“(Aqui no Athletico) É um clima de família, realmente diferente do que eu vinha vivendo, clima muito bom de trabalhar… quando cheguei vi muitos funcionários, a estrutura acho que dá umas TRÊS do Corinthians, então é bem diferente”

Fala, Fiel!!!

Sinceramente, eu demorei a digerir as inesperadas declarações do zagueiro Pedro Henrique em sua apresentação no Athletico. Não que o prata da casa seja ídolo o suficiente para decepcionar os alvinegros, haja vista que nunca foi unanimidade entre a FIEL. Mas, de coração, eu esperava um pouquinho mais de carinho do atleta para com o clube que o acolheu por todos esses anos, dando todas as condições para que ele consolidasse sua carreira!

Pedro Henrique viveu altos e baixos em sua passagem pelo Corinthians. Subiu da base em 2014, alçado pelo técnico Mano Menezes, mas só foi estrear mesmo pelos profissionais um ano depois. De lá pra cá, 2 títulos brasileiros, 3 paulistas. Mas, nenhum como titular. Algumas atuações seguras, outras nem tanto. Quase caiu em desgraça quando entregou um gol de bandeja no Mineirão pro Atlético-MG, em derrota válida pelo Brasileirão 2016. Após a falha, chegou a se desmanchar em lágrimas e, talvez por isso, tenha recebido piedade da Fiel. Ainda naquele mesmo ano, deu a volta por cima, vivendo um momento apoteótico em Itaquera, numa goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo de Paolo Guerrero. O jovem zagueiro não pipocou durante uma dividida com o peruano, foi pra cima, deu aquela encarada e a Arena Corinthians simplesmente foi ao delírio. Talvez o grande momento de PH com a camisa alvinegra.

Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

No total, foram 89 jogos, 4 gols marcados. Uma trajetória que poderia ter sequência, já que o zagueiro foi apenas emprestado ao CAP. Retorno muito mais difícil após a infeliz declaração. Tudo bem, ele já se retratou, tentou explicar nas redes sociais que “maior não quer dizer melhor” e blá-blá-blá… mas, para mim, ficou clara a alfinetada. Seja na estrutura, seja no ambiente do ex-clube.

É, faltou gratidão: a mãe de todas as virtudes.

Um dia, quem sabe, ele aprende!

E assim caminha a humanidade…

Um forte abraço!