Arquivo da tag: blogdoflaviocosta

BLOG DO FLÁVIO COSTA: O Love que o Carille tem pela função que o Vágner exerce

Vágner Love recebe instruções de Carille em campo (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians)

Ele, Vágner Love, o artilheiro do amor. Cria do Rivale, torcedor do Mengão, encontrou no Corinthians uma casa, um lar. Aqui, como quase todos que jogam com nossa camisa, sentem o peso de amores e dissabores. Às vezes idolatrados e outras vezes contestados, eles são capazes de impulsionar resenhas infindáveis.

Mas, vamos à uma dessas resenhas. Por que Vágner Love e não Gustavo ou Boselli?

A resposta está na inteligência do cara dentro de campo. O “vetera” se movimenta de uma forma a criar espaços, cai dos dois lados, e dentro da área tem uma explosão de poucos na sua idade.

Sim! Vágner Love é um baita de um centroavante. Com ele em campo, a defesa adversária não pode sequer piscar o olho. Vágner prende a “becalhada”, não se deixa um atacante rápido como ele sem sobras. Na partida desse domingo contra o Palmeiras, lhe faltaram pernas no segundo tempo, mas ele seguia tentando dar o seu melhor. Apesar de falhar na jogada do gol da porcada, Love tem créditos, sim, e como em 2015, será decisivo nesse 2° semestre.

Saudações, e Vai Corinthians!

Twitter @MosqueteiroSin1

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Carille ainda não tem seu “Rodriguinho”

Foto: Pedro Vale / Estadão Conteúdo

É contestável. Alguns amam, outros odeiam. O fato é que Rodriguinho era peça fundamental na engrenagem do Corinthians de Carille. Um meia que marcava. Ou um volante que saia pro jogo. Falso 9. O homem da transição… Seja lá em qual situação você o via, parecia que ele estava em todas, e às vezes em nenhuma.

Mas, Rodriguinho não está mais aqui, e Carille ainda procura seu “coringão” de meio campo. Araos tem talento para a função, mas se mostrou muito “leite com pera” nas oportunidades que teve. René Junior vem de um tempo parado, Jesus chegou agora e essa posição tem ficado com Junior Urso.

Observava o jogo contra o Fortaleza, as saídas de bola pressionadas por Boselli e Urso. Ali, eu só conseguia ver Rodriguinho e Jô. Volante marcando na linha à frente dos meias, na cabeça da área adversária. Mas, Urso, nem de longe tem aptidão para isso. É forte, preenche o meio campo, mas tem sido burocrático por demais com a bola nos pés.

Aquela chegada forte na frente, pisando na área a todo instante era o diferencial de Rodriguinho. Aquele que com requintes de crueldade destroçava as defesas nos grandes jogos, deixou um espaço ainda não preenchido.

A bola da vez à ser testada é Mateus Jesus. Porém, eu, no lugar do Carille, prepararia Mateus Vital para fazer essa função. É mais fácil ensinar um jogador habilidoso a marcar do que ensinar um marcador a construir jogadas.

E aí Fiel, qual sua opinião? Saudações e Vai Corinthians!

@mosqueteirosin1

BLOG DO FLÁVIO COSTA: O nome dele é Pedro Victor, mas pode chamar de realidade

Pedro Victor, ou Pedrinho, quer dizer, “O Pedrinho”

Foto: Marcos Ribolli

Cultivado como joia, esperado como solução, cornetado como nunca, assim Pedrinho chegou ao time profissional.

Apelidado de “Garoto Mucilon”, ele foi chegando, com ousadia e anemia, aos poucos conquistando seu espaço.

Pressão? Quem sofria era Carille, em todos os jogos em que Pedrinho estava no banco de reservas. O garoto foi entrando aos poucos, de partidas decisivas à atuações apagadas, seguia os caminhos de seu antecessor Malcon, que também passou por isso.

Aí veio o divisor de águas. Uma convocação para um torneio pela seleção sub-20 parece ter feito virar a chave. O camisa 38 já começa a agir como camisa 10, e o que se espera dele, enfim está acontecendo, que é chamar a “responsa” nas partidas.

