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BLOG DA NÁGELA GAIA: Uma história de amor além das cores

“É uma loucura sem cura e só quem ama, entende.” Frase clichê dita por todo torcedor. Clichê, mas real

Eu nem tento explicar. A pessoa não vai entender porque ela nunca viveu o Corinthians, ela não conhece a história, as alegrias e os sofrimentos, as perdas e as conquistas, ela nunca chorou de tristeza nem de felicidade com ele ou por ele. 

Mas, de vez em quando me questiono. O que é esse amor que sentimos? Por que sentimos essa paixão absurda? Por que nos sentimos perdedores (na vida) quando ele perde e vencedores (na vida) quando ele vence? Por que vivemos (e em alguns casos extremos, morremos) e fazemos tudo por esse amor? Não seria exagero dizer que é como se o Corinthians fosse a pessoa amada, um pedaço de nós. 

Tantos mais qualificados que eu já tentaram explicar. Cientistas dizem que estudos do cérebro humano comprovam que esse amor está ligado ao amor romântico. Leigos dizem que é só uma partida de futebol. E nós provamos que não é tão simples assim, que o amor pelo Corinthians é coisa séria, importante, imprescindível, fundamental. Para eles, são só jogadores correndo em campo por causa de uma bola. Para nós, nunca foi só sobre futebol. É Corinthians. Para nós é sobre sonhos, histórias, amor e conquistas. É sobre pessoas, seus projetos e esperanças. São tantas histórias e todas carregadas com toda a bagagem emocional que cada um de nós leva consigo pela vida afora.

Dizem que você cresce e amadurece, e o seu lado racional fala mais alto. Comigo é diferente. Hoje eu tenho feito pelo Corinthians muitas coisas que nunca fiz. E a saudade?… Ah! A saudade que sinto do Corinthians já começa no apito final do último jogo. 

Compartilho com você um vídeo que recebi do meu amigo Ramire e que me fez refletir sobre esse amor. 

“Não tem a ver com o Corinthians, mas tem a ver com o amor que o Corinthians nos proporciona. Acabou de passar no Fantástico e fui assistir, muito emocionante!” (Ramire)

O filme começa explicando a rivalidade Cerro x Rampla Jrs, para contar sobre o amor incondicional de um pai por seu filho. Torcedor fanático do Cerro por 70 anos, viu seu único filho se tornar torcedor fanático do maior rival, morrer voltando de uma partida no Maldonado e ter suas cinzas espalhadas nas arquibancadas do estádio do Rampla. O restante da história (verídica), você vê no vídeo. Está em Espanhol, mas, assim como eu, tenho certeza de que você vai entender com o coração, vai querer viajar para o Uruguai, abraçar o sr. Justo e torcer pelo Rampla junto com ele. 

Desafio você a não se emocionar e deixo mais uma pergunta: por que esse amor nos faz nos reconhecer no outro de uma forma tão intensa?

Não tenho respostas. Talvez você tenha.


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BLOG DA NÁGELA GAIA: Se não invadir, não é “nóis”

Imagem retirada da internet

Desde 1910 a Fiel invade.

Primeiro invadiu o mundo da elite, criando um tal de Corinthians, Time do Povo. (Nunca nos perdoarão).

No longínquo janeiro de 1931, após o time já ser o Campeão dos Campeões, a Fiel invadiu as estações da Luz e do Brás, em São Paulo. Lotou oito trens, com dez vagões cada um, e invadiu a Vila Belmiro, em Santos, para empurrar o Timão para a conquista do seu segundo Tri Paulista (1928/29/30). Tan-Tan dizia que tinha mais gente que na invasão do aeroporto de Guarulhos. (Você prestou atenção nesse detalhe, não é? O Corinthians tinha apenas 20 anos e já era o Campeão dos Campeões, conquistava seu SEGUNDO TRI PAULISTA e a Fiel já invadia. Por que você acha que eles não nos perdoam?).

Em 1962, invadiu a Fazendinha, colocando 32 mil pessoas onde cabiam 16 mil, no clássico em que o Corinthians perdeu para o Santos por 1 x 2.

