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BLOG DO MARCELO TIMÃO: Porque sou a favor da permanência de Carille

A palavra chave é CONTINUIDADE

Imagem: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Grande parte da torcida pede a saída do treinador Fábio Carille do comando técnico do Corinthians após a eliminação da Sul-Americana pelo Independente Del Valle do Equador na semifinal do torneio. Eu acredito que o mais fácil é pensar na demissão. Mas, prefiro o caminho mais árduo e longo, porque ele que te fortifica e te abre inúmeras experiências e possibilidades mais inteligentes, maior controle emocional e alicerces firmes.

A premissa para que um profissional mereça a aposta , mesmo nas derrotas e nos erros, e que não tem negociação, é a capacidade e dedicação de trabalho do mesmo. E não parece faltar isso em Carille. Outros adjetivos são mais facilmente conquistados quando se tem esse valor: vencedor, criativo, bom líder e capaz. 

Fábio Carille é um técnico jovem, difícil adivinharmos se terá muita capacidade dos inúmeros títulos (4) em menos de 3 anos de carreira. Mas isso já conta a seu favor. E se não tiver crédito com esse currículo vencedor, qual a convicção que teremos? 

Vamos ao trabalho no campo. Corinthians vem de uma década jogando dentro de uma filosofia vencedora, onde Carille sempre fez parte dela. Forte defensivamente, com imposição tática e física para conseguir mais de 12 títulos nesse período. Carille segue à risca. E vem em um ano com bastante dificuldade em fazer o time jogar passando confiança a torcida. E creio que muito disso é a chegada de mais de 14 jogadores novos no clube e que, naturalmente, não rendem tudo que conseguem, por adaptação, por qualidade duvidosa, por falta de entrosamento, tempo de treino e peso da camisa.

Mas nesses 10 anos de hegemonia, o Corinthians passou inúmeras vezes por isso. Exemplos: Danilo chegou em 2010 e foi jogar muito em 2011. Jadson em 2014 era reserva, mas em 2015 foi melhor jogador do HEXA. Paulinho foi vaiado em 2010 na eliminação da Libertadores e 2011 e 2012 voou. Rodriguinho etc. Poderia dar inúmeros exemplos aqui. Mas vamos falar dos técnicos que venceram também nessa década.

Mano Menezes perdeu uma Copa do Brasil para o Sport com vantagem de 2 gols em 2008, foi eliminado da Libertadores em 2010 e fez um ano bem ruim em 2014, nao classificando no Paulista para os matas-mata, tomando goleada de 4, podendo tomar até 3 gols e um Brasileiro longe de títulos. Mas seus times sempre terminaram melhores do que iniciaram e foram campeões nos anos seguintes. A base era ótima. Tite perdeu um brasileiro de 2010 na reta final. E nem fase de grupos para a Libertadores 2011 pegou. Pior, passou vexame na pré-Libertadores caindo para o Tolima. Em 2015 caiu para o Guarani do Paraguai na Libertadores e para o rival no Paulistão. Mas após tudo isso, ganhou tudo e mais um pouco. 

Será que o caminho da demissão desses técnicos na hora da derrota, era o melhor? O segredo de toda essa hegemonia foi a CONTINUIDADE. A convicção da diretoria que tínhamos pessoas capazes, sérias e trabalhadoras. E que futebol é tempo. Saber esperar. Entender que quando se monta um time inteiro, você vai descobrir durante a caminhada que muitos jogadores não te dão as respostas que imaginava, mas no dia a dia mostram a qualidade suficiente para ali na frente te dar, e perceber que outros nunca vão conseguir a qualidade desejada. E no passar do tempo pontualmente buscando novas peças, onde faltam a qualidade que descobriu não ter.

E assim com a CONTINUIDADE da comissão técnica, da filosofia de jogo , o Corinthians fez da sua década uma Hegemonia. Inclusive com toda essa dificuldade em 2019, já levantamos um TRI HISTÓRICO em cima dos três rivais do Estado.

Carille é jovem. Vai errar e muito. Todos os técnicos erram. Os queridinhos gringos da mídia erram a todo momento. Mas vejo nos detalhes que ele tem capacidade. Na parada da Copa América claramente o time evoluiu. Aumentou a capacidade ofensiva, e mesmo tendo ido muito mal na primeira partida da eliminação da Sul-Americana, ele reagiu para o segundo jogo.

É o principal culpado, até porque é o comandante. Mas também lhe faltam peças de mais qualidade. Assim eu vejo e entendo de futebol. E que a diretoria corinthiana tenha a mesma convicção que teve com Tite e Mano Menezes. O elenco é bom, mas para ser melhor, precisará de mais qualidade dos que ficarem e dos que forem buscar para 2020. E aí sim, fazer uma avaliação após tudo isso mais exata de Fábio Carille. 

“ A subida da montanha é árdua, mas a vista do topo vale a pena”.

Twitter @marcelo300169 

BLOG DO MARCELO TIMÃO: PRORROGAÇÃO FLU 1×0 COR (pós jogo/cabeça fria)

Fim da invencibilidade – merecido

(Foto: Mailson Santana/FluminenseFC)

Mais uma vez jogando contra um time do Z4, fora de casa, mas em campo neutro e com maior torcida alvinegra, o Corinthians decepcionou. Mas antes do início da partida, com a escalação de Janderson, Vital e Pedrinho desenhava se um time rápido que viria pra buscar os 3 pontos. Apesar do calor em Brasília, o time até que começou bem. Em 20 minutos meteu bola na trave, Gustagol perdeu gol certo de cabeça, mais umas três finalizações da entrada da área com Janderson, Vital e Pedrinho. Fluminense não assustava. E a boa surpresa de Janderson, com muita personalidade, dribles e arrastando time ao ataque.