Hoje faz dois anos que Pedrinho fez seu primeiro gol (um golaço!) com a camisa do Corinthians e comemorou nos braços da Fiel. Que venham muitos gols, bonitos e decisivos como o primeiro e o da noite passada.

O nome dele? Pedro Victor. “O PEDRINHO”!

Confira no vídeo, Pedrinho levando a Fiel Torcida à loucura com seu golaço contra o Patriotas da Colômbia, pela Sul-Americana de 2017. O primeiro gol com a camisa profissional do Corinthians.

Saudações alvinegras!
Vai Corinthians!

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Corinthians e sua fábrica de meias. Por que alguns vingam e outros não?

Eles estouram na base, arrebentam nas Copas São Paulo, despertam interesses, chamam atenção, jogam nas categorias de base da Seleção brasileira, caem nas graças da torcida… Mas, porque alguns vingam e outros desaparecem?

Veja alguns que despontaram nos últimos 10, 20 anos na nossa vitoriosa categoria de base:

Elton – Foto Divulgação

Elton: O pequenino meia que chegou a ser comparado com Maradona, sumiu do mapa e pouco é lembrado pela torcida. Última vez que tive notícia, havia jogado no Fortaleza, mas depois sumiu novamente.

Willian: Esse o mais famoso. Aos 17 anos deixava o Corinthians líder do Brasileirão 2007 (ano do rebaixamento) rumo à Europa. Por lá se firmou e hoje é figurinha carimbada na seleção brasileira.

Lulinha: O garoto de 50 milhões, ascendeu numa fogueira e não conseguiu se manter no clube. Jogou por Ceará e Bahia (boas passagens inclusive), mas depois também sumiu do mapa e “se esconde” em algum clube sem expressão de fora do país.

Everton Ribeiro: No Corinthians foi outro que se queimou. Jogou de meia e lateral, mas não conseguiu agradar. Após uma espetacular passagem pelo Cruzeiro, também foi jogar fora do país e hoje é uma das estrelas do Flamengo.

O que eles tem em comum? Muito tempo de base e pouco tempo no time profissional do Corinthians.

Pedrinho – Foto: Agência Corinthians

Quem será o próximo?
Pedrinho vai ficar?
Fabrício Oya vai conseguir seu espaço?

Deixe seu comentário.
Esqueci de alguém?
Comenta aí.

BLOG DO FLÁVIO COSTA: “Lute até ser eterno”. Adios Romero. Muchas gracias

Ele não é um Deus do Futebol.

Na verdade passa longe.

Mas nos deixou um exemplo de perseverança e disciplina que jamais podemos esquecer.

Vou me abster dos assuntos financeiros. Não, não quero falar sobre isso.

A lembrança que terei de Angel Romero sempre será dentro de campo. Do menino que chegou tímido, foi motivo de chacota, mas deixava tudo que tinha de melhor em campo pela nossa camisa.

Longe de ser um primor técnico, Romero acabou se destacando pela luta e entrega em campo. Poucas vezes vi um Corinthians tão bem representado nesse sentido.

Agência Corinthians

Romero foi gostando, começaram a aparecer as canetas, os chapéus, as provocações…

Romero não é de afinar em campo, nunca, por isso passou de contestável a ídolo.

Sim, Angel Romero pode, sim, ser chamado de ídolo. Por tudo o que conquistou, por tudo que representou em campo.

Meu coração já meio Paraguaio dos tempos de Gamarra, só pode desejar toda sorte do mundo em sua nova caminhada (menos quando enfrentar o Corinthians).

Se a frase “Lute até ser eterno” fizer mesmo algum sentido, Romero está para sempre no coração da Fiel.

Gracias, Romero.

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Vai começar o recomeço

Foto: Bruno T. Rolo

Abram as cortinas, os artistas vão entrar em campo!

A expectativa já é grande, a saudade é imensa, e a semana inteira, ficamos esperando, pra te ver Corinthians, pra te ver jogando…

Mas, e aê? Falar aqui um bagulho procês…
Agora é à vera maluco.
Sangue nos olhos.
Tapa na orelha.
Jogo da vida.

E já chegou o zagueiro pesadão.
Gil, Manoel, Ralf e Cássio.
Casinha fechada, joga a chave fora.
Se tiver de matar no peito, que mate.
Se pah, vai no apavoro mesmo.