Em 1976, bastou o presidente do Fluminense dizer “Que os vivos saiam de casa e os mortos saiam das tumbas para torcer pelo Corinthians no Maracanã, porque o Fluminense vai ganhar a partida”, que 70 mil loucos percorreram mais de 400 quilômetros e invadiram o Rio de Janeiro. E não foi a única vez, em 2000 a Fiel calou, de novo, o Maracanã, festejando o Corinthians primeiro Campeão Mundial Fifa.

120 mil invadiram o Vale do Anhangabaú, em 2010, para comemorar o centenário do Corinthians.

Não satisfeita, em 2012 invadiu o aeroporto de Guarulhos para desejar boa sorte ao time, que ia viajar para disputar seu segundo Mundial Fifa.

Ainda era pouco para a Fiel. Precisava atravessar o mundo e ir gritar Vai Corinthians no Japão. Foi. Invadiu e provou que a antiga frase é verdadeira: “Onde o Timão estiver, a Fiel vai invadir”.

No mundo virtual a Fiel não é diferente. Somando os seguidores das quatro principais redes sociais, somos mais de 22 milhões de fieis.

Só que somos o segundo colocado no ranking nacional de seguidores.
A diferença para o primeiro colocado é de 1 milhão e 300 mil inscritos. Podemos reverter esse quadro rapidamente. Basta invadirmos o canal do Corinthians no Youtube. Aliás, a única rede social onde o clube tem menos de um milhão de seguidores.

Para quem já invadiu da Fazendinha ao Japão, o Youtube é bem aqui.

Onde o Timão estiver, a Fiel vai invadir… E se não invadir, não é “nóis”!

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#SeNãoInvadirNãoÉNóis

BLOG DA NÁGELA GAIA: Vai com Deus, Senhora Corinthians

Imagem retirada da internet

Nossa grande dama se foi.
Dona Marlene foi aos céus se encontrar com seu Vicente. Viveu feliz ao lado dele, sabendo que não era seu grande amor. Seu Vicente sempre dizia que: “Primeiro o Corinthians, depois a família, depois o dinheiro.” Ela sorria e concordava: “Se faltar o Corinthians, ele morre.”

A conheci de longe, pela imprensa, e por ela e seu Vicente sempre senti amor. Para mim, ela sempre foi a Senhora Corinthians. E ela amava tanto esse homem e esse clube, que se tornou a primeira presidente mulher – numa época em que isso era sequer imaginado – para que ele não morresse (“Se faltar o Corinthians, ele morre”).

Lembro da inauguração da Arena Corinthians… quando a vi pela tv, radiante andando pelo gramado com os braços elevados aos céus como se oferecesse tudo aquilo a seu Vicente, passei a mão na tela chorando e repetindo: “Está pronto, seu Vicente.” O quanto ele sonhou com aquilo!

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press 

Vai com Deus, senhora Corinthians, vai encontrar o seu amor Vicente e matar a saudade. Muito obrigada por tudo, diga ao seu Vicente que eu também ainda o amo. 

Um Vai Corinthians “pra” vocês dois.

“Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza.” Pablo Neruda, poeta espanhol, como seu Vicente.

Marlene Matheus – Presidente do Corinthians 1991-1993
Viúva de Vicente Matheus, um dos maiores presidentes do Corinthians, Marlene foi a primeira mulher a presidir um grande clube brasileiro. Em termos de conquistas, obteve apenas dois vice-campeonatos paulistas. Ao fim do triênio, Alberto Dualib, na época presidente do Conselho Deliberativo do clube, organizou um golpe para afastar Marlene e o seu marido do comando. No ano seguinte, Dualib promoveu uma mudança estatutária que impedia a realização de eleições no clube, permanecendo no comando até 2007, quando renunciou ao cargo. No ano seguinte, Marlene assumiria o posto de vice-presidente social na gestão de Andrés Sanchez. Faleceu em 02 de julho de 2019, com 82 anos.

(Fonte: Diário de Pernambuco)