida tenha, nem mesmo eles que se dizem tão grandes, mas de gestos tão pequenos.

Como falei, SOMOS DIFERENTES e por isso somos invejados, perseguidos. Não nos misturamos. Por essa razão vou fechar meu texto com um pedido: Xingar, cornetar, reclamar, esbravejar contra um ou outro jogador, técnico ou árbitro após uma derrota ou eliminação faz parte, afinal queremos ver o nosso Timão sempre vitorioso. Mas, por favor, que não percamos nossa essência, a verdadeira razão de sermos A FIEL. Incentive mais, acredite mais, torça mais, ajude mais. Não aplauda só na alegria, e se for para sofrer, que assim seja. Afinal, AQUI É CORINTHIANS!

Tamo junto, Fiel! Grande abraço! Nos vemos em breve. 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Pedrinho de tropeço

Terminada a Copa América, com o merecido título da Seleção Brasileira, onde três crias do terrão, Willian, Marquinhos e Fagner estiveram presentes, as atenções agora se voltam única e exclusivamente ao restante da temporada corinthiana e o desempenho de seus jogadores. É exatamente sobre um menino da base, também campeão recentemente com a Seleção, a Sub-23 na França, que escrevo esse texto. Só posso estar falando de Pedrinho. 

Foto Crédito: Agência Corinthians

Destaque corinthiano na conquista da Copa São Paulo 2017, no mesmo ano passou a integrar o elenco profissional, onde foi campeão Paulista e Brasileiro, inclusive tendo feito boas partidas sempre que entrava. No mesmo ano se submeteu a uma cirurgia para retirada das amígdalas e, coincidência ou não, teve uma anemia por má alimentação que vinha atrapalhando seu rendimento. Começavam ali alguns problemas. 

Com saúde recuperada e a saída de alguns bons nomes em 2018, a jovem promessa começou a ter mais espaço, sendo titular da equipe em alguns jogos. Entrava, se dedicava, mas no segundo tempo dos jogos cansava a ponto de não completar os 90 minutos. Sempre era substituído.

Daí a dúvida na cabeça dos técnicos: entrar com ele para ser uma válvula de escape no primeiro tempo sabendo que queimaria uma alteração, ou deixar para que entrasse no segundo com todo gás? A segunda alternativa foi a mais utilizada pelos treinadores que passaram pelo Timão em 2018. Era o mais sensato. 

Pedrinho era amado, aclamado, tinha seu nome gritado pela Fiel ávida por seus dribles, arrancadas, gols importantes. 

Chegou 2019 e a situação mudou. O menino recuperou a parte física, ganhou massa, e a oportunidade no time foi dada em todos os setores do meio para a frente. Em nenhum momento o garoto rendeu como o esperado, alternando partidas boas e ruins. Já não era mais o queridinho da Fiel. Alguns chegaram a compará-lo a Lulinha, grande esperança corinthiana da metade dos anos 2000, que se tornou um fiasco.

Mesmo assim foi convocado para o torneio de Toulon, onde foi titular e destaque da Seleção. Pensando em fazer caixa com a vitrine internacional, o Corinthians não se opôs à sua ida e também a de Matheus Vital, mesmo o time envolvido em uma partida decisiva pela Copa do Brasil.

Foto: Marcos Ribolli

Aí entra outro problema, seu falastrão empresário. O nobre senhor passou a atacar jornalistas em vídeos, passou a falar sobre suposto interesse milionário do Barcelona gerando pressão desnecessária sobre o atleta e o Corinthians.

Pedrinho parece ser um menino de boa cabeça, centrado. A preocupação é que até mesmo hoje, grandes estrelas quando mal assessoradas, se perdem. Esperamos que seu empresário, que não me cabe citar o nome, não seja uma pedra de tropeço na sua carreira. 

Depois das minhas explanações, a pergunta é: Fiel, Pedrinho ainda pode ser útil, ou já deu? Onde utilizá-lo, mais à frente centralizado, como armador ou aberto na ponta? É aceitar qualquer oferta ou esperar uma grande proposta? Espero suas respostas. 

Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: MARLENE MULHER MATHEUS

Marlene Matheus no Parque São Jorge – Foto Globo Esporte

Infelizmente ela nos deixou, assim como um dia nos deixou seu esposo, o icônico Vicente Matheus. E para não ficar à sua sombra, resolve arregaçar as mangas aceitando o desafio de se tornar a primeira mulher a comandar um gigante do futebol brasileiro. E conseguiu. Até hoje é a única presidente da história do Corinthians. Uma revolucionária, uma mulher acima do seu tempo. Depois dela, até mesmo a República teve sua presidente. 

Comparações e dúvidas foram inevitáveis, mas ela soube, com sua maestria feminina, tirar de letra. Entre 1991 e 1993, período do seu mandato, não vieram títulos, mas a semente de um novo Corinthians, que em breve brotaria, foi plantada. E como a colheita foi maravilhosa! Quanta fartura! Quanto deleite!

Até chegar 2007… A badalada parceira MSI, de Kia Jorabichian, nos deixou a deriva. Esse mesmo Kia, tão elogiado e citado com carinho por dona Marlene, que via em seu olhar “Amor por nosso Corinthians”.

Mas, quem abandonaria assim, sem mais nem menos, um grande amor?

Dessa vez ela, assim como todos nós, foi traída. Caímos. Choramos. Ela também, porém, ergueu a cabeça com altivez sabendo que aquela fase brevemente passaria, que seu legado não morreria ali. E realmente não morreu, ao contrário, só se fortaleceu. 

Por isso, afirmo que Dona Marlene continua e continuará viva em cada vitória, em cada título, em cada coração corinthiano. Escreveu seu nome com letras douradas na galeria dos grandes. 

Dona Marlene e Don Vicente Matheus – foto acervo de Marlene Matheus

Vai lá, guerreira! Chegou a hora do reencontro. Prossegue sua história de amor que começou na comemoração do título Paulista de 1954 e agora perdura para a eternidade. Amor de alma. Amor de esposa, mãe e avó. Amor de uma grande mulher por um grande homem. E por último, e esse sim, Amor verdadeiro pelo Corinthians. 

Muito obrigado por tudo que fez ao nosso Timão, dona Marlene. Estará eternamente dentro dos nossos corações. Descanse em paz.

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Pátria Amada, Corinthians

RAUL PEREIRA/Agência Estado

Reta final de Copa América. O Brasil e seu maior rival disputam uma vaga para a grande final da competição. O país em peso torcendo para a amarelinha. Não… Não será bem assim. Teremos hoje, como tivemos na Copa do mundo, brasileiros, muitos, torcendo contra a Seleção. O motivo? O CORINTHIANS! Sim, o Corinthians.

A pátria de chuteiras, há três anos, é comandada pelo técnico mais vencedor da história corinthiana. Você olha o Tite sentado naquele banco e para nossa alegria começam a vir lembranças do futebol bem jogado, dos títulos brasileiros, da inédita Libertadores e do inesquecível mundial. Junto a ele tem toda uma comissão técnica que outrora servia apenas à nossa nação, essa com “apenas” trinta milhões. 

É exatamente por esse motivo que uma boa parte de torcedores se esquecem que hoje eles prestam serviços a mais de duzentos milhões e que um outro insucesso da Seleção Brasileira pode significar não só a demissão do Tite, tão propagada pela imprensa marrom como certa, como um declínio que pode vir a ser fatal para o “país do futebol” visando os próximos anos. 

Acusam nosso treinador, sem nexo, de “paneleiro”, que para um jogador ser convocado basta ter jogado ou ser corinthiano, casos do Fagner e Cássio, que conseguiram a proeza de serem vaiados no estádio de um rival, por compatriotas que deveriam dar apoio.

Foto divulgação

Cara, ali não está o clube, ali está representado todo um país. Esqueceram disso e só os viram com a camisa alvinegra na pele. Cássio é inegavelmente o maior goleiro em atividade no país há muitos anos, assim como não existe lateral direito melhor que o Fagner, que segurou um rojão como titular da seleção na Copa do Mundo e não comprometeu, ao contrário, fez jogos muito seguros. São ótimos, mas eles têm uma “doença grave” que os faz ter tamanha rejeição: eles jogam no Corinthians. Willian, outro jogador de confiança, foi convocado para a vaga do Neymar e o contestaram. Afirmaram que só foi chamado por ser ex-corinthiano. 