Os pontos que poderíamos perder, já perdemos.
Agora é nós!

Com as armas de São Jorge guerreiro (presta atenção na letra “i”).
Com o caminhão de teimosia do Carilão da massa.
Que venha o Brasileiro.
Sem menção honrosa e sem massagem.

Vai Corinthians!

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Não podemos crucificar Jesus. Tentaram fazer isso com Tite, e não gostamos

Gabriel Jesus chora de raiva após ser expulso — Foto: Marcos Ribolli

Eu não vou aqui passar a mão na cabeça do menino Gabriel Jesus. Como garoto que é, errou e errou feio, mas não podemos crucificar Jesus por conta disso.

Vimos o Fagner fazer uma Copa do Mundo brilhante, sob lupas atentas de anticorinthianos, esperando um erro, esperando uma expulsão, esperando um motivo pra descascar em cima do nosso lateral. Nós saímos em defesa.

Já nessa Copa América, o alvo era Tite. E como bateram, e como massacraram, e nós, novamente saímos em defesa. Então por que agora vamos nós, atirar pedras em um garoto de apenas 22 anos por causa de um momento de fúria? Gabriel Jesus não representava o Palmeiras, ele vestia a Amarelinha, que nossos pais e nossos avós nos ensinaram a amar.

O garoto errou e deve pagar por isso. Por conta de tanto que passaram a mão na cabeça, o melhor jogador brasileiro em atividade, hoje não passa de uma piada, isso já sabemos. Então, que Jesus seja punido pelo seu erro, mas apenas punido, apedrejado, massacrado, jamais, até porque ele deu a vida em campo pra ajudar nossa Seleção.

Não podemos ser iguais, não queremos ser iguais, não somos iguais.

Sabe por que?

Porque AQUI É CORINTHIANS!

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Flechas sem arco não chegam a lugar algum

Três monstros, três máquinas, três bestas enjauladas.
Fazia tempo que não via tanta qualidade junta na “centroavância” do Timão. Gustagol, Boselli e Vagner Love jogariam na maioria dos clubes do Brasil.

Mas, por que eles não despontaram de vez a fazer gols?
Por que tanto sofrimento para chegar a uma simples vitória?

A resposta está em como a bola tem chegado à frente.
Dois meias que se revezam em suas inconstâncias, um gênio jogando de auxiliar de lateral e um arremedo de lateral esquerdo. Só aí são 4 titulares que a gente nunca tem certeza se pode contar. E olha que não citei o Clayson.

Lá atrás, tudo em paz, apesar do Henrique. A solidez de Ralf, a volúpia de Manuel somadas ao melhor jogador em atividade no Brasil (Fagner), nos fazem tomar poucos gols, mas para quem não faz nenhum, tomar um se torna irreversível.

As flechas estão afiadas, o arqueiro preparado, mas se os arcos não funcionarem, elas (as flechas), não passarão de artefatos caros e inúteis pela circunstância.

Um abraço, tamo junto.

BLOG DO FLÁVIO COSTA: Liberação de bebida alcoólica dentro dos estádios de São Paulo – retrocesso?

Foto: Agência Corinthians

O brasileiro…

De sangue latino, quente, que ferve nas veias.
O brasileiro de suas emoções extremadas quase sempre com fervor.
O brasileiro compulsivo, reativo, o brasileiro pulsante, vibrante e apaixonado por futebol.
Falando em “paixão”, qual outro sentimento é capaz de tirar o ser humano de sua razão? Quando aflora, fica complicado, incontrolável, e às vezes exacerba o sentimento, e como uma erupção, o ser humano explode em êxtase e euforia.

Falei bonito né? Agora acrescente a esse coquetel de emoções, 90 minutos de dosagens alcoólicas. Quais são, mesmo, os efeitos do álcool? Bem, poderia citar alguns, mas o que entra no contexto da história é a “ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO”. Lembra que a paixão nos deixa meio irracionais? A bebida alcoólica nos tira a razão e a capacidade de julgamento. Pode nos deixar mais corajosos, corajosos não, eu diria mais afoitos.

Em tempos de campanhas para inserir família nos estádios, campanha para aumentar o número de mulheres independentes nas arquibancadas, a liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas chega como um retrocesso avassalador.