Porém , inacreditavelmente, após a parada para hidratação, tudo mudou. O time recuou sua marcação mais alta, perdeu a intensidade, a velocidade na transição que vinha bem e sucumbiu. Time ficou disperso, deu a bola para o Fluminense e ficou olhando. Não agredia mais a marcação. Para piorar, a moleza do time chegou em Cássio, que em um chute fácil de Ganso, tomou um frangaço. Entrou errado na bola, e deixou passar entre suas mãos. Era tudo isso que faltava. Sair atrás. 

Veio o segundo tempo e time foi para cima, mas não conseguia criar. Pedrinho e Vital não se achavam, não conseguiam decidir. Fagner numa de suas piores partidas à frente do time, fez com que perdêssemos uma grande arma. Apenas o menino Janderson tentava. Chutou bola perigosa em bom lance individual, assistiu Carlos na frente do goleiro, mas que demorou e foi travado pelo volante adversário. Gustagol tbem perdeu gol de cabeça na pequena área.

E tudo foi piorando com as mudanças de Carille. Até a entrada de Jadson na de Urso, que jogava mal, foi uma tentativa ofensiva. Porém perdeu suas convicções ao tirar Gabriel e por Love. Abriu o time completamente e desorganizou as ações de ataque, onde sabemos que a característica do jogo do time é a paciência, a troca de passes e as infiltrações pelos lados. Ou seja, ficou empírico. E aí dependeria de uma execução individual certeira.

Mas em um domingo onde até o Gigante Cássio estava mal nesse quesito, sucumbimos à retranca do Fluminense. Uma vergonha a apatia do time, a falta de qualidade e de convicções do comandante. Perdemos 14 jogos de invencibilidade e três pontos para nos mantermos na busca do título.

Ficou difícil, mas precisamos continuar querendo a taça, nem que seja para evoluir dentro de campo, vencer mais jogos e nos mantermos no G4.

Agora é a semifinal da Copa Sul-americana, na quarta-feira na Arena Corinthians. Sacudir a poeira, voltar a ter atitude e buscar a vaga numa final inédita. 

#VaiCorinthians#Essejogoteremosqueganhar

Prêmios 
Sócrates (melhor do jogo): Janderson
Zé Maria (Melhor da raça): Gabriel
Basílio (Herói do jogo): Não teve
Iran (Pior do jogo): Cássio
Arce (gol perdido) : Gustavo 
Pato (morto): Urso

Twitter @marcelo300169

BLOG DO MARCELO TIMÃO: Prorrogação – Day after – cabeça fria

Avaí 1 x 1 Corinthians

(Foto: Daniel Augusto Jr/ Agência Corinthians )

Perdemos dois pontos importantes 

Jogamos mal contra o pior time do Campeonato Brasileiro. Sempre foi duro jogarmos contra o Avaí na Ressacada. Mesmo nos anos que fomos campeões brasileiros, e mesmo o Avaí sempre lutando contra a degola, perdemos em 2011 (3×2), empatamos em 2017 (0x0) e sofremos um bocado pra vencermos em 2015(2×1) com grande atuação de Cássio. Mais um motivo para que Carille tivesse tomado mais atenção ao jogo. E faltou muito na preparação anímica do time que entraria em campo. E uma percepção que, sem Pedrinho poupado por dores no quadril, e Vital dores na coxa, Carille precisava manter titulares, como essa importância e que dão mais dinâmica e qualidade ao time. Escalou um meio campo lento com Sornoza, Ramiro, Matheus Jesus e Ralf (voltando de contusão).

O time não andou. Mesmo com os atacantes que pedem passagem, Everaldo e Boselli, mas sem nosso principal jogador Fagner, e Urso que arrasta o time ao ataque, o time fez seu pior jogo no BR19. Uma finalização apenas. Mas o maior problema, com quase todo time, amoleceu o espirito e fez com que o péssimo Avaí igualasse as forças. Veio o segundo tempo e não mudaram nem peças, nem a pegada. E para piorar, Michel Macedo que jogava mal (apesar de sofrer um pênalti, não marcado) teve uma atitude violenta e sem necessidade alguma, por uma cotovelada, recebeu o vermelho.

Mas se como conhecêssemos o Corinthians, nada que não possa piorar. Na bola seguinte, escanteio pra eles, desvio no primeiro pau e gol. A salvação veio com as entradas de Fagner e de Love. Esses dois entraram ligados e fizeram o time crescer. Love em rápida escapada, na falha da defesa adversária, recebe falta e leva Betão expulso. Cinco minutos depois, inicia a jogada e no rebote do chute de Manoel, empata o placar e evita um vexame ainda pior.

Somou um ponto e subiu uma posição na tabela, de 6º para 5º colocado. Porém o tropeço evitou uma diminuição para o líder, para 3 pontos, e aumentou a pressão para a decisão das quartas da Sul-americana no Maracanã nesta quinta-feira contra o Fluminense. Que venha a vitória e a classificação no torneio internacional.

Prêmios:
Sócrates (melhor do jogo): Love
Zé Maria (Melhor da raça): Love
Basílio (Herói do jogo): Love
Iran (Pior do jogo): Macedo
Arce (gol perdido) : Boselli
Pato (morto): Ralf

Twitter @marcelotimao300169