Todo técnico tem os seus jogadores de confiança. Normal. Ele muda de clube e, em alguns casos, leva os seus. Na Seleção não seria diferente. Ninguém contesta, por exemplo, a titularidade do bom goleiro Marcos na Copa de 2002, mesmo que ele só a tenha assumido assim que seu ex-treinador no clube se tornou o técnico da seleção em 2001. Agora, ai se ele e o técnico fossem ex-Corinthians! Incomodamos mesmo. E por isso alguns preferem torcer para a Argentina (Argentina, amigos!!!) só para que novamente, agora pelos canários, Tite, sua comissão, Cássio e Fagner não façam o que estão acostumados, dar outra volta olímpica. As lembranças para alguns seriam bastante amargas. 

Deixe seu comentário, crítica, sugestão. Nos veremos em breve novamente. Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

BLOG DO MARCELINO ROCHA: Corintiano é Alexandre Pato, nós somos corinthianos!

Fala, Fiel! Firmeza?

Já começo o texto fazendo uma simples pergunta: você é corinthiano(a) ou corintiano(a)?
O texto não é uma aula de Língua Portuguesa, longe disso, mas para entendermos precisamos passar por ela.

Tudo começa em 1943 com a reforma ortográfica em que a letra H foi excluída de algumas palavras, exceto em nomes próprios que já a possuíam (ex: Bahia), ou nome de clubes esportivos como o do nosso Timão. Seguindo essa ordem, palavras derivadas destas perdem a letra H já que o dígrafo “TH” não existe na língua pátria. Assim sendo, a escrita correta para nos identificar seria CORINTIANO.

Mas… Esqueçam a Gramática, vamos ao que importa.

Em décadas anteriores, alguns periódicos grafavam o nome do nosso clube sem o TH, alguns, inclusive, acrescentando o acento agudo na primeira letra I.

Vendo a fotografia da famosa invasão de 1976, o placar do Maracanã mostra claramente que o “Corintians” estava em campo quando nosso escudo sempre carregou o CorinTHians no peito. 

Nosso belo nome é derivado de uma palavra inglesa e seguiu a risca essa ordem: SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA. Mas devemos lembrar que foi um time fundado por operários, e homens simples construíram sua grandeza. Portanto, a linguagem corinthiana (ou corintiana) correta, é a do povo. Nesse caso, a “licença poética” é extremamente válida.

Mesmo tendo ciência que não seguirei a norma culta, continuarei a escrever CORINTHIANO. É como se eu estivesse me referindo àquele ser apaixonado que não abandona o time nem nos piores momentos, nós, os torcedores.

O CORINTIANO nada mais é que o profissional que um dia vestiu nossa camisa. Exemplo: “Alexandre Pato um dia foi corintiano” (seria uma heresia achar que ele é ou foi corinTHiano).

Foto retirada da internet

Finalizando, o Corinthians é nosso. Independentemente de escrita correta ou não, o que importa é incentivar, aplaudir, apoiar de maneira incondicional enquanto aqueles onze em campo estiverem nos representando.

É “nóis”, mano e mina da Fiel. Tamo junto.

Aqui é Corinthians! Até a próxima.

COMO FAZ FALTA O GOL DE FALTA

Fala, Fiel! 

Então… Você lembra qual foi o último gol de falta que o Corinthians marcou? Pergunta difícil, hein?! E olha que oportunidade em vários jogos não faltou. Deixamos escapar alguns pontos por não termos um bom cobrador no elenco. Na minha opinião, isso é bem mais sério do que ficar quase cinquenta jogos sem um mísero pênalti marcado a favor. 

Diferente do que acontece hoje, sou de uma época em que era difícil lembrar em que jogo o Corinthians não marcou um gol de falta. Tanto que a desculpa dos “anti” era: “Ah, mas o Corinthians só ganha com gol de falta. Se não existisse falta no futebol o Corinthians não venceria um jogo sequer”. 

Sabendo que toda grande obra começa pelo rascunho, nossos jogadores faziam questão de aprimorar seu talento natural através de exaustivos treinamentos após os coletivos, e esse era o grande diferencial para decidirem muitos jogos, classificações e títulos, e com isso, terem seus nomes eternamente escritos na história dos heróis corinthianos. 

Neto, do Corinthians, cobrando uma falta contra o Atlético Mineiro, durante o primeiro jogo das quartas de final do Campeonato Brasileiro de Futebol, no Estádio do Pacaembu.

Ou você, caro Fiel, acha que Neto teve sorte de enfiar uma bola a mais de 40 metros de distância na gaveta do ótimo Gilmar Rinaldi em pleno Maracanã? Ouso dizer que, sem seus preciosos gols de falta, não teríamos conquistado o nosso primeiro Brasileiro. 

E quem aí se lembra do famoso grito da bancada, “uh, Marcelinho, uh, Marcelinho”? Ah, se não fosse aquele milagroso gol de falta na final do Paulista 95… Talvez estivéssemos amargando até hoje um tri da porcada.

Lembro-me bem que a torcida incentivava os atacantes a procurarem as botinas dos zagueiros e quando isso acontecia, a comemoração parecia a de um gol. Afinal, com esses mestres, o tento era questão de segundos. 

Nos dias atuais, onde o profissionalismo é levado muito a sério, a maioria dos profissionais sequer fica após o treino aprimorando ou aprendendo fundamentos. 

O próprio Marcelinho declarou que, após os coletivos, ele treinava várias cobranças de variados locais e distâncias para executá-las com perfeição na hora do jogo. E olha que era uma época de bolas mais pesadas, gramados ruins, chuteiras duras. O clube não tinha a estrutura que tem hoje. Mas o jogador estava lá, dando duro para ser diferente e fazer diferença dentro do clube. 

Definitivamente, não adianta o jogador achar que, sem treinar cobranças, vai chegar a oportunidade no jogo e ele fará o gol.

Peguei como referência apenas dois heróis corinthianos dos mais recentes. Mas, se tiver alguém no nosso atual elenco que queira entrar nessa seleta galeria de ídolos do Timão, treine, treine e treine.
Essas faltas perdidas estão fazendo muita falta para nós.

Atleta do Timão, tenha certeza, seu esforço não será em vão e a Fiel saberá como lhe recompensar. 

Nos vemos nos comentários. Vamos resenhar.
Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

Somos uma nação e, por se tratar de Corinthians, quantidade e qualidade precisam andar juntas

Por Marcelino Rocha.

Fala Fiel! 

Após o título brasileiro de 1990, é inegável que o Corinthians mudou de patamar dentro e fora do nosso país. Acompanhando essa tendência de, a partir dali, o clube ter sempre times fortes e vitoriosos (excetuando-se, claro, o desastre de 2007), o torcedor, de maneira óbvia, tornou-se mais exigente. Aquela imagem do sofredor deu lugar a do tirador de sarro, o torcedor acostumado a levantar as mais diversas taças em curtos períodos.

Do time “Faz-me rir” da década de 60 ao supercampeão dos anos 2000, muita coisa mudou. O clube, hoje, é referência na área médica e fisiológica. Possuímos o melhor CT e estádio do Brasil e isso reflete nos resultados dentro de campo. 

Seguindo esse modelo, necessitamos também ter a melhor torcida para ajudar o time fora das quatro linhas. Somos uma nação e por se tratar de Corinthians quantidade e qualidade precisam andar juntas. 

Foi linda a manifestação da torcida presente no Maracanã, após a eliminação da Copa do Brasil, no último dia 04 de junho. Mesmo sentindo a derrota, mostrou ao mundo o corinthianismo em sua essência. Os outros não entenderam e jamais entenderão, afinal só os loucos sabem o que é ser Corinthians, já os outros… são só os outros. E é exatamente por sermos diferenciados que precisamos agir como tal. 

Cobrar, exigir, até xingar é válido. Mas, antes disso, devemos acreditar, apoiar e incentivar. Afinal, AQUI É CORINTHIANS! É triste quando, após uma derrota ou mesmo uma má atuação, alguns fiéis já queimam jogador A ou B e pedem a cabeça de um técnico vitorioso e que até então era o salvador da pátria.

Fiel… É por estar com o time, principalmente, nos momentos ruins, que levamos essa alcunha. Portanto, façamos jus a ela! Vibre mais, acredite mais. Troque o rancor pelo amor ao seu, ao meu, ao nosso Coringão!

Tamo junto, Fiel e nos veremos novamente em breve. 

Grande abraço e… Vai, Corinthians! 

Fiel torcida – foto de Bruno T. Rolo