Mas o que tem a ver a mulher com isso? Lembra daquele relato de alguma colega sua que diz que foi “desrespeitada” por algum machão dentro do estádio, apenas por estar sozinha? 90% de chance do indivíduo estar alcoolizado.

Contra esse argumento existem os interesses comerciais em prol dos estádios, e o fato de que o indivíduo pode encher a cara fora e já adentrar no estádio embriagado até a alma. Amigo, o tempo que ele sai do bar, até conseguir entrar no estádio, já é um ganho para seu organismo dar sinais de recuperação. Além disso, se estiver exageradamente embriagado, ainda passará por catracas e revistas. Aí serão 90 minutos apenas de futebol.

Um lugar repleto de beberrões não combina com famílias, não combina com crianças.

Acredite, o poropopó vai continuar sem precisar de “aditivos”.
No peito, na alma, no grito, nas palmas, junto com toda família.

Aqui é Corinthians!

O QUE PASSEI PARA PODER GRITAR “VAI CORINTHIANS!”

O início:
Nasci no final dos anos 70, em Fortaleza, capital do meu Ceará. No início dos anos 80, era um garoto normal, como a maioria de uma época onde não existia internet e nem jogos eletrônicos. O maior passatempo era correr atrás de bola e brincar de polícia e ladrão (naquela época ninguém queria ser o ladrão). Neto de um delegado de polícia, tinha dois fascínios quando criança: ser policial ou jogador de futebol. A primeira opção, logo desencorajada pela família, já a segunda, bem, digamos que não deu… 
Como nasceu essa paixão?

Como nasceu essa paixão
Era muito comum (acho que quase obrigação), os nordestinos torcerem por três times: um de seu estado (aqui Ceará, Fortaleza ou Ferroviário), outro do Rio e mais um de São Paulo. A explicação para isso, é que jogos do eixo Rio/São Paulo eram transmitidos ao vivo para todo Nordeste, já os do próprio estado, só no rádio ou nas arquibancadas. 

Com isso, meu pai e meu avô torciam para Flamengo e Corinthians (muito mais Flamengo), e acabei influenciado por eles. Ganhei camisas do Flamengo, meu nome seria Zico, minha mãe não aceitou (meu filho não vai ter nome de passarinho), e fui aos poucos ficando apaixonado por futebol. Meu pai conta que, já de muito pequeno, eu grudava na TV para assistir toda e qualquer partida de futebol que estivesse passando. 

Sim, mas e a paixão pelo Corinthians? Pois é, imaginem vocês, como não torcer Flamengo com tanta influência né? E estou falando do Flamengo de Zico, Junior, Renato Gaúcho, Bebeto… Mas, em 1990, agora com 12 anos, acabei me apaixonando por um time que não era tão bom, mas que transpirava sangue para vencer as partidas. De um gordo genial à um goleiro maluco, me encantei com tanta raça, com tanta entrega. Se lá na frente o camisa 10 Neto enchia os olhos com seus golaços e sua comemoração tradicional  (tenho cicatrizes nos joelhos de tentar imitar), lá atrás, um goleiro maluco, que provocava os adversários, saía jogando com os pés quando precisava e “comia o juízo” da defesa quando se fazia necessário. Pronto, esse time ganhou o BR90, e ali nascia de verdade, mais um Corinthiano, maloqueiro, sofredor, graças a Deus…

Como torcer de tão longe?

Imagine você, com aquela paixão toda, sem TV a cabo e sem internet, torcendo para um time de outro estado. Era complicado. A primeira torcida nem era pelo gol, era bem antes do dia do jogo, torcia para saber a programação da TV pra ver se o Timão seria transmitido, e quase nunca era. O que eu fazia? Grudava ouvido no radinho para ouvir jogos do Ceará, porque ali sempre passavam a informação dos gols. Ainda lembro bem, a voz de Paulo Rodrigues: “Pacaembu, Viola de cabeça, Corinthians 1, “adversário qualquer” 0. À noite, cambaleando de sono, esperava os gols do Fantástico, sempre com a voz marcante de Léo Batista. Era o mais próximo que conseguia chegar do “Meu Timão”. 

O primeiro encontro:

O primeiro encontro 

1995, a notícia que há tantos anos esperava, o Ceará enfrentaria o Corinthians no Castelão pela taça CONMEBOL. A cidade inteira só falava do jogo, era a primeira competição internacional que o Ceará disputava (havia sido vice campeão da Copa do Brasil de 1994), e o adversário foi exatamente o Corinthians. Por ser cearense, e frequentar estádios com meu pai, torcia pelo Ceará (sim, eu era um misto). O Vozão era minha segunda paixão, isso porque na minha cabeça, Ceará e Corinthians eram de planetas diferentes, jogavam esportes diferentes, e jamais se encontrariam. Mas, aí o primeiro choque de realidade, foi quando o coração me avisou que “AQUI É CORINTHIANS”, e eu só pensava em ver Marcelinho Carioca de perto. Fui pro estádio, mas como adolescente, não poderia ir só, então imagina, estava eu, no meio da torcida do Ceará, torcendo pelo Corinthians, reprimindo minhas emoções, isso foi muito louco. Falta para o Corinthians próximo da área, o silêncio no estádio foi tão grande, que mesmo com mais de 50, 60 mil pessoas lá dentro, deu pra ouvir o barulho da bola no travessão. 
O jogo terminou 1 x 1. 

O Mundial de 2000:

Por questões de interesses, todo mundo sabe, a Rede Globo ficou fora e não transmitiu o Mundial de clubes da FIFA. Essa missão ficou a cargo da TV Bandeirantes, que misteriosamente, perdia o sinal próximo aos horários dos jogos. Lá ia eu pro radinho de novo. Consegui ver Corinthians x Real Madrid, simplesmente épico. Na final, um amigo vascaíno (também fanático), me convidou para ir ver na casa dele. Aposta feita, convite aceito e lá vamos nós. Eis que, na metade do 2° tempo, sumiu o sinal da TV novamente. O desespero era grande para encontrar um rádio de pilha. Dois marmanjos, entre gelas e petiscos, quase grudados no radinho para ouvir as cobranças de pênaltis. Já ouviu jogo pelo rádio? É mais ou menos como ler um livro, só que com emoção. 
O maior cronista esportivo de rádio do estado, o Gomes Farias, tinha um jeito diferente. Quando a bola entrava, ao invés de gol, ele gritava “meteeeeeeu” (meteu esticado rsrsr). Quando Edmundo chutou pra fora, o Gomes Farias gritou “perdeu”, meu amigo escutou “meteu”, ficamos eu e ele pulando, eu estava certo, ele foi chorar depois, quando ouviu o hino do Corinthians. 

A queda: 

Pula essa vai… 

Globalização: 

Com o advento da internet e a popularização da TV a cabo, hoje fica mais fácil “viver essa paixão” de perto. Cresceu bastante o número de garotos que hoje torcem apenas para o Corinthians, e inclusive, já se veem torcedores do United, Barcelona, Real etc que sequer torcem pra times do Brasil.
Esse ano, no dia da Final do Paulistão, fui à feira livre no Domingo de manhã com a camisa do Corinthians. Eis que no meio da multidão, ouço um grito alto de “VAI CORINTHIANS!”. Do outro lado da rua, um senhor de cabelos brancos, camisa do Timão, tatuagem do Corinthians no braço. Ele sorria pra mim, enquadro dizia “é hoje”. Simultâneo à aquele grito, para nossa surpresa, ouvimos mais dois “VAI CORINTHIANS!” vindos de direções diferentes. Então eram só ali, QUATRO CORINTHIANOS que se manifestaram, a milhares de quilômetros de Itaquera, eu via que como eu, existem vários outros vivendo a mesma paixão. 

Você, que é de São Paulo, quando ao Nordeste for, ou quando receber na sua capital algum Nordestino com a camisa do Corinthians, principalmente de tiver mais de 40 anos, não os trate como se fosse menos torcedor por causa da distância. Você não faz ideia do que ele passou para hoje poder gritar VAI CORINTHIANS! 

Espero que tenham gostado da história, estamos juntos, torcemos juntos pelo Sport Clube Corinthians do Mundo.

Você me encontra também no Twitter: @mosqueteirosin1